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História Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Ni Juu Ni


Escrita por: Pamm_Ferreira

Capítulo 22 - Chapter Ni Juu Ni


Fanfic / Fanfiction Boku no Hero: Evolution 3 - Chapter Ni Juu Ni

Região de Kyushu | Ilha de Okinawa | Província de Uruma/Residencial Yamada – 04:32 PM

– Bebe, eu sei que você não é muito fã, mas vai ajudar a acalmar seus nervos. – Kayama Yumiko disse deixando a xicara na frente da mulher praticamente deitada sobre a mesa de pedra.

– É normal esse estres todo antes do casamento, querida. Não precisa ficar tão chateada. – Yamada Hiroshi disse sentado a mesa, num sorriso carinhoso.

– Você pode dormir aqui se quiser, você disse que sua casa tá muito barulhenta e sua cabeça está doendo muito. – Aizawa Minato disse fazendo carinho nos longos cabelos espalhados ao redor dela, a cabeça baixa com os braços na frente escondendo o rosto deitado – O barulho das ondas aqui é bem alto e relaxante.

Dois dias, apenas mais dois dias até o casamento. E a mansão Shimizu estava realmente agitada com os preparativos adiantados do quintal atrás da casa e no salão de festa no primeiro andar com a vista para a praia pelas paredes de vidro. Nesse meio todo, estava Alice a frente tomando conta de tudo, enquanto os outros noivos cuidavam das empresas a longa distância.

Mas Alice não parou um segundo desde que entrou abril, pois os casos aumentaram nas empresas e mesmo por ligação, ela estava lidando com tudo e também com o casamento. Claro que em dado momento, ela chegaria a beirar uma crise de estres. E antes que isso acontecesse, Yumiko a arrastou até ali e deixou sua filha e os amigos dela como apoio para os outros acalmarem tudo.

– Agradeço a proposta, mas eu não posso fugir assim de casa... – levantou a cabeça devagar extremamente cansada e pegou a xicara – Já deve tá tudo normal por lá. Além dos seus filhos, tem mais três noivos para cuidarem de tudo. Eu só precisava dessa tarde dormindo para acalmar os nervos... – suspirou num sorriso fraco e bebericou o chá – Camomila?

– Sim. Você vai casar, mulher! Relaxa! – Yumiko disse.

– Você vai casar, olha que felicidade! – Hiroshi a balançou animado.

– Você vai ganhar uma coleira eterna, Uhruuu! – Minato disse desanimado, igual o filho.

– Incrível como vocês são a representação fiel dos seus filhos. – Alice sorriu olhando eles, impressionante a semelhança com seus filhos – É, eu vou casar com o amor da minha vida! Estou tão feliz!

– Ele vai adotar seus filhos depois do casamento? – Hiroshi perguntou.

– Na verdade, ele os adotou assim que fez 18 anos. Bem, depois do casamento só vai ficar mais oficial que ele é pai deles e de nossos futuros filhos.

– Olha, olha, você já tem três filhos e está prestes a casar com 21 anos! Tá muito nova pra engravidar e ter o quarto filho, vai aproveitar a vida! – Minato disse.

– Uma verdade irrefutável! Só fui aproveitar minha vida de casada de fato depois que Nemuri fez 16 anos e começou a caminhar para ser uma grande heroína. – Yumiko disse.

– Relaxem, vou aproveitar bem. – sorriu – E aí, Minato-kun, curtindo a vida de avô?

– Pior que sim. Mas já estou com saudades da época que eu saía com ela e comprava uma boneca. Agora ela quer sempre sair com a Erika e ficam falando de roupas e joias... – Minato lamentou num suspiro – Me sinto cada vez mais velho.

– Que nada, tá na flor da idade! – Alice riu – Bem, eu vou voltar. Tirando a minha crise, nada mais vai acontecer de errado no meu casamento. Então posso voltar tranquila.

– É, Hizashi mandou mensagem uns tempos atrás avisando que está tudo calmo por lá. Pelo menos calmo no máximo que pode, já que está bem cheio. Mas pode ir tranquila. – Hiroshi disse.

– Agradeço o carinho de vocês. – sorriu levantando da mesa – Vai dar tudo certo! Eu to tão animada!

 

...

 

Província de Nago | Mansão Shimizu – 06:00 AM

– Ótimo, somos os únicos acordados na casa toda! Vamos aproveitar! – Erika disse.

