1. Spirit Fanfics >
  2. BOSS (AU!Ziam) >
  3. Imprevistos?

História BOSS (AU!Ziam) - Imprevistos?


Escrita por: LeSterwinche

Notas do Autor


Meninas coooooooomo estou feliz com esses comentários e favoritos que são tão importantes pra mim, obrigada e obrigada <3
Olha, eu sei que esses primeiros capítulos não estão legais e devo confessar que não estão me agradando, mas eu PROMETO compensá-las nos próximos, que serão bem mais detalhados etc.
Acabei de escrever, mesmo com toda correria do meu dia, consegui fazer rapidinho porque escrever ziam é maravilhoso, então qualquer erro gramatical me desculpem, não deu tempo de fazer a correção.
Boa leitura a todos, espero que gostem <3

Capítulo 3 - Imprevistos?


Imprevistos?

 

 Liam (POVs).

 

O que eu diria para ele? O que eu faria diante daquilo que Zayn havia dito? É claro que fiquei feliz quando Zayn apareceu em minha porta, mas nunca passou pela minha cabeça de que ele queria me ver afinal só fazia dois dias que estávamos trabalhando juntos. Talvez eu tivesse entendido do modo errado, talvez ele quisesse apenas me ver para me contar seus problemas ou sei lá.

— Ãm... Eu... — pigarreei — Não entendi, quero dizer... Como assim? — E sim, paguei um mico daqueles, não conseguia formular uma frase, olha o que estava acontecendo.

— O que não entendeu? — Zayn estava nervoso e eu não pude conter o sorriso que saiu de mim ao vê-lo assim.

— Você está passando por alguma coisa? Eu posso ajudar? — perguntei inocentemente.

— Não Liam, foi isso que entendeu? — ele arqueou a sobrancelha — Acho que você está cansado, vou leva-lo para casa. Obrigada por ter vindo aqui me ajudar — assenti com a cabeça e sai da sala, assim como ele.

O silêncio era surreal e aquilo estava me incomodando. Dentro do elevador Zayn olhou para mim e quando viu que eu o estava observando baixou a cabeça rapidamente.

— Fiz alguma coisa? — indaguei me sentindo estressado.

— Não. Claro que não — Zayn respondeu imediatamente — Liam posso te pedir uma coisa? Juro que é a última de hoje — ele estava meio alvoroçado.

— Pode pedir

— Bom é que eu tenho que passar em casa antes de ir te deixar. Não vou dormir em casa hoje — não me senti nada bem por saber disso, não sei por qual motivo — Fica contra mão eu ir lhe deixar, voltar para casa, buscar minhas coisas e sair de novo já que minha casa é longe e para onde eu vou é mais acessível indo pelo seu bairro.

— Tudo bem então — dei de ombros.

— Não tem problemas mesmo? — ele perguntou ainda preocupado e eu adorava quando Zayn fazia essa expressão.

— Não — afirmei.

— Obrigada.

— Disponha — sorri sem jeito.

Entrei no carro e ele olhou para mim antes de colocar a mão no volante.

— É estressante ficar em seu carro — bufei.

— Por quê?

— Por que o meu carro é uma lata velha e o seu última geração — Zayn soltou uma gargalhada tão gostosa que desejei escuta-la novamente.

— Você tem ótimo senso de humor Liam.

— Já que não tenho um carrão tenho de ser engraçado, senão como eu iria conquistar alguém?

— Acredito que você não precisa de nenhum dos dois para fazer isso — corei ligeiramente ao escutar o que Zayn havia dito.

Passamos longos minutos por uma estrada sem residências e iluminação até chegarmos à casa do Zayn. Realmente era longe e ficava cansativo ele ter que voltar. Não que eu esperasse que Malik morasse em um apartamento ou uma casa simples, mas a casa dele era simplesmente... enorme e linda.  Uma leve cor marfim cobria a casa que continha um jardim em sua entrada e um caminho passando ao seu redor que levava à garagem. Quando chegamos à garagem senti meus lábios formarem um pequeno “o” ao ver a quantidade de carros. Zayn não era rico, era muito mