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História Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Juu San


Escrita por: Pamm_Ferreira

Capítulo 13 - Chapter Juu San


Fanfic / Fanfiction Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Juu San

Hospital da Casa da Música e Arte do Império Japonês – 04:23 PM

Eri não tinha muito o quê fazer pelo hospital, ainda mais presa no quarto. As enfermeiras e médicos que cuidavam de si eram muito gentis e atenciosos, mas não interagiam muito consigo. Isso era no hospital antigo, mas nesse novo ela não sabia o que esperar. Mas ela também não achava tão ruim, fazia tempo que não ficava sozinha de fato, e realmente nunca soube o que é um afeto de verdade.

– Menina?

Olhou para o lado assustada, vendo metade de um rosto de olhos azuis escuros e cabelos azuis clarinhos. Ao lado, outros cabelos azuis escuros e olhos azuis clarinhos, com feições exóticas. Tombou a cabeça confusa, piscando os olhos para ver se estava vendo isso mesmo.

– Qual o seu nome, menina? – Erika perguntou.

– Eri...

– Você quer brincar com nós, Eri?

– B-Brincar?

– Viu, eu falei que ela não ia querer! – Luka reclamou a irmã.

– Podemos subir na sua cama? – Eri assentiu relutante e os dois subiram e sentaram de frente a ela, Eri ficou surpresa em ver que eles também estão com roupas de hospital que nem ela – Eu sou a Erika, ele é o meu irmão chato, Luka. Também estamos internados no hospital.

– Por quê?

– Porque não sabemos controlar nossos poderes. – Luka disse triste.

– Eu também. – Eri disse e os dois irmãos sorriram, finalmente alguém igual a eles.

– Você quer brincar com a gente?

– De que?

– Estamos brincando de esconde-esconde com nosso tio e mãe! – Erika disse animada – Quer dizer, nossa quase mãe. Ela ainda não adotou a gente.

– Ah, entendi... – Eri pensou um pouco – Eu não sei se posso sair do quarto.

– Então a gente brinca aqui mesmo! – Erika disse.

– A gente te ensina a jogar Uno! – Luka disse.

– Licença... – Alice entrou devagar no quarto, batendo na porta e fixando sua bengala para ficar de pê direito, sorriu para as crianças e olhou curiosa a menina de cabelos platinados na cama – Oh, encontraram uma amiguinha, é?

– Sim! Essa é a Eri! Ela vai brincar com a gente de Uno! – Erika disse muito animada.

– É mesmo? Que legal. – sorriu a menina – Eu sou Shimizu Alice, Eri-chan, prazer em te conhecer!

– Prazer... – Eri disse meio confusa com tudo aquilo, tão repentino.

– Oh, vocês já estão aqui! – Tomoyo apareceu no quarto – Esse dois são mesmo bem enérgicos, hum, já conheceram a paciente nova, é?

– Ela é legal! – Erika disse.

– Eu posso brincar com eles? – Eri perguntou.

– Claro que pode querida. Divirtam-se. – Tomoyo sorriu – Alice, pode me acompanhar?

Alice assentiu e deixou as crianças conversando, já sabendo que Erika começaria a falar e inventar um monte de brincadeiras que só ela sabia fazer. Enquanto isso, as duas se afastaram devagar, com os passar dos dias que ela estava andando mais pelo hospital com os gêmeos e Keiji, Alice aprendeu a andar um pouco mais rápido com a bengala, mas ainda é devagar em comparação a uma pessoa com a perna saudável.

– Tenho ótimas noticias! Você e o Keiji logo poderão voltar para a Yuuei, nesse fim de semana já. – Tomoyo sorriu.

– Sério? Fico muito feliz com isso. – sorriu simples – E as crianças?

– Eles ainda estão em observação, vão ficar mais um pouco por aqui.