– Atacar! – Kouta disse.

Já era a manhã do grandioso dia do casamento, que ocorreria ao entardecer. Por esse fato e porque tudo estava muito bem adiantado, todos iriam dormir até tarde e ficariam tranquilos quanto a qualquer imprevisto na festa. Mas eles quatro não queriam dormir que nem os outros, queriam aproveitar o silêncio do primeiro andar da mansão e bendito seja aquele que inventou as paredes a prova de som.

– Gente, tem certeza que isso são só sobras? – Luka perguntou.

– Sim! O buffet vai trazer a comida toda, e eles já estão com o almoço pedido reservado para todos. E graças a Erika, estamos fora do alcance de qualquer olhar até a cerimônia. Então estamos de folga! – Kouta sorriu.

– Uma folga de todos, ainda nem acredito que conseguimos isso. – Eri sorriu.

– E só precisamos irritar o elo fraco do quarteto de noivos. – Erika disse.

– Alice! – disseram e riram juntos.

– Ai, ai, tenho dó da mamãe, tão estressada, porém a mais manipulável agora... – Erika riu.

Ergueram seus copos de refrigerante num brinde conjunto e continuaram comendo as sobras desses dias todos, como café da manhã. Divertiam-se bastante e já tinham vários planos para aquelas várias horas vagas em plena praia particular.

Mas claro, tudo que é bom dura pouco.

– Só tem vocês acordados agora? Vão ter que servir! – Marilú entrou desesperada na cozinha, vendo só os quatros pela casa toda.

– Marilú, tá tudo bem irmã? – Luka perguntou.

– Deu uma merda do caralho lá na empresa e se eu não resolver até o fim do dia, vamos ter que cancelar a porra do casamento por minha causa!

– Wow, depois não querem que aprendemos palavrões antes dos 13... – Kouta riu de canto.

– Ou colocam a culpa no tio Katsuki. Sempre funciona. – Erika riu junto dele.

– Mas enfim, o que aconteceu de tão grave? – Eri perguntou.

– Olha, quando mama deu aquela crise dois dias atrás, ela estava resolvendo uma treta na parte mecânica das empresas Shimizu, por culpa minha. Os engenheiros de lá precisam fazer uma armadura para a Guarda Real da Inglaterra, porém está faltando metal para isso e mama estava justamente resolvendo isso!

– Será que sem você, Hatsume-san e Melissa-san nas oficinas, ninguém trabalha direito? – Kouta questionou.

– Olha aqui sua cobra, tu não me estressa mais não, viu? Acha que só porque não tem o sobrenome Shimizu vai escapar de alguma surra minha? Tu não tem nem mãe nem pai aqui mesmo pra correr e sua tia vai concordar comigo! – Marilú praticamente bufou de ódio.

– Ok, ok, calma, pode pegar leve... – Kouta riu nervoso ao olhar os braços metálicos dela e mais ainda quando seus olhos ficaram vermelhos prestes a usar sua Quirk.

– Vamos manter a calma. Marilú, continue. – Eri pediu.

– Enfim, mama deu aquela crise, Yumi-chan a levou para a casa do Hiroshi-kun e eu disse que iria resolver sozinha, afinal, eu que cuido dessa parte desde sempre. Falei para o povo de lá que resolveríamos isso com calma antes dela entrar em férias. E falei que qualquer coisa, podiam contatar as empresas Yaoyorozu, que talvez eles mesmo se resolviam entre eles. Mas adivinha? Não deu certo. Tentaram resolver entre eles, mas não conseguiram, e pior! Agora estão envolvendo a Momo e os vovôs! E se ligarem para a mama ou Momo ou os vovôs, o casamento vai ser estragado. Não quero nenhum estres pro lado deles.

– Mas assim, se é tu que resolve isso, porque irem atrás da mamãe? – Erika perguntou.

– Porque eu estou de férias desde que abril começou, das empresas e da escola. Mas eles não, eles só estão de férias amanhã. Então para não me incomodarem, foram incomodar eles. Mas eles têm outros problemas pra resolver e eu fui empurrando com a barriga. E pra piorar tudo, a entrega para a Inglaterra tem que ser enviada no máximo até daqui três dias.

– Já passou da hora da Hatsume-san ser promovida, né? – Eri disse – Mas enfim, fala o que temos que fazer, que faremos.

– Vocês são os melhores! Os mais lindos! Preciosos! Prefeitos!

