1. Spirit Fanfics >
  2. Bombshell >
  3. The Workshop

História Bombshell - The Workshop


Escrita por: BREEHEARTEYES

Notas do Autor


Olhem quem chegou!!

Capítulo 9 - The Workshop


Fanfic / Fanfiction Bombshell - The Workshop

LANA

Apesar de não me dar muito bem, ela era minha mãe e eu não podia deixar de convida-la para a minha primeira apresentação como Marilyn.

— Estamos tão atrasadas. — reclamo assim que chegamos no estúdio.

— O trânsito não era assim quando morei em Nova York.

— Eu sei, mãe. Por isso disse para virmos de metrô.

— Meu Deus! Isso me traz lembranças. — ela sorri

— Sean. — exclamo ao vê-lo pela primeira vez desde que nos expus na frente de todos.

— Sean Maguire. Conheço-o pela reputação. Dolores Azzara. — eles se cumprimentam com um aperto de mãos.

— Minha mãe. — esclareço a presença dela ali.

— Nunca me disse que sua mãe é Dolores Azzara. — ele arqueia a sobrancelha.

Incrível como ele fala de um jeito como se o nosso relacionamento fosse tão bom a ponto de apresentarmos aos nossos pais. Me controlo para não revirar os olhos.

— Sou e estou muito arrependida de ter atrasado sua estrela.

— Eu disse que ia demorar, mas ela não pega o metrô. — dou de ombros

— Não com esses saltos. — todos riem — Lana foi relutante que eu viesse.

— É uma honra tê-la aqui. — o loiro é simpático, ponto para dona Azzara, ele não é simpático com ninguém.

— Sra. Azzara, me desculpe. Tem sido uma inspiração. — Jennifer se pronuncia, claramente meio fã da minha mãe.

— Não precisa se desculpar por isso. — ela ri

— Cante algo! — Jamie pede

— Não poderia.

— Temos muito para fazer hoje. — Falo tentando fazer com que isso não vire um “show” de Dolores.

— Cante “Everything's coming up roses” — Eva pede e ela mais uma vez nega — Por favor! Vi quando tinha 8 anos, num teatro. Você foi maravilhosa.

— Nosso pianista está atrasado. — Rachel Shelley, a gerente de palco informa.

— Não seja ridícula! Eu sei tocar. — Colin informa e já se dirige ao piano.

Minha mãe me entrega sua bolsa e casaco, minha expressão facial deixava claro que eu não estava gostando disso.

Everything Coming Up Roses – Bernadete Peters (Smash Cast)

 

I had a dream, a dream about you, baby.

It's gonna come true, baby.

They think that we're through, but baby,

You'll be swell! You'll be great!

Gonna have the whole world on the plate!

Starting here, starting now,

honey, everything's coming up roses!

Clear the decks! Clear the tracks!

You've got nothing to do but relax.

Blow a kiss. Take a bow.

Honey, everything's coming up roses!

You can do it, all you need is a hand.

We can do it, Mama is gonna see to it!

Curtain up! Light the lights!

We got nothing to hit but the heights!

I can tell, wait and see.

There's the bell! Follow me!

And nothing's gonna stop us 'til we're through!

Honey, everything's coming up roses and daffodils!

Everything's coming up sunshine and Santa Claus!

Everything's coming up roses for me and for you!

Ela cantava e pegava nos meus braços indicando que cantava para mim, e os meus olhos já estavam marejados, eu só não conseguia distinguir se era de alegria ou não.

Assim que a música acaba, me sento e sou acompanhada por Sean, que senta na cadeira ao lado — Então, estamos bem? — ele chama a atenção minha atenção, eu olho pro nada, mas não o encarava.

— Bem. — me limito a responder

— Ouça, sei que não digo isso o suficiente, mas… Você está maravilhosa neste espetáculo.

— Obrigada. — finalmente o olho. Por que esse idiota tem que ser tão lindo? Ter essa voz? E ainda me dizer isso assim, do nada.

— E você vai se sair muito bem amanhã. — ele se retira e aproveito para sorrir sem que ele possa ver o efeito que tem sobre mim.

[...]

— Aquele Sean é muito charmoso. É muito bonito… — assim que volto do meu banho, depois de um dia bem cansativo no estúdio, sou obrigada a ouvir isso.

— Mãe…

— Ele é um diretor muito importante. Não tenho certeza se o deixaria escapar de minhas mãos.

— Não vou conversar sobre isso com você. — reviro os olhos e pego meu remédio

— Pobrezinha. Eu já tinha deixado de ficar nervosa quando tinha sua idade, mas já estava acostumada. — ela me provoca, estava demorando.

— Não são os nervos, é a Prednisona. Tenho estas pílulas para dormir, mas não quero tomar duas coisas juntas.

— Eu ganhei um Tony sem nada disso. Olhe que magnetismo — ela fala referente à Marilyn que passava em um dos filmes que havíamos escolhido. — Por isso está nervosa. Não sei como vai conseguir.

Prefiro ignora-la e tomo meu remédio.

[...]

Finalmente era o dia, era meio que a hora da verdade, era quando eu provaria pra mim e para todos que duvidaram que eu sou capaz. Mas como provar algo que nem eu acredito mais? Estava me concentrando e ouvi Jamie e Christie conversando sobre quantos empresários de atrizes famosas estavam ali e o quão rápido poderiam me substituir.

— Como está? — Colin me encontra olhando por trás da cortina

— Bem, bem. — forço um sorriso — Cadê sua namorada? — mudo de assunto, não quero aprofundar meu bem-estar porque eu claramente não estou bem.

