História Boku no Hero Academia. - Verdadeiros amigos compartilham as dores, certo??

Envolta por uma sombra obscura, se encontrava uma garota de longos cabelos negros e olhos sombrios, coberta de sangue, finalizando alguém com sua espada, essa mulher havia massacrado muitas pessoas ali. E Era sua família. A mulher te encarava e você não podia fazer nada, apenas deixando-a matar quem você mais amava, e sentir o sangue deles escorrendo ao seu encontro.

- Por que você fez isso?! – Você grita em desespero, ao ver os corpos jogados ensanguentados no chão e a sombra da mulher, realçada pela lua de sangue, a mesma do ataque no colégio – Por que não me matou?! O que você fez com a minha irmã?! – berrou com suas frias lagrimas escorrendo pelo rosto. – Por que... maninha....? -Os olhos negros e indolores te encaravam, frios. -Por favor... me mate... – 

Alpha acorda em um susto, completa suadeira e desespero, ela estava ofegante, e seus dedos que estavam apertando o lençol se afrouxavam aos poucos, Alpha sorriu. 

-Inori... Você acabou com a cabeça da sua irmãzinha direitinho... -Ela gargalhou. Alpha se levantou da cama e foi para o quarto onde eles abrigavam daemon, se assemelhava a uma sala de vidro, onde as pessoas podiam vê-lo do lado de fora.

-daemon-san....-Nightmare estava quase em prantos. 

-Se recomponha. -O garoto estava insano, ele ria alto como um louco e murmurava palavras rapidamente, depois chamava por um nome que para elas era desconhecido

-Tooru, o chá não está quente suficiente... você poderia esquentar mais... -Ele dizia gargalhando.

-Não se preocupe... a Regeneração foi pega, logo ele vai ser curado. -Alpha disse. 

-Eles vão pagar.... Malditos heróis.... Quem foi Alpha? -

-Bem, Você-Sabe-Quem me disse que aqueles pirralhos são do 1°A. E temos algumas peculiaridades bem úteis para nós... Aquele garoto, o filho do Sombra está com eles, temos que usá-lo de algum jeito, apenas precisamos não só cutucar a ferida, como futucar e apertar...E o Ratinho está também com eles... -Alpha sorriu. -Ahh a Inori vai gostar de saber disso... Sua irmãzinha querida e o Rato estão no mesmo lugar... Vamos matar a lebre com uma cajadada só... -Alpha sorriu de orelha à orelha.

#KAYO KASHI

Depois das aulas eu preferi dar uma passada em casa antes do sino de recolher. As ruas estavam cheias, pessoas voltando do trabalho, fazendo compras, sorridentes e aparentemente felizes, com máscaras. Minha mãe obviamente não estava nada feliz com a invasão no colégio, e pensou em me tirar de lá no fim de semana, mesmo eu contando toda a história. Meu pai, por sorte havia convencido ela de não me tirar dali. 

-Mãe? -A chamei abrindo a porta.

-Ahh, oi Kashi! Não sabia que viria hoje! -Minha mãe disse. Eu havia puxado a peculiaridade de meu pai, minha mãe tinha a peculiaridade de amplificar sua voz, então eu não queria deixá-la brava.

-Ah, eu fiquei com vontade de ver a senhora, não precisa se incomodar... -Eu disse retirando meus sapatos e entrando em casa. Eu queria deixar claramente explicado para ela sobre o caminho que eu queria seguir, e que se aconteceu uma vez lá, podem ocorrer outras tentativas, é inevitável. 

Depois que eu me acomodei com minha mãe no sofá, eu finalmente havia contado todos os detalhes para ela da invasão, seu rosto estava contraído de preocupação.

-Esse não era o caminho que eu esperava para você Kashi... -Ela remexeu as mãos, 

-Mãe... Às vezes as coisas não saem como o imaginado... Esse é o meu sonho! A senhora sabe não é? -Ela assentiu triste, eu não podia falar desse jeito, eu sentia que estávamos em perigo pois aqueles vilões queriam algo de nós, eu tinha quase certeza... Mas não tenho a coragem de dizer isso à ela.

-Eu prometo para a senhora, que irei ficar bem... -Menti, e menti feio. 

-Não prometa o que você não pode cumprir... -Ela colocou as mãos no rosto, e tentou segurar o choro, eu fui ao seu encontro para abraçá-la... Ela sabia que não ficaria tudo bem... Eu gostaria de ficar mais, mas eu tenho que voltar ao dormitório... 

*         *         *

A noite eu costumava ouvir murmúrios vindo do corredor, desde que voltamos. Levantei-me e abri a porta, olhei da fresta. Vi Yuuki sentado com as costas apoiadas na porta de Nikishiro e uma série de murmúrios vindo dali. Eu pensei que Hiyori iria  fazer comentários sobre arrombar a porta dele, e percebi que ela não andava comendo direito. 

