História Boku no Hero Academia. - Eles não perdoam, ou esquecem.

Ainda na sala escura, Ushio estava amarrado e preso; seu pescoço pendulava para frente, pois além de sentir imensa dor, Alice o privava do sono. 

-Ushiio-Chan.. -Ela continuou o chamando com uma voz infantil, seus olhos eram imensos e seu sorriso, malicioso. -Não vai querer dormir no meio da diversão, certo? -Ela abriu a bolsa que trazia consigo, e de dentro dela, retirou alguns objetos estranhos, os primeiros eram tortuosos, pontiagudos. -Sabe, Ushio-Chan, devo confessar à você, que eu gosto muito de história. -Ela disse pegando o primeiro objeto tortuoso, ela o segurou em mãos, e acariciava o objeto e encarou Ushio timidamente. -O assunto que eu mais me interessei em estudar, foi a Idade das Trevas... Sobre a Santa Inquisição... -Ushio levantou a cabeça assustado, ele pareceu ter entendido o que Alice queria dizer, mais uma vez ele tentou inutilmente se soltar. -Eu estudei todos os objetos de tortura que foi criado, e eu acharia um pecado não usar.. -Ela colocou uma mecha do cabelo para trás. -Não me olhe com essa cara... Senão eu vou me apaixonar por você... -Ela se aproximou de Ushio com um olhar cortante, ela emitia risos de excitação tentando ser controlado.

-ME SOLTA SUA DOENTE!! -A voz dele começou a vacilar, mesmo sendo uma criança, como poderia ter tal crueldade em sua personalidade?!.

-Por favor, colabore. -Ushio se remexia como um rato desesperado, o barulho que suas pernas quebradas faziam ao tentar se soltar, as correntes presas balançavam extremadamente, e as mãos por mais que tentassem se mover, apenas causavam mais dor. Alice fincou o objeto pontiagudo sobre a rótula de seu joelho, e puxou para a lateral lentamente, os gritos tornaram-se mais altos, Ushio batia a cabeça para trás e gritava até suas cordas vocais não aguentarem e vacilarem para uma rouquidão extrema. Alice fez com que a rótula se deslocasse, e por fim, ela retirou o objeto lentamente, Ushio estava quase em suas últimas, mas Alice estava apenas começando.-Eu acho que... esse objeto já está sem graça... Vamos para as tradicionais. -Alice retirou uma venda preta e tentou colocar em seus olhos, mas Ushio balançava a cabeça bruscamente, até que ela conseguiu colocá-la. Em seguida ela começou a mexer aleatoriamente em seus utensílios, criando um barulho metálico ecoante. -Talvez... eu devesse começar com os olhos? -Ela pegou um objeto com a ponta dobrada em 90°, ela puxou os cabelos dele bruscamente para trás, e passou o objeto pontiagudo delicadamente pelo rosto de Ushio, onde não havia nenhum corte ou arranhão ainda. Ela passava lentamente pelo queixo, depois pela bochecha, Ushio estava paralisado e sua respiração estava ofegante, conforme ela acariciava seu rosto com o objeto de tortura, sua respiração aumentava mais, e mais.... Depois  posicionou-o em seu olho direito, e parou. -Não.. -Ela disse. -Gosto muito do seu rosto para danificá-lo agora.

-Eu vou te mat- Ushio engasgou com o repentino aperto que Alice deu, ela agarrou a região da sua traqueia e apertou com suas unhas profundas; 

-Eu vou brincar tanto, que você pedirá pela morte. -Ela o soltou. -Vamos começar... -Ela abriu sua grande bolsa, e retirou de dentro um objeto de metal, onde uma duas estacas com espetos pontiagudos estavam perpendiculares na vertical, com duas retas, o mecanismo que havia no objeto, permitia que os espinhos se espremessem, encostando uma na outra se encaixando perfeitamente. Ushio se assustou e fez uma careta com o barulho que o mecanismo fez. -O nome desse objeto é Esmaga-Joelhos, ele era colocado na perna da vítima, na altura do joelho, e apertado até que as pontas penetrassem na carne, estraçalhando a rótula. -Ushio soltou um grunhido de angústia. -Era utilizado para arrancar informações dos hereges... 

-O que... mais vocês querem de mim?... -Ele perguntou rouco. 

-Bem, já conseguimos tudo o que precisávamos de você, Ushio-Chan.

-Então por que?... -Sua voz estava embargada.

-Você por acaso me viu fazer alguma pergunta? -Ela sorriu. -Querido, eu faço isso por... diversão! -Ela caminhou posicionando o objeto entre os joelhos de Ushio. 

-Por...favor... não... -Havia hesitação, e humilhação e angústia em sua voz. 

-An? Eu acho que não ouvi? -Ushio engoliu seco, desesperado pela falta de visão, vulnerável e a mercê das sensações, ele estava finalmente cedendo à sua humanidade.

-Por... favor... não... -Ele disse um pouco mais alto, Alice gargalhou e se levantou.

-PATÉTICO- Ela estapeou seu rosto. -COMO SE SENTE? -Ela estapeou o seu rosto- ESTÁ SE HUMILHANDO?--Ela estapeou o seu rosto do outro lado- É TÃO FRACO ASSIM? -, em seguida do outro, e no outro... Até ela ficar completamente cansada, e o rosto dele ficar completamente roxo. -... você perdeu a graça.- Ela se levantou e remexeu sua bolsa, e pegou uma estaca de metal de dentro da bolsa e um capacete com um mecanismo pontiagudo e uma estaca ao centro  o colocou na cabeça dele, ela começou a fazer perfurações superficiais na região do intestino, Ushio já não suportava mais a dor, suas pernas estavam quebradas, suas unhas estavam feridas por conta das giletes por baixo das unhas que antes ela havia posto, e seus dentes também, por ela ter feito ele mastigá-las, as perfurações pareciam rasgar sua epiderme cada vez mais profundamente, ele sentia que a qualquer momento seu intestino fosse se contorcer. -Se você me pedir a morte eu lhe dou.. -Ushio resistiu, Alice assobiou- De verdade, você é a primeira cobaia que resistiu tanto- Ela caminhou em volta da cadeira. -Você acha que seu irmãozinho vai te salvar? -Alice gargalhou. -Aquele pirralho já sabe que você tá aqui, e ele não veio até agora... Nem moveu uma palha ainda, e se ele tentar, eu obrigo vocês dois a se matarem, ou eu faço pior a ele, além de pegar aquela maldita individualidade. -Era visível a venda começar a ficar molhada, Alice percebeu e retirou a venda do rosto dele que permaneceu com a cabeça baixa. -Ele definitivamente tomaria seu lugar como papai, e com certeza seria até um pai melhor... E num futuro próximo, um marido melhor... Ou você acha que a sua garota não vai precisar de um consolo... Os dois juntinhos, já imaginou? Um consolando o outro.... Seria romântico, não acha? -Ela bateu no capacete que estava na cabeça dele. -Vamos começar... com o esmaga-crânios. -Ela girou a pequena manivela, e a estaca de madeira ia descendo e perfurando o centro de sua cabeça, Ushio gritava mais alto ainda, a estaca estava descendo e perfurando seu crânio lentamente, sangue saia da boca de Ushio.

-Me..... maaa... -Alice parou de girar a manivela.

-ÃÃn??? -Ela aproximou sua orelha perto da boca ensanguentada de Ushio.

-Me.. ma.....te.... Me ma..te.. -Alice sorriu. 

-Vai fugir mesmo, guerreiro? Vai deixar seu irmão roubar sua família? E no fim deitar com sua esposa? E criar uma família feliz? -Lágrimas começaram a cair novamente do rosto de Ushio.

