Quando acordei, ainda com a consciência nublada pelo sono e os olhos fechados, percebi que não tinha mais o corpo quente e acolhedor de Zayn junto ao meu. Estendi o braço para ver se ele estava no canto da cama, então eu poderia rolar até ele e agarrá-lo para voltar a dormir novamente, mas ele não estava lá.
Lembrei-me de todas as vezes em que dormia junto de Liam após uma noite de amor e ele apenas esperava que eu dormisse para ir embora e, então, eu acordava sozinho, com o sentimento de abandono que eu sempre tive em relação a ele.
Ouvi risadas vindas de algum outro lugar do apartamento e me obriguei a abrir os olhos, foi então que a realidade me atingiu. Eu não estava em meu apartamento, estava no de Zayn, então não tinha como ele ter me deixado. E Zayn havia dormido a noite toda comigo, abraçados de conchinha do jeito que eu sempre quis fazer com um namorado. E o mais importante, Zayn não era Liam.
As risadas femininas, acompanhadas de muita conversa foram ouvidas novamente e eu comecei a me preocupar. Zayn não era Liam e ele havia me dito que se estava comigo, não estava com nenhuma outra pessoa. E, por mais difícil que fosse, eu me forçava a acreditar que ele jamais traria outra de suas conquistas para cá ou pelo menos não faria isso enquanto eu dormia em sua cama.
Por isso me levantei e fui até o banheiro, me certificando de estar o mais apresentável possível que alguém poderia estar logo pela manhã. Segui o corredor grande e espaçoso até o lugar das vozes e do cheiro maravilhoso que vinha daquela cozinha, mas paralisei assim que as vi.
Os quatro olhares se viraram para mim com uma expressão absurdamente chocada no rosto. Quatro mulheres estavam ali, uma que chegava à meia idade, duas adolescentes, chegando à vida adulta e uma pré-adolescente.
Todas guardavam em si características em comum, o mesmo desenho bonito no rosto, os mesmos olhos expressivos, mesmo que de cores diferentes. Foi então que eu percebi, era a família de Zayn. Sua mãe e suas irmãs. Imediatamente senti vontade de desaparecer.
Não havia perguntado a Zayn se sua família sabia de sua orientação sexual, sabia apenas que eles eram unidos e que ele morria por elas. Lembrei-me de minha imagem patética no espelho do banheiro: o cabelo apontado para várias direções, o rosto inchado pela noite de sono, a roupa amassada. Uma combinação terrível, ainda mais quando se pretende causar boa impressão para AA família de alguém que é importante para você.
Zayn era lindo, incrível, sensível e bem sucedido, eu não queria que sua família pensasse que eu não o merecia, talvez porque eu também pensasse nisso o tempo todo.
Me senti totalmente deslocado, como se fosse o maior incômodo do mundo e acabasse de foder a vida de Zayn.
Mas contrário a tudo o que eu sentia e todas as hipóteses de fuga que eu elaborava em minha mente, a mãe de Zayn se manifestou.
– Eu não acredito! – Ela disse olhando de mim para Zayn. – Eu finalmente vou conhecer um namorado seu? – Ela perguntou diretamente para o filho, que abriu um sorriso de lado e deu de ombros, enquanto tomava um gole de suco, como se não desse tanta importância a esse momento, embora mantivesse um sorriso travesso nos lábios. – É um dia histórico! – Ela abriu um sorriso enorme e caminhou em minha direção. – Oi, eu sou a Trisha. – Ela estendeu a mão para mim e eu a cumprimentei atônito. Olhei para Zayn em desespero, procurando por alguma ajuda, mas ele só tinha um sorriso contido nos lábios.
– Ni-niall Horan. – Disse em resposta, ainda um pouco incerto do que fazer.
– Lindo nome? É escocês? – Ela continuou animada.
– Irlandês. – Corrigi e abri um sorriso pequeno e envergonhado.
– Seria minha segunda opção. – Ela riu. – Venha, Niall. Temos muito para conversar. – Ela colocou o braço sobre meus ombros e me conduziu até a mesa.
Sentei ao lado de Zayn na mesa e olhei pesaroso para ele enquanto as meninas explodiam em um milhão de perguntas. Em resposta, ele segurou minha mão, pousando-a sobre minha coxa e fez um carinho ali, escondido do olhar das quatro mulheres por debaixo da mesa. Murmurei um pedido de desculpas e ele sorriu antes de deixar um beijo casto em minha testa.
– Só relaxe. – Disse baixinho, me fazendo corar pelo ato.
– Isso foi tão fofo. – Uma delas disse sorrindo. – Sempre soube que você seria do tipo namorado fofo, romântico e bobo, Zayne. – Ela debochou do irmão, que revirou os olhos enquanto eu ria do apelido. – A propósito, eu sou Waliyha.
Todas elas se apresentaram muito rápido e eu tive que fazer muito esforço para gravar o nome das três. Trisha serviu o café e estava tudo tão bonito e com um cheiro tão bom que eu não resisti a começar a me servir.
– Há quanto tempo estão juntos? – Doniya perguntou. O que me fez olhar para Zayn um pouco confuso, afinal, nós estávamos juntos? Como em um relacionamento? Como namorados?