– Poupe-nos de sua bajulação barata. – Erika disse.

– Esse metal é produzido aqui na ilha, só que fica na outra costa. E vocês tem que voltar antes das quatro, quando vocês começam a se arrumar.

– Na outra costa? São seis horas de viagem! Três de ida, três de volta! Seis horas! – Luka disse.

– E não te preocupa que nós, quatro crianças de 11 anos, andaremos sozinhos até lá pra fazer um favor pra você? – Eri perguntou.

– E se alguém sentir nossa falta pelo dia todo? Vai dizer que estamos do outro lado da ilha por você?

– Vocês acham que eu não sei que mama deixou vocês, fora do radar de todos? Se vocês voltarem até quatro horas, ninguém vai saber de nada! E vocês sabem se virar muito bem com seus poderes. E sobre vocês serem crianças, acham que eu iria mesmo deixar vocês fazerem isso? Eu já pensei em tudo!

Os quatro se entreolharam, o dia livre afundou, mas talvez se fossem bem rápidos, conseguiriam aproveitar metade dele. Era simples, pegar o metal, Erika os levaria para Osaka e depois voltavam. Simples.

– Ok, aceitamos.

 

...

 

Mansão Shimizu – 12:00 PM

– Bom dia, amor! – Keita disse sorrindo com a bandeja em mãos.

– Bom dia... – Momo sorriu bocejando e olhando a bandeja de café da manhã – Café na cama?

– Faz parte desse dia lindo! Yui que fez ao meu pedido, adoro essa madrinha! – Keita sorriu beijando a testa alheia – Preparada?

– Sempre estive. – sorriu beijando-o com calma, depois olhou a janela do quarto – Ah, o dia tá tão ensolarado e lindo!

– Perfeito para um casamento! – Keita sorriu – Fico triste que só nos veremos na hora do casamento depois que levantarmos. Mas me animo por saber que iremos casar!

– A casa vai estar bem movimentada, você não vai nem perceber que estaremos longe. Juízo, viu, com os seus padrinhos.

– E você também, com suas madrinhas. – beijaram e finalmente comeram o café da manhã.

 

...

 

– Uiui, carregada até aqui, quem me dera! – Huruka riu ao ver sua filha do meio ser colocada na cadeira com delicadeza e Shouto começou a servir café da manhã para eles.

– Ele disse que se eu contestasse, iria abrir um barraco. Então está tudo bem. – riu junto aos pais presentes a mesa – Só vocês aqui?

– Marilú e Yui estão num canto por aí. Os seus amigos estão dando uma volta pela longa praia. O pessoal do Brasil está passeando com os seus padrinhos. Seus padrinhos de casamento estão dormindo ainda ou relaxando pelos quartos. Aya e Katsuki estão passeando com Amália e Alistair. E só restou nós por aqui. – Rei disso.

– Cadê as crianças? – Enji perguntou.

– Erika me encheu o saco falando que eles estão crescidos, que sabem se cuidar muito bem, que precisam aprender independência e responsabilidades na prática e blá, blá, blá mais que eu não me importei mais em ouvir, porque eu estava ocupada de mais tendo uma crise de nervos e só lembro de dizer que eles podiam fazer o que quiserem por hoje, desde que aparecessem quatro horas em ponto para se arrumarem. Então estão sumidos.

– Erika tem um incrível poder persuasivo. Vai ser dureza na adolescência... – Shouto lamentou.

– Olhando o histórico deles, não me preocuparia tanto. Até quatro, eles estarão aqui para serem arrumados. Afinal, são os novos prodígios da família desde Marilú e Yui. – Naoki disse – Devem tá fazendo pipas ou sei lá, coisas de criança.

– É, coisas de criança. – Huruka disse.

 

...

 

Província de Yomitan – 02:49 PM

– PUTA QUE PARIU! – Erika gritou desesperada.

– NUNCA MAIS EU PRESTO UM FAVOR PRA MARILÚ! – Kouta disse.

– MARILÚ ME PAGAAAAA! – Anhangá gritou a plenos pulmões, em forma de veado.

Bem, eles viajaram as seis horas de carro com Anhangá, o único que Marilú sabia que toparia fazer algo assim e que também não levantaria suspeitas e estava bem longe da preocupação de alguém. E Marilú agradecia todo santo dia o fato de que permitiram que ela tirasse carteira e tivesse um carro dois anos antes do permitido no país. Como o caminho pela ilha não tinha muita vigilância, Anhangá não teria problema algum de estar dirigindo sem carta japonesa.

