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História Blue strings (Larry Stylinson) - Lar


Escrita por: Wulfric

Notas do Autor


Olá, amores! Jamile é um elfo livre!!!! Isso mesmo, minhas provas acabaram, é pra glorificar de pé, irmãos!
Boa leitura!

Capítulo 31 - Lar


Fanfic / Fanfiction Blue strings (Larry Stylinson) - Lar

Não perguntei a Louis sobre o fato de ter me chamado de amigo, não queria transformar isso em um problema na frente de Jay. Nunca gostei de levar nossos problemas ao outros, o único que sempre sabia quando algo estava errado era Niall, uma porque eu gostava de desabafar com ele, outra porque ele sempre sabia quando eu estava de mau humor.

E, embora Jay estivesse feliz como todas as outras vezes em que eu a vi, dava para notar seu tom pálido. Além do fato de que aquela roupa de hospital não lhe dava a melhor das imagens. Ela não precisava de mais estresse a sua volta. 

Voltei para casa com Lottie, que me contava animada sobre o garoto que conheceu. Seu nome era Tommy, sua família era italiana, por isso o sotaque diferente que tinha, ele mora em Londres, veio para a cidade com sua mãe só para visitar uma tia-avó que estava doente. Ela também me disse que eles trocaram telefones e estava animadíssima com isso. 

Aparentemente, ele tinha se sentido culpado pelo fato dela ter batido na parede, porque imaginou que a havia assustado, o que foi fofo da parte dele. Tommy parecia um cara legal e Lottie estava tão feliz, que eu só podia me sentir feliz por ela também. 

Fizzy estava colocando o jantar na mesa quando nós chegamos e, além da cozinha suja, a casa toda estava desorganizada. 

– Se vocês estiverem brigando de novo, eu vou subir aí em cima e pegar as duas pelas orelhas. – Ela gritou para as gêmeas.

– Eu vou lá dar um jeito nas duas. – Lottie se prontificou subindo para ajudar as garotas. 

– Pode ir tomar banho, Fizzy. – Acariciei suas costas e ela me abraçou, o que me fez imaginar o quanto ela estava carente esses dias. 

– Estava com tanta saudade de você e do Lou, Hazz. 

– Nós também estávamos. – Sorri involuntariamente. – O ruim de morar em Londres sempre foi ficar longe de vocês. 

– Vamos ficar mais perto agora, não é? – Ela me olhou. – Não quero perder nem um minutinho de você e do Lou. – Senti meu coração se apertar e a abracei ainda mais forte. 

– Nós não vamos mais nos separar. Eu prometo. – Deixei um beijo em sua testa. – Agora vai lá tomar um banho pra gente jantar. – Ela assentiu e subiu as escadas, me deixando sozinho. 

Limpei toda a cozinha e quando elas desceram, tivemos um jantar bem divertido com as garotas me contando tudo o que acontecia na cidade. Eu sempre admirei a cumplicidade e o amor entre os Tomlinsons, mas ver o quanto eles se mantinham felizes, mesmo apesar das circunstâncias, me fazia amá-los ainda mais. 

– Sua irmã está noiva, Harry. – Lottie comentou, me chamando a atenção. – Ele não é da cidade, mas acho que teve uma festa de noivado. 

– Espero que ele seja um cara legal e faça bem para ela. 

Eu realmente esperava que Gemma fosse feliz, mas não deixava de me sentir mal por imaginar que ela sempre teria o apoio de minha família, totalmente o oposto de mim. 

– Ele nunca será um cara tão legal quanto Louis. – Lottie disse confiante e eu ri. 

Por ser a mais velha das garotas, ela sabia exatamente o que eu havia passado quando me expulsaram de casa por estar namorando Louis. E, assim como todo o resto de sua família, foi ela quem me acolheu, me dizendo até que ela ficava feliz por depois disso tudo ter dois irmãos mais velhos. Ela tinha me feito sentir parte da família e fazia isso de novo agora. 

– Ninguém nunca será tão legal quanto seu irmão. – Todas elas concordaram e eu sorri feliz por saber que Louis sempre seria unanimidade entre as irmãs. 

Após o jantar, Fizzy foi para o quarto fazer a lição de casa e Lottie foi colocar as gêmeas na cama, caso contrário, as duas brigariam até pela quantidade de cobertas que usariam naquela noite. Lavei os pratos e coloquei todo o andar de baixo em ordem, guardando algumas roupas, calçados e almofadas que estavam espalhadas.

Dei boa noite a cada uma delas antes de ir até o antigo quarto de Louis, no fim do corredor. E não era surpresa que tudo ali estivesse em seu devido lugar, exatamente como nós dois o deixamos antes da mudança para Londres. Finalmente, me sentei na pequena cama de solteiro, que me acolheu durante um ano inteiro e deixei que as lágrimas rolassem. 

