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História Bolo de tomate - Capítulo único


Escrita por: Tati-Uchiha-GD e ImperioDoFogo

Notas do Autor


Oi geente :3

É com muita alegria que anuncio minha primeira fanfic com o projeto @ImperioDoFogo, em seu primeiro ciclo, com o tema Friendship e subtema aniversário! ♥
Estou adorando fazer parte de mais esse projeto, que é tão incrível e que a partir dessa fic, me tira da zona de conforto do universo alternativo e me coloca em mais desafios no universo original de Naruto! Aliás, perdoem qualquer coisa, é minha primeiríssima experiência nesse universo. ♥♥♥

Quero muito agradecer a mais três pessoas fundamentais nesse processo:
• @Typewriter, a helper maravilhosa que me ajudou a criar o plot, além de me dar uma mãozona na sinopse e ainda ajudar a escolher um tipo de capa legal para o tema ♥♥♥;

• @misminei, que betou minha fanfic com todo o carinho e atenção a tudo, inclusive às minhas dúvidas ♥♥♥;

• @NanaNamikaze, que entendeu toda a confusão do meu pedido e a transformou nessa capa maravilhosa, toda a minha gratidão, também. ♥♥♥


Então, os convido a conhecer esse trabalho todo especial e espero que gostem. Boa leitura!

Obs: Os trechos utilizados pertencem à música "Promete", da Ana Vilela. ♥

Capítulo 1 - Capítulo único


 

 

“Promete aproveitar cada segundo

Desse tempo que já passa tão veloz

Me lembro quando você chegou nesse mundo

Sorrindo aos poucos quando ouviu minha voz”

 

Abriu os olhos lentamente, antes mesmo de se dar conta de que dia era aquele. Tão logo coçou a cabeça e escancarou a boca em um bocejo, ele percebeu.

Finalmente, 2,555 dias. Havia passado cerca de duas horas calculando sua idade, na semana anterior. Naquele dia, Sasuke completava sete anos. Aquele era seu ultimato para ser tão incrível como o irmão e se formar na academia, tão graciosamente quanto ele. No entanto, ao menos poderia aproveitar seu 2.555º dia sem grandes pressões.

Abriu a gaveta da cômoda de madeira e escolheu uma blusa limpa de sua cor preferida, azul, junto a uma bermuda deixada sobre a cadeira, por sua mãe, um dia antes. Passou as mãos desajeitadamente pelos cabelos, sem poder conter o brilho de ânimo nos olhos. Sorriu timidamente para o espelho, sentia-se bonito e, poderia até arriscar, mais velho.

O cheiro do café da manhã invadia o quarto, de modo que pensou encontrar todos sentados à mesa para a primeira refeição. Não queria que ninguém o esperasse demais e se apressou até a sala, mas o que viu foi outra coisa. Os pais andando apressados pela casa e pegando alguns pertences, falavam baixo. Sobre a mesa, havia apenas uma refeição posta.

— Bom dia, okaasan, otousan — cumprimentou, confuso.

Mikoto foi a primeira a olhar para Sasuke.

Musuko, bom dia! Deixei seu café na mesa, não iremos acompanhá-lo hoje. Precisamos resolver algumas coisas na vila.

— Por favor, comporte-se e não se atrase para a academia. — Recomendou Fugaku, passando perto de Sasuke e chacoalhando os cabelos do filho.

— Certo... — Assentiu ele, encarando a tigela à sua frente. — E Itachi?

— Seu irmão saiu cedo para os compromissos dele — explicou Mikoto, beijando, em seguida, a testa do garoto.

Sasuke balançou a cabeça, em compreensão. Parecia que ninguém lembrava do significado do dia. Algo dentro de si deu sinais de agitação, diminuindo a motivação com a qual havia acordado.

Tal sentimento angustiante o acompanhou na refeição — que não conseguiu terminar — e no caminho até a academia. Ao menos haveriam de se lembrar lá, Iruka sensei nunca se esquecia dos aniversários.

 

—-

 

Iruka sensei nunca esquecia dos aniversários.

Ao chegar à porta da sala, havia um motim formado por Naruto, Shikamaru, Choji, Kiba, Sakura e Ino, com o simples objetivo de informar algo importante a ele.

 

—- 

 

Iruka entrou na sala, aparentando naturalidade e assim prosseguiu durante toda a aula, até o momento do intervalo, onde, antes de liberar a turma, chamou a atenção de todos.

