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História Born To Die - The newbie.


Escrita por: Cerejada

Notas do Autor


Olá amores! ❤️

Queria muito agradecer aos primeiros favoritos, fiquei muito feliz e ansiosa pra soltar o próximo capítulo pra vocês!
Vou me esforçar ao máximo para não demorar tanto a trazer mais capítulos.

Mas enfim, vamos ao que interessa... boa leitura! 😘

Capítulo 2 - The newbie.


Fanfic / Fanfiction Born To Die - The newbie.

P.O.V. – DARYL




Merle não parou um segundo sequer de falar sobre a novata. Quando pinta um novo rabo-de-saia na área, ele fica maluquinho. Aquilo me irritava as vezes, mas preferi ficar na minha e apenas ignorar todas as baboseiras que ele falava. Afinal, aquilo não me interessava nem um pouco.


Mas pra ser bem sincero, ele tinha razão sobre ela ser bonita. Muito bonita mesmo. Seu cabelo ruivo era grande, batia mais ou menos na altura da bunda. Isto claro, pelos meus cálculos. Ela ainda estava com aquele rabo-de-cavalo, então não dava pra ter certeza. Seu rosto era comprido, com algumas sardas espalhadas. Tinha um rubor nas bochechas que a deixava ainda mais bonita. Suas sobrancelhas eram bem desenhadas, assim como seus grandes olhos azuis-oceano. Seus lábios eram pequenos, mas bem carnudos. Foi a primeira coisa que reparei a encontrá-la na floresta… aqueles lábios, tão pequenos e vermelhos. Eles ficavam bem em contraste com aquele sorriso.


Eu a observava, bem distante. Ela organizava algumaMichelle.. na nova barraca e fazia algumas flechas. Pelo jeito, sabia o que estava fazendo. Era bem na dela, não a vi conversar com alguém por mais de um minuto, fora Dale ou Merle.

– Não vai ir comer maninho? –a voz de Merle passa por trás de mim, me dando um leve susto.

– To terminando aqui. –disse sem dar muita importância. – Vou depois.

Ele passou por mim, pegando o caminho para a estrada.

– Ei... –me virei para ele. – vai aonde?

Ele se virou pra mim, dando uma risadinha.


– Se a Michelle procurar por mim,  fala pra ela esperar na caminhonete.

Revirei os olhos, voltando aos meus afazeres.


Idiota.

– Pode deixar. –respondi, sem olhá-lo. Apenas ouvi seus passos se afastando dali, apressado.

Merle é um desgraçado mesmo. E pelo sorriso feliz, com certeza ia meter a cara na farinha. Só espero que ele encontre o caminho de volta.




                              ***




Depois de alguns minutos, finalmente tinha terminado de limpar minha besta. Ela estava toda suja de sangue, mas agora estava pronta pra mais uma caçada.

Coloquei ela em cima da caçamba da caminhonete, quando notei que estava rolando uma certa discussão em volta da fogueira. Cruzei os braços, apenas observando. Não demorou muito para perceber quem era.

A novata levantou e saiu andando, vindo na minha direção. Ela passou por mim, sem nem sequer notar a minha presença. Foi até o trailer de Dale. Suas feições não eram das melhores.

Engoli em seco, olhando o nada por alguns instantes. Ela me cheirava a encrenca… e eu queria distância de encrencas.


Mas o que será que tinha acontecido?


Levantei da caçamba e fui na direção que ela tinha ido e assim que cheguei perto o bastante, o cheiro de nicotina me invadiu. Só pelo cheiro, reconheci ser algum cigarro mentolado barato.

Fui seguindo o cheiro, até chegar a ela, que olhava o nada, dando um belo trago no cigarro.

Então ela se virou, olhando pra mim, bem nos olhos. Engoli em seco, desviando o olhar meio sem jeito. Mas voltei a olhá-la em seguida. Ela era ainda mais bonita de perto. Mesmo com aquela cara toda carrancuda. As sardas nas bochechas eram tão bonitas.

– O que quer? –ela perguntou, soltando a fumaça pelo nariz.

– Ahn.. eu... –suspirei. –  olha, não sei o que Shane falou pra você, só ignora. Ele é só um idiota, que se autodeclarou líder.

– É, deu pra notar. –ela disse, sem querer muito assunto.

– Onde você conseguiu esse cigarro? –perguntei.

– Não muito longe daqui, em um posto de abastecimento. Eram os últimos.

– Que sorte.

Fui até uma árvore logo a frente e me encostei no tronco, ficando de frente para ela.

– Cadê o Merle? –ela pergunta.

– Saiu… –cruzei os braços, virando o rosto. – mas já deve estar voltando.

Fez-se silêncio, por alguns segundos  sufocantes. Parecia que tínhamos uma espécie de bloqueio ou dificuldade para conversar.

– E o que você quer aqui? –ela me olha.

Engoli em seco.

– Só saber o que tava pegando…  ou talvez, um dos seus cigarros.

Ela deu uma risadinha, que eu não entendi muito bem o motivo.

– Qual é a graça? –perguntei sério.

– Hm… porque eu devia te dar um dos meus cigarros? –um sorriso se formou em seus lábios, me causando uma sensação estranha no peito.


– Hm… talvez... você é toda educadinha. –disse.

Ela riu. Isso afastou um pouco a tensão entre nós. Eu acho.

– Pode esquecer. – ela deu outro trago, jogando a guimba no chão. Aos poucos a fumaça foi saindo pelo nariz.

– Hm... eu não queria essa porcaria mesmo. Pode ficar com ele todo pra você.

Ela balança a cabeça, olhando para o lado.

– Olha, foi mal pelo que eu disse na floresta… –comecei falando.

Ela me olhou. Aquele sorriso tinha sumido de seu rosto por um instante, agora suas feições eram sérias.

– É que já saquearam os mantimentos duas vezes, só esse mês. –fitei o chão.

– Eu entendo. Você não fez mais que sua obrigação.

– Eu só me senti meio... idiota. Sabe?  –olhei o nada. – Você salvou a vida das crianças, se colocou em risco... você nem as conhecia.

– Você não faria o mesmo?

A olhei em silêncio, pensativo.

– Talvez.

– Eu jamais deixaria outr... uma criança indefesa desse jeito.

Voltei a olhar a ruiva. Ela estava de cabeça baixa.


“Ah, droga… então era isso. Tinha uma criança envolvida?”


Ela perdeu uma criança... uma filha, talvez?

– Bom, não dá pra salvar todo mundo... – disse.


Mas que merda, Dixon! Você poderia ao menos, uma vez na vida, ser um pouquinho sensível? Isso não iria te matar.

– Eu sei o quanto tentei... –sua voz soou com tristeza. – mas não valeu de nada no fim.

Fiquei em silêncio, pensando em algo que pudesse dizer a ela.

Aos poucos, ela foi se abaixando, até que se sentou no chão. Ela puxou o maço de cigarros do bolso, abrindo e pegando um. Logo depois, esticou a pequena caixa até mim. Eu puxei um, colocando na boca. Ela largou a caixa ao seu lado, puxando o isqueiro do bolso da calça, acendendo o cigarro em seguida. Depois ela me entregou o isqueiro.


Acendi o meu, dando uma boa tragada. Desconheço uma sensação melhor que essa.

O silêncio continuou por um tempo. Eu olhava a ruiva e ela olhava o nada, parecia tão distante.


Eu não sabia o que dizer a ela. Então, para facilitar as coisas, eu fiquei em silêncio, guardando todos meus pensamentos pra mim. Com certeza, ela não precisava ouvi-los.

Depois de um tempo, ela me olhou, bem nos olhos. Isso me deixou um pouco acanhado. Ela tinha olhos azuis tão bonitos, mas... tão tristes também.
 
Ela parou, baixando a cabeça e colocando uma mão no rosto. Pude ouvir ela murmurar algo, mas não entendi o quê.

Então ela se levantou, limpando a calça. Quando olhou pra mim, percebi rastros de lágrima pelo seu rosto. Ela os limpou rapidamente, mas não antes que eu pudesse ver.

Desviei o olhar dela, meio sem jeito.

– Bom… eu vou pra minha barraca, descansar. Não tô legal... –ela disse, cabisbaixa.

Apenas assenti, olhando-a. Queria dizer algo a ela, mas o que eu poderia dizer?

Ela se virou, saindo em passos calmos, até que foi surpreendida por Merle.

– Gatinha... tava te procurando. –ele diz, puxando ela pra si. Então ele me olha, notando minha presença ali .– Daryl?

– Me solta! –disse Michelle, empurrando Merle para trás.

– Calma aí, xuxuzinho... –ele agarrou o braço dela, puxando-a de volta. – eu posso dividir com meu irmãozinho... não tenho ciúmes.

– Merle, solta a garota... –o olhei sério.

– O que maninho? Você não gostou? –ele virou ela de frente pra mim, apertando-a em seus braços.– Ela é uma delícia! Olha esse cor...

– Eu falei pra você me soltar! –ela deu uma cotovelada no estomago dele, fazendo ele se encolher pela dor. Em seguida, deu uma joelhada em seu rosto, fazendo ele cair no chão.

Fui até eles, mas antes de chegar, ela puxou uma daquelas coisas que parece uma espada e apontou na minha direção. Eu parei no mesmo instante, olhando nos olhos dela.

– Ei, calma... –disse de forma mais pacífica possível.

– Para trás, nem mais um passo! –ela disse com um tom de ameaça.

– Tudo bem, tudo bem... –levantei as mão em sinal de redenção. – foi mal...

– Foi péssimo. – ela disse, baixando a arma e saindo, apressada.

Olhei ela passar pelo acampamento, depois olhei Merle, que estava no chão.

