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História Bold as Love - Love on Top


Escrita por: sierrafeelings

Notas do Autor


Gente, vai ser difícil postar nessa semana, então estou adiantando o Capítulo 8! Quase ninguém lê por aqui, já que eu posto no tumblr, mas obrigada a quem acompanha :) Aproveitem!

Capítulo 8 - Love on Top


 

- Quando contatado por nossa equipe, Tyler Allen não quis dar esclarecimentos sobre o fato – percebi, de canto de olho, que Alex agora me fitava intrigado – ...mas seu amigo Drake afirmou que o acidente aconteceu no exato momento em que Tyler e Sierra conversavam.

Passei as costas da mão sobre a boca a fim de limpar o refrigerante que ali permanecera.

- Eles só podem estar de brincadeira – comentei baixo.

- Sierra, Tyler estava lá? – eu agora olhava para Alex.

- Sim, ele apareceu lá minutos antes de você se acidentar – respondi nervosa – como se atrevem a inventar uma história dessas?!

- Como você deixou de me contar isso? – Alex parecia nervoso e chateado.

- Alex, você acabou de sair do hospital! Acha realmente que eu tinha cabeça para me lembrar de uma bobagem dessas enquanto me preocupava com você?

- Não sei, Sierra, mas esse cara foi um idiota com você e achei que se preocupasse em me contar.

- Nem tivemos tempo de conversar direito! – não acreditava no que estava acontecendo.

Alex ficou em silêncio. Sério que ele estava me cobrando isso? Por que um cara com quem namorei há mais de seis anos apareceu e resolveu dar oi? Eu só queria saber dele. Ele poderia não ter sobrevivido! Eu nem lembrava mais que Tyler estivera lá. Alex continuava me olhando.

- Não acredito nisso – meus olhos se encheram de lágrimas. Meus lábios começaram a tremular. Levantei-me do sofá e corri para o quarto, ouvindo, já no corredor, os berros de Alex.

- Sierra, volta aqui! Desculpa! Sierra! – O som da sua voz diminuía na medida em que eu me afastava da sala.

Joguei-me sobre a cama de bruços, enfiei a cabeça no travesseiro e solucei. Não havia necessidade de chorar, eu sei, mas as últimas vinte e quatro horas haviam me deixado abalada emocionalmente. E não tinha necessidade de Alex ter reagido de tal maneira. Por sorte, Julieta não estava naquele quarto.

- Sierra! – pude ouvir Alex berrando da sala – Desculpa! Não consigo sair correndo atrás de você. Vem cá!

Chorei mais ainda. Que merda. Eu deveria estar na TPM.

Uns dois minutos mais tarde, Alex chegou ao quarto, movendo sua cadeira de rodas com dificuldade.

- Sierra... Eu não deveria ter reagido assim. Ei – ele encostou a cadeira na cama e tocou meus cabelos.

Tirei o rosto do travesseiro e o olhei nos olhos. Minha voz estava fraca.

- Alex. Quando eu te vi desacordado na praia, achei que estivesse morto – a expressão de Alex agora era de culpa – você acha que, diante de tanto sofrimento, eu ia ter cabeça para me lembrar de um ex-namorado de adolescência?

- Eu sei, eu sei, desculpa – sua voz entregava seu arrependimento – você tem sido incrível pra mim, você é a melhor namorada que eu poderia ter na vida. Não deixa meus ciúmes estragar isso, por favor – ele me olhava como quem pedia piedade.

Sentei-me, segurei Alex por baixo de seus braços e puxei-o da cadeira para a cama. Desloquei-me para a esquerda, e ele, forçando as mãos sobre o colchão, colocou-se ao meu lado.

- Eu te amo, baixinha – ele puxou-me e me fez deitar sobre seu peito – quando você estiver à vontade pra me contar o que aconteceu, eu vou ouvir.

- Não cobra tanto de mim, Alex. Não to preparada pra essa vida – eu ainda resmungava, engolindo o choro.

- Vai ficar tudo bem.

Eu o abracei. Alex me envolvia em seus braços, acariciava meus ombros e meu cabelo. Naquele instante desejei estar de volta à Flórida, onde éramos comuns desconhecidos e por quem a mídia jamais se interessaria. Onde não falariam do meu ex-namorado para quem quisesse ouvir como se isso não fosse uma história íntima.

