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História Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Ni Juu Roku


Escrita por: Pamm_Ferreira

Capítulo 26 - Chapter Ni Juu Roku


Fanfic / Fanfiction Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Ni Juu Roku

6 anos no passado...

Academia de Heróis Yuuei | Prédio Principal das Aulas – 08:55 AM

O intercâmbio estava simplesmente perfeito. Viagens a cada caso resolvido, o pagamento em dia e de quebra podiam visitar onde estavam de um a três dias até surgir o próximo caso. Alice e Aya, como as mães do grupo, estavam amando isso, pois podiam levar as crianças para conhecerem lugares novos, principalmente Erika e Luka que ficaram a vida inteira presos em um prédio no Brasil. Nem o próprio país de origem eles conhecem direito.

Mas pela primeira vez desde que partiram, voltaram para casa. Chegou a época de provas teóricas e práticas pela Yuuei, então Keiji, Keita e Alice tinha que retornar para fazê-las e só depois do resultado, e se ninguém pegar recuperação, eles poderiam retornar as viagens.

Como é a primeira retomada, eles queriam fazer surpresa. O voo chegaria pelo final da madrugada, então se arrumaram com os uniformes pelo avião e chegariam à escola indo direto para as salas de aula. Seria uma surpresa e tanto para as duas salas, 3-A e 2-A.

– Gente? Eu voltei! – Alice anunciou e recebeu um abraço em grupo das seis outras meninas da classe, que assim que ouviram a voz dela correram aos gritos para ela – Meninas, calma! Eu ainda uso bengala!

– Você voltou! Eu amo tanto você! – Momo esmagou a irmã com força contra si, soltando algumas lágrimas pela saudade.

– Percebo que a batalha intensa de dois meses atrás ainda deixou sequelas. – Alice riu de canto, mas muito feliz em poder abraçar a irmã mais velha novamente – Estou imensamente feliz de vê-los novamente depois de dois meses fora, mas as provas já vão começar! Então deixarei os abraços para a hora do almoço.

– Você estudou? Está preparada? – Ashido perguntou.

– Eu e os gêmeos estudamos até o cérebro fritar, no avião! – riu – Ah, estou tão feliz...

 

...

 

Bosques – 12:05 PM

Apôs o termino das provas, Alice conseguiu cumprimentar todos os colegas direito e matar um pouco a saudade. Faltava meia hora para o almoço e Alice, Keiji e Keita convidaram a todos para almoçarem no bosque, pois hoje, 22 de maio, é o aniversário de 22 anos de Aya! E a aniversariante não queria presentes nem nada, só queria passar o dia num lugar tranquilo com pessoas que gosta.

Quando eles viajaram para a Áustria, primeiro país que resolveram alguns casos importantes e difíceis, alguns dias depois aconteceu uma batalha bem intensa entre os heróis e a Frota de Libertação. Isso abalou todo o país, e apesar de toda a bagunça conseguiram vencer e mesmo depois de dois meses sentiam-se com os corpos e almas um pouco mais leves, porém ainda precisavam de momentos assim, de pura distração e diversão.

– Aya-chan, como está sendo voltar a ser heroína? – Uraraka perguntou.

– Ah, muito, muito bom... – sorriu – Eu fico mais com a parte investigativa por causa dos gêmeos, porém quando entro em campo ninguém me derrota.

– Ah, é? Não lembrava que você era tão metida, Aya-chan... – Kirishima riu.

– Mama dá um socão na ‘cala’ dos ‘banbidos’! – Alistair disse no colo de Alice.

– Ela faz “Pum!” e aí os vilões caem no chão e ‘molem’! – Amália riu.

– Viu? Crianças não mentem!

– Só acredito vendo. – Sero disso – Que tal nós irmos para á arena depois do almoço? Depois das provas estamos liberados!

– Já que vocês insistem... – Aya desdenhou – Bem, de tarde nós vamos a Jaku, então vou pegar leve com a Momo e Shouto, porque eles que vão ficar com as crianças. Mas é só com vocês dois!