– Porra... acho que ela quebrou meu nariz! –disse, colocando uma das mãos na cara.

– É? Bem feito. –passei por ele, indo até a caminhonete. – E ainda foi pouco.

– Como é que é? –ele disse, com ar de indignação. Eu apenas o ignorei.



                               ***




>> pela manhã…





Mal havia amanhecido, e eu já estava de pé. Acabava de voltar da floresta, fui em busca do café da manhã. Mas não tive muita sorte, acabei voltando apenas com um saco de nozes.

Assim que passei pelo acampamento, fui até Carol. Ela assava os esquilos que Merle pegou ontem na fogueira.

Deixei o saco de nozes na mesa improvisada, ao lado de Carol. Ela me olhou e sorriu.

– Bom dia! –ela disse com um sorriso.

– Não tem nada pra esse dia ser bom. –disse, me virando e continuando a andar.

Ao passar em frente a barraca da ruiva, percebi que estava vazia.


Então ela já tinha acordado.

Dei uma boa olhada ao redor, mas não a encontrei. Respirei fundo, soltando o ar de forma pesada.

Continuei a andar, indo até minha caminhonete. Abri a porta e percebi que Merle ainda dormia lá dentro. Então decidi deixá-lo dormir. Não seria legal ele acordar e ficar de porre pra cima de mim.

Fechei a porta da caminhonete e decidi ir até o trailer de Dale. Ele já estava lá em cima, vigiando.

– Dale... –chamei.

– Daryl? Tudo bem?

– Cadê a novata? –perguntei, ignorando sua pergunta.

Novata? –ele repete minhas palavras.

– É, você ta surdo ou o quê?

– O nome dela é Michelle. –ele diz dando uma risadinha.

– Tanto faz, viu ela ou não?

Ele suspira.

– Ela passou aqui hoje cedo. Ela saiu com a Amy e a Andrea, foram no lago.

Assenti, me virando já pronto a sair.

– O que queria com ela? –perguntou Dale.

– Isso é da sua conta desde quando? –o olhei.

– Parece que alguém acordou de mau-humor... –ele comentou.

Eu apenas o ignorei, não queria continuar a conversa.

– Ô Daryl… –a voz de Shane soou pelo acampamento. – vêm cá!

Eu o olhei. Ele estava agachado, perto da fogueira com Glenn e T-Dog. Desviei meu caminho, indo até eles.

– O que foi? –perguntei.

– Estamos montando um grupo para ir até o centro de Atlanta.  –ele disse.

– E o que eu tenho a ver com isso?  –cruzei os braços.

– Bom, seria legal se você e seu irmão ajudassem.

– Já não ajudamos com a comida?

– É mas... precisamos de mais suprimentos. Comida, gasolina, remédios...

Então, ouvi algumas risadas, que roubaram toda a minha atenção. Era ela. A novata. Estava com Amy e Andrea, como Dale havia dito. Ela estava com uma roupa diferente. Uma regata de alcinhas que ressaltavam bem o volume no colo, era na cor cinza. Uma calça jeans preta, rasgada nos joelhos e uma bota de couro de cano médio, na cor preta. Seus cabelos estavam soltos, um pouco molhados e enrolados, fazendo cachos na ponta.

Ela olhou pra mim, me fazendo desviar o olhar.

– Você me ouviu Daryl? –perguntou Shane.

Eu assenti, meio confuso. Não tinha ouvido uma palavra. Minha atenção fora toda roubada.

– Okay, então vai chamar o Merle. –ele disse.

– O que estão fazendo? –disse Andrea, vindo até nós. Amy e Michelle vinham logo atrás dela.

– Montando um grupo pra ir até a cidade. –Glenn respondeu.

– Ir à cidade? –questionou Amy.

– Isso seria suicídio... –completou Michelle.

Eu a olhei por um instante, depois olhei o chão.

– Por isso quero montar um grupo. –esclareceu Shane. – Se vocês se organizarem como eu mandar, todos podem sair e entrar sem sequer ter que matar um zumbi.

– E como vai ser? –Andrea.

– Quero mandar seis pessoas. Glenn, T-Dog, Merle, Jacqui, Morales e você, Andrea.

– O quê?! Não, a Andrea não! –Amy disse, abraçando Andrea. – Ela não pode ir, Shane...

– Olha Amy, eu sinto muito... mas precisamos da Andrea. – Shane.

– Não tem problema Amy... –Andrea a abraçou. – eu estava querendo ir a cidade mesmo...

– Andrea, por favor... não quero ficar longe de você!

– Amy está certa...  –disse Michelle. Todos olharam para ela, inclusive eu. – tudo bem, eu posso ir no lugar da Andrea.


Notas Finais


(Michelle: http://www.polyvore.com/m/set?.embedder=22570026&.svc=whatsapp&id=218378892)

Eu acho que alguém vai começar a mexer com o Sr. Dixon... heheheh e.e

Twitter: @_cerejada


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