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História Borboleta de Vidro - O Voo das Borboletas


Escrita por: AliceFCarvalho

Notas do Autor


Acredito que muitas de vocês tenham esperado por este momento.
Desculpem se o capítulo ficou longo, mas eu acho que vocês merecem curtir a sensação.
Sugestão de músicas: Euphoria; Love is not over; Magic Shop.
Boa leitura Fofurinhas!!!!

Capítulo 30 - O Voo das Borboletas


Fanfic / Fanfiction Borboleta de Vidro - O Voo das Borboletas

Anteriormente em:

Like a butterfly

 

(...) – Jimin, você... lembra o que eu te falei quando estava presa no quarto? – ele estreitou os olhos e pensou um minuto.

– Não... Eu lembro de poucas coisas daquele dia... O que você falou? – tentei esconder a tristeza no olhar e decidi que estava na hora de esquecer tudo isso.

– Nada... Não era nada Importante.

 

[...]

 

– Tem certeza? Deve ter sido importante se estávamos quase sendo queimados vivos.

– Tenho. Era bobagem. Deixa pra lá.

– Tudo bem. Ham... você... quer começar com o bolo agora? Eu ainda tenho um braço funcionando.

– Não precisa, eu me viro com Hoseok, pode deixar.

– Ah, mas eu não fiquei com tarefa nenhuma e eu quero ajudar.

– Como não? Nós te demos a tarefa mais importante. Você vai enrolar o appa Jin até a hora da festa – ele me olhou zangado e eu ri – Nós não queremos que você machuque seu braço.

– Eu não vou me machucar! 

– Credo, até parece uma criança fazendo birra – ficou ainda mais zangado. "Ah, que fofo!" – Tudo bem, vou te dar outra tarefa.

– Ótimo! Eu começo batendo as claras ou...?

– Na cozinha não. Você vai ajudar o Namjoon oppa com a decoração.

– Mas... – arqueei as sobrancelhas e o repreendi com o olhar – Sim senhora.

– Que bom – ele bateu continência e saiu pelo corredor até o quarto de Namjoon.

Jimin não lembrava do que eu tinha dito no dia do incêndio... Não lembrava que eu tinha pedido desculpas e que disse que o amava.

Talvez tenha que ser assim. Talvez nós não devêssemos ficar juntos...

Pelo menos agora tinha algo para ocupar minha mente. Só tínhamos essa noite e o início da manhã seguinte para preparar a festinha do appa Jin.

 

Alguns minutos depois...

 

~ Jimin on ~

 

– Hyung – bati na porta – Hyung, sou eu.

– Já vai – Namjoon abriu a porta e eu me espantei ao vê-lo todo sujo de tinta.

– Acho que você está precisando de ajuda – eu ri. 

– Por favor – entrei no quarto e nos sentamos para fazer os cartazes – Mary te mandou pra cá?

– Isso.

– Você deve ter perturbado muito ela.

– Só um pouquinho.

– Como estão as coisas entre vocês agora, depois do incêndio?

– Como antes. 

– Sério? Depois do que vocês passaram... Depois de você ter salvado a vida dela, as coisas continuam iguais? 

– É.

– Olha, eu não sei qual dos dois é mais complicado.

– Acho que deu um empate com relação a isso. 

– Você sabe que ela vai embora depois de amanhã, não sabe?

– O quê?

– Majho vai se mudar com Yoongi para Daegu – baixei o olhar.

– Eu... tinha esquecido disso.

– Ele me disse que se as coisas entre você e a noona continuarem assim, ele vai tentar reconquistá-la. 

– Ele merece uma mulher como Mary... E ela, um homem com ele.

– Você realmente não vai fazer nada?

– Não posso impedí-la de se mudar, ela tem trabalho em Daegu.

– Não estou dizendo para impedí-la, estou dizendo... estou dizendo para você ir com ela!

– Não entendo você, hyung. Você foi um dos primeiros a me dizer para não forçar a barra e agora está me aconselhando a ir com ela?

– Estou dizendo isso porque sei como Mary se sente.

– Como assim? – ele olhou para o chão e disse com o tom meio culpado.

– Ela descobriu que foi você quem compôs a "Sunset".