Assim que chegaram a Yomitan, tiveram que ir a pelo menos 15 oficinas diferentes, 8 fábricas metalúrgicas e 3 empresas mecânicas das agências da ilha (Isso tudo sendo guiados por mensagem por Marilú por muito tempo), para uma das agências informar que esse metal só era produzido por uma fábrica bem especifica na parte mais afastada da cidade.

E essa fábrica era de uma senhorinha muito simpática que cuidava da fábrica e de sua fazenda. E ela aceitou reduzir o preço dos pedaços grandiosos de metal, em troca deles fazerem dois pequenos favores a ela para ajudá-la na fazenda.

Um deles é alimentar os porcos, as galinhas e tirar leite das vacas. Outro é distrair um touro bem robusto enquanto ela concerta uma falha no cercado dele. Eri e Luka ficaram encarregados da primeira tarefa por serem mais pacientes e calmos. Enquanto que Anhangá, Erika e Kouta distrairiam o tal touro porque são mais rápidos, e também os mais corajosos.

Eri e Luka terminaram suas tarefas rapidamente e ficaram pendurados no portão do cercado, perto da senhora Hatsune Yua, que recusava ajuda para concertar o buraco ali e fazia tudo com calma. Enquanto os outros três corriam praticamente em círculo no campo ali do lado, distraindo o touro bravo.

– Sansão é muito enérgico! – Hatsune comentou para as crianças ali do lado – Se não fosse por vocês, eu não conseguiria concertar isso e distraí-lo ao mesmo tempo. E adiantou muito o meu serviço na fazenda, muito obrigada! Vou poder descansar muito!

– De nada, senhora Hatsune! – Luka sorriu.

– Ficamos felizes de ajudá-la, afinal, esse metal deve ser difícil de cortar e extrair. – Eri disse.

– É! Fora que ajudar nesses serviços é muito divertido! – sorriram e Hatsune achou que derreteria com a fofura deles.

– Vocês são crianças de ouro! – sorriu mais – Mas então, vocês não são da ilha, certo? O que fazem aqui além de pegarem metal para a Marilú?

– Bem, viemos para o casamento da minha mãe, que também é mãe da Marilú. É hoje no por do sol, temos que voltar antes disso. – Luka explicou.

– Oh, então vocês são irmãos da Marilú. Então todos vocês são família?

– De certa forma. Eu sou filha do padrinho da mãe do Luka e da Erika, Kouta é sobrinho de uma amiga da mãe do Luka e o Anhangá é nosso amigo. Somos uma família bem grande.

– Wow! Famílias grandes são divertidas! É legal saber que vocês são tão unidos assim até com amigos. – levantou e bateu as mãos – Bem, está concertada, agora é só guardar o Sansão!

– EI! GENTE! PODEM VIM PRA CÁ COM O SANSÃO! – Eri gritou.

– A CERCA TÁ CONCERTADA! CORREM! – Luka gritou.

Os três aceleraram a corrida e foram com tudo em direção ao portão aberto por Eri. Hatsune saiu rapidamente de dentro dele e os dois ficaram para fora. Kouta deu mãos a Erika e assim que estava na metade do cercado, Erika ativou suas asas e saiu voando com ele, contornando e pousando perto do outro trio, enquanto Anhangá virou uma águia. Hatsune prendeu o touro no cercado e ficou feliz em ver que ele não ficaria solto.

– Nunca mais, nunca mais... – Erika dizia ofegante, os três desabaram no gramado um encima do outro – Marilú me paga. Nunca mais eu presto um favor a ela...

– Arrombada... Ainda bem que não é minha irmã! Senão já tinha matado! – Kouta disse.

– Eu ainda não creio que saí da puta que pariu do outro lado do mundo, pra brincar de pega-pega com um touro chamado Sansão! – Anhangá respirou fundo.

– Agradeço a ajuda de todos vocês! – Hatsune disse – Se tiverem um tempinho, tem um lanche para vocês e todos os pedaços de metal já estão separados, segundo o pedido de Marilú.

– Quantas horas agora? – Anhangá perguntou.

– Três em ponto. – Luka olhou o celular.

– Temos uma hora para comer, enviar o metal e voltar pra casa. – Erika respirou fundo – Vai ter que dar tempo. E ainda vamos tirar uma soneca de vinte minutinhos antes de nos arrumarmos.