-Eii!!! -timor estava na porta. -Pare com isso Alice, os gritos desse cara já estão me deixando irritados, se não matá-lo logo, eu mesmo faço isso. -Ele disse apático. 

-Tá bem, tá beem... -Alice disse com suas vestes cobertas de sangue dando um sorriso gentil.

-Alpha quer falar conosco, anda logo. -Alice caminhava alegremente atrás de timor

-O que acha de jogarmos moscas aqui?

-De jeito nenhum, isso é nojento. -timor disse se retirando da sala fechando a porta, e deixando-a escura novamente, Ushio estava a beira da insanidade dentro daquele local.

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Os integrantes da Aliança dos vilões se encontravam sentados nos cômodos da sala escura. Oráculo estava costumeiramente em seu puff com a mesma cara de tédio insuportável, V estava ansiando por aquela reunião, Yamamoto estava com uma áurea sombria e Zoom estava amedrontada, daemon estava se recuperando aos poucos e Nightmare não saía de seu lado. Cybor não estava presente, pois em meio a captura da peculiaridade de fator alto de cura, Ushio  o matou.

-Bem, não quero mais ficar enrolando. -Alpha disse encostando na parede, todos os olhares estavam voltados para ela. -Não vai dar para continuar com essa farsa dentro da U.A, a professorinha está morrendo, e a Toga está precisando de mais sangue pra beber. 

-Ela é muito burra. -Oráculo disse. -Tudo que ela precisava fazer era se aproximar do Midorya, e pegar informações sobre o One for All. 

-Se nós vamos mesmo seguir com o plano de dar o golpe no Tomura, precisamos ser cautelosos, temos o Oráculo como vantagem sobre isso. -Alpha disse. -Mas acho que dá para utilizar os recursos que temos com a Toga para atrairmos o Midorya, inclusive aqueles alunos que despertaram meu interesse. -Alpha jogou as fichas escolares dos alunos na mesa. 

"Hiyori Hime, Individualidade: Telecinese.

Histórico. : Aluna mediana; é avoada, hiperativa e perde o foco constantemente, mas vem mostrando bons resultados em trabalho de equipe, sua personalidade acaba de algum modo unindo seus colegas de classe,  mas por outro lado, age de maneira impulsiva e por instinto; mesmo suas habilidades de combate e técnicas não sejam avançadas, foi mostrado que o uso de sua Telecinese está se expandindo cada vez mais, dando sinais de Controle Mental. Foi registrado que a aluna perdeu o controle de seus poderes há 6 anos atrás ao saber do atentado em um dos prédios do governo pelo vilão Sombra, sua mãe trabalhava como faxineira, e não resistiu, isso causou destruição em todo o seu quarteirão, caso ela não fosse impedida, os estragos teriam sido maiores para ela e para os moradores., 

 

"Kayo Kashi, individualidade: Nevasca.

Histórico: Aluno de bom nível, Kayo é facilmente impressionável, e energético, se irrita facilmente caso o provoquem, em especial possuí uma relação não muito boa com a aluna Hiyori Hime, por seus ambos temperamentos. Costuma se dar bem em combates solo e à distância, mas gradualmente, seus resultados estão sendo distribuídos igualmente. Sua peculiaridade é versátil, pois pode ser usada como uma rajada de vento, uma grande nevasca, ou um congelamento extremamente potente, sua resistência corporal é considerável. Em sua família há apenas registro de sua mãe,  seu pai é um herói aposentado, há também registros de 3 irmãos, que por sua vez foram dados como mortos após uma longa busca por seus corpos desaparecidos, e não há nenhuma informação sobre estes irmãos;

 

Katsuo Ikehara, individualidade: Hemokinesis.