Muitos dos alunos não estavam empolgados pelos acontecimentos recentes. As aulas estavam sendo mais teóricas nesses dias, pois o cronograma ainda estavam em replanejamento após o ataque dos vilões. Ultimamente estávamos tendo aula de filosofia com a professora fixa. Resumindo, a aula estava um saco.

-Aiko Õhashi. -Ela levantou a mão.

-Presente..

-Akame No Hikari..

-Presente. 

-Haruko Yuuki. -Yuuki apenas levantou a mão.

-Hideki Ken. - Ele fez um grunhido de zombie e levantou a mão, sua cabeça estava apoiada na mesa.

-Hiyori Hime. -Ela estava olhando para o nada, Akame estava do seu lado e deu um empurrão nela.

-Ahh.. Presente! 

-Kanzaki Shintaro.

-Presente!

-Katsuo Ikehara. -Ele apenas levantou a mão. -Kayo Kashi. 

-Presente. -Disse com todo meu desânimo.

-Menma Shai -Ela levantou a mão. -Nikishiro Kou. -A sala ficou em silêncio profundo. A professora respirou fundo. -Se ele não vir nas próximas aulas, eu vou expulsá-lo! -Houve uma pequena pausa e um grande climão. Sekai se levantou batendo na mesa e encarou a professora, aquela atitude assustou a todos de nossa sala, ela estava vermelha e tentou fazer uma cara fofamente emburrada. Hiyori e Yuuki encaravam a professora com raiva. Sekai correu até a porta e se retirou da sala. Todos nós ficamos surpresos.

-Qual é o nome dessa garota? -A sala ficou em silêncio. -Muito bem.. -Ela suspirou. -Eu não vou expulsar ninguém, só quero que ele venha frequentar as aulas, o comportamento dele está ficando preocupante.. 

#SEKAI USHIROMIYA.

Não sabia o que tinha dado em mim, eu agi impulsivamente e corri para fora daquela sala, de uma vez por todas ele iria me ouvir, de um jeito ou de outro. Quando me dei conta já estava subindo as escadas em direção ao seu dormitório. 

Escutei barulhos de garrafas quebrando, e soluços. Eu dei três batidas delicadas na porta. 

-Nikishiro..? -Escutei passos em direção à porta. -Nikishiro abre a porta? 

-Sai daqui Sekai. -A voz dele vacilava. -Se você não sair agora vai se arrepen-

-SE VOCÊ NÃO ABRIR ESSA PORRA DE PORTA, EU JURO....QUE NUNCA MAIS VAI PRECISAR FALAR COMIGO! -Tudo havia ficado em silêncio. -Você não entendeu ainda..? -Abaixei minha cabeça e deixei uma lágrima cair. -Que droga Kou... -Houve uma longa pausa...... Escutei um barulho na tranca, meu coração acelerou, quando ele abriu a porta, senti um cheiro de comida estragada, e tudo estava escuro, pela claridade de fora, vi que ele havia perdido peso, possuía olheiras profundas em seu rosto, na parede do quarto, haviam muitos buracos de socos e garrafas quebradas no chão. Sua feição era triste e mórbida, eu nunca havia visto ele daquela maneira, meus olhos se encheram de lágrima, eu tentava caminhar em sua direção em passos lentos.

-Satisfe- Eu só o abracei, senti que ele precisava disso,  apenas senti. Não pensei em nada ali, não ligava de estar matando aula, eu só queria dar apoio ao meu companheiro, queria fazer da dor deles a minha, ajudá-los no que precisasse, mesmo que eu morresse, iria protegê-los,  demorou um tempo mas ele retribuiu o abraço, sentia sua vibração e sua dor, como se um fio transmitisse toda angústia que ele carregava nas costas sendo compartilhado comigo, queria que ele entendesse que não estava sozinho, que todos do 1°A se importavam com ele, seu abraço estava muito mais apertado do que imaginei, suas pernas fraquejaram e seu peso nos derrubou, ambos ficando de joelhos, em meu ombro, senti que ele estava chorando, afaguei seus cabelos, e tentei segurar o choro. 

-Vai ficar... tudo bem... o pessoal sempre vai estar aqui pra você... Não guarde tudo para si, não se isole, ou quebre paredes... -Ficamos um certo tempo daquela maneira, até tudo que ele sentia ser mandado em bora, então ele me contou tudo, sobre o professor novo Warrior, e que ele matou seu pai, me contou sobre como ele e seu irmão passaram fome, e humilhação, foram isolados e tiverem que aprender a se virar na marra sem ajuda deles, sobre o quanto seu irmão era importante para ele, e o que mais irritava ele, era o fato de não ter sido ajudado em nenhum momento depois da morte de seus pais pelos "heróis", e da culpa que ele sentiu por ter sido salvo por ele, e saber que ele estava nas redondezas.