 

...

 

Província de Nago | Mansão Shimizu – 05:19 PM

Marilú já estava bem mais aliviada de saber que os cinco conseguiram ajudá-la e que ninguém desconfiou de nada. As três e meia eles se materializaram com o carro na garagem da mansão e os pedaços de metais já estavam em Osaka sendo trabalhados. Depois disso, só os viu dormindo no sofá da sala e acordados as quatro em ponto para se arrumarem. Deu tudo certo.

Agora ela andava pela passagem antes da entrada para o casamento, observando a entrada toda florida, o salão onde ocorreria a festa não estava diferente. E bem ali, estavam Keiji e Arthur olhando os últimos detalhes das flores e tudo mais.

– Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça! É ela menina, que chega e que passa! – Arthur cantou e Keiji deu mão para Marilú rodar e exibir seu vestido verde-água justo.

– Obrigada, gente. Vocês também estão lindos, que nem no dia do seu casamento três anos atrás... – Marilú sorriu e os cabelos acima do ombro balançaram com a brisa suave – A noite vai ser bem quente, vão aguentar de terno?

– Querida, assim que o DJ soltar a música, esse terno estará esquentando a cadeira! – Keiji riu – Alice e Momo que te mandaram aqui?

– Eu sempre serei a fiel escudeira delas. Ou era eu, ou era a Yui. – olhou ao redor – Está tudo deslumbrante. Perfeito.

– O dia em si foi perfeito. Os noivos relaxaram e não ouviram sequer um problema com as agências ou qualquer coisa. – Keiji disse – E todos os convidados aproveitaram as suas maneiras a ilha e o clima ótimo. Tudo certinho!

– Vamos aproveitar que hoje é dia de festa! – Arthur segurou os ombros deles, cada um em um braço, e os puxou para a entrada dos convidados de fora da casa – Vamos lá, recepcionar os convidados!

 

...

 

Alice e Momo estavam simplesmente deslumbrantes. Enquanto Momo portava um vestido estilo sereia com mangas compridas de renda que a partir das coxas se abria até os pês, Alice vestia um em estilo princesa rodado e bufante com alças de renda e decote coração. Ficaram impressionadas com a mudança de gostos e ideias iniciais que tiveram, mas não poderiam estar mais felizes junto aos cabelos arrumados, os saltos brancos e maquiagens.

Poucos minutos antes da cerimônia começar de fato, estavam na passagem junto as crianças segurando os buques de rosa. Viam as escondidas o jardim lotado de amigos e familiares, admiradas com toda a decoração, principalmente com o arco de flores onde estava o Juiz de paz os aguardando.

– O que aconteceu? Algum problema? – Aizawa chegou perguntando a Alice ao lado de Kayama, ambos preocupados.

– Calma, está tudo bem. Eu que pedi para chamá-los aqui, porque queria pedir um favor. – Alice sorriu delicada – Bem, Huruka e Naoki vão levar a Momo, Huruka se ofereceu para me levar sozinha, mas eu quero que Momo entre com os pais dela. E eu, bem, Nanami e Makoto escolheram vocês como meus padrinhos, meus pais intitulados. Então poderiam entrar comigo?

– ...

– Menina, não me faça chorar logo agora... – Kayama sorriu emocionada – Eu não vou borrar a maquiagem agora, não vou!

– É sério? Você quer a gente? – Aizawa perguntou.

– Claro! Foram escolhidos a dedo! Não vejo pessoas melhores! – sorriu e abraçou os dois. A música de entrada começou e as crianças entraram na frente. Os soltou e deu braço para cada um – Momo vai primeiro, já que é a mais velha. E Aizawa, você vai poder me entregar ao Shouto.

– Se ele não cuidar de você, eu arrebento a cara dele na porrada.

– Eu não duvido disso! – riu – Mas tenho certeza que vamos cuidar bem um do outro. Vamos lá.

Eles entraram, a cerimônia não poderia ter sido mais bonita e emocionante. E os quatro juraram cuidar de seus amados, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, sobre qualquer dificuldade, e que Deus os ajude e abençoe esse lindo amor.

 

...

 

– Puta merda, finalmente to tirando esses sapatos! – Erika reclamou retirando seus sapatos de salto pequeno por debaixo da sua mesa.

– Nem me fala! – Eri disse e esticou seus pês – Antes o pê preto de poeira do que com isso!