Histórico: Um dos alunos exemplares e mais fortes da sala, seu potencial ainda não teve a completa chance de ser explorado, mas o que o destaca dos demais é sua extrema obstinação e parece possuir um laço forte com os alunos de sua classe. Sua peculiaridade possuí muitas vertentes, podendo controlar o sangue o endurecendo ou da forma que ele deseja, e em sua infância sua peculiaridade causou grande afastamento das outras crianças. Registos familiares foram constados de seus pais que foram heróis Pros, sua mãe se aposentou, porém seu pai ainda está na ativa.

 

Aiko Ohãshi, individualidade: Attraction.

Histórico: Aluna mediana, e obstinada, sua relação com os alunos da sala é também extremamente próxima, sua peculiaridade é extremamente útil em campo de batalha para repulsar o adversário, ou aproximá-lo dos outros, mas se for usada de maneira solo, poderá ser facilmente derrotada. Em seus registros familiares sua mãe e sua tia estão sob sua tutela.

 

Rentaro Nakamura, individualidade: Living Dawns.

Histórico: Aluno com baixos rendimentos, sua peculiaridade ainda é um pouco desconhecida, mas até onde se sabe, permite dar vida à animais, nos últimos tempos, seu rendimento de controle aos animais está estável. De origem desconhecida, pois viveu toda sua vida em orfanatos, e todos eles sempre estavam sobre a mira de ataques terroristas, seu destaque é perceptível pela vontade indomável de ajudar aos outros,  mesmo tendo rendimentos baixos, sempre aparenta dar o máximo de si. 

-O que eu ainda não entendi é como esses pirralhos da U.A te interessam! -Nightmare disse.

-Cale a boca pelo menos uma vez, e me escute? -Alpha disse colocando uma de suas mãos na têmpora com sua veia estufada. V assobiou.- Vocês não perceberam nenhuma semelhança com as histórias? -Yamamoto pegou o histórico do Rentaro e de Katsuo, e começou a compará-los. 

-Esse... Rentaro... -Yamamoto pronunciou seu nome com repugnância. -Se assemelha com as descrições do tal "Ratinho" 

-Exatamente.

-Então, encontramos nossa cobaia fujona. -Oráculo disse jogando seu corpo para trás. Alice sorriu descontroladamente.

-Ratinho... Ratinhoo... Saudades do Ratinhooo... -Alice cantarolou.

-Cala a boca, maluca. -Oráculo disse apático.

-Oráculo, precisaremos de você mais do que nunca. Aquela professorinha está a beira da morte, então temos que pegar ao menos o Ratinho e teremos duas chances, Toga nos informou que haverá um acampamento militar de treino intensivo para os pirralhos, e também terá os jogos esportivos, no último caso, temos rostos desconhecidos, e cinismo suficiente para ir até os jogos, quem não pode dar as caras realmente por lá são esses pirralhos novatos, eu, timor e daemon. Nightmare você praticamente não apareceu, se você usar aquela máscara que os doentes usam e um disfarce, também vai ficar bom. Já no primeiro caso, Toga manda o mapa com cada alojamento dos pirralhos, e a zoom nos coloca pra dentro, tudo precisa ser feito em completa minúcia, o Ratinho e esses pirralhos dos históricos serão perfeitos para atrair o One for All, e ainda recuperamos nossa cobaia numa cajadada só.

-Tá, mas vamos só nós dois?! -Oráculo disse inclinando o corpo. -

-Claro que não bobinho. -Alpha sorriu. -Pain e Alice lhes farão companhia. -

-Sério que vou ter que lidar com dois malucos? -Oráculo disse com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

-Você não é pago atoa. -Oráculo sorriu.

-Você é bem afiada, Alpha. -Ela sorriu, com seu costumeiro brilho nos olhos. 

-Nosso Rouxinol está a espreita. -Ela disse tranquila.

-Inori não ajudará? -timor retrucou.

