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História Born To Die - Sobrevivência


Escrita por: daniellybiebs e iamthalita

Notas do Autor


Boa leitura...

Capítulo 42 - Sobrevivência


  "Isso é a sobrevivência do mais forte... Isso é questão de vida ou morte, o vencedor leva tudo, então leve tudo..." - Survival

  NARRADOR

 Madison abriu os olhos e tentou levantar a cabeça, mas ela pesava, seu corpo pesava. Olhou em volta e tudo estava escuro, a única luz vinha era de uma pequena fresta debaixo da porta. Sentiu uma pontada na cabeça e seus olhos se encheram de lágrimas, a dor era insuportável. No mesmo tempo suas pernas começaram a formigar e ela sentiu como se alguém de 200 quilos estivesse sentando nas suas pernas. Ela tentou se apoiar nos cotovelos mas logo caiu na cama, ela não tinha forças nem pra se levantar.

~ Uma semana depois ~

 Madison passou a maior parte dos dias na mesma posição e ainda sem se levantar, era entediante ficar ali. Nos primeiros dias ela berrava e chorava, e sempre alguém aparecia com uma seringa e aplicava algo nela, minutos depois ela estava tranquila e algumas horas depois ela dormia e quando acordava havia um prato de comida ao lado da sua cama. Ela ainda não viu ninguém, ela não conversou com ninguém... O lugar onde ela estava não havia barulho, ela nunca ouvia conversas ou passos.

 Por outro lado Marshall estava tranquilo, seu plano deu certo, ele agiu da forma que gostaria e melhor de tudo podia ver de perto, Justin, Nolan e todo o FBI puto. Uma hora ou outra ele teria que começar a fazer perguntas e maltratar a garota, a tirar fotos para mandar para o Justin... Mas no momento ele só queria ficar onde estava, se ele morresse ali agora talvez não se importasse, algumas vezes ele ia naquela praça, aquele lugar trazia memórias boas... Lá estava ele sentado em um banco de madeira, olhando uma pequena lagoa a sua frente e se lembrando de quando pediu sua mulher em casamento naquele mesmo lugar, naquele mesmo banco, naquele mesmo dia... Em alguns momentos ele se lembrava da sua mulher e um arrependimento batia nele e pensamentos como "ela não iria gostar disso" lhe vem a cabeça e ele pensava em desistir de tudo, soltar a garota que esta presa em uma casa pequena em um bairro nojento qualquer de Atlanta e seguir sua vida longe de tudo isso, mas no mesmo momento ele se lembrava de como ela morreu e a raiva invadia todo seu corpo, a sede por vingança, ele não iria desistir até fazer Justin sofrer, fazer ele sofrer como seu pai o fez sofrer... Ele não iria parar até ver ele implorar e então tiraria a vida dela, como já fez várias vezes com outras meninas... Ai sim, ai sim ele poderia pensar em ir embora pra longe e começar uma "vida nova".

  PDV JUSTIN

 Eu não aguento mais, não sei o que fazer, não sei o que pensar... Eu fui burro e idiota, eu a deixei ir sozinha e agora eu não faço ideia de onde ela pode estar, estou me culpando a cada dia mais... Ela pode estar em qualquer lugar, pode estar sofrendo ou pior ela já pode ter ido pra sempre. Sinto a vontade já familiar de voltar, eu preciso me manter acordado pra poder fazer alguma coisa, mas não aguento mais... Não aguento mais tomar café e fumar. Uma vontade louca de cheirar cocaína me invade mas eu a controlo, eu preciso achá-la e ficar drogado não vai ajudar...

 Já fomos nas duas mansões que supostamente eram de Marshall ou do nome que ele esta usando agora, não tinha nada lá... Procuramos por endereços e nada... Eu não sei o que fazer mais. Estou olhando o mesmo computador a umas cinco horas seguidas, apenas o olhando e esperando chegar alguma noticia, alguma pista de onde ele pode estar, mas nada acontece, todos os dias estão sendo assim, chego no prédio do FBI e fico sentado aqui olhando a tela do computador esperando por algo. Pelo menos estou fazendo alguma coisa, suspeito que se estivesse parado agora eu poderia meter uma bala na minha própria cabeça. Como ela se tornou alguém tão importante pra mim? Como isso é possivel?