– Oficial, odeio gravatas! – Kouta afrouxou a gravata e a deixou na mesa.

– Não entendo como eles estão de boas. – Luka disse imitando o amigo e tirando o terno.

– Vocês são inacreditáveis! Mal sentamos, os noivos nem tiraram todas a fotos, e vocês já estão se desmontando! – Aya disse sentando junto a eles na mesa com seus gêmeos e Bakugou.

– Já entramos junto das noivas, já tiramos fotos, ficamos bonitinhos durante duas horas e meia! Já deu! Podemos parar com isso! – Kouta disse.

– Concordo com eles. Terno e gravata não é de Deus! Não usava nem na Yuuei! – Bakugou disse.

– Posso tirar a sandália também, papai? – Amália perguntou.

– Posso tirar o terno, mamãe? – Alistair perguntou.

– Sério? – Aya olhou com dó os gêmeos de cinco anos tão fofos.

– O prendedor coça muito. – Amália disse.

– Ah, tá bem. – bufou vencida e os deixou tirar aquilo que os incomodava.

– Vem cá. – Bakugou virou Amália e soltou o prendedor do coque e ajeitou os cabelos divididos igualmente entre roxo e laranja – Pronto, não coça mais.

– Obrigada!

– Eu só não faço o mesmo que eles agora, porque vou fazer o brinde. – Marilú suspirou – Ai, ai, logo eu!

– Faz sentindo, você é a primeira da quinta geração das famílias. – Aya disse.

– Vocês vão gostar, eu acho. – riu de canto.

Depois de todas as fotos tiradas e todos acomodados em suas próprias mesas, e depois dos pais e padrinhos de casamento terem feito seus curtos discursos, Marilú saiu de seu lugar para perto da mesa ao lado, pegando o microfone com delicadeza.

– Bem, me chamaram pra fazer o maior discurso e o último da noite antes do jantar. Então se acomodem, pois aviso que vai ser longo e vocês só comem depois disso!

Sorriu e todos riram. Marilú respirou fundo e segurou firme o microfone.

– Bem, pra quem não me conhece, eu sou a primeira filha adotiva da Alice, agora do casal Shimizu Alice e Shouto, a Marilú. Sou a primeira da quinta geração das três famílias, e foi com essa desculpa toda que me convenceram a vim aqui. – riu – Bem, meus primeiros anos de vida não foram fáceis. Nasci sem braços em um país no meio de uma guerra civil na África, sendo abandonada assim que tudo apertou. Em seguida, essas duas apareceram em minha vida.

Sorriu fechando os olhos, agradecida de tudo.

– De imediato, confesso, não gostei delas. Não conseguia confiar em ninguém. Mas Alice insistiu e provou que merecia minha confiança, provou que gostava de mim como uma verdadeira mãe. Ela que me apresentou o maravilhoso mundo da mecânica, que graças a isso eu estou podendo segurar esse microfone agora. – ergueu o braço livre – E graças a isso estou aqui, bem encaminhada e vendo o amor desses quatro desde o início.

Olhou os recém casados com carinho e voltou a atenção a todos.

– A primeira vez que vi esses quatro juntos, eu tinha voltado de uma longa viagem para o leste europeu a trabalho e eles já estavam juntos. Inseparáveis. Quando vi, as famílias já estavam juntas, porque além deles, já tínhamos um outro passado com todos juntos. Mas só de olhar de longe, vê-se muito amor e carinho. Não apenas por esses dois casais que hoje selaram as suas almas juntas, mas há carinho e amor entre todos os membros da família. E espero mesmo que isso continue por muitas e muitas mais gerações. Todo o amor, o carinho, as brincadeiras, os sermões, o consolo, a compreensão, o apoio, e a força gigantesca que essas três famílias têm! Então um brinde de refrigerante, champanhe e vodca, mamãe e titia adoram! – riu e ergueu seu copo de champanhe – A essa gigantesca família!

– VIVA!

– Obrigada, filha. – Alice disse sorrindo muito.

– A nossa família Shimizu-Todoroki-Yaoyorozu! – Keita disse sorrindo.

– A nossa família! – sorriu a eles e voltou o microfone a boca – Aproveitem o jantar e a festa a seguir! Essa noite vai ser inesquecível! – Marilú sorriu bebericando seu copo e voltando para sua mesa.

– Parabéns! Achei que iria fazer alguém chorar, mas tá no DNA da família ser comediante, né? – Bakugou disse irônico.