– Não, a gente se abstém dessa surra gratuita. Obrigada. – Momo sorriu.

– Tá bem então. – Aya levantou – Crianças, querem ver a mamãe batendo no pessoal da 2-A?

– ‘Quelemos’! – os gêmeos responderam animados, não sabiam direito o que iria acontecer, mas sabiam que a mãe iria bater e usar sua magia contra alguém.

– To amando a criação deles. – Alice riu – Vamos lá!

 

...

 

Cidade de Jaku – 01:55 PM

Nem é preciso dizer que Aya ganhou dos dezoito alunos da classe 2-A. Isso sendo assistidos por Arthur, os gêmeos Todoroki, os dois pares de gêmeos Shimizu e a classe 3-A, que até queriam lutar contra Aya. Mas depois que viram que eles foram derrotados em, literalmente, 3 minutos, desistiram da ideia.

E foi assim que Aya ficou conhecida pela escola como “Madara Shimizu”. E pasmem, ela até perguntou se eles queriam apanhar com ou sem Susanoo.

Mas assim que tudo isso acabou, Alice, Arthur e Aya partiram para a cidade de Jaku, principal campo de batalha da luta entre heróis e vilões de dois meses atrás. E como já esperavam, tudo estava devastado e destruído. Tudo reduzido a pó graças a Shigaraki. Mas perceberam que alguns lugares que tinha pegado fogo ou estavam congelados tinham voltado ao normal e estavam reconstruindo lentamente.

E era exatamente por isso que eles estavam ali, para ajudarem nesse quesito. Arthur cuidaria da floresta destruída por Gigantomachia. Aya ajudaria em muito a reconstruir a cidade do jeito que ela era e os lugares ao redor que foram destruídos. Já Alice ficaria com a parte mais triste de todas: Os feridos que ainda não se recuperaram.

O desejo deles era voltar imediatamente assim que ficaram sabendo da luta, porém não podiam pelo contrato com a Interpol. Mas juraram que assim que voltassem, passariam as horas vagas deles por lá, já que podiam ajudar de um modo que outros não podiam.

– Dois meses e tudo ainda assim... – Alice sentiu um amargo na boca, mas balançou a cabeça – Aya, pode ir pela cidade, Yui já descongelou tudo por lá. Sem pressão, faça o seu melhor e máximo. Arthur a mesma coisa. Eu vou ajudar a Yui lá de dentro... – encarou a fachada do hospital improvisado com dor.

– Se quiser, posso ir com você. – Arthur ofereceu.

– Não, não, eu estou indo justamente oferecer apoio. – sorriu – Minha irmãzinha precisa mais que eu.

– Bem, boa sorte e bom trabalho a nós! – Aya disse e deu um abraço na prima com força – Vai ficar tudo bem.

 

...

 

6 anos no futuro...

Mansão Shimizu – 07:03 AM

– Ah, como eu quero arrancar as minhas orelhas... – Luka suspirou chegando a cozinha – Choraram a noite toda. Não importava, eles só queriam chorar mesmo. Acalmava um, os outros dois continuavam e aí os três gritavam e gritavam. – pegou uma xicara de café bem forte – Ah, mas eu amo esses capetinhas!

– Luka, você vai entrar em colapso! – Aya disse preocupada – Que nem sua irmã. Ela desceu e literalmente caiu encima da mesa.

Como os quartos são separados por corredores e cada um comandado por um dos primos mais velhos Shimizu, apenas o corredor da Alice estava sofrendo horrores com os trigêmeos berrando a noite toda e parte do dia. Não importava, se eles queriam algo, berravam até conseguir ou dormiam de tanto cansarem de gritar. Isso tudo sincronizado.

Eles tinham apenas dois meses, mas pareciam ter nove meses e os pais mal viam a hora de passarem dessa fase dos berros. Mas pelo visto, iria demorar muito. Mas em compensação, Shouto gravou quando eles sentaram pela primeira vez e Alice quando eles começaram a engatinhar. Os três juntinhos, sincronizados. E claro, junto ao berreiro, vinha também a terrível fase de agarrar tudo que vinham pela frente.