Não lembro como adormeci, mas me lembro de acordar sentindo um cheiro muito familiar e com um barulho alto de algo que caiu ao chão.

– Merda! – A voz de Louis praguejou baixo.

Lentamente abri os olhos e o encontrei ali no quarto, recolhendo alguns travesseiros e cobertas do chão.

– Oi, Lou. – Disse com a voz rouca pela falta de uso.

– Oi, Hazz, desculpa, não queria te acordar. – Ele me olhou culpado e eu sorri compreensivo.

– Que horas são? – Louis não deveria estar aqui a essa hora da manhã ou então eu é que havia dormido demais, o que seria péssimo.

– Ainda são seis da manhã, volte a dormir, as meninas estão todas dormindo ainda.

– E o que você veio fazer em casa? – Disse confuso. – Estou começando a cogitar que isso é um sonho, ainda mais com você sem camisa na minha frente. – Apontei para seu peito nu e ainda um pouco úmido pelo banho recente. Louis gargalhou, mas tapou a boca logo em seguida para não fazer mais barulho.

– Minha mãe iria realizar um exame agora de manhã e depois ficaria dormindo por algumas horas por conta do remédio que dariam. Então ela disse que eu podia vir para a casa tomar um banho e dormir. Mas é ótimo saber que você imaginou que eu era um sonho. – Ele sorriu.

– Você sempre é o meu sonho, Lou. Sabe disso. – Ele desviou o olhar e pude ver que corou levemente. – Imagino que você deve ter aceitado as condições de sua mãe sem reclamar. – Fui irônico e ele abriu um sorriso travesso e eu imaginei que eles provavelmente ficaram muito tempo discutindo isso.

– Eu cederia mais cedo ou mais tarde, você sabe que sim, mas ela me convenceu quando disse que eu tinha que vir aqui conversar com as garotas e resolver todos os assuntos da mudança. De qualquer forma, eu vou voltar para lá em breve.

– Vem dormir um pouco, você parece cansado.

– Eu vou dormir no sofá, pode ficar tranquilo.

– Você quer que eu fique tranquilo com você indo dormir no sofá e não aqui comigo? – Disse indignado.

– Harry... – Ele tentou protestar.

– Nada disso. Se você não vier dormir aqui, eu vou dormir junto com você no sofá.

– A cama é pequena... – Ele tentou de novo.

– Nós dormimos juntos nessa cama por um ano inteiro, agora ela é pequena demais? Você também achava isso na época, porque...

– Tudo bem. – Ele me interrompeu erguendo as mãos em rendição.

Abri um sorriso vitorioso e me arrastei até o canto da cama, me encostando à parede e abrindo as cobertas para que Louis se deitasse ali. Assim que ele deitou, eu já uni meu corpo ao seu, deixando meu braço sobre seu peito, encaixando minha perna entre as suas e suspirando ao sentir seu cheiro de banho recém tomado.

Deus, como eu senti falta do corpo de Louis junto ao meu!

– Hazz... – Ele disse com a voz um pouco falha e eu percebi que nossa proximidade não teve efeitos apenas em mim. Seu corpo todo estava arrepiado.

– Eu senti sua falta. – Disse manhoso, me aconchegando ainda mais nele.

– Eu também. Muito mais do que você pode imaginar, mas a gente não pode. – Ele se virou para mim e eu vi que seus olhos e seu corpo diziam exatamente o contrário.

– Nós podemos fazer o que quisermos, lembra? – Incentivei, umedecendo meus lábios. Ele desviou o olhar e suspirou, ficando em silêncio por algum tempo.

– Hazz, por que você fez essa tatuagem? – Ele apontou para o “things I can’t em meu braço”, cortando o clima bom em que estávamos.

– Eu não sei. – Encolhi os ombros. – Acho que é porque eu sempre ouvi muito sobre as coisas que eu não poderia fazer. Minha mãe costumava dizer que eu não podia brincar com as roupas ou as maquiagens dela ou da minha irmã. Meu pai me proibia de ter contato com qualquer garota porque meninos não podiam brincar com as meninas, mas eu também não podia brincar com os meninos porque isso poderia me aflorar meu lado gay. – Ri baixinho.

– E sobre mim? – Ele enlaçou seus dedos aos meus. – E sobre todas as vezes em que eu disse que você não podia fazer as coisas.

– Você nunca me proibiu de ser quem eu sou de verdade. Você sempre me amou acima de qualquer coisa.

– Mesmo assim. Eu não deixei que tivesse amigos ou vivesse plenamente a sua profissão por medo de te perder. Eu te disse muitas vezes que você não podia fazer as coisas que queria.

– Mas, Lou, eu te amo. E sinto a sua falta.

