O passeio no bosque não durou tanto tempo - talvez uns 40 minutos de duração, no máximo. -, já estávamos voltando a casa antes do almoço e tudo, aparentemente, parecia normal. Assim que chegamos, todos faziam seus deveres como sempre, Shouto foi chamado por Iida para ajudar com os animais e eu aproveitei para entrar em casa. - antes que alguém me pedisse para fazer algo.
Me encaminhei ao meu quarto, faltava um pouco para a hora do almoço e eu queria tomar um rápido banho, estava soando feito um porco. - o Sol ultimamente estava de lascar.
Entrei no quarto sem achar estranho a porta estar fechada e bem, me arrependi de tal decisão. Assim que abri a porta, deparo-me com uma visão horrenda, minha mãe estava amarrada a uma cadeira e desacordada, repleta de machucados pelo corpo, sinal de que havia sido espancada, e com algumas partes de sua roupa rasgada ou suja com sangue.
Fiquei em choque, imóvel, pensando se o que eu estava vendo era realmente verdade, se realmente era minha mãe ali, naquele estado. Por isso, não escutei a porta se fechando atrás de mim, e muito menos a presença de um certo alguém no quarto.
??? - Chocado com a imagem? - Escutei a voz de Touya e no mesmo momento me virei para ele, arregalando os olhos.
Izuku - O qu-
Touya - Eu disse a você que tudo o que Shouto tem, eu quero. - Se aproximou de mim, e eu fui recuando, completamente amedrontado. - E como você disse que não ficaria comigo, utilizei sua mãe para tomar uma vantagem. - Olhou para mesma com um ar vitorioso.
Aquilo tudo era um absurdo e o pior de tudo é que eu não sabia como reagir.
Touya - Midoriya Izuku, eu quero que large o meu irmão e fique comigo, ou... - Retirou uma faca da calça, encarando-a. - ... a senhora Inko sofrerá as consequências. - Voltou a me encarar. - E fará isso sem contar nada aos seus amigos, meus homens já sabem da situação e será fácil descobrir caso o faça.
Izuku - O-O que?
Touya - Todos os caras que você vê pela fazenda, trabalham para mim, eles estarão de olho em você daqui por diante, então isso meio que também faz de seus amigos alvos. - Naquele momento me senti encurralado e completamente inútil.
Izuku - E como quer que eu termine com o Shouto sem que pareça estranho? - Cerrei o punho, indignado por não ter outra opção.
Touya - Isso é problema seu. - Deu de ombros. - Apenas lembre que é a vida de sua mãe e amigos em jogo. - Guardou a faca.
A porta se abriu e dois homens apareceram e pegaram a cadeira onde minha mãe se encontrava.
Izuku - Vão levá-la?! - Questionei, vendo a levarem sem nem hesitar.
Touya - Vamos esconde-la docinho, para que não planeje nenhuma fuga. - Segurou o meu queixo e falou sorrindo. - Agora vá lá e faça o que mandei. - Soltou-me e saiu do quarto, fechando a porta.
A única coisa que pude fazer foi chutar a minha cama e chorar baixinho, ajoelhado, nunca deveria ter conhecido Touya e muito menos ter me recusado a contar a Shouto sobre o ocorrido no armazém, se tivesse, eu não estaria sobre tais condições.
Escutei o sininho, avisando que o almoço estava pronto e senti meu coração falhar, eu teria que sair do quarto e agir como se nada tivesse acontecido.
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