– Aquela menina, a Eri, é a que foi resgatada no caso da Shie Hassaikai? – pararam em um bebedouro, Alice estava com sede depois de tentar achar os filhos pela área de tratamento pediátrico toda.

– Sim, ficou sabendo do caso?

– Sim, alguns amigos meus em residência estavam lá na hora do resgate e me contaram algumas coisas. Já imaginava que ela seria transferida para cá, afinal, aqui é que cuida de casos bem extremos. – sorriu triste por ela – Mas acho que pelo menos com os gêmeos ela se anime um pouco com o tratamento.

– Eu concordo. Só têm eles de crianças aqui, e não faz nem três horas que ela foi transferida e já foi abordada por eles... – Tomoyo suspirou – Sério, são as crianças mais encapetadas que eu já vi!

– Imagina eles na Yuuei? – Alice riu – Ah, vão deixar todos de cabelos em pê, vai ser muito divertido!

– E você que é a mãe acha isso, nem imagino quem não é... – Tomoyo negou com a cabeça – Ah, como anda o processo de adoção?

– Incrivelmente bem! Acho que a justiça tá me olhando com mais gentileza depois de resolver toda aquela confusão no Brasil... – sorriu muito contente.

– Preparada para voltar a Yuuei?

– Não exatamente. Não vou voltar para ás aulas integral do curso de heróis, e isso me entristece um pouco. Porém Nedzu me garantiu que ainda estou lá e ainda posso me formar se quiser. Só que terei mais tempo livre á tarde... – bufou.

– Você era uma menina tão cheia de hobbys! Pintura, música, artesanato, costura, dança, fotografia... – Tomoyo balançou os ombros dela em animação – Você fazia tantas coisas, pode voltar a fazê-las enquanto não puder voltar ás aulas do curso de heróis.

– Bem, dança por enquanto não dá. Mas o resto... – Alice sorriu nostálgica – É verdade, eu fazia tantas coisas, mas parei com praticamente tudo depois que o curso começou e eu fiquei realmente sem tempo. Tá aí a oportunidade!

– Gente, vocês acharam esses meninos? Eu sempre fui horrível no esconde-esconde! – Keiji apareceu ao lado delas, indo para o bebedouro.

– Estão no quarto da nova paciente, fazendo amizades. Fofos, não? – Alice disse.

– Sério, esses seus filhos são de Deus não! O Luka ainda vai, porque ele só é influenciado pela irmã. Agora a Erika... – respirou fundo, tomando folego – Buda nos ajude!

– Erika só é muito, muito curiosa... – riu de canto – Keiji, vamos nos preparar, esses serão nossos últimos dias por aqui!

– Gloria a Deus! Não aguentava mais ficar só parado sem ver ninguém. – Keiji ergueu as mãos em alívio.

– Vai com calma, senhor Todoroki! – Tomoyo repreendeu – Vocês dois vão com calma nessa primeira semana, vocês se machucaram muito.

– Pode deixar, nós vamos com calma, senhora! – os dois disseram juntos e bateram continência para a médica.

– Sei, sei bem como vocês são... – bufou, já sabendo que seria muito bem desobedecida.

 

...

 

– Erika, fica quieta, por favor! Desse jeito eu não consigo pentear seu cabelo!

– Tá bem!

Erika finalmente ficou com a cabeça quieta, porém mexia as perninhas de modo bem agitado, enquanto Alice atrás dela passava devagar a escova pelos longos cabelos azuis. Na cama ao lado, Luka já estava praticamente dormindo no colo de Keiji. Na outra ponta da cama estava Eri observando a cena, aguardando ser penteada que nem Erika.

– Pronto, pode vim Eri! – Alice disse e deixou Erika dar o seu espaço para Eri e começou a pentear os fios brancos com gentileza.

– Mãe, aquele moço cansado te deu bronca hoje? – Luka perguntou num bocejo longo.

– O nome dele é Aizawa Shouta, ele é o meu tio e sim, ele me deu bronca hoje. – riu – Mas está tudo bem, ele faz isso mesmo.