-Ela está a frente da situação no caso da captura do One for All, e não do nosso golpe. -Todos se calaram. -Mais alguma dúvida? -O silêncio permaneceu.  -Ótimo. -Alpha suspirou. -Zoom, vá com Yamamoto e pegue mais sangue da Queeny e coloque na garrafa para Toga. -Zoom e Yamamoto assentiram e rapidamente foram para a direção da sala onde a professora estava trancafiada. 

-Eu vou atrás deles, novatos sempre fazer merda. -timor disse caminhando lentamente. 

*        *         *

A mesma colegial loira, estava em frente ao seu computador com uma maça em cima da mesa, ela estava vestida de maneira confortável e parecia extremamente concentrada no que fazia; ao seu lado, um garoto idêntico à ela estava deitado em uma cama quase cochilando.

Uma pedra foi arremessada ao lado de sua janela chamando atenção dos dois, eles se entreolharam e ela se levantou rapidamente e abriu a janela,  foi jogado dentro do quarto um pequeno pergaminho amarrado em uma pedra, e neste pergaminho, estava escrito:

"Descubra o necessário sobre o pseudo herói Silver Punch

Use o mecanismo feito pelo Sith para interferir no sinal de rádio TV

Mande os dados que retornarei.

Divirta-se.

Queime este papel imediatamente." 

Havia una espécie de assinatura ao final do papel.

-Caramba AKILL, essas coisas difíceis só sobram pra mim. -Ela disse batendo o pé.

-Não reclama que pelo menos você está ajudando em algo.

-Sith, você estava construindo um protótipo de interferência de sinal rádioTV e não me avisou, belo irmão gêmeo. 

-Len! Rin! Ainda estão aí em cima?! 

-Ah, estamos sim mãe, estamos terminando os deveres de casa! -Ela gritou de volta.

-Caramba Rin, você esqueceu que só podemos usar nosso codinome quando estamos em missão? -Sith a encarou repreensivo.

-Tá, tá, foi mal!- A garota caminhou até suas velas aromáticas que estavam acesas, e queimou a ponta do papel, e o deixou em cima da bandeja de alumínio, e ficou observando o papel estalar e queimar, com seus grandes olhos azuis atentos esperando ele virar completas cinzas, e quando havia acabado, o jogou no lixo do banheiro. Ela se sentou no computador novamente. 

-Vai começar por onde? -Sith perguntou.

-Primeiro eu vou checar as notícias das mais recentes até as mais antigas, visitar páginas nas redes sociais e entre outros, enfim, preciso fazer com que ele me retorne alguma mensagem, assim posso rastrear seu IP. -Sith sorriu. -Se eu conseguir fazer com que ele acabe fazendo o download do meu vírus eu posso invadir tudo que há em suas pastas pessoais, históricos, e-mails, mensagens, ect... -Sith sorriu.

-Ficar brincando com os tais hackers Angels serviu de algo, né? -Twissey estava concentrada teclando em seu computador.

-Por favor, não vamos comentar sobre essas coisas com a mamãe em casa, ou em local público. -Ela olhou para o irmão com cumplicidade e deu uma piscadela.

Horas depois, já estava perto do anoitecer, Twissey estava com dor nos ombros, Sith havia pego uma tigela com diversas frutas para sua irmã comer, e ficou ao seu lado.

-Algum progresso? 

-Sim... Me é muito estranho isso, as notícias sobre ele são em peso sobre prisões de vilões, isso está bem, mas, nunca quis dar nenhuma entrevista de como fez tal ato heroico. Uma vez ele foi visto levando uma garotinha chorosa e perdida para algum lugar, de acordo com um herói que fazia ronda, ele conhecia a garota, e ele não permitiu que o herói de ronda a levasse por ser suspeito, e ninguém viu essa criança mais. 

-Será que ele a sequestrou?

-Óbvio seu cabeça dura! -Twissey disse dando um tapinha na testa de Sith. -Agora, preciso ativar todas as proteções necessárias para não identificarem meu IP, senão descobrem onde a gente mora. -Ela começou a teclar freneticamente. -Irmãozinho agora moramos no México! -Ela disse com sotaque espanhol. Depois de ter ativado todos os antivírus e proteções, ela enviou o vírus que seria direto por e-mail.