  - Justin? - Nolan me chama. Olho em volta e ele está carregando uma garrafa de café e se senta ao meu lado, ao computador ao meu lado. - Café? - Ele oferece.

  - Por favor. - Digo pegando a xicara e estendo, ele coloca café lá dentro.

  - Não aguento mais isso... - Ele diz fitando a tela do computador a sua frente.

  - Nem eu. - Olho para ele. - Nolan você trabalhou pra ele, você realmente não imagina onde ele pode estar? Ou onde está mantendo ela?

 Ele nega com a cabeça e abaixa os olhos. Nesses últimos dias estamos conversando muito, nosso único assunto é sobre ela, mas isso é até uma grande novidade, porque pra quem nem se quer conseguia olhar um para a cara do outro.

  - Eu não sei mais o que fazer. - Digo. - Parece que me prenderem e não tem mais o que fazer... Na real, isso é pior que ser preso.

  - Nunca estive do outro lado da grade, mas se você diz... - Ele fala. - Eu só sei de uma coisa, ela está viva. Ele não vai matar ela, disso eu tenho certeza absoluta.

  - Como você pode ter tanta certeza? - Pergunto confuso.

  - Ele não é uma pessoa instável, ele não muda de ideia... Pelo menos nos anos que passei com ele, ele nunca mudou... Quando ele planeja um plano e o bota em ação ele vai até o fim.

  - Isso devia significar alguma coisa?

  - Pelo menos ela está viva, mas...

  - Mas?

  - Ele não mata, mas ele tortura. - Ele me olha com cautela. - Não tortura do tipo pegar um saco plástico e a sufoca, tortura do tipo encher ela de porrada, não lhe dar comida, agua, ou até mesmo atirar em alguma parte do corpo dela e a deixar sofrendo ali por algumas horas... Ele é ruim Justin, muito ruim. E o que mais me preocupa é o que ele quer com tudo isso.

  - Ele me quer. - Digo. - Eu tenho certeza disso Nolan. Mas eu não sei por que ele pegou ela quando podia ter me pegado.

  - Isso é obvio, ele quer te fazer sofrer, quer ver você ficar louco a ponto de se matar... - Nolan volta a olhar para a tela do computador e fecha os olhos. - Ou pode ser pior... As vezes ele já sabe que ela é filha dele.

  - E por que isso seria pior?

  - Por que se ele já sabe que ela é filha dele, talvez ele não a solte.

 Sinto todo meu corpo congelar, eu não posso deixar ela com ele, ele é depravado, maluco, sádico, psicopata e pior é o pai dela. Ele não pode ficar com ela.

 NARRADOR

  - Acho que está na hora de comer querida. - Madison ouve uma voz. A primeira voz que escuta em uma semana.

 Ela tenta abrir os olhos mas não consegue, parece que eles estão grudados. Com um grande esforço ela consegue levantar seus braços e tocar seus olhos com os dedos, ela esfrega eles e os força a abrir. De inicio ela vê uma grande claridade, a luz do quarto está acesa e logo depois os fecha novamente. Depois ela os abre novamente e tenta se acostumar com aquela luz ali. Ela procura pela pessoa no quarto e vê uma mulher com longos cabelos pretos e olhos claros, ela está na sua frente sorrindo e segurando um prato na mão. Pattie.

  - Acho que hoje você vai gostar da comida. - Pattie diz irônica. - Temos aqui um prato delicioso de... Humm... Acho que você mesma gostaria de ver.

 Pattie sem pensar duas vezes joga a comida em cima de Madison, a comida cai em sua barriga e ela consegue soltar um grito, a comida está quente, muito quente.

  - Acho que você gostou. - Pattie diz sorrindo mais ainda. - Vou deixar você um pouquinho ai se alimentando.