– O quê? Namjoon, você prometeu! 

– Eu não contei! Ela descobriu.

– Como?

– Isso não vem ao caso. O importante é que ela sente sua falta.

– Eu também sinto falta dela, mas o melhor para nós é ficarmos separados – ele riu desdenhoso.

– Essa foi a maior besteira que eu já ouvi... – levantou e andou pelo quarto – Por acaso, algum de vocês dois ficou bem desde que se separaram? As coisas já melhoraram? Eu estou vendo que vocês estão cada dia mais tristes, isso sim – fiquei calado de cabeça baixa – Eu sei que você está esperando que as coisas melhorem com o tempo e, cá entre nós, está tentando convencer a si mesmo do que está dizendo, mas a verdade é que você e Mary não vão conseguir ser felizes um  sem o outro! Vocês precisam um do outro!

– Ela não precisa de mim, Namjoon.

– Nem se ela mesma te dissesse você acreditaria? – levantei.

– Se ela dissesse que é comigo com quem quer ficar eu nunca conseguiria dizer "não".

– Mas e o que ela disse no incêndio quando estava presa no quarto?

– Ela só disse que me amava... Não que me queria de volta – disse e saí de seu quarto.

 

~ Jimin off ~

 

▪▪▪

 

O dia logo amanheceu e os raios de Sol entraram pela janela do meu quarto, avisando que não podíamos perder mais tempo com os preparativos da festa.

Taehyung e eu preparamos a comida e ainda tivemos um tempinho para fazer mais doces. Os outros oppas estavam ocupados com a decoração, a música, as bebidas e, é claro, a importante tarefa de enrolar o appa Jin.

Eu tinha certeza de que escolhi a pessoa perfeita para manter Jin ocupado. Jimin iria fazê-lo andar pelo shopping até decorar cada metro quadrado de lojas e lanchonetes. Ele fazia isso comigo... "Oh pessoinha pra gostar de shopping, viu".

Eles passaram o dia e a tarde fora. Não sei exatamente onde Jimin o levou, mas, como o combinado, eles só voltaram às 6 da tarde, bem na hora da...

– SURPRESA!!! – gritamos quando eles entraram na sala de descanso. Jin oppa levou as mãos à boca, surpreso, e depois deu um tapa em Jimin, bem em seu ombro machucado.

– Ah! – o coitado gritou e massageou o local.

– Desculpe, Jimin!

– Tudo bem – disse rindo.

– Vocês me enganaram direitinho!

– Feliz aniversário, appa – fui até ele e o abracei – Desculpe pela comemoração simples, mas fizemos o nosso melhor.

– Ah, por favor, isso depois de nossa casa quase ter pegado fogo já está mais do que suficiente. O que importa é a intenção. Obrigado, dongsaengs, vocês são incríveis.

– Amamos você, hyung – disse Kook e todos nos unimos para um abraço em grupo.

Logo depois, Min Suga trouxe o bolo que eu e Hobi fizemos e cantamos os parabéns.

Terminada a cantoria, finalmente pudemos atacar a comida, mas eu mal comi apesar da minha fama de "buraco negro no lugar do estômago". Me sentia um pouco triste... Amanhã eu iria embora para Daegu e não veria Jimin por um bom tempo... Queria acreditar que eu ainda não tinha feito o suficiente por nós, que eu ainda poderia insistir mais, mas na minha cabeça às coisas não tinham mais jeito.

Jimin parecia estar bem... Estava comendo, rindo e conversando com os oppas. Fiquei mais feliz de vê-lo assim. Talvez nossos caminhos tenham se separado, mas seria muito bom que minha última lembrança com ele seja a de ficar olhando aquele sorriso encantador pelo qual eu me apaixonei. Era exatamente assim que eu ia lembrar dele: Sorrindo.

Depois da festinha, eu fiquei arrumando a sala com Jin, que insistiu em ajudar mesmo depois de todos terem tentando convencê-lo do contrário.

– Pronto. Esse é o último prato.

– Terminamos, florzinha – sentamos um pouco cansados no sofá – Nossa, ainda é cedo.

– Verdade, são 8 da noite.

– Você não tem nenhum compromisso, Mary?