-Como ele vai cair nessa. 

-Vou jogar a isca infantil, fotos crianças órfãs para serem adotadas -Ela encarou Sith.

-Isso é muito pesado...

-Não seja tonto ô burro, não tem nenhuma foto aqui, eu vou precisar fazer isso rápido, pois só terei no máximo 10 minutos, o computador dele se não tiver uma boa proteção vai dar pane por alguns instantes. -Ela enviou o e-mail e esperou por um certo tempo. As tensões em seus rostos estavam evidentes, Twissey alongava seus músculos, e em menos de 5 minutos, apareceu um pequeno paralelepípedo preto e uma barra de carregamento, o herói havia caído no conto. Twissey e Sith comemoraram com um high-five.

-Você é uma genia maninha! -Quando a barra carregou a tela ficou completamente preta, e no desktop, foram aparecendo todos os documentos que o pseudo herói tinha, Twissey se ajeitou, e concentrada teclava rapidamente, e copiava os arquivos encontrados em um pendrive, tudo que ela conseguiu encontrar, ela pôde copiar pastas de imagens, vídeos e até lembretes, quando tudo havia já acabado, ela encerrou o programa rapidamente. 

-Vou mudar o IP daqui de novo só para garantir... -Ela havia escolhido o IP do Brasil. -Agora.... Vamos a bomba... -Os gêmeos se entreolharam tensos e ficaram surpresos quando analisaram os documentos, eles ficaram perplexos, crianças escravas, traficadas, e trabalhando a força, os vídeos mostravam as crianças em minas, os documentos, eram com os nomes e a localização de cada criança que ele levou para essa organização. O que mais haviam eram crianças em fábricas, e em minas, -Com certeza ele ficava com um pouco do que eles lucravam.. -Sith tremeu de ódio. -Len, mantenha a calma, temos que fazer esse trabalho hoje... -Eles se entreolharam. Twissey enviu os documentos para AKILL de maneira que parecesse um Spam. 

Não demorou muito para que AKILL respondesse os gêmeos, Sith estava sentado no computador e Twissey havia saído do banho. Ele encarou a irmã, e os dois perceberam que era um vídeo editado por ele. Algo de grande aconteceria. Ele havia pedido para que fosse transmitido em todas os meios de áudio e audiovisual possíveis. 

Os gêmeos saíram com suas mochilas nas costas, e deram a desculpa que iriam tirar fotografias do sol que estava a se por, caminhando pelas ruas, até encontrar um beco úmido já tardava, ambos se vestiram com roupas pretas, e com máscaras, deixando apenas seus olhos azuis a mostra, para finalmente cobri-los com um óculos. Eles espreitaram até o centro da cidade por atalhos, o protótipo estava na bolsa de Sith. Quando eles se aproximaram o suficiente, posicionaram-no embaixo da torre de sinal, e giraram a antena parabólica para melhor conexão. As ruas de todo o japão, e todos os telões iriam ver o famoso Silver Punch ser desmascarado. 

-Juntos? -Sith disse para Twissey, que colocava o pendrive e os arquivos editados. Eles observavam tensos a grande TV que não estava muito distante deles, e neste exato momento, a notícia de que o grande Silver Punch havia sido vítima de hacker estava em alta.

-Que oportuno... -Sith disse. Ambos apertaram o botão juntos, e depois de 2 minutos, eles perceberam que a interferência havia surtido efeito, pouco a pouco, os rádios estavam tomando outras informações, e na tela, aparecem dois seres, um homem de capuz verde e mascarado, e um homem com a mascara do Guy Fawkes. Os cidadãos pareciam confusos com aquilo. As crianças perguntavam para os pais quem eram aqueles homens, os adultos estavam atentos e surpresos.