– Há, há, há, sempre engraçadinho! – Marilú riu sem humor e antes de sentar, agachou ao lado dele de costas a prima Aya ao lado e sussurrou: – Você também é comediante, sabia? E se os gêmeos continuarem a te chamar de “papai” e continuar com esse olhar apaixonado para cima da minha prima, acostume-se a ser chamado de “Shimizu Katsuki”.

Sorriu mais ainda ao ver a cara de choque dele e apenas sentou-se em seu lugar ao lado da irmã. Bakugou balançou a cabeça e esqueceu aquela acusação em prol de não deixar um clima desconfortável entre Aya e seus filhos. Mas com certeza pensaria muito sobre isso.

– O que você disse para o Katsuki ficar com aquela cara de idiota? – Erika perguntou.

– Nada demais. Mas estou feliz de finalmente ter conseguido desestabilizá-lo depois de sete anos de amizade. – riu alto – Bem, juízo a todos aqui, vamos precisar!

 

...

 

Mansão Shimizu – 10:02 AM

Momo acordou sentindo sua cabeça meio pesada e os seus braços pesados. Abriu os olhos bem devagar para não agredir sua vista e a primeira coisa que viu, foi o pote de doce que agarrava. Estava sentada em sua cama recostada em sua cabeceira e ao seu redor tinha duas pessoas largadas dormindo no chão e do seu lado estava seu marido Keita dormindo agarrado a duas garrafas meio cheias de tequila.

Olhou para o chão e as duas pessoas que viu por rabo de olho são Alice e Shouto dormindo juntos, Alice estava agarrada a uma garrafa vazia de vodca e Shouto estava agarrado a ela. Esticou o pescoço para relaxar mais e finalmente aliviou seus braços do aperto do pote de doce o deixando na cama. Levantou devagar se erguendo e olhou ao redor; o seu quarto tá intacto, mas e o resto da casa?

No caminho até a cozinha, achou que algum Shimizu perdeu o controle dos poderes de Ar e fez um furacão ali dentro. Do corredor dos quartos, a escadaria e a grande sala continham pessoas espalhadas agarradas a coisas diferentes e teve que tomar cuidado para não pisar em alguém. E quando finalmente chegou a cozinha, encontrou sua sobrinha bebendo uma garrafa grande inteira de água e uma puta cara de ressaca.

– Você tá com uma cara péssima. – comentou rindo.

– Você também, tia Momo-chan. – Marilú riu de canto e tomou o resto da garrafa.

– Avisamos pra tomar cuidado e beber devagar, mas você e a Yui são brabas! Agora ela tá lá apagada no sofá junto do Katsuki, Shinsou-san e Aya-chan.

– Olha, a noite foi maravilhosamente louca, do jeito que eu imaginava!

– Foi tão louca que eu acordei abraçada a um pote de doce. Shouto tá dormindo agarrado a Alice que está agarrada a uma garrafa de vodca, e Keita tá dormindo agarrado a duas garrafas de tequila. Só vamos lembrar de tudo que aconteceu com detalhes quando pousarmos na América. – Momo riu.

– Ah, queria voltar pra Disney, oh saudades... – Marilú suspirou – Que itinerário, Disney, Brasil, Itália e França, perfeito. Mas então, vocês embarcam só de tarde?

– Sim. Mas precisamos ir pra Tokyo antes, de lá iremos pra América. E pelo visto, eu que vou acordar os três, só vim catar uma água pra acordar melhor... – disse enquanto abria a geladeira e pegava uma garrafinha – Tenho certeza que tem gente dormindo até na areia da praia! Haja água e remédios.

– Hey, podem ir tranquilos, eu cuido de todos por aqui. Aya também, ela bebeu muito menos que nós porque antes ficou cuidando das crianças e as colocando pra dormir e trancando o quarto deles. Vai ficar tudo bem por aqui enquanto vocês curtem as primeiras semanas de casados do modo mais romântico e sexy que conseguirem!

– Valeu. Realmente, ter uma sobrinha é muito bom! – sorriu abraçando a garota – Mas na próxima, não aposte beber uma garrafa inteira de tequila com o Keita e Alice. Dentre os três, Alice ganha de longe pelo DNA privilegiado.

– Mas eu também não fui nada mal! Posso não ter o mesmo sangue, porém a veia do álcool eu herdei dela! – riram.



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