– Por quê?

– Porque ele gosta muito de mim e faz isso para me corrigir. – sorriu de canto, lembrando de como Aizawa a xingou pelo susto, mas que prometeu que à ajudaria no que fosse preciso – Ele gosta de mim, isso que importa.

– Aizawa-san é legal... Ele fica comigo quando os médicos estão no meu quarto... – Eri disse – Alice, posso te perguntar algo?

– Claro.

– Você acha que se eu pedir algo pro Aizawa-san, ele faz?

– Depende, o que você quer pedir?

– Eu queria ver os dois heróis que me salvaram... Queria agradecer... – virou para a garota depois que ela soltou seus cabelos – Você acha que ele deixa?

– Ah, por que não, hum? – Alice sorriu – Amanhã, antes de irmos embora, você pede pra ele, tá?

– Tá bem. – sorriu.

– Tá na hora de todo mundo ir pra cama. O Luka já tá até dormindo aqui. – Keiji disse baixo, vendo que o garotinho realmente pegou no sono.

– Vêm meninas.

As duas desceram da cama e Alice levantou devagar, com uma mão segurando na bengala e na outra a mãozinha de Erika. Keiji e Alice colocaram os três em seus próprios quartos e voltaram para o seus. Ambos muito felizes por amanhã ser sábado e eles poderem voltar para a escola novamente.

– Eles são uma graça, vou sentir saudades. – Keiji disse.

– Eu também... – Alice pensou um pouco – Reparou que a Eri-chan não sorri? Tipo, em nenhum momento? Nem quando ganhou no jogo?

– Hum, parando pra pensar, isso é bem verdade... – Keiji pensou – Ela passou por muitas coisas, é melhor darmos um tempo a ela.

– O caso dela, a história dela... – Alice suspirou tristemente – É tão triste. Ela era material para o desenvolvimento de uma droga para eliminar Quirks. Sofreu de mais. Me corta o coração ver isso.

– Você não tá pensando em adotar ela também, não é? Esse seu espírito materno me assusta ás vezes. Você não tem nem 20 anos e já tá com três filhos! – Keiji disse espantado.

– Deixa de ser besta, eles são todos adotados, calma aí! – Alice riu – Não, não vou adotar a Eri, até porque acho que não é bem eu que tenho esse verdadeiro desejo... – sorriu de canto.

– Você também viu, né? Fofos! – Keiji sorriu – Mas então, vamos dormir? Amanhã vai ser um longo dia, vamos chegar lá cedo pra um sábado.

– Ah, to sem sono... – Alice disse manhosa, se atirando em sua cama e se ajeitando.

– Awwn, que bonitinha! Fofa! – Keiji sorriu – Quer que eu te conte uma historinha para dormir que nem você faz pros seus filhos?

– E você faz isso desde quando?

– Natsuo e Fuyumi me ensinaram, e eu fiz com Keita e Shouto. Não parece, mas eu sou o irmão do meio certinho, tá? – apagou a luz do quarto, se mudou para a cama dela e se ajeitou ao lado dela debaixo das cobertas, ambos olharam para o teto escuro – Era uma vez...

– Dois príncipes! – Alice riu como criança – Um se chamava Keiji, e o outro Arthur!

– Humpf, tá bem... – Keiji deu de ombros – Um dia, o príncipe chamado Keiji estava andando pelos jardins do seu castelo e encontrou o príncipe Arthur, que havia ido lá apenas para entregar um buque cheio de flores que não cresciam naquele reino.

– E o príncipe Keiji gostou muito das flores?

– Gostou. Mas ele não sabia como demonstrar que havia gostado não só apenas das flores, como da visita do príncipe Arthur. Por isso, ele apenas pegou as flores e seguiu para o castelo, o príncipe Arthur foi atrás tentando roubar um beijo dele.

– E ele conseguiu?