"Boa noite, Japão. Primeiramente, peço desculpas pela interrupção da programação, mas eu como muitos de vocês aprecio o conforto do dia-a-dia, segurança da família, a tranquilidade da rotina... Porém devo lhes dizer que estão confiando vossas vidas à pessoas erradas, e como somos cidadãos que lutam pela segurança e equidade, iremos revelá-los..."

Não só os produtores dos canais de TV estavam desesperados e correndo para todos os lados tentando retirar aquela invasão, mas os pseudos heróis estavam amedrontados. 

"Hoje falaremos especificamente de um herói aclamado. Silver Punch. Ah, como ele é adorável... Ajuda a combater o crime nas ruas, é um dos pilares da sociedade desde a ascensão de All Might.... Porém escraviza criancinhas em minas..."

E na edição feita por AKILL, foram expostas, os vídeos, imagens, documentações, e e-mails, eles era mostrados para cada cidadão vê-los juntamente com os horrores mostrados.

"Heróis de porcelana, que pintam o que não são, para no fim ter próprio lucro... Caso sua criança esteja sumida, vejam estes documentos, temos uma grande chance dela estar na lista..."

Twissey estava dando seu máximo no protótipo de Sith para não perder o sinal.

"Temos aqui revelados quem realmente são seus heróis de enfeite... E para encontrarem realmente os verdadeiros culpados de tal corrupção, basta cada um de vocês se olharem no espelho. Pois os cidadãos aclamam, endeusam seres humanos... Seres humanos que possuem inveja, ganância, medo e impotência.

-Se o vídeo não acabar, eles vão vir direto pra cá Sith!! -Twissey disse nervosa. 

-Não vamos usar nossa peculiaridade em civis! -Sith disse.

"Então eu vos aviso, heróis falsos, heróis corruptos ou vilões que temeram, e tremeram, nós vamos atrás de vocês, nós não perdoamos, nós não esquecemos, nós somos Revolucionários." 

E o vídeo teve seu fim. Sith e Twissey rapidamente guardaram os objetos dentro  de suas mochilas, e logo a frente, carros da polícia foram avistados. 

-Merda Sith! -Twissey gritou. Os dois esgueiraram para o lado escuro dos becos, a polícia pareceu ter visto os dois pois gritaram em suas direções, Sith correu até o fim de um beco onde havia uma grade, jogou a mochila do outro lado, Twissey fez o mesmo e ambos escalaram as grades de metal, havia um grande container de lixo, perto de onde eles estavam, sem pensar adentraram ali com suas mochilas. 

Os dois ficaram um bom tempo sem se mexer, atentos a cada barulho da sirene, os cães não conseguiam identificar o cheiro deles, pois o forte odor do lixo e umidade os atrapalhava, eles só saíram de lá depois de 1h40 minutos depois. 

-Agora eu estou cheirando como você Twissey. -Sith disse.

-Cala a boca senão eu quebro sua cara. 

-Eu até respiraria aliviado.. -Ele disse ofegante. -Mas eu acho que vou vomitar....

-Não vomita em cima de mim seu porco.... Não!! Seu adotado!!

-Somos gêmeos sua estúpida!! -Os dois tentavam se ajudar saindo de dentro do container, cambaleando com as mochilas e ainda esgueirando, até acharem o beco mais próximo para se trocarem.

*        *        *

Na sala do dormitório da U.A do 1A, os alunos estavam estupefatos de frente a TV, Nikishiro encarou Ken, e ele fez o mesmo.

-Caramba. -Kanzaki disse mastigando um biscoito. 

-Pois é. -Kayo disse. E um silêncio permaneceu com o som de mastigação. -Bem, eu vou dormir. -E assim todos foram se levantando gradualmente como múmias para seus quartos, Ken fazia uma feição sonsa, e foi direto para seu dormitório.

Ainda há mais sobre os Revolucionários, que os outros não imaginam ainda..