– Não. Acho que só arrumar minhas malas mais tarde.

– Você viaja amanhã à noite, não é?

– Isso – ele me abraçou como um pai protetor.

– Ah, eu vou sentir tanta falta da minha filhota!

– Eu também, appa, vou sentir saudade de todos vocês, mas olha, você pode vir me visitar! Vou te passar meu endereço por mensagem.

– Vai ser ótimo – sorrimos um para o outro – Olha, até agora eu consegui segurar, mas estou morrendo de curiosidade. Quem era aquela moça com quem você estava conversando ontem à noite no parque?

– Moça?

– É. Tinha uma menininha com ela.

– Ah! – lembrei derrepente – Sun hee e Min hoo. Mas como você sabe disso?

– Eu estava voltando do supermercado com Taehyung e vi vocês quando paramos no sinal. No começo, achei que pudessem ser fãs, mas como não pediram foto nem nada achei que você já as conhecia. Poderiam ser parentes...

– Eu conheci a garotinha no show beneficente. A mulher era a mãe dela.

– Ah, sim... Ele deve ser muito especial pra você ter lembrado dela.

– Ela é... – olhei distraidamente para a janela lembrando das palavras de Sun hee mais uma vez.

– Ei, que carinha é essa?

– Nada.

– Mary, não tente me enrolar, eu te conheço. Alguma coisa mecheu com você, que eu sei – respirei fundo, já sabendo que tinha perdido a batalha e contei a ele como tinha sido a conversa com Sun hee.

– E então, o que você fez?

– Eu... tentei conversar com ele. Perguntei se ele lembrava do que eu tinha dito quando estava presa no quarto, achando que aquelas seriam minhas últimas palavras. E ele disse que não lembrava.

– E aí, o que mais?

– Não tem mais. Eu mudei de assunto.

– MARY ALICE, MAS COMO ASSIM VOCÊ MUDOU DE ASSUNTO?! 

– Eu não quis insistir, appa. Achei melhor deixar as coisas como estavam. Acho que nós teríamos acabado discutindo e eu não queria que nos magoássemos mais.

– Você nunca teve medo de se magoar, florzinha, por que isso agora?

–Olha, isso já passou. Por que não falamos sobre outra coisa? Me conta o que você quer de aniversário.

– Quero que você tome uma atitude – me olhou sério e eu baixei a cabeça – Não vai me dizer que uma criança de seis anos tem mais bom senso do que uma adulta feito você.

– Mas eu tentei fazer o que ela disse.

– Não de verdade. Você deveria ter ido mais a fundo, devia ter aberto seu coração, dito claramente o que queria!

– Appa...

– Você o ama? – aquele pergunta me pegou de surpresa, mas a resposta já estava na ponta da língua.

– Amo.

– Então diga isso a ele. Faça o que for preciso para tê-lo de volta.  

– E se ele não quiser?

– Tente. Não deixe que as palavras "e se" te assombrem pelo resto de sua vida.

 

~ Jimin on ~

 

– Eu já vou, pessoal – levantei, indo em direção à porta do quarto de Taehyung. Ele, eu e Jungkook ficamos jogando videogame nas últimas duas horas depois da festa de aniversário.

– Mas já? Ainda nem terminamos essa partida.

– É, eu quero deitar um pouco. Até mais.

Saí pelos corredores um pouco perturbado. Mary iria embora amanhã. Quem sabe quando eu a veria de novo...?

Eu só queria chegar ao meu quarto e ficar deitado, lembrando de tudo que nós passamos. Acho que lembranças seriam só o que eu teria a partir de agora.

– Jimin – me virei para a voz que me chamou.

– Mary. Posso ajudar?

– Eu... queria te entregar isso – ela estendeu um caderno preto que eu imediatamente reconheci: O meu diário.

– Nossa, pensei que já tinha virado pó no incêndio! Muito obrigado!

– Não foi nada.

– Onde você o achou?

– Na verdade foi o Hoseok que o achou quando vocês voltaram para a me buscar. Ele me pediu pra guardar enquanto você estava no hospital, agora estou devolvendo.

– Obrigado mesmo.

– Que é isso.

– Olha... desculpa a pergunta, mas... você leu? – torci para que a resposta fosse "não".