— Crianças, hoje temos um aniversariante, cumprimentem o Sasuke! — Dirigiu-se à mesa onde o aluno sentava e o parabenizou.

Sasuke agradeceu e encarou os próprios lápis, acanhado. Foi uma verdadeira surpresa para si quando alguns de seus amigos apenas acenaram e seguiram para o pátio. Não era possível! Nem mesmo eles haviam se importado e era um tanto constrangedor passar despercebido por todo mundo, no próprio aniversário. Rumou para o pátio, sentindo-se envergonhado e sozinho, até ver Sakura atravessando a distância entre os dois. Ela se aproximou, tímida, segurando um onigiri. 

— Sasuke-kun, vamos brincar! Só falta você.

— Não sei — murmurou, evitando o contato visual.

— Mas é seu aniversário, vai ficar aqui sozinho?

Ao ouvir as exatas palavras de Sakura, um pequeno brilho passou por seus olhos. Por mais que os amigos tivessem agido de uma forma impessoal, seria mais chato ainda ficar ali, sozinho. Então, ele segurou a mão que ela estendia, tímida, deixando que o guiasse até o grupo.


 

—- 

 

A maior surpresa de Sasuke foi encontrar seu irmão à porta da academia. Em meio às crianças correndo, foi abrindo espaço entre elas para chegar até ele.

Ani! — abordou, surpreso e levemente agitado. 

— Como vai o aniversariante do dia? — perguntou Itachi, puxando com o canto dos lábios um sorriso gentil.

Sasuke engoliu a saliva que acumulou na garganta, após ouvir a pergunta. 

— Legal… — mentiu. 

— Me conte melhor sobre isso — sugeriu Itachi, calmamente. Apoiou uma mão no ombro de Sasuke, para que andassem. 

Sasuke caminhava arrastando levemente as sandálias no chão, com as mãos nos bolsos da bermuda.

— Aonde vamos? Nossa casa é pra lá. — Apontou, tentando desviar o assunto. 

— Você não respondeu minha pergunta. — Observou Itachi. 

Sasuke o fitou, encabulado. 

— Você também não. 

Itachi riu baixo, vencido. 

— Certo, uma dica. Estamos indo fazer uma coisa que você sempre pede.

Sasuke pulou, animado. 

— A gente vai treinar? — Abriu um grande sorriso quando o irmão assentiu, balançando a cabeça. — Nossa! Ani, nem acredito!

— Acredite… Mas antes, quero saber como foi esse dia, você não me convenceu.

— Hn. Acho que ninguém lembrou, só você e o Iruka sensei — balbuciou, baixinho. 

— É mesmo? — Itachi perguntou, interessado. — Ele não avisou seus amigos? 

Sasuke já estava se sentindo desconfortável com todas aquelas perguntas, não queria ter de admitir em voz alta as frustrações do dia. Queria mesmo era se concentrar no que estava por vir: treinar com seu irmão e tentar esquecer aquele fiasco. 

— Sim, avisou. Aí brincamos no pátio — concluiu, impaciente.

— Entendi, só não te senti tão alegre. 

Passado um tempo, os dois estavam chegando ao terceiro campo de treinamento de Konoha — o campo aberto —, quando Sasuke percebeu que, embora estivesse extasiado com a ideia do treino, não ia conseguir disfarçar sua chateação. Itachi parecia um investigador, daqueles cheios de método. 

— É que... Parece que ninguém ligou muito. Otousan e okaasan também se esqueceram.

Itachi escolheu uma árvore nem tão alta, nem tão baixa e concentrou o chacra na planta dos pés, dando os primeiros passos fora do chão, na sequência. Ofereceu a mão para Sasuke pegar, o que o deixou com uma expressão confusa no pequeno rosto. 

— Ei, não vamos treinar?

— Você anda meio mandão para um garoto de sete anos. Vem! — Continuou sustentando a mão e Sasuke acabou aceitando, então, o ergueu e acomodou em seus braços, andando em direção a um galho forte o bastante para que pudessem sentar. 

Devidamente instalados, tinham vista para o sol, que já parecia acanhado àquela hora da tarde. Sasuke apontou o dedo indicador, entre os próprios olhos, encarando Itachi. 

— Sete anos são 2,555 dias, já estou meio homem. Quase você. 

Itachi riu baixo, mas logo desfez o sorriso e olhou para Sasuke. Escolhia as palavras para dizer naquele momento. 

— Não duvido disso, mas exatamente por ser quase um homem, você deve colocar uma coisa nessa cabecinha. — Tocou a testa de Sasuke, em seu gesto típico, que fechou os olhos em reação ao momento em que a cabeça foi para trás, esfregando a área logo em seguida, incomodado. 

— Ai! 

— Se é quase um homem, deve saber que não precisa se cobrar tanto. — Prosseguiu Itachi.

— Mas você se formou com a minha idade. Eu preciso passar, também! — Sasuke afirmou, gesticulando. 

— Por quê? — Itachi indagou, cruzando os braços e encarando o pequeno.

— Porque não quero ficar velho na academia, oras! 

Itachi gargalhou, desacreditado do que ouvia. Sasuke parecia não achar graça. 

Otousan te respeita como ninja, graças a isso. 

— Ei, vou te dizer o que é realmente importante. São duas coisas essenciais. 

Sasuke olhou para o irmão, atento. Itachi prosseguiu: 

— Primeira coisa: precisa priorizar seu aprendizado, se aprimorar a seu próprio tempo, ou seus pensamentos podem atrapalhar tudo, inclusive as influências externas, nesse sentido negativo. — Sasuke fez menção de retrucar, mas ele o interrompeu. — Nã, nã. Segunda coisa: olhe para aqueles dois pássaros. — Apontou, com o dedo indicador, até que Sasuke pudesse ver. — Agora, me diga qual deles voa mais alto. 

Sasuke analisou por um momento, a testa e as sobrancelhas franzidas indicavam seu misto entre irritação e confusão. 

— Aquele. — Apontou. 

— Certo… E o mais rápido? 

— O outro — afirmou, sem pensar muito.

Itachi levantou um pouco o rabo de cavalo que esquentava a nuca, pensativo.  

— Certo, qual você acha que é o melhor? 

Sasuke analisou mais um pouco, suspirando, resignado. 

— Os dois parecem ser bons. O que um tem de rápido, o outro tem de alto. 

— Exatamente. Cada um, ao seu próprio modo, demonstra sua força e habilidade.  

— Mas você não entende, ani. Otousan e okaasan, assim como todos no nosso distrito ainda me tratam como um bebê — desabafou. — Você já era reconhecido como um quase homem

— Todos amam você. 

Sasuke cruzou os braços, balançando as pernas, emburrado. 

— Eles nem lembraram do meu aniversário. 

— Eu lembrei. 

— Queria que eles lembrassem também, assim como os meus amigos! — Sasuke desabafou, decepcionado. 

— Não fique bravo, eles ainda têm metade do 2.555º dia. 

No silêncio que se seguiu, os dois contemplaram a beleza da natureza e seus sons que acompanhavam o espetáculo visual. Sasuke sentiu que podia acreditar nas palavras confiantes de seu irmão mais velho. O sol descia, gradativamente, quando Itachi quebrou o silêncio.  

— Agora que conversamos e você sabe os valores principais de pessoas grandes, me mostre o que tem aprendido na academia. 

O rostinho contrariado de Sasuke foi dando lugar a um pequeno e animado sorriso. 

 

“Promete que não vai crescer distante

Promete que vai ser pra sempre assim

Promete esse sorriso radiante [...]”

 

—- 

 

Sasuke olhou para o centro do tronco, sentindo a ansiedade falar mais alto. Não podia errar nem sequer uma shuriken, não na frente de Itachi. Tentou se concentrar apenas no alvo, para que nada saísse do planejado. Precisava provar ao irmão e aos pais que já estava apto a aprender jutsus do clã Uchiha, assim como Itachi.

Como previu, acertou todas, uma ao lado da outra e olhou satisfeito para Itachi, chamando sua atenção. 

— Viu? Já estou ficando bom!

Itachi sorriu de canto, causando um verdadeiro faniquito em Sasuke, que aguardava a próxima fase.  

— Certo, agora quero que acerte a maçã que vou jogar, antes que ela alcance o chão. — Itachi retirou a fruta de sua pequena bolsa e a jogou para cima, assim que Sasuke se mostrou pronto.

Acertou novamente, cortando a fruta em vários pedaços, que caíram na grama. A grande questão era o fato de Itachi querer pegar pesado. A barriga ameaçou com um frio, seguido de certa tremedeira, quando o maior dobrou o desafio, pedindo que ele cortasse três gravetos de árvore ao meio, simultaneamente. Talvez tenha sido esse nervosismo que o impediu de cumprir a tarefa e encarado com pesar as shurikens, que atingiram a grama sem cerimônia.