- Eu te amo também – e ali adormeci, sobre seu tórax.

 

Quando acordamos, Julieta já havia saído. Telefonamos para familiares, comemos, tomamos banho novamente. À noite, tocaram a campainha. Foram nos entregar o par de muletas que seriam, a partir de então, as melhores amigas de Alex. Ele as experimentou e sentiu-se confiante para abandonar a cadeira de rodas. Mas lhe pedi que continuasse nela até no outro dia de manhã, quando voltaríamos aos estúdios para começarmos a gravar nossas músicas.

 

 

Uma segunda-feira radiante surgiu diante de nossos olhos. A noite tranqüila que tivemos serviu para recarregar nossas energias. Estávamos prontos para voltar ao trabalho. Depois das panquecas que preparei para o café da manhã, tratei de dar todos os remédios receitados para Alex. Ninguém, mais que eu, queria sua recuperação imediata. Por volta das dez horas da manhã, chegamos ao estúdio.

- Quem é vivo sempre aparece! – Julian fez uma piadinha quando entramos na sala.

- Julian, nem brinca com uma coisa dessas! – Abracei-o. Matt também estava aí, assim como Ali Tamposi e alguns outros instrutores vocais. Cumprimentamos todos.

- Já está melhor, cara? – Matt perguntou.

- Sinto como se nada houvesse acontecido.

Olhei para Alex com uma expressão de mãe, como se dissesse “não tente se fazer de fortão enquanto está aí todo quebrado”.

Meia hora depois, quando estávamos gravando vocais para a primeira música, Jessica apareceu no estúdio, e paramos o que estávamos fazendo para recebê-la. Ao me aproximar, percebi que ela carregava uma pilha de revistas nas mãos. Todos fomos em direção a mesa.

- Twist. M. Creme – a cada nome que Jessica citava, uma revista era jogada sobre a mesa – Bop and Tiger Beat. Teen Zone. Pops. Teen Now. Seventeen. J-14.

As revistas se espalharam sobre a bancada. Todos a fitamos, curiosos.

- Vocês estão em todas.

- O QUÊ? – Meus olhos se arregalaram e todos presentes na sala avançaram sobre as revistas.

- Todas mencionam o acidente. Mas todas falam de vocês como artistas – Jessica permanecia estrategicamente comedida.

Assim como eu, Alex folheava com pressa. Queria saber logo o que haviam falado sobre nós. “Casal musical do ano leva susto em Santa Monica”. “Conheça Alex & Sierra”. “O acidente que aterrorizou Alex & Sierra”. “Momentos de angústia para os queridinhos da América”. Todos liam as manchetes e trechos das notícias. Trocávamos de revistas e isso levou uns três minutos até que Jessica as recolheu.

- Como isso foi acontecer? – Alex perguntou.

- Isso é bom? – eu estava confusa.

- Digamos que... – Jessica sorria maliciosamente – esse acidente foi a melhor jogada de marketing não planejada que poderia ter acontecido.

- Como? – senti-me um pouco ofendida quando Jessica insinuou haver tido algo de positivo naquele acidente.

- Chequem o iTunes.

Sacamos os celulares quase ao mesmo tempo, até mesmo os produtores. A expressão foi a mesma em todas as faces. Olhei para o celular, depois para as pessoas a minha volta e então voltei a olhar para a tela.

- Vocês estão no topo de novo – Julian comentou, sorrindo de orelha à orelha.

- Como isso é possível... – sussurrei.

- Temos quatro músicas no TOP 10 – Alex parecia não acreditar no que sua própria voz proferia.

- Todos os covers de vocês entraram para o TOP 100 – Jessica já tinha o discurso na ponta da língua – Três dos maiores jornais impressos da Califórnia estamparam vocês na capa. Pelo menos doze sites de entretenimento também.

- O que isso significa? – ninguém sabia muito bem o que pensar.

- Significa que vocês estão sob os holofotes. Toda a América quer conhecer o casal apaixonado da praia de Santa Mônica. O surfista machucado. A namorada apaixonada. Os cantores do The X Factor. Ninguém fala em outra coisa que não Alex e Sierra.


Notas Finais




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