– Não... eu... Claro que não, eu só guardei na minha bolsa enquanto estávamos no hospital.

– Ah... – respirei aliviado – Bom, obrigado mais uma vez – me virei para ir.

– Jimin, eu... viajo amanhã para Daegu – parei e a olhei.

– Eu fiquei sabendo. Espero que faça boa viagem.

– Olha... se você não quiser que eu vá... eu não vou – sua respiração era pesada. Ela parecia estar nervosa. Eu, por minha vez, senti um aperto no peito e usei todas as minhas forças para dar a resposta seguinte.

– Você precisa seguir seu caminho, Mary.

Seu olhar ficou um pouco desolado e triste, e aos poucos ela baixou a cabeça até estar olhando para o chão. Eu, novamente, fiquei de costas para ela e comecei a andar em direção ao meu quarto, com o coração se partindo em pedacinhos a cada passo.

– Mas... você é o meu caminho, Jimin – nesse momento, meu corpo inteiro travou e eu senti o coração acelerar de uma maneira absurdamente insana. Eu quase já não conseguia controlar minha respiração enquanto meus membros se recusavam a se mover. De repente, vi um pequeno pingente com a letra "M" pendendo acima da minha cabeça até pousar sobre o meu pescoço. Logo depois, senti lábios quentes em minha nuca onde estava o fecho do colar e braços envolveram a minha cintura, em seguida, uma voz doce falou ao meu ouvido – E quero continuar seguindo por ele pelo resto da minha vida. 

Eu jamais conseguiria descreve o que estava sentindo naquele momento, mas uma euforia me preencheu. Não sabia mais se sentia medo, esperança ou dor. Acho que uma enorme mistura das mais extremas emoções que um ser humano podia experimentar. Era parecida com a sensação de um prisioneiro ao ver, há poucos metros de si, a porta para a liberdade.

Me virei para ela, ainda incrédulo, e avaliei sua expressão. Seus olhos lacrimosos buscavam, desesperadamente, respostas nos meus.

– Você... está me dizendo que quer ficar comigo, Mary? – perguntei com o coração quase saindo pela boca.

– Eu te amo, Jimin... Não posso ficar sem você – aquilo era tudo que eu precisava ouvir.

Nos encaramos por alguns instantes e corremos um em direção ao outro no abraço mais apertado e desesperado que já demos na vida. Meus olhos não aguentaram segurar as lágrimas que já estavam guardando há tanto tempo.

– Me perdoe – pedi de encontro ao seu ouvido – Me perdoe por tudo, nae yeojaae – disse entre soluços. Ela segurou meu rosto e me olhou.

– Vamos esquecer isso, ok? – sorriu ternamente, também chorando. Eu afirmei e tornei a abraçá-la.

Mesmo que eu só a segurasse com um dos braços, apertei com todas as minhas forças para que nunca mais ela saísse do meu abraço. Eu queria nunca mais soltá-la, nunca mais queria que ficasse um metro longe de mim. Com Mary novamente em meus braços, pude finalmente deixar fluir toda a dor e solidão que senti durante aqueles intermináveis 7 meses. Os meus medos e dúvidas foram se esvaindo à medida que eu tomava mais consciência do calor de sua pele. Era como se o enxame de borboletas ao meu redor alçasse voo e me libertasse. Deixei que todas as lágrimas que guardei me escapassem os olhos e lavassem minha alma e meu coração. Eu finalmente estava limpo, curado... Livre.

Nos encaramos novamente e, no segundo seguinte, um beijo calmo e desajeitado teve início. Foi como quando nos beijamos pela primeira vez naquele mesmo corredor. E foi então que eu percebi que nesse corredor foi o início de tudo e também nele seria o fim. Mas um fim que nos levaria a um novo começo.

Aos poucos, o beijo foi se aprofundando e ficando cada vez mais frenético, mais desesperado. Caminhamos aos tropeços até a parede e eu lhe entreguei o diário. Em seguida, como num surto de impaciência, arranquei a tipóia do meu braço e a atirei no chão, logo pegando Mary no colo, e esta entrelaçou as pernas ao redor da minha cintura. Nos beijamos mais uma vez antes de eu levá-la para o meu quarto. Fechei a porta atrás de nós com o pé e nos dirigi até a cama. Nós nos olhamos, ofegantes, e, como eu, ela parecia ainda não acreditar que estávamos prestes a unir nossos corpos novamente. 