— Quero tentar de novo! 

E de novo e de novo. Na décima primeira vez, ele acertou um graveto. A testa suava, Itachi parecia  dificultar cada vez mais, surgindo de locais diferentes e os lançando. Vencido, deixou-se cair e sentiu o vento no rosto. Itachi se aproximou.

— Precisamos ir. 

— Mas já? — Sasuke levantou a cabeça, atônito. 

— O sol já vai se pôr. 

— Mas eu quero cumprir seu treinamento! — Sasuke objetou, indignado.

Itachi estendeu a mão, para que o irmão pudesse levantar, o que ele fez de imediato.

— Sasuke, podemos voltar depois. 

Sasuke precisava convencer Itachi de que estava preparado, nem que para isso, precisasse recorrer a algumas cartas na manga.

— Deixa eu pelo menos te mostrar o jutsu de transformação. 

Itachi suspirou, sabendo que o irmão não desistiria. 

— Tudo bem. 

— Feche os olhos e só abra quando contar até cinco — pediu Sasuke. 

No momento em que o irmão cerrou os olhos, posicionou as mãos, rezando para que desse tudo certo. Quando conseguiu, aguardou a contagem do irmão.

Itachi abriu os olhos, tomando um pequeno susto. À sua frente, não fosse por algumas pequenas imperfeições, "Fugaku" o olhava, sério. Antes que pudesse reagir, ele começou a falar. 

Musuko, acho que está na hora de ensinarmos o Sasuke com jutsus mais apropriados. Ele cresceu. 

Itachi não soube muito bem se queria romper em gargalhadas, ou se, de algum jeito, aquele moleque o estava emocionando, daquela forma totalmente inesperada e peculiar. De todo modo, sorriu. Sorriu largamente, fazendo a figura à frente olhar para si, cheia de dúvidas, com um brilho tão infantil e curioso que nem mesmo mil transformações impecáveis poderiam esconder.  

Otousan, feche os olhos, por favor — pediu, entrando no jogo, mas de forma que Sasuke entendesse de imediato que não adiantaria retrucar. 

Sasuke desfez a transformação e fechou os olhos, inseguro. Itachi tocaria novamente sua testa com aquela delicadeza natural de sempre, tinha certeza. Foi esse receio que o fez franzir o rosto, esperando o inevitável. O inevitável que não veio. Até sentiu um movimento, mas não houve peteleco. Abriu os olhos, mais confuso do que tudo, vendo primeiramente o sorriso de seu ani, que segurava um pequeno cordão no próprio pescoço.

— Feliz aniversário. — Apontou para o pescoço de Sasuke. 

Então ele viu. Dois pequenos pedaços do símbolo do clã, na mesma proporção, esculpidos em madeira. Percebeu que o seu, era o “fogo” em meia-lua, a parte de cima do leque. Itachi tinha toda a base. Um pedaço era tão importante quanto o outro, percebeu.

Mil coisas se passaram na cabeça de cada um, quando Sasuke o surpreendeu com um abraço desajeitado. O maior, talvez houvesse realizado que um de seus maiores desejos era ver o irmão crescer bem. Seria seu alicerce, para que ele se tornasse alguém tão grande e incrível quanto pudesse ser, cultivando também a amizade tão bonita entre ambos. Sasuke pensava nos pássaros, começando a entender o que ele quis dizer com aquele exemplo. De uma coisa, sempre teria certeza: queria ser pelo menos um terço do que seu irmão era. Ele era seu exemplo, seu melhor amigo.    

    

“Que eu prometo ser pra sempre o seu porto seguro”

 

—- 

 

Itachi correu, segurando Sasuke nas costas, ou estragaria tudo. Precisava ser rápido, logo mais o tempo estaria comprometido e o objetivo não era esse. Sasuke era teimoso e transformou um passeio relativamente rápido em um problema logístico. Sorriu, pacífico, quando alguns pássaros voaram acima de sua cabeça, em contraste com a rapidez de seus pés. 

Sasuke se preparava para descer do colo do irmão, pois logo entrariam em casa. Sentiu o estômago embrulhar, ao imaginar seus pais ainda esquecidos. Itachi deslizou a porta para o lado, entrando em seguida.   