– Eu também, amor. – Ele sorriu e acariciou meu rosto. – Por isso não queria deitar aqui junto com você, porque só de estar perto de você eu enlouqueço de vontade de te ter para sempre. Mas não pode ser assim, você sabe que não. Eu não quero estar na mesma categoria que seus pais em sua vida, Harry. Não quero ser a pessoa a te dizer o que fazer ou não.

– E eu não quero ser a pessoa que você chama de amigo.

– Você nunca vai ser como meus outros amigos, Hazz.

– Também quero ser chamado de amor e não de Hazz. – Ele riu.

– Você é o meu amor, sempre vai ser. Mas eu realmente acho que nós devemos ter um tempo juntos sem qualquer envolvimento sexual ou um compromisso sério. Eu quero te ver depois do trabalho e perguntar como foi seu dia e me sentir feliz por isso. Quero que você possa viver um pouco sem ficar pensando no que eu vou pensar. Quero que nós dois possamos aprender a conviver do jeito certo para depois voltarmos a namorar, quem sabe até algo mais?

– Casar? – Disse animado e ele sorriu.

– Sim. Eu quero casar com você, Harry. Ter uma família, uma casa maior, com alguns bicinhos de estimação, uns dois ou três filhos. Que tal?

– Parece um sonho. – Mordi os lábios em expectativa.  

– Um que eu vou ter o maior prazer do mundo em realizar, amor. Mas do jeito certo, quando eu estiver bem, quando você estiver conquistando tudo o que deseja, quando tivermos a certeza que podemos conviver um com o outro ficando felizes pelo que o outro conquistou.

– Mas não vamos ficar longe, não é? – Acariciei o rosto dele.

– Claro que não. Eu conto com você para me ajudar em Londres com as garotas e a minha mãe, imagino que foi você quem colocou tudo em ordem por aqui. – Eu assenti e ele sorriu. – Eu já estou resolvendo algumas coisas, estou vendo uma casa para comprar e hoje mesmo vou colocar essa aqui à venda. A outra é bem maior e mais cara, mas eu achei que valia o investimento, eu tenho um bom emprego e depois que finalizar meus estudos vai ser ainda melhor.

– Lou, você sabe que não precisa fazer tudo sozinho. Eu trabalho também, vou poder ajudar com as finanças.

– Eu sei que sim. – Ele sorriu. – Por falar nisso, eu amei a peça.

– Eu não acredito que não ficou lá para me dar um abraço. – Fiz um bico.

– Acho que eu precisava de um tempo para refletir. – Sorri compreensivo. – Mas foi ótimo mesmo, você é incrível, eu quase consegui acreditar que você era de fato hétero. – Eu gargalhei e ele riu junto. – Sério, se eu não tivesse imagens mentais de você rebolando em cima de mim, eu juro que acreditaria. – Ri ainda mais.

– Mas sério, Lou, você gostou mesmo?

– Sim, você estava ótimo. Eu estava vendo você e pensando o quanto você parecia estar feliz e o quanto aquilo significava para você. Eu realmente gostei muito. – Eu sorri e ele acariciou minhas bochechas. – Você é uma estrela, Harry Styles. Merece brilhar.

– Eu te amo. – Disse involuntariamente e grudei meus lábios aos seus, o que o fez rir.

– Sem beijos, querido. – Ele murmurou rindo e me afastando, o que me fez gemer em protesto.

– Como eu posso sobreviver assim?

– Nós dois vamos. – Ele enlaçou os dedos aos meus. – Juntos. – Deu um beijo em nossas mãos unidas.

Ouvimos batidas tímidas na porta antes dela ser aberta revelando Daisy de pijama e com o rosto sonolento.

– Oi, princesa, o que eu houve? – Louis a chamou e ela caminhou para perto da cama.

– Hazz, eu estou com fome. – Ela disse com um biquinho fofo.

– Também, você comeu tão pouquinho ontem no jantar. – Acariciei os cabelos castanhos da garota. – Eu vou fazer o café, tudo bem?

– Você pode fazer panquecas? – Ela abriu um sorriso e eu jamais teria como negar seu pedido.

– Claro.

– E ovos? – Louis aproveitou e também fez uma carinha fofa, o que me fez rir.

– Tudo o que os meus bebês quiserem. – Dei um beijo na testa de Daisy e selei os lábios de Louis antes que ele pudesse protestar.

Sai da cama e ela se deitou no meu lugar, agarrando o irmão, o que me fez sorrir bobamente antes de ir até o banheiro para me preparar para mais um dia animado na casa dos Tomlinson. O lugar que eu sempre chamei de lar.


Notas Finais


E aí, o que acharam desse momento fofinho entre os Larry? Estavam precisando de uma conversa assim, né? Os dois agarradinhos <3
Ainda falaram sobre o futuro, não é lindo? Como eu disse, o futuro dos Larry será lindo. Confiem!
No mais, espero que tenham gostado.
XO


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