– Sim. Mas depois, o príncipe Keiji ficou confuso, porque o príncipe Arthur dizia que o amava, mas ele não sabia se o amava mesmo e não sabia como demonstrar.

– É muito difícil para o príncipe Keiji dizer que gosta dele? – Alice bocejou.

– Sim. Porque ele nunca gostou de ninguém antes e sempre teve medo de machucar o coração dele.

– O príncipe Arthur é mal? Faz o príncipe Keiji se sentir mal? – mais bocejos.

– Não, ele faz o príncipe Keiji se sentir muito bem.

– Então eu acho que o final da história é assim: – sorriu em meio aos bocejos – O príncipe Keiji percebe que o príncipe Arthur é muito bom e que jamais machucaria o coração dele. E na próxima visita que o príncipe Arthur for levar flores a ele, o príncipe Keiji vai aceitar os sentimentos deles, eles vão se beijar e vão ser felizes para sempre!

– ...

– Essa é a melhor história que eu já ouvi na vida! Quero muito que ela seja real e quando eu crescer quero viver um conto de fadas assim! – Alice sorriu fechando os olhos, começando a respirar com mais calma.

– ... Boba... – Keiji riu de canto.

Enquanto Alice caia profundamente no mundo dos sonhos, Keiji parou para pensar um pouco sobre a história. Sem perceber, acabou pedindo um simples conselho para a pessoa certa. Sem mais alternativas, se ajeitou melhor com Alice ao lado e dormiu que nem ela, acabando por sonhar com flores, reinos e príncipes.

 

...

 

Academia de Heróis Yuuei | Área dos Dormitórios Heights Alliance 1-A – 09:00 AM

Depois de tanto tempo passando junto ás crianças, foi difícil despedirem delas. Mas Tomoyo jurou que todo dia a noite iria deixar as crianças ligarem para Alice com seu celular. Com essa garantia, se despediram delas e rumaram para terem suas vidas normais na Yuuei.

Ou quase tão normais quanto o País das Maravilhas.

Keiji fora para seu próprio dormitório ser recebido pelo gêmeo e amigos de lá. E teve que falar muitas vezes para eles o abraçarem com cuidado, pois ainda estava sentindo algumas dores pelo corpo, efeito colateral de tantas chamas absorvidas e que por um tempinho, não poderia ficar participar integralmente dos treinamentos mais intensos e cansativos.

Já Alice respirou bem fundo antes de abrir a porta, sabendo que do outro lado todos estavam tomando café da manhã e ninguém sabia que ela já estava voltando. Keiji e Alice fizeram questão de ser surpresa, por isso os únicos que os visitavam de verdade não comentaram nada. Entrou no dormitório e caminhou para a área das mesas.

A primeira coisa que viu foi á surpresa de todos em lhe verem. Depois o choque ao ver que ela caminhava com ajuda de uma bengala saída diretamente da Disney. Tirando isso, ela estava inteira e com um grande sorriso repleto de saudades.

– Então, eu voltei. Manca, mas voltei. – abriu mais o sorriso e começou a caminhar para perto deles, mas um grito a impediu.

– NÃO! – Ashido e Kaminari gritaram juntos, levantando de suas cadeiras junto a Kirishima, Sero e Sato.

– Que foi? Não posso mais me sentar com vocês? – parou assustada.

– Eu levo pra você lá na sala! É mais confortável! – Sato disse e correu para a cozinha.

– Alice-chan, quer algo específico para comer? – Ashido perguntou.

– Sua perna tá doendo? Ou, Todoroki-kun, leva ela até o sofá! – Kaminari pediu.

– Ah... – Alice queria rir por causa da comoção de todos, mas estava seriamente preocupada por eles estarem tão estranhos assim, como se ela fosse de outro mundo – Gente, é sério, não precisa...

– Sobrou brigadeiro de ontem! – Sato a cortou no grito.

– Eu vou fazer um chimarrão pra você, Alice! – Momo disse e foi para a cozinha também.