Rapidamente, eu tirei a blusa e voltei a beijá-la. Tirei sua blusa, também, e subi beijos de seu abdômen até seu pescoço. Senti meu membro ficar cada vez mais duro e o pressionei em movimentos fortes de encontro a sua intimidade ainda coberta pela calça moletom. Mal podia esperar para penetrá-lo nela e fazê-la gemer meu nome em completo êxtase.

Mary levantou, nos fazendo ficar de joelhos, um de frente para o outro, e começou a desabotoar minha calça. A ajudei a tirá-la e depois voltamos a nos beijar enquanto ela massageava meu membro por cima da cueca. Aproximando-a mais de meu corpo, apertei seu bumbum como uma mão enquanto a outra entrava por sua calça e meus dedos a penetraram, fazendo-a soltar um profundo suspiro. Mordi seu pescoço quando a mesma começou a baixar minha cueca e agachar na cama.

Pendi a cabeça para trás e gemi arrastado no momento em que senti sua língua quente percorrer toda extensão da minha glande. Depois de sentí-la também em meus testículos, finalmente ela abocanhou meu membro e começou a me masturbar, subindo e descendo com os movimentos. Depois eu a deitei novamente e tirei sua calça, deixando-a apenas de lingerie. A olhei novamente e percebi que aquela ainda não era a minha Mary. Levantei e fui até a cômoda onde eu guardava o colar dela desde o dia em que me devolveu. Voltando pra cama, o coloquei em seu pescoço e dei um beijo em cima do pingente. Agora nossos corações estavam nos lugares certos. Na verdade, acho que sempre estiveram. Tudo que é nosso um dia volta para nós.

Tirei seu sutiã, lambendo e mordendo seus seios em seguida. Logo depois, tirei lentamente sua calcinha, um pouco apreensivo, mas seu olhar confiante e amoroso me fez continuar. Dei beijos em seu abdômen, cochas e virilha até chegar à sua intimidade já encharcada. Depois de mais um beijo apaixonado, eu penetrei meu membro lentamente em sua entrada enquanto sua costas arqueavam e ela arfou. Entrelaçamos nossos dedos e nos acariciamos enquanto nossos corpos se movimentavam juntos como se fossem um só. Nossos gemidos e suspiros se intensificavam à medida que os movimentos aceleravam. 

Agora também não era muito diferente da nossa primeira vez. Éramos duas pessoas se entregando inteiramente de corpo e alma uma a outra, tínhamos a mesma paixão curiosa e o mesmo desejo daqueles dois jovens que experimentaram pela primeira vez, há 4 anos, a forma mais carnal de amar. Eram os mesmos gemidos e as mesmas súplicas com olhares por prazer, as mesmas palavras silenciadas pelo mais puro frenesi.

Trocamos de posição algumas vezes e o som de nossos corpos se chocando encheu o quarto, até que finalmente chegamos ao ápice e eu ejaculei antes mesmo de tirá-lo de dentro dela.

Ficamos apenas nos olhando por alguns segundos, suados e arfando, ainda "conectados". Fechei o olhos e fiz carinho em seu rosto com o nariz, e logo depois, seus lábios encontraram os meus em mais um beijo terno. Trocamos de posição e ela deitou sobre meu peito. Pude sentir sua respiração e tinha certeza que ela podia ouvir meu coração,  que se ainda batia era por sua causa. Se eu ainda estava vivo, seu eu ainda tinha um propósito na vida... com certeza era por causa da minha Borboleta de Vidro.

Passaram-se horas sem que disséssemos uma palavra. Apenas ficávamos admirando um ao outro, receando que tudo aquilo não passasse de um sonho feliz. Nossos olhares e nossa presença eram as únicas coisas que importavam. Nem sei quanto tempo ficamos naquele estado de nostalgia, apenas calados, nos acariciando e transando a cada minuto até estarmos totalmente exaustos. A cama já estava além de bagunçada e os lençóis sujos de nossas secreções. Acho que conseguimos matar toda a saudade um do outro, ou pelo menos quase. 