Quando ele acabou de falar sobre sua história e o que ele sentia sobre aquilo tudo, ele deu um longo suspiro, e soltamos do abraço. 

-Kou... Você sabe que não pode ficar aqui dentro para sempre, você precisa enfrentar seu couro particular de demônios... -Ele fez uma careta sobre o termo que eu usei. - Isso que dá perder aula de filosofia. -Ele deu uma risada bem rouca.

-Vai ter que me dar umas aulas. 

-Por que você não fala com ele? -O semblante de Nikishiro havia mudado completamente, era indecifrável, uma mistura de desgosto com ódio e negação. -Questione o porquê dele nunca ter ajudado, então você colocará um fim nos seus demônios. E eu não estou falando de agressão. -Nikishiro respirou pesado.- Não tem como vencermos um problema se não o enfrentarmos de frente, fugir só o torna maior e mais forte. Se trancar em um quarto, não vai fazer os seus problemas desaparecerem. Só irá se tornar cada vez maior... E seu irmão não iria querer te ver jogado em um quarto escuro assim, ele quer uma coisa muito melhor pra você, certo? -Dei o melhor sorriso que pude... Ainda com um pouco de lágrima que eu estava segurando, tentei parecer segura.

-Tá. -Eu dei um grande sorriso.

-Entãão, vamos limpar esse quarto porque o cheiro está horrível. -Eu me levantei e entrei no quarto. 

-PERA PERA!!- TUDO ESTAVA JOGADO, ROUPA, COBERTA ERA A VISÃO DO INFERNO! HAVIAM PRATOS DE COMIDA FEDIDOS DEIXADOS DE LADO INTOCADOS, E O CHEIRO DE BIRITA ERA INSUPORTÁVEL.

-QUE IMUNDICE NIKISHIRO, INACREDITÁVEL A GENTE VAI TER QUE CHAMAR ALGUÉM PRA ARRUMAR ISSO! E TU BEBEU?! EU JÁ TE FALEI QUE VOCÊ É DE MENOR, NÃO TÁ CERTO PARA COM ESSAS COISAS!! HIYORI E YUUKI TERÃO UM LONGO TRABALHO PELA FRENTE!

-Se você não parar de gritar eu vou te trancar ai dentro!!

*    *    *

Depois daquilo, eu obriguei Nikishiro a se reanimar, ele tomou um banho, vestiu roupas limpas, e desceu comigo para o almoço com o pessoal, teríamos aula de matemática logo em seguida, então tudo ficaria bem. Quando chegamos em nossa mesa de almoço, nossos amigos olharam surpresos para nós.

-Minha nossa senhora da bicicletinha.. -Keni disse largando seu hashi.

-E aí... -Nikishiro disse sem jeito.

-"E aí?!" Que ódio você preocupou todo mundo seu idiota! -Hiyori disse com uma careta chorosa engraçada pulando em cima dele.

-Tá, tá chega! -Ela se sentou novamente com a mesma cara chorosa.

-Cara, o que aconteceu?! -Rentaro perguntou com o cenho franzido de preocupação.

-Bem bem, depois a gente explica melhor a situação... O importante é que agora tudo está bem com ele. -E assim nos acomodamos nos assentos.

-Não faz isso de novo, por favor. -Akame disse comendo sem encarar Nikishiro. - A gente se preocupou bastante... 

-OHHHHHH ELA FALOU! 

-Hiyori, você está trazendo desonra para a nossa sala. -Katsuo disse.

-EU?! QUE PALHAÇADA! 

-Ele tem razão Pijama-Chan. -Yuuki disse, 

-VOCÊS AINDA LEMBRAM DISSO? -Vi Nikishiro dar um leve sorriso. Rentaro deu uma gargalhada junto de Kanzaki e Keni, pude ver que Akame sorriu de canto.

-EI! Lerda! -Hiyori o encarou. -Eu disse que te treinaria se você aprendesse a falar o nome dos outros direito, né? -Ela abriu um sorriso gigante. Em meio aos sorrisos de alívio momentâneo e cumplicidade, íamos terminando o nosso almoço.

-Agora que estamos todos aqui... -Menma disse.  -Quero que me digam... Por quê vocês acham que invadiram a U.A?

-Eu realmente não faço ideia... -Kanzaki disse coçando a cabeça. -Mas cara, o que foi aquilo! A Akame, o Kayo e o Katsuo arrasaram! E a Hiyori conseguiu soltar a galera toda no fim!!

-É, mas acabou quase estourando a cabeça... -Ken disse.

-Foi como naquela vez que você comentou Keni? -Rentaro perguntou. Ken ficou sério e Hiyori havia se assustado.

-Foi Ken? -Ela perguntou séria.

-Não chegou nem perto... -Ken disse. (quem disse)

-A Menma tem razão pessoal.. -Rentaro disse. -o 2°A foi invadido primeiro, sabemos que essa turma teve uma rixa grande com a Liga dos Vilões, pois Nomus invadiram alguns dormitórios então todos já imaginam que os atacaram, e apenas vilões atacaram o 2°A.

-Não... Vilões invadiram o nosso dormitório também. -Haruko disse. -Com tanta coisa acontecendo não tivemos tempo de falar sobre isso... Mas dois vilões nos atacaram de frente, sem contar uma garota que me fez.... Ver coisas que não queria... -Ele pareceu pensativo.

-Se eles atacaram a gente diretamente, significa que algum de nós é o alvo? -Aiko perguntou. -Querem algo de nós?

-Do jeito que eles lutaram comigo e com Nikishiro... -Eles se olharam. -Esses vilões estavam apenas brincando conosco...

-Acredito que seja alguém de dentro que tenha feito algo... -Rentaro disse. Alguns na mesa ficaram estupefatos com o que ele disse.

-Mas, Haruko... -Kanzaki disse assustado. -Isso é uma acusação muito séria... -Ele pareceu pensativo. 

-Eu concordo com o Rentaro. -Disse convicta.

-Sekai viu que as câmeras de alta segurança estavam desativadas, se um aluno fosse visto pisando no tapete do lado de fora, um professor seria avisado... Havia uma barreira à prova do som dentro do colégio, sem contar que o sistema estava desligado, isso atrasou bastante.

-Aquela garota... -Akame disse irritada. -Ela é realmente forte...

-Aquela tal de Alpha né?Sim ela era muito forte... -Kanzaki disse, escutamos barulhos de talheres caírem no prato, Rentaro colocou a mão na boca como se tivesse escutado uma notícia trágica.

-Rentaro? -Menma o chamou, ele pareceu do mesmo jeito. 

-Rentaro? -Aiko tocou seu ombro, ele pareceu ter se assustado.

-A-A-AH... lembrei que eu não fiz o dever de matemática...

-ERA PRA HOJE? -Aiko perguntou.

-Que decepção Aiko. -Eu disse para ela brincando.

-Que isso meninas, o bonde precisa ficar unido! -Hiyori disse.

-Que "bonde"? -Eu perguntei

-Só temos nós 5 de meninas na classe do 1° Ano! Uhuu e tem uma garota no 1°B mas é só ela.

-Tá e daí? -Menma disse.

-Pode parar de ser fria assim? -Olhei para Rentaro novamente, ele parecia tenso, com certeza.... Aquilo não era só um dever de casa.... 

Eu havia estranhado apenas uma coisa que o Rentaro disse. Ele havia esquecido de fazer o dever de matemática... Ele não havia passado nenhum dever. Sua feição estava tensa e pensativa, seus pés se contraíram, e suas mãos se moviam feneticamente, sem contar sua suadeira... O que você está escondendo de nós, Rentaro?

#END

Em uma pequenina casa no subúrbio, era possível de longe ver o caos em seu interior. 
Os móveis estavam revirados, como se um rebuliço tivesse acontecido ali, cadeira virada, papéis jogados, sangue no carpete, e TV ligada ruidosa fora do ar. Focando-se em uma mesinha de centro na sala escura, haviam cartas, iluminadas apenas pela luz da TV, havia chá gelado derramado em cima das cartas, mas a letra ainda era um pouco legível, exceto por algumas letras borradas pelo chá recentemente entornado. O conteúdo dela dizia: 

"Você não vai acreditar no que aconteceu hoje. 
É, eu comecei a comer junto do pessoal da minha sala. Eu consigo conversar de boa com a maioria deles. Eu não começo nada, mas eles não parecem ter medo ou nojo de mim. Isso é legal. Mas não é isso que eu quero te dizer. 
O pessoal da minha sala me defendeu cara! Quando uns caras vieram encher o saco! 
Quando eu tava qu.......................

 

nos estudos, mas eu dou de ............................

..............................ori, ela é legal também. Eu não tinha id..........................

fraca demais, mas ela sempre leva tudo na brincadeira m.......................n e o Kayo também. ........................................ Queria que você tivesse tido colegas assim... Tem outra ........................RTE DEMAIS. Eu não vou deixar ela se melhor que eu. Esses aspirantes de heróis, eu acho que posso impedir eles de virarem heróis como os que tão por aí, que destruiram nossa vida. 
Eu acho que entrar aqui não foi tão ruim assim. Quem sabe um dia levarei alguns deles para te visitar... Eles vão gostar de você!

Com saudades, de seu irmãozinho, Kou."