Bem, ninguém disse que ia ser fácil.

– Erika irmã, você quer ir pra aula? – Luka perguntou, sacodindo a irmã largada pela mesa, dormindo.

– Hã? Que? Que Paula? Sei de Paula não!

– Ah, tá, então vamos ao terceiro horário. – Luka riu e bebericou seu café.

– Jesus Cristo, se eles que são irmãos estão assim, imagina os pais? – Keiji disse assustado pelos sobrinhos.

– Detalhe, Luka vestiu só a jaqueta do uniforme e nem o fechou. – Arthur disse – E Erika colocou só uma meia e no outro pê só o sapato.

– Vocês vão pra aula assim? – Amália perguntou.

– Mas quem é Paula?! – Erika perguntou irritada.

– Não é Paula, é Caula! – Luka disse.

– Meu pai eterno, vou chamar Anhangá pra cá, vocês precisam. – Aya disse.

– Que nada, eles só precisam de nós! – Huruka riu entrando na casa com todos os avos – A equipe de vovôs!

– Queridos, vamos dormir, sim? – Rei perguntou aos gêmeos mais velhos – Tenho certeza que Amália e Alistair não vão se importar de emprestar o quarto deles.

– Mas a mamãe e o papai... – Luka tentou dizer.

– Não se preocupem, os vovôs vão cuidar deles. – Rei sorriu e apoiou os dois netos, para levá-los aos quartos – Vamos ajudar pro Shouto e Alice-chan descansarem, vocês cuidam da empresa.

– Pode deixar! – Aya, Arthur e Keiji bateram continência.

– Vamos que daqui a pouco o Katsuki aparece para levá-los a escola. – Aya disse limpando os rostinhos sujos dos gêmeos menores e levantando da mesa com eles.

– Mamãe, cuida bem deles. Eles não dormem direito faz mais de uma semana. – Keiji pediu e se retirou junto de Arthur.

Depois que Rei colocou os gêmeos na cama, foram para o quarto dos trigêmeos e encontraram Shouto e Alice descabelados e tentando ainda ninar Arissa, que além de não se aquietar, parecia incentivar os irmãos a berrarem junto de si. É, os quatro teriam um longo, longo serviço pelo dia.

 

...

 

Centro de Osaka – 02:09 PM

– Se algum deles descobrem que estamos aqui de boas tomando sorvete, nos matam! – Aya riu.

– Matam por quê? Estamos fazendo nada de errado! – Bakugou riu – É o nosso mais que merecido horário de almoço, e daqui a pouco vamos buscar as crianças, faz mal nenhum.

– Alice e Shouto estão em colapso, todos estão sobrecarregados na empresa, outros ouvindo gritos na casa, as crianças estão bem cansadas, e nós aqui no telhado tomando sorvete! – riu mais e aceitou o convite para sentar ao lado dele na beirada – Só você mesmo, Katsuki!

– Ah, nós merecemos!

Bakugou depois de se formar, aceitou o convite de Alice e desde então fazia parte das Agências Shimizu e companhia. E ele está muito bem por lá, alcançando o segundo lugar no ranking do país junto ao Grupo de Ouro Shimizu-Todoroki-Yaoyorozu. Dynamight já foi várias vezes convidado para participar do Grupo de Ouro, porém recusa dizendo que é “algo muito de família”.

– De família? E desde quando você não faz parte da família? – Aya perguntou – Todos da agência e que já passaram por aqui são da família! Era o lema que Nanami e Makoto viviam dizendo!

– Eu sei, mas olhando de modo objetivo, esse grupo foi fundado em uma família, depois adicionaram mais duas famílias, todas de grandes nomes quanto a heróis. Me sentiria perdido entre vocês. Fora que a responsabilidade é maior e a imagem gigantesca, nível mundial. – deixou a colherzinha no seu sundae e olhou a mulher – Passo. Estou bem feliz apenas como Dynamight.