– Eu não sei. – Disse incerto.
– Mais ou menos três meses, eu teria que fazer as contas para ter a data exata. – Ele respondeu firme e eu fiz as contas mentalmente, sabendo que esse era o tempo em que nos conhecíamos e julguei que era uma resposta razoável.
– Viu, Zayn é o cara que lembra os aniversários de namoro, o fofo e romântico da relação. – Waliyha voltou a provocar.
– Ei, eu também sou romântico. – Disse com uma pouco mais de firmeza. – Saiba que eu escrevi uma música para ele, Zayn abriu um sorriso vitorioso e eu corei, não sabendo se devia mesmo ter dito aquilo.
– Sério? – Elas perguntaram com interesse.
– Niall é um músico a caminho do estrelato. – Zayn explicou e elas começaram com mil perguntas sobre minha profissão.
Nem terminamos o café e eu já estava sentado no tapete da sala, com as três irmãs perto e o violão nas mãos cantando a música que eu havia escrito para o irmão delas, além de outras dezenas que elas me pediam. Tentei não corar com os elogios e as perguntas que elas faziam, mas no final, estava gostando da atenção e do carinho.
Mesmo estando ocupado com as meninas, não deixei de perceber que Zayn conversava com a mãe sentado à mesa, mas parecia ser uma conversa pacífica e bem humorada, então me forçava a não me preocupar em ter causado um problema para ele.
– Você é tão bonito... – Safaa comentou enquanto alisava meus cabelos, aproveitando a posição privilegiada que tinha enquanto deitada no sofá no qual eu me recostava. – Você e Zayn ficam lindos juntos. Eu já shippo.
– Não acho que a gente possa ser um shipper. – Disse rindo e deitando a cabeça para olhá-la.
– O quê? Como não? – Ela disse revoltada. – Eu já pensei em tudo, vocês serão Ziall Horlik, um super casal, do tipo que vai causar em todos os tapetes vermelhos. – Então eu comecei a gargalhar, porque realmente era uma cena difícil de imaginar. – Você vai ter que me pedir desculpas por essa risada quando isso acontecer. – Ela carinhosamente puxou meus cabelos e eu ri ainda mais, pedindo desculpas logo depois, voltando a ganhar um carinho gostoso em meus cabelos.
– Zayn me disse que você cuidou dele ontem quando ele estava doente. – Trisha disse sentando-se no sofá.
– Ele deu um pouquinho de trabalho, mas está bem melhor agora. – Tentei soar mais descontraído, vendo que Zayn se arrastava para deitar com a cabeça no colo da mãe.
– Um pouco de trabalho? Acho que está sendo modesto, Zayn fica terrível quando doente, fica manhoso e cheio de manias e vontades.
– Sim. Ele fica muito manhoso! – Concordei animado e ri quando todas elas concordaram. – Não queria comer e só comeu porque eu fiquei do lado, só faltou querer que eu desse na boca. Ficou o dia todo falando arrastado e querendo carinho. O drama em pessoa.
– Ele é totalmente dramático. – Trisha completou. – Isso é totalmente a cara dele, ama estar no centro das atenções e de ganhar carinho, quando fica doente, então...
– Vocês sabem que eu estou exatamente aqui escutando tudo, não é? – Ele protestou, mas nem sequer levantou do colo da mãe para perder o cafuné. – Mal se conheceram e já estão falando mal de mim. Francamente...
Nós rimos dele e engatamos em uma conversa animada, em que eu soube muita coisa sobre Zayn, seu passado e a história de sua família. Elas me mostraram algumas fotos comprometedoras também e eu ri por muito tempo dos protestos que ele fazia por todas as histórias que elas me contavam.
Durante as horas em que a família dele estava ali, eu conheci um novo Zayn, cheio de histórias, de defeitos e também muitas qualidades, de amor e muita cumplicidade com a família. Tudo o que eu já sentia por ele foi intensificado, me deixando sem nenhuma outra opção a não ser assumir que eu estava muito apaixonado por aquele homem.
Quando nos despedimos das quatro mulheres, eu já não me sentia envergonhado ou incômodo, foi mais como um alívio por ter passado por aquilo. Passei a minha vida toda querendo um relacionamento de verdade, do tipo que se dorme de conchinha ou conhece a família e aqui estava eu, me despedindo da mãe e irmãs de Zayn depois de ter dormido a noite toda em seus braços.
– Já pode respirar em paz, baby. – Zayn disse rindo agarrando meu corpo por trás e deixando um beijo em meu pescoço.
– Sério? Está tudo bem? – Minha preocupação voltou e eu me virei para ele. – Quer dizer, eu não sabia se ela sabia sobre você e me apresentar assim como seu namorado, não sei, não queria te causar problemas... – Suspirei.