Tudo aconteceu muito rápido. A surpresa em ver tanta gente na sala de sua casa, o grito em uníssono, Itachi o colocando de volta ao chão. Seus amigos da academia davam gritinhos, os pais se aproximaram e Itachi ria, analisando suas reações. Em um segundo, todas as chateações a respeito do dia vieram à memória, uma a uma, em processo de ressignificação. Agora ele sabia que era especial para seus amigos e, principalmente, para seus pais, que por vezes pareciam focar mais em seu irmão, mas todo aquele carinho também existia para si, em cada detalhe daquela surpresa. Estavam todos ali, por ele. 

Fez todas as caretas possíveis e impossíveis, mas a boca não desistiu de se abrir e fechar em um bico sem volta, que trouxe com ele as tão temidas lágrimas à tona. Tudo o que pensou no momento foi em esconder o rosto na roupa do irmão, mas Fugaku se aproximou, abaixando em sua altura e o puxando para um abraço.

— Não sinta vergonha em chorar. Feliz aniversário, musuko.

Mikoto se aproximou, amorosa, juntando-se ao abraço. 

— Como foi difícil não te cumprimentar pela manhã, meu bem. Parabéns pelos sete anos! — Beijou a testa de Sasuke, o puxando pela mão até os amigos, que sorriam no canto da sala. — Seus amigos também precisaram fingir um pouquinho, nos desculpe. 

Um por um, foi a vez das crianças o cumprimentarem.

— Pensei que a Sakura ia estragar tudo, quando chamou o Sasuke pra brincar. — Kiba contou, rindo. 

— Ué, ele ia desconfiar se todo mundo parasse de falar com ele. — Sakura sorriu, tímida, ao perceber a atenção de todos e as risadas sobre si. 

— Mas a gente enganou ele direitinho, não é Shika, Choji? — Naruto cutucou os amigos, oferecendo as palmas para que batessem.

— Nhé, mas deu um pouco de trabalho. — Shikamaru devolveu o gesto a Naruto. 

— Tivemos que brincar de ninja, inventando um monte de coisas pra não falar muito com ele — relatou Choji, fazendo o mesmo que Shikamaru.

— Eu trouxe flores! — bradou Ino, entregando um ramalhete de tulipas a Sasuke.

— Eu também! — Sakura ergueu um pequeno ramalhete de gérberas coloridas.

— E nós trouxemos shurikens pintadas  com o símbolo Uchiha — anunciou Kiba, em nome dos meninos.

Tomado de flores, o porta-shurikens e todo aquele barulho infantil, Sasuke observou cada detalhe, com os olhos brilhando. A sala possuía pequenas lanternas coloridas em volta da mesa, alguns doces — que ele com certeza não comeria, mas agradaria a todos — e um bolo ao centro.

— Fiz um bolo especial para você. É de tomate, então pode comer sem reservas — anunciou Mikoto, orgulhosa.   

— Uau! — Sasuke e Choji exclamaram, em uníssono. 

Os adultos cortaram os pedaços e Itachi foi entregando aos convidados, sem deixar de notar a felicidade de Sasuke, que agitava os pés enquanto saboreava o bolo, sentado à cadeira. 

Naruto fez uma careta. 

— Esse bolo meio estranho, é salgado. Vou comer só porque é seu aniversário, hein. — O rosto se transfigurou em uma careta sofrida.

— Naruto, isso é falta de educação — repreendeu Ino, arrancando risadas de todos.

— Esse garotinho aqui é viciado em tomate — justificou Mikoto, risonha, referindo-se ao filho.

Okaasan, muito gostoso, obrigado! — Sasuke suspirou, maravilhado com a explosão de sabores em sua boca.

Sentado próximo da roda de crianças, Itachi lhe sorriu, em segredo. Ele sabia o significado daquele sorriso, realmente todos tiveram a outra metade do 2.555º dia para demonstrar suas felicitações. Tudo só ficou melhor ainda, quando o irmão levantou o copo, propondo um brinde. 

— Um brinde à singularidade dos pássaros e ao nosso quase homem, Uchiha Sasuke. 

Sasuke apertou sua metade do pingente de leque, abrindo um grande sorriso, em meio à junção de copos, risos e burburinhos animados no centro da sala. 

Podia bradar ao mundo, se precisasse. Seu ciclo havia começado da melhor maneira possível. Ele era amado.

 

Fim

 


Notas Finais


Okaasan - Pai
Otousan - Mãe
Ani - Irmão mais velho
Musuko - Filho

Pessoal, espero que tenham gostado, assim como eu gostei e emanei muita energia positiva na criação desse trabalho. ♥ Obrigada a todos pela leitura e estou à disposição, caso queiram fazer algum apontamento.


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