– Você poderia ser conhecido como Dynamight do Grupo de Ouro! – Aya sorriu balançando as pernas – Isso seria tão legal!

– Hum, por agora não. – sorriu de canto – Mas quem sabe se você me fizer essa proposta em uma outra época, talvez, bem talvez, eu tope.

– Hum, sempre teimoso e difícil! – Aya bufou, mas sorriu a ele – Mas eu vou continuar insistindo!

– Pode continuar tentando, my Lady. – riu do apelido.

Enquanto Aya terminava seu milk-shake de baunilha olhando a vista do prédio alto da Agência Yaoyorozu, Bakugou terminava seu sundae olhando para ela. Ah, como a achava linda, em todos os sentidos da palavra. Os olhos roxos brilhantes, a face delicada, os cabelos roxos enormes presos em um rabo de cavalo, e como aquele vestido rosa que é o seu uniforme caí bem em si.

Aya Akaze Shimizu é linda, isso ninguém pode negar.

Bakugou admirava o quão jovem ela parece também. Quem a conhecia de primeira, mal imaginava que aquela mulher cheia de energia e bem animada, possuía já seus 28 anos e tinha dois filhos de seis anos. Que já havia passado por tanta coisa, desde estupro até ter que sair de seu país fugida para não ser morta pela sua própria tia-avó. E que detém um poder incrível e raro.

Não, ninguém imaginava isso. Mas Bakugou sabia disso tudo e a admirava ainda mais, desde sempre. Tanto admirou que até tomou um susto quando descobriu que a ama em um nível muito maior do que ama sua amiga Ashido, por exemplo. E descobriu isso no casamento duplo de Alice, Shouto, Keita e Momo.

Na ocasião, ele já havia ficado algumas vezes com Utsushimi Camie. Mas não era nada sério, apenas uma amizade colorida. E no casamento em meio a festa, quando eles estavam conversando e talvez rolaria algo mais, Bakugou viu no meio da pista de dança que Hawks estava dando encima dela, e pior, Aya estava gostando.

Foi ali, percebendo o ciúme enorme que estava sentindo, que percebeu que a amava. E foi ali também que Camie o aconselhou sabiamente (depois de o conter alegando que se ele estragasse o casamento com uma briga, os noivos nunca o perdoariam) a contar o que sentia para ela. Pois do mesmo jeito que ele percebe o quanto Aya é incrível, outros também podiam perceber.

Mas depois disso, ele nunca conseguia falar sobre isso com ela, sem sentir um medo enorme de estragar tudo. E também não ajudava o fato de que somente ele havia admitido para si mesmo que gosta de Aya. Poxa, como era difícil se declarar para alguém!

– E a Camie? Nunca mais vi vocês dois saindo juntos. – Aya perguntou do nada, assustando Bakugou.

– Ah, a gente resolveu que é melhor manter apenas a amizade e nada mais. Até porque finalmente o bundão do Inasa tomou coragem para se declarar e eles estão ficando. – respondeu colocando a colherzinha do soverte no copinho e o deixando ali do lado na mureta.

– Ei, não seja cruel. Nem todos têm tanta coragem quanto Alice e Keita para se declararem para seus amores de infância e casarem cedo! – Aya defendeu.

– Mas ele era apaixonado por ela desde o colegial! Podia ter falado há muito tempo!

– A gente não sabe, Katsuki. Ele podia achar que era só uma atração porque ela é bonita de mais. Ou que era só uma fase. Ele podia estar confuso ou indeciso. Mas aí ele finalmente entendeu os próprios sentimentos e tomou coragem necessária para se declarar. – olhou o loiro – Declarações não são fáceis! Saber e sentir o medo iminente de que pode ser rejeitado por alguém querido é doloroso. Mas fico feliz que eles estão bem.

– Você se declararia para alguém que gosta?