– Eu sabia que elas viriam, Niall. – Sua voz era calma como sempre e ele ainda me deu um selinho antes de continuar. – Se eu não quisesse te apresentar, teria arrumado um jeito disso não acontecer. Elas reclamam o tempo todo sobre nunca ter conhecido alguém com quem eu estivesse, então eu não queria privá-las disso justo agora que conheci alguém importante para mim. – Senti meu coração acelerar e mordi os lábios, sem saber como reagir. – E elas te amaram, fiquei até com um pouco de ciúme. – Rimos juntos e ele me deixou mais um selinho.
– Então você queria me apresentar a elas? – Soei um pouco confuso e ele assentiu, me dando outro beijo, agora um pouco mais longo. – Então está tudo bem?
– Amor, você pode, por favor, relaxar e me deixar te beijar? – Era a segunda vez que ele usava esse apelido e, como da primeira vez, meu coração acelerou e eu me senti incapaz de qualquer reação, então apenas grudei meus lábios aos dele e deixei que ele me beijasse.
Suas mãos adentraram minha camiseta e logo ela já estava no chão. Eu gemi manhoso enquanto ele beijava meu pescoço e tirávamos as roupas um do outro. Ele impulsionou meu corpo para que eu subisse para seu colo e logo depois nos levou até o sofá.
Suas mãos caminhavam lentamente pelo meu corpo, me causando sensações e arrepios que me faziam gemer ainda mais alto em sua boca. Seus beijos desceram para meu pescoço e de lá para meus mamilos, demorando-se ali, me fazendo agarrar seus cabelos em busca de alívio.
Sua boca ainda trilhou um caminho longo e lento por todo meu torso e a ponta de sua língua deixava uma trilha molhada em meu baixo ventre, me fazendo contorcer pela sensibilidade de seus toques.
Achei que ele me tomaria em sua boca logo, mas Zayn parecia estar se deliciando com as sensações que causava em mim, pois se posicionou entre minhas coxas e passou a beijar, morder e chupar o interior delas, me deixando marcado e com muito tesão.
Eu queria agarrá-lo pelos cabelos e levar sua boca para onde eu precisava que ela fosse, mas não queria estragar suas provocações, porque qualquer coisa vinda de Zayn me fazia experimentar um prazer diferente e cada vez mais intenso.
Ele olhou para mim e mordeu o lábio enquanto masturbava lentamente o meu pau, agarrei o estofado do sofá e gemi alto com a visão linda e pecaminosa a minha frente. Então, apenas para provocar ainda mais, Zayn manteve seus olhos grudados aos meus e o sorriso cafajeste, e que eu tanto amava, no rosto, enquanto dava uma única lambida em toda a extensão de meu pau. Choraminguei de prazer.
Quando ele finalmente me tomou em sua boca, eu já estava tão excitado que joguei minha cabeça para trás gemendo mais alto e arrastado do que já fiz em toda a minha vida.
Agarrei seus cabelos e mantive sua cabeça parada, forçando meu pau em sua boca em busca de alívio e a imagem de Zayn parado, com a boca aberta pronta para que eu a fodesse, era tão erótica que eu gozei.
Diferente do que imaginei, Zayn não se afastou, pelo contrário, ele me tomou ainda mais em sua boca, limpando meu pau com sua língua e me fazendo gemer manhoso quando sua língua escovou minha glande sensível, tirando qualquer resquísio que poderia ter ali.
Quando seu corpo voltou a cobrir o meu, ele agarrou minhas coxas e as trouxe até sua cintura, para que eu as enlaçasse ali. Levou dois dedos até minha boca e eu os chupei pornograficamente, incentivado pelo olhar cheio de desejo que ele dava, umedecendo-os o máximo que podia.
Quando ele os levou até a minha entrada, eu agarrei seus cabelos e passei a beijá-lo lentamente, chupando sua língua e gemendo em sua boca enquanto o moreno me tesourava.
– Eu quero você, Zee. – Disse manhoso. – Eu preciso de você.
– Você não tem ideia do quanto eu amo ouvir isso. – Ele disse ofegante pouco antes de morder meu lábio inferior e puxá-lo para si.
Ele retirou os dedos, umedeceu a própria mão e masturbou seu pau algumas vezes, espalhando o pré-gozo que escorria e deixando-o o mais lubrificado possível. Apertei ainda mais minhas penas em sua cintura e gemi alto quando ele me invadiu de uma única vez, firme e intenso.
Agarrei sua nuca e o trouxe para perto, unindo nossos lábios como forma de liberar todo o tesão que sentia por seus movimentos rápidos e firmes. Em resposta, ele apertava minhas coxas cada vez mais forte, o que provavelmente deixaria marcas. Marcas que eu amaria ver na manhã seguinte. As marcas de nossa forma própria de amar.
Quando ele atingiu aquele ponto especial em mim, eu separei o beijo, gemendo alto. Então, para meu total desespero, ele aumentou as investidas, surrando minha próstata e me fazendo gritar seu nome em êxtase total. Me agarrei ainda mais em seu corpo, arranhando suas costas e ombros em uma tentaiva de me unir ainda mais a ele.
Naquele momento, com o corpo de Zayn sobre o meu, suas investidas firmes que me faziam gritar de prazer, suas mãos fortes apertando minhas coxas e sua respiração pesada e ofegante em meu pescoço, eu havia definitivamente alcançado o céu.
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