– Alice-chan, você não prefere sentar? – Uraraka perguntou.

– Os cachorros estão mesmo presos no pátio, não é? Eles têm mania de pular em todo mundo! – Kirishima disse.

– Gente... É sério, eu to bem... – Alice tentou dizer novamente, mas Todoroki levantou, a pegou no colo e começou a levar para a sala – Shouto!

– Deixa, eles não vão te deixar em paz, enquanto eles não te receberem de volta direito. – piscou e sorriu a ela, deixando-a sentada no sofá com a bengala do lado – Só aproveita um pouquinho. Talvez ganhe até um melão!

– Então quer dizer que você viajou uma caralhada de quilômetros para se machucar, é? – Bakugou apareceu e sentou no sofá ao lado, virado para ela – Dá próxima, é só pedir que eu mesmo te quebro ao meio.

– Porra, isso tudo é ciúmes porque eu não me machuquei com você? Doentio. – riu de canto ao loiro. Bakugou sorriu cínico e chutou a bengala dela para o chão – Oh, que filho da puta arrombado! Chutou a bengala de uma pessoa manca!

– Levanta com ela pra eu fazer o serviço completo!

– Retardado! Vou tirar uma bolinha daqui e tacar longe pra você sair correndo e disputar ela com os dogs! – riu alto.

Mesmo envergonhada, Alice aceitou o carinho de todos. Descobriu que com os outros residentes, a recepção fora bem parecida, só que menos acalorada e preocupada, já que nenhum deles voltou com um ferimento tão grave. E explicou que ela conseguia se virar, ela só ficaria mais lenta que eles.

Obviamente, o único que a tratou como se nada tivesse mudado fora Bakugou. Esse nunca mudaria.

Depois do café da manhã, ela se reuniu com seus animais novamente e abriu novamente seu quarto depois de tantas semanas. Quando saiu para a residência, deixou seus animais por conta de Momo e Koda, e eles cuidarem deles muito bem. Tanto que achou uma graça ô quão próximos seus animais ficaram de Koda, e isso é muito bom para a evolução dos poderes dele.

Ela também aproveitou para andar um pouco pela escola depois do almoço, querendo ou não, tinha que se acostumar com o fato que tudo na Yuuei é longe e teria que calcular novamente o tempo que leva para ir de um lugar a outro. Aizawa que lute para lidar com seus atrasos toda manhã até se acostumar.

Nesse momento, estava no Dormitório Alliance, jogando “Buraco” com Maria, enquanto ela suspeitava que seus primos, filha, Shouto, cunhados e irmãs aprontavam algo no andar de cima onde ficam os quartos. Mas tinha que prestar atenção no jogo para não perder de modo tão feio.

– Olha só, bati de novo! – Maria riu – Bem, acho que você não é tão ruim quanto a Aya, e não tenta trapacear como o Arthur.

– Eu sabia que ele fazia essas coisas! Aquele vira-lata... – negou com a cabeça num sorriso, fazendo as contas – 2.550 contra 3.600, até que não tá tão ruim...

– Vó! Alice! Vem aqui! – ouviram Momo gritar lá de cima.

– Momo já tá te chamando de “Vó”? – Alice sorriu segurando sua bengala e levantando.

– Se é sua irmã, é minha neta também. – Maria acompanhou a neta escada acima – Ela é uma graça! Adora aprender minhas receitas de chá.

– Alice! Vem cá! Tampa os olhos e vem! – Keita pediu chegando perto da amiga.

– Só tenho uma mão! – Alice sorriu erguendo sua mão livre.

– Então fazemos assim...

Keita ficou atrás dela e tampou sua visão, Alice deu de ombros e caminhou devagar com ele assim, sendo guiada. Sentiu que entraram em um quarto e fechou os olhos quando mandaram, se equilibrando parada. E só quando foi autorizada, foi que abriu os olhos e olhou ao redor.