– Uh, agora você me pegou. – Aya riu – Bem, eu nunca gostei de alguém assim. No máximo foi o Anhangá, mas a gente tinha uns 13, 14 anos e só nos beijamos.

– Mentira que foi com ele que você perdeu o bv?!

– Ah, para, não me julga! – riu constrangida – Ele era amigo do meu irmão e o achava bem bonito. E foram só beijos, nunca namoramos de verdade e a amizade prevalece. Até porque ele é o melhor amigo do meu irmão.

– Wow, não esperava isso de você. O Anhangá! – riu quando ela o empurrou de leve.

– Mas enfim, se eu gostasse dele mesmo, com toda certeza e estivesse pronta para receber um “Não”, eu me declararia sim.

– Hum, entendo... – Bakugou refletiu um pouco e achou aquele clima ótimo para aquele tipo de conversa – Aya... Eu... E...

– Pode falar! – bem nessa hora o celular dela apitou duas vezes, ela apenas olhou e deixou de lado.

– Não quer ver? Pode ser algo importante.

– Não, não é. É só o Hawks mandando mais algumas piadas bobas. – riu – Ai, ele é uma figura!

– Vocês estão bem próximos...

– Ele é só um amigo mesmo. Mas é fofo, confesso. – riu de canto – Mas então, o que queria me falar?

– Ah, não é nada. – levantou – Já está na hora dos pequenos saírem da escola, vamos lá.

Aya franziu as sobrancelhas, estranhando a repentina mudança de humor. Olhou o celular que apitou novamente e arregalou os olhos com a mensagem:

Aya-chan, estou livre hoje a noite. Se você quiser, posso te levar pra dar uma volta. Você topa?

Ele estava a chamando pra sair? Como amigos? Não, óbvio que não, tinha uma clara intenção por trás. Mas talvez valesse ariscar. Hawks é uma pessoa muito legal e obviamente Bakugou nunca a olharia como algo a mais que a prima de sua melhor amiga.

Topo sim, Hawks. Mas olha, é só uma volta e posso te encontrar as oito.

As oito está ótimo! E juro, é só uma volta de amigos! ;)

 

...

 

Mansão Shimizu – 00:28 AM

– Fala devagar o problema, porque eu acabei de acordar depois de mais de 16 horas de sono! Não estou nesse planeta ainda. – Alice explicou, e nem precisava. Estava com a face visivelmente cansada, a roupa e cabelos desleixados e bebia café como se não houvesse o amanhã – Você acabou de sair do serviço? Parece muito suado e na sexta sempre fica até mais tarde.

– Isso não interessa! Preciso da sua ajuda! – Bakugou mexeu afoito no celular e mostrou uma foto – Olha isso!

Alice deixou a xicara na mureta da varanda e pegou o celular para enxergar melhor. Era madrugada, os trigêmeos estavam dormindo, consequência, toda a mansão estava dormindo. Apenas Alice estava acordada, porque bem, só acordou agora e encontrou seus pais e sogros dormindo nos quartos vagos e resolveu fazer algumas coisas atrasada enquanto tinha paz por lá e não precisaria fazer papel vaca leiteira ambulante.

Mas bem quando tinha acabado de terminar de fazer seu café, Bakugou apareceu desesperado pela casa, assustando-a muito. Por um segundo ela se arrependeu de ter dado uma cópia das chaves pra ele, mas fazer o que. E ele falava tão rápido, que Alice precisou acalmá-lo e levá-lo para a varanda do segundo ar, pegar um ar, e aí sim conseguiu conversar com ele.

– Deixe-me ver... – olhou a foto em questão no celular. Era o Instagram do Hawks, e ele havia postado um compilado de três fotos num distrito muito animado em Osaka, junto de Aya, ambos pareciam bem animados e curtindo muito a feira noturna – Olha, a Aya saiu com o Hawks... Tá, o quê que tem? Eles são amigos.

