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História Bold as Love - Lucky


Escrita por: sierrafeelings

Notas do Autor


Desculpem a demora! Espero que gostem. xoxo

Capítulo 12 - Lucky


A reação de Alex foi surpreendentemente rápida. Desvencilhou-se de mim, levantou-se e, completamente inconsciente da situação de sua perna, saiu correndo em direção ao fotógrafo, que percebeu a situação e começou a correr para longe. Estava vestindo apenas suas calças. Aquilo me pegou de surpresa, e eu estava tanto assustada quanto aterrorizada. Eu e meu namorado, em roupas íntimas, acabáramos de ser flagrados em uma situação extremamente comprometedora. Mas o que fazer? Alex iniciara uma perseguição na praia. E eu não imaginava como isso acabaria.

Todos esses pensamentos invadiram a minha cabeça em uma fração de segundos. Logo eu já estava de pé, colocando o vestido e saindo em disparada atrás de Alex – que corria atrás do fotógrafo.

- Alex! Alex! – Alex mancava, mas corria numa velocidade surpreendente para quem estava se recuperando de uma lesão. Eu continuava a correr enquanto afastava os cabelos do meu rosto.

A madrugada sombria não me deixava enxergar muito bem. Aos poucos me aproximei de Alex e, quando estava prestes a detê-lo, o fotógrafo tropeçou em si e desabou a poucos metros de Alex, que avançou.

- O que você estava fazendo? – Alex perguntou, já sabendo a resposta, enquanto agarrava o fotógrafo pelas costas e o virava brutalmente.

Eu me aproximei e ali permaneci, estática, sem saber o que fazer. Pude perceber, ainda que muito escuro, que a fúria transbordava pelos olhos de Alex. Ele curvou-se sobre o rapaz e segurou-o pela camisa, enquanto este tentava levantar-se do chão.

- Alex! – pronunciei-me outra vez, já chorando.

- O que você pretendia fazer com essas fotos? Você tem noção das consequências desse seu ato sujo? – Alex cuspia fogo. O fotógrafo demonstrava medo no olhar.

- Alex! – Dessa vez, ele olhou para mim e pareceu dar-se conta do que realmente estava havendo ali. Alex nunca fora um cara agressivo. Ele então soltou a camisa do cara, continuando, contudo, inclinado sobre ele.

O rosto do fotógrafo, tão petulante na festa do Grammy, agora parecia o de uma criança amedrontada. Coloquei-me entre Alex e ele, que permaneceram imóveis.

- Por que você fez isso? – Eu soluçava – essas fotos podem arruinar nossa carreira, que mal começou! Olhe para mim – ele focou seus olhos nos meus – não faça isso. Seu trabalho vale a carreira de dois jovens? Eu lhe imploro!

Alex posicionou-se ao meu lado. Nós dois estávamos diante do cara, ansiando por sua resposta, esperando para ver se ele cederia ou se voltaria a correr. Eu respirava fundo.

- Eu... Eu sinto muito – ele finalmente disse algo – esse é meu primeiro emprego como fotógrafo, eu precisava dessas fotos pra fazer dinheiro, mas me desculpem – ele olhava-nos perturbado, quase chorando – havia muita pressão sobre mim.

Tremendo, ele nos passou a câmera. Quando Alex a pegou, ele levantou-se do chão. Ficamos os três em silêncio enquanto Alex passava as fotos. Engoli seco quando vi o quão comprometedoras elas eram. Então, o cara falou:

- Isso é tudo que eu tenho. Podem apagá-las. Está tudo bem. Desculpem-me. Só me deixem ir embora.

Eu o olhava, já sentindo pena. Aquela cena fora terrível, algo que nunca faríamos sob outras circunstâncias. Imaginar que perseguimos e que Alex poderia ter agredido aquele cara me fez tremer.

- Desculpe-nos por isso. Estávamos assustados – eu lhe disse. Alex continuava calado. Muito obrigada por deixar-nos apagar as fotos. Você é um homem bom.

Alex devolveu-lhe a câmera, olhando para o nada, e deixou que o fotógrafo fosse embora. Assim que ele tomou certa distância, Alex desabou no chão. Ajoelhei-me ao seu lado. Ele sentou-se, apoiou os cotovelos sobre os joelhos, as mãos sobre a testa. E chorou. Chorou desesperadamente.

- O que eu fiz? Meu Deus, o que eu fiz? – seu nariz já estava vermelho.

- Alex, meu amor, acalme-se. Por favor, já passou.

Ficamos ali por alguns minutos. Deixei que Alex deitasse sua cabeça em meu ombro e chorasse, o quanto achasse necessário. Tentei não perder o controle também.

- Los Angeles está mudando a gente, Sierra – tentei falar, mas ele continuou – quando você imaginaria que eu perseguiria alguém? Eu poderia ter batido nele! Meu Deus...

Eu disse que ele estava fazendo um trabalho sujo e que tudo aconteceu muito depressa. Mas tudo que Alex falou era verdade. O mundo da fama era completamente cruel e inseguro. E as consequências da popularidade estavam começando a nos atingir.

A perna de Alex certamente havia piorado. Depois de todo aquele momento de adrenalina, a dor apareceu. Devagar, voltamos para o lugar onde fomos flagrados, recolhemos nossas coisas e chamamos um taxi. O caminho para casa foi silencioso.