— Ela não é minha namorada. E está ali, perto da sua amiga — revira os olhos

— O nome dela é Rebecca. Qual o seu problema com ela? — cruzo os braços o encarando, não entendo essa implicância dele com a Bex.

— É que ela… está bem. Ela é muito lésbica. Não tenho problemas com isso, mas eu beijei a Camilla na frente dela, e ela ficou toda. Sabe como algumas pessoas ficam. Ela é muito lésbica.

Gargalho — Pelo amor de Deus! Ela é hétero.

— Pare com isso.

— Colin, ela é minha melhor amiga desde os meus 18 anos. Ela é hétero. — afirmo

— Ela é hétero? Ela é gostosa, mas pensei que fosse lésbica. Por que nunca me contou?

— Porque tá na cara.

— Não acredito que ela gosta de homem.

— Por que se importa? Esta saindo com a Camilla. Além disso, você não gosta da Bex. — dou de ombros.

- Certo. Como você está?

Lá vem ele novamente com essa maldita pergunta. Engulo a seco e respondo. — Normal.

— Você sabe que pode me contar qualquer coisa, né?

— Minha mãe está fazendo tudo para me desestabilizar. E Christie Laing recebe tudo em uma bandeja, e… Acho que não consigo fazer isso. — despejo meus medos e frustrações.

— Lana, me escuta. Você nasceu para fazer isso. Você é calma sob pressão. — nós dois respiramos fundo juntos

— Obrigada. — sorrio para o meu amigo.

Depois do breve momento com Colin, estava na hora. Ouço Sean anunciando o início da apresentação, meu coração estava a mil e em minha cabeça eu repetia o mantra que talvez me convenceria “Eu consigo fazer isso.”

— Senhoras e senhores peço desculpas pelo atraso. E a temperatura, que está sendo arrumada. Como vocês sabem isso é um projeto em construção. Nós focamos nos anos com Joe DiMaggio. O resto da biografia da Marilyn é mostrada apenas em um esboço. Mas o que temos é ótimo. Acho que vão concordar. — ele é interrompido por Dolores que abruptamente abre a porta

— Me ignorem. Não estou aqui. — se encaminha pra sentar em uma das cadeiras.

— Dolores Azzara, senhoras e senhores. — Sean informa e todos aplaudem.

— Agora, sem mais delongas, um novo musical sobre a vida de Marilyn Monroe, dos incríveis Morrison e O'Donoghue. — Camilla é a única que aplaude.

A apresentação foi maravilhosa, tirando a parte que eu fiquei presa no sofá ou que não me seguraram direito e eu quase cai em uma das músicas e claro, a parte que Christie Laing resolveu cair da cadeira e cair no chão chamando toda atenção. Fora a parte que no intervalo Sean veio me dizer que eu não estava concentrada o bastante. Tirando todas as gafes, o ar condicionado que não estava funcionando, a minha voz colaborou. O pior é o medo que se apossa de mim, todos tinham razão, há empresários de “n” atrizes maravilhosas, para eu ser substituída é um pulo.

Depois que todos vão embora restando apenas, Colin, Sean, Barbara, eu e minha mãe. Vou buscar minhas coisas para me retirar.

— Bravo, querida. — encontro minha mãe e me permito sorrir.

— Obrigada, mãe.

— As músicas e a direção são excelentes, é quem interpreta Joe Dimaggio? Ele foi magnífico. Amei tudo.

— E quanto a mim? — gesticulo com as mãos a espera de que ela faça o que eu sempre sonhei e pela primeira vez goste de algo sobre mim.

— Bem…

— Esqueça.

— Lana…

— Como quer que eu seja alguém, quando está sempre por perto sugando a energia feito um buraco negro? — pergunto arqueando a sobrancelha.

— Querida…

— Nem comece. — Não tinha mais paciência para aguenta-la se fazendo de vitima — Quando não me ignora, diz algo cruel todos os dias. É minha mãe e não consegue nem me elogiar? Sabe quem também tinha uma mãe assim? Marilyn. E veja no que ela se tornou.

— Uma lenda. — ela fala como se fosse óbvio.

— Era um desastre, viciada em drogas e infeliz. Porque sua mãe não a amava. A Marilyn era isso.

Saio correndo dali, chorando. Me detesto por ser tão sensível, mas como uma mãe pode querer tão mal ao filho como ela? O que eu fiz pra essa mulher? Não é possível!

O que eu mais quero é que ela vá embora logo, e é o que faço, quando chego em casa já arrumo as malas dela, não queria vê-la por um bom tempo.

— Nos visitará em breve? — ela puxa assunto ao chegar uns minutos depois de mim.

— Não.

— Seu pai ficará decepcionado. Deena também.

— Diga oi por mim. — estava sentada na minha cama brincando com meus dedos.

— Lana… É difícil assistir você. Nunca quis que fizesse isso.

— Eu sei, mãe. Está bem claro. — destilo meu sarcasmo tão bem herdado dela.

 

— Sei que não tenho sido a melhor das mães. Sei disso. Mas sei o quanto esse mundo é decepcionante, e não posso ver você passar por tudo o que passei. Mesmo agora queria que encontrasse outra coisa. Não porque você não é boa… Mas porque é minha filha. E amo você. Por anos vi pessoas, se a metade do seu talento, superarem você. Assim é o teatro. Mas seu dia chegará, porque não há dúvidas de que seja uma estrela.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...