– Amigos, amigos... Amigo de cu é rola! – Bakugou estava visivelmente chateado – Estão comentando que eles estão namorado e que formam “Um belo casal”! – debochou irritado.

– E tu tá doidinho pra comentar “Meu casal”, né? – Alice riu.

– Eu não sou amigo do Hawks pra ser talarico dele!

– Ah, não é?

– Tá, sou um pouco, já saímos pra beber antes. Mas isso é demais! Eles são totalmente diferentes e claramente não tem nada a ver um com o outro!

– Você percebeu que eu acabei que confirmar que você gosta da Aya sem esforço algum?

– ...

– Tá, isso eu sempre soube. – riu da cara de idiota que ele fez – Qual é, você pode enganar todo mundo aqui, mas a mim jamais! Comigo não tem dessas!

– Que ótimo! Nem sei o que eu vim fazer aqui pra falar com você! – revirou os olhos – Sim, eu gosto da Aya. E sim, to com ciúmes porque esse frango saiu com ela! Cara abusado.

– Bem, ele é livre, ela é livre. Ambos solteiros e desimpedidos de tudo.

– Eu sei, tá?! Não precisa jogar na cara! – grunhiu em irritação – Minha vontade é ir lá agora dá um soco na cara dele e levar a Aya pra longe! Mas eu não posso, porque aí ela vai ficar puta comigo porque eu bati em um inocente!

– Então o que você vai fazer?

– Eu... Eu... Eu- Eu não sei, porra! Eu to confuso! Eu lá sei se a Aya gosta de mim?! Ela nunca demonstrou.

– E nem vai, por medo de estragar a amizade. E sinceramente, só vocês dois não percebem o casalzão da porra que vocês fazem. – riu e olhou um pouco o Instagram da prima e encontrou um foto dela com Bakugou e os gêmeos – Olha isso! Que família mais feliz! Vocês são perfeitos um pro outro.

– Mas como... Como você fez com o Shouto?

– Ah... – sorriu delicada – Eu só falei o que sentia e ele retribuiu. E como retribuiu. Nós namoramos por cinco anos. Estamos casados há quase um ano, temos trigêmeos e mais três filhos adotados, e uma vida longa pela frente. Katsuki, escute-me com atenção. – pegou as mãos dele com delicadeza – Se você tem tanta certeza dos seus sentimentos, só seja claro com ela. É a Aya, mesmo que pense que ela vai te rejeitar, não vai ser de algum modo ruim. Ela gosta muito de você, tenho certeza.

– Então eu deveria só falar? – Alice assentiu – Mas não acha a gente muito diferentes?

– Ah, não, não, não! Não mete uma dessas agora! – Yui apareceu na claridade da varanda – Sim, estava escutando tudo escondida, porque queria saber o que estava se passando com você, Kacchan! Você estava estranho desde o casamento. Poxa, sou sua amiga desde que nos vimos pela primeira vez e você se abre com ela!

– Eu só não queria te incomodar, você ainda estava no escritório... – Bakugou riu sem graça – Você ouviu tudo?

– Tudinho! E você mete uma dessa agora? Me soa como um covarde! – cruzou os braços.

– Eu não sou covarde!

– Então se declara pra ela! Isso de ser muito diferente é relativo. Eu e o Hitoshi também somos diferentes, mas parecidos. Temos gostos iguais e uma ótima química. É a mesma coisa entre você e a Aya. Só vai, meu anjo! E se você citar idade, eu juro que te dou um soco!

– Vou deixar vocês conversando, porque tenho que ver como o Shouto tá se saindo com os trigêmeos. – riu de canto – Bakugou, sério, se confessa logo. Conhecendo o Hawks, se ele estiver gostando dela mesmo, vai fazer de tudo pra conquistá-la.

Bakugou passou a madrugada pensando nisso e até virou a noite com Yui, por sorte os dois só iriam trabalhar depois da uma da tarde. Mas ele pensou detalhadamente sobre isso com muita calma, e decidiu que iria agir o mais rápido possível que sua coragem permitisse.



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