Sim, tudo fora horrível. Pensei, contudo, no que teria acontecido se Alex não fosse atrás daquele fotógrafo. Certamente, no dia seguinte haveria fotos de nós dois espalhadas por todo o mundo. Nós dois, quase nus, aos beijos e fazendo coisas muito piores. Eu não suportaria aquilo. Não suportaria a vergonha que sentiria, por minha família, por meus fãs. Eu havia ficado bêbada, deixado que todos me vissem assim em uma festa importantíssima e deixado que me fotografassem quase nua. Aquilo precisava parar.

 

 

Duas semanas se passaram. Esperávamos aflitos pela divulgação de alguma daquelas fotos, mas isso não aconteceu. Parecia que o fotógrafo realmente tinha falado a verdade e que aquelas eram as únicas provas do que aconteceram em Manhattan Beach.

Tivemos uma ótima surpresa quando nossas famílias apareceram na Califórnia. A visita aliviou um pouco da angústia que estávamos sentindo por tudo o que havia acontecido desde que deixamos a Flórida. Saímos para jantar, apresentamos nosso apartamento a eles e nossos pais puderam presenciar o momento em que Alex finalmente se livrou daquela botinha. Ele se recuperara muito bem, levando em consideração a corrida que fez no dia da perseguição.

Nossos parentes voltaram para casa e no outro dia partimos para o estúdio para finalizar o álbum. Era uma terça-feira, dia 11 de fevereiro. Meu aniversário.

Eu nunca me importei muito em “fazer aniversário”, mas não poderia evitar ficar ansiosa e vivia me questionando se lembrariam a data. É bom ser lembrada por alguém. Especialmente por Alex. Naquele dia pela manhã, ele saiu da cama mais cedo, mas fingi que não vi. Pude ouvir algum barulho na cozinha e imaginar Alex tentando preparar um café da manhã romântico para mim me fez rir. Em nenhum dos meus outros aniversários ele havia acordado ao meu lado. Esperei tanto que acabei pegando no sono novamente.

 

 

 

Acordei ouvindo a voz suave de Alex. Ele estava sentado na cama, com uma bandeja enorme em mãos. Porém não havia um café da manhã típico nela. Havia dezenas de bombons, dos mais variados tipos. Muito chocolate. Alex cantava Lucky para mim.

“Lucky I'm in love with my best friend

Lucky to have been where I have been

Lucky to be coming home again

Ohhohhohhohhohhohhohh”

 

Sentei-me na cama, ainda esfregando os olhos, e sorri com o que vi. Ele logo colocou a bandeja sobre a cama e me encheu de beijos. Quando apartamos o beijo, ele disse:

- Parabéns, Sierra. Feliz 23 anos. Olha o que eu trouxe para você. Escolha seu preferido.

Ele colocou a bandeja sobre o meu colo. Eu o agradeci com outro beijo e passei a mão sobre os doces. No fundo, encontrei uma corrente. Quando puxei, percebi que se tratava de um colar, com a palavra “mine” desenhada como pingente.

- Alex, é para mim? – isso era óbvio – É lindo! Obrigada!

- Eu te amo, Sierra. Você é minha. É a mulher da minha vida e eu quero passar o resto dos meus dias com você. Eu te amo muito.

- Eu te amo mais – respondi.

Ele sorria de orelha a orelha. Coloquei os presentes de lado e no encontramos em outro beijo apaixonado. Depois, ficamos abraçados na cama, por uns bons vinte minutos, comendo as delicias que ele trouxera. Parece que ele não havia se arriscado na cozinha mesmo. E então partimos para o último dia no estúdio.

Lá, todos os nossos amigos colegas de trabalho me recepcionaram com um bolo gigante e chapéus de aniversário. Depois de uma breve comemoração, fomos ao que importava. E, no fim da tarde, estava tudo pronto. Tudo acertado. Nosso álbum estava pronto.

- Vocês terão um dia de folga. Estejam aqui na quinta-feira pela manhã – Margareth avisou.

Havíamos alugado um carro, então Alex dirigiu até a costa, para minha surpresa.

- Alex, para onde estamos indo?

- Para um lugar muito, muito lindo.

O sol estava se pondo e o céu era uma mistura de alaranjado com lilás. Quando chegamos ao local surpresa de Alex, aquelas cores já haviam se transformado em um azul marinho lindo. Lindo quando contrastava com as luzes do parque de diversões do píer.

- Alex, que lindo! – o som do carrossel se misturava com a música que vinha das caixas de som. Crianças corriam por todos os lados com doces em mãos. As luzes dos brinquedos refletiam na água do mar. Tudo tão infantil. Tudo tão bonito.

Algumas pessoas perceberam nossa presença, mas Alex conseguiu nos colocar na roda gigante antes que pudessem nos abordar. Lá do alto, pude ver a noite abraçando Los Angeles.

- Obrigada por ser essa pessoa maravilhosa comigo, Alex. Eu te amo muito.

Eu o beijei e vi que ele tirava a corrente que me dera do bolso. Havia me esquecido de colocá-la pela manhã. Ele não esqueceu. Alex puxou meus cabelos para o lado e me virei para que ele colocasse a corrente em meu pescoço.  Arrepiei-me quando ele fez aquilo. Aquele fora um ótimo dia. Deitei-me sobre seu peito e ficamos ali, curtindo a noite e as luzes de Los Angeles. Não poderia ser melhor.


Notas Finais


Tem muita coisa boa vindo!! Não me abandonem hahaha


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