 Pattie se vira e sai do quarto o trancando. Ela vai até a cozinha e joga o prato de plástico na pia e se encosta na mesma ouvindo Madison gritar. Ela sentia que precisava ver seu filho, "fazia tanto tempo..." pensou em um momento de fraqueza, ela fazia tudo isso por ele e para ele, e na cabeça dela ela estava fazendo mais do que o certo. A pior coisa que já fez na vida foi ter se afastado dele, se afastado dessa maneira, e pior de tudo é o fato dele saber pra quem ela trabalha agora a destruía, porque ela sabia que seu filho não iria ver o lado bom disso tudo, iria ver apenas o lado dele.

 Depois de um tempo ela vai até a pequena geladeira que tem na cozinha e tira um vidro com algo lá dentro, também pega uma seringa e puxa todo o liquido de dentro do frasco para a seringa "isso vai fazê-la calar a boca" pensa. Assim que ela entra no quarto vê Madison na cama, ela está tremendo e tenta tirar a comida de cima do seu corpo em vão, ela mal consegue alcançar a barriga, é como se os braços dela fossem feitos de gesso, ela não consegue os mover muito bem, ela ainda chora e geme de dor. Pattie se aproxima e Madison arregala os olhos assustada, além de sentir seu corpo pesado, sua audição, sua vista e seu próprio cérebro parece funcionar a um por hora. Pattie pega o braço dela sem demonstrar nem pouco de simpatia e aplica a droga no braço da Madison. Madison sente como se estivessem espremendo sua cabeça e em menos de três segundos depois seu braço se solta das mãos de Pattie e ela para de chorar e de gemer. Sua respiração se tranquiliza e a dor da comida quente na sua barriga desaparece. Pattie olha para a barriga de Madison e vê que a comida ainda tem seu vapor quente, e nota também que a barriga dela está tão vermelha quanto sangue, ela sorri e sai do quarto apagando as luzes.

  - Finalmente terei um minuto de paz. - Pattie murmura.

 Do outro lado da cidade Marshall esta caminhando tranquilamente de volta para seu pequeno apartamento. Ele está usando boné, casaco e bermudas, ninguém o nota, ninguém percebe que ele é o cara mais procurado de Atlanta.

 Ele entra em sua casa e vai direto para seu quarto, onde logo que chega ele se agacha e tira uma caixa de madeira debaixo da cama. Ele a abre e dentro da pequena caixa há uma corrente com um pingente pequeno em formato de coração. Ele pega a corrente e se senta na cama, abre o coração e lá dentro a duas minúsculas fotos, de um lado há o amor da sua vida e no outro a única pessoa com a qual ele ainda se importa, sua filha.

 Por mais que ele sinta que não seria um bom pai e nem uma boa influencia para a sua filha, ele sentia aquele sentimento ruim, aquele gosto amargo, ele iria até o inferno por sua família, e no momento sua unica família é sua filha... Ele saca o celular do bolso e liga para Josh, um dos bastardos que faz tudo o que pede. Porem, é o único que Marshall podia confiar cegamente.

  - Quero que você encontre minha filha. - Marshall diz firme segurando o telefone numa mão e na outra o pingente.

  - Você sabe o nome dela completo? - Josh pergunta.

  - Não. Eu não me lembro se ela usa o meu nome ou o da mãe dela. Só me lembro que ela se chama Madison.

  - Vou da um jeito de encontrá-la, mas não será fácil Marshall, pode demorar, afinal pode existir milhares de Madison por ai.

  - Só faça o que eu falei pra você fazer! - Marshall diz irritado. - Afinal pago você muito bem, portanto quero um trabalho bom e o menos demorado possível!

  - Ok!

 Marshall desliga a chamada e sente como se um peso de 20 anos fosse tirado de suas costas... Há 20 anos ele pensava em procurar a filha, e hoje finalmente se decidiu.

  Continua...


Notas Finais


Esse capitulo não foi o que esperei que fosse, estou sem inspiração, justo na melhor parte da fic estou sem inspiração, e por falta dela esse capitulo saiu com toda essa demora e ainda saiu isso... Desculpe por isso gente! :(
Bom, então, até breve!
E comenteem!!


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