Bem ali, naquele quarto que antes não era utilizado, estava todo decorado de modo infantil, com duas camas em cada lado, brinquedos e tudo mais que crianças possam precisar e iriam adorar. Caminhou até sentar em uma das camas e pegar uma boneca de pano que tem ali, sorrindo alegre e olhando melhor o quarto azul bebê e depois a família ali.

– Vocês fizeram tudo isso? – perguntou.

– Sim. Assim que Erika e Luka saírem do hospital, podem ficar aqui! – Aya disse animada.

– Eu não sei se eles gostam disso, mas eu posso mudar se eles quiserem! – Shouto disse.

– Estou doida para conhecer meus irmãozinhos! Pensei iria demorar séculos até ter um, mas olha só, como a vida é uma caixinha de surpresa! – Marilú disse empolgada.

– Obrigada, de verdade... – sorriu mais ainda, já imaginando como vai ser bom quando eles ocuparem aquele quarto.

 

...

 

Dormitório Heights Alliance 1-A – 11:55 PM

Alice estava deitada em sua cama, coberta até o pescoço com um edredom, mexendo em seu celular com uma face visivelmente cansada. O dia fora realmente cansativo e só precisava esperar o sono lhe dominar por completo para dormir. Sorte sua que amanhã é domingo e poderia descansar completamente antes de começar sua nova rotina.

– Amor, ainda tá acordada? – Shouto perguntou entrando no quarto, o trancando e sentando na ponta da cama.

– Sim. Acho que ainda não me acostumei totalmente com o fuso horário. – sorriu cansada, bloqueando o celular e o deixando no criado-mudo ao lado – E você?

– Acordei agora e quis vim te ver. E também, os seus bichos dominaram o meu quarto, parece que todos eles entendem que você precisa de bastante espaço.

– Ah, são umas graças. – riu e arredou para o canto – Vem, deita de uma vez, você também tá cansado. – Shouto se ajeitou dentro das cobertas fofas e ficou de frente a menina.

– Você tá bem?

– Sim, só estou cansada, bem. – sorriu fraco, piscando os olhos lentamente – Você tem que dormir.

– Não consigo.

– Por quê?

– Amanhã eu vou pela primeira vez na sua fisioterapia, te ajudar. Meu coração tá apertado em apenas pensar em você sofrendo por fazer algo comum.

– ...

– Eu não quero que você pense que eu não vou te apoiar. É só que é difícil para mim te ver sofrendo. Mas eu quero muito, muito mesmo te ajudar com algo.

– Shouchan, não fica assim... – esticou sua mão num sorriso fofo e acariciou os cabelos bicolores – Tudo vai ficar bem, ok? Vamos achar uma solução para isso em minha perna e voltarei a correr livremente.

– Eu acredito nisso. Só é horrível te ver assim. – a puxou para si num abraço apertado.

– Não tá sendo tão ruim. As dores são terríveis, mas estou conseguindo rever meus hobbys antigos e tenho filhos para cuidar. Não vou ficar entediada.

– Mesmo assim. Quero te ver feliz...

Alice sorriu, erguendo a face para dar um beijo nele, bem calmo, sereno e casto. – Eu estou feliz. Mesmo triste, estou feliz. – Retornou ao beijo calmo, só apreciando o gosto doce um do outro. Aos poucos as mãos foram explorando os corpos alheios carinhosamente, fazendo tudo o mais devagar possível.

Aos poucos, Shouto desceu suas mãos pela lateral do corpo da namorada, até chegar ás coxas e começou as acariciá-las, tomando espaço entre elas e se erguendo sobre a namorada. Deitou a cabeça nos seios fartos e repousou por ali.

– Posso dormir aqui?

– Você sabe que depois eu vou te chutar pra longe porque quero espaço.

– Não ligo. – se aconchegou mais e apertou á cintura dela, desse jeito mesmo eles adormeceram.



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