Depois de algumas horas, eu vesti minhas calças e Mary a minha camisa. "Ela ficava linda quando usava minhas roupas". Ela veio até à cama e nós ficamos abraçadinhos de novo.

– Ainda não acredito que você está aqui comigo – estas foram a primeiras palavras depois de horas.

– É bom estar de volta.

 

~ Jimin off ~

 

– Senti tanto a sua falta, nae yeojaae – era tão bom ouví-lo me chamar assim de novo...

– Eu também senti muito a sua falta, Jimin – ele segurou meu rosto enquanto colocava o meu cabelo atrás da orelha.

– Nunca mais vou deixar você escapar. 

– Eu nunca mais vou escapar de você de novo, não se preocupe – sorri e lhe dei um abraço apertado. No mesmo instante ele arfou de dor – Ai, seu ombro! Me desculpe!

– Tudo bem, amor – ele riu – Nada pode tirar o sorriso do meu rosto hoje – sorri também.

– Onde está sua tipóia?

– Não sei. Acho que eu deixei cair no corredor.

– Você não devia ter tirado ela. Aposto que seu ombro deve ter piorado com o esforço.

– Mas eu precisava dos dois braços se quisesse fazer você gemer de verdade – disse com um sorrisinho malicioso.

– Ah, você é um caso perdido, Park Jimin – levantei.

– Vai aonde, nae yeojaae?

– Buscar sua tipóia.

– Mas você só está usando minha camisa.

– E daí? Já passa das 11 da noite, todo mundo já deve estar no quarto se preparando pra dormir.

– Ok. Eu vou te esperar para tomarmos banho juntos.

– Você já quer transar de novo?! 

– Não, Mary, não há pau que aguente 6 vezes seguidas – nós rimos – Eu só quero ficar com você. Ainda estou com saudade.

– Tá certo – sorri para ele – Eu volto logo.

Saí do quarto e refiz nossos passos até o local onde a tipóia estava caída no chão e então a peguei. Assim que levantei o rosto, vi appa Jin me encarando com a expressão indecifrável. Arregalei os olhos e paralisei de vergonha. Ele me olhou de cima a baixo, logo percebendo que eu estava com a blusa do Jimin e sua tipóia nas mãos. Eu lhe lancei um sorrisinho amarelo e ele retribuiu parecendo estar feliz. Seu olhar era quem dizia "Deu certo! Amém, meu Santo Antônio".

Voltei ao quarto e procurei por Jimin. Ele já estava no banheiro completamente despido.

– Pensei que você fosse esperar por mim.

– Eu estava esperando. Não posso começar sem você.

Entrei no box e ele tirou as poucas peças de roupa que me cobriam. Depois ligou o chuveiro e deixamos que a água quente percorresse nossos corpos. Jimin me abraçou por trás e começou a morder meu pescoço e orelhas, em seguida suas mãos desceram a minha intimidade me causando arrepios.

– Achei que tinha dito que pau nenhum aguenta seis vezes seguidas.

– O que eu posso fazer se meu amiguinho fica todo animado quando vê você nua? – eu ri e me virei de frente para ele. Logo um beijo provocante e molhado teve início. Depois de mais carícias e provocações, seu membro me penetrou novamente e fomos para mais uma rodada de sexo e prazer.

Depois do banho, vestimos roupas confortáveis e fomos para a cama para que eu recolocasse a tipóia no braço de Jimin.

– Pronto. Vê se não força seu ombro de novo.

– Vou tentar se você deixar.

– Eu?!

– É. A culpa de o meu braço não querer ficar quieto é sua. 

– Engraçadinho – fiz uma careta e ele riu.

– Adoro quando você usa as minhas roupas.

– Eu também adoro.

– Sério? Por quê?

– Elas têm seu cheiro – ele sorriu debilmente.

– E eu adoro quando você usa porque depois elas ficam com o seu cheiro, o que me lembra que nós temos muito o que conversar.

– Temos? Sobre o quê?

– Bom, primeiro nós temos que jogar fora todas as suas roupas de cama.

– Por quê?

– Porque eu sei muito bem o que você e Yoongi fizeram nelas durante esses meses e eu não quero entrar em contato. 

– Sabe é? – Jimin acenou.

– Ele fez questão de me contar os detalhes, então, por favor, não me faça lembrar disso – eu ri – O que levanta outro ponto: Yoongi transa melhor do que eu?

– Que tipo de pergunta é essa, Jimin?

– Ah, nae yeojaae, não custa nada responder.

– Você quer mesmo saber?

– Quero – disse decidido – Quem é melhor na cama? Eu ou Yoongi?

– Yoongi. 

– Ah... – ele fez uma cara completamente incrédula – Não. Pera, isso é sério?

– Ué, você perguntou e eu respondi.

– Ah, qual é, Mary, você tá brincando comigo, né?!

– Claro que estou, seu bobão – ele pareceu aliviado – Mas por que você faz tanta questão com isso?

– Eu sou o seu homem, nae yeojaae, e quero ser o único capaz de satisfazer você.

– E você é o único. Yoongi também é incrível, então não tem como dizer qual dos dois é o melhor, mas eu prefiro você.

– Isso é verdade? – perguntou, inseguro.

– Claro. Ninguém consegue me fazer gemer como você.

– Tudo bem, agora que eu já tirei minhas dúvidas vamos parar com esse papo, porque 7 vezes em três horas eu realmente não aguento.

– Nossa, Jimin! Batemos nosso recorde! Seis transas em um dia.

– O recorde dos recordes, porque isso tudo em três horas e meia. 

– Acho que nós precisamos de um médico. Isso pode ser Satiromania.

– Não precisamos de médico, isso eu já sabia que nós tínhamos há muito tempo – nós rimos enquanto eu o abraçava e rolávamos pela cama. Nos deitamos confortavelmente e ficamos calados uns segundos – O que fez você me perdoar, Mary? – perguntou com o olhar perdido.

– Por três motivos.

– Vamos ao primeiro.

– Você parou de insistir. Me deixou escolher meu caminho, me fez perceber que ele era você o tempo todo. 

– Acho que estou entendendo.

– Amar é colocar as necessidades de alguém acima das suas e fazer o  que for preciso para vê-la feliz. Quando você desistiu de mim por achar que eu seria mais feliz com outra pessoa, você finalmente entendeu o que é amar. E além disso, você provou que me ama.

– E eu amo muito – sorri para ele – Olha, se eu soubesse, tinha desistido de você mais cedo.

– Palhaço.

– E qual é o segundo motivo?

– Uma garotinha muito especial que eu quero que você conheça.

– Garotinha?

– Sim. Ela me fez perceber o quanto eu estava sendo egoísta e orgulhosa. Depois só precisei de um empurrãozinho do appa Jin.

– Estou ansioso para conhecer essa garotinha. Se ela me ajudou a ter de volta a mulher que amo, então tenho muito a agradecer a ela.

– Vamos visitá-la amanhã, antes de eu viajar para Daegu.

– Ah, não! Não quero que você vá embora! 

– Você pode ir depois. Suas férias começam no fim dessa semana, podemos nos encontrar na sexta.

– É verdade... Mas Yoongi não ia com você?

– Tenho certeza que se eu conversar com ele vai dar tudo certo.

– Um apartamento só para nós dois... Estou gostando da ideia.

– Ótimo! Porque eu também não quero ficar longe de você.

– E o terceiro motivo?

– Eu amo você, Jimin... E eu deveria ter precisado só desse terceiro para estar com você agora.

– Eu te amo, Mary – nos beijamos.

Depois eu deitei em seu peito e fiquei recobrando nossos momentos de algumas horas atrás. Tanta felicidade em troca de um pouquinho de humildade... Se as pessoas vissem o mundo pelos olhos inocentes de uma criança, onde tudo é mais simples, o mundo seria melhor.

– Oppa, eu... posso fazer uma pergunta?

– Claro, nae yeojaae, quantas quiser.

– O que é essa "Borboleta de Vidro"?


Notas Finais


Eu espero muito que eu tenha conseguido passar as emoções aqui. Espero que essa tenha sido a reconciliação que você estavam esperando. Por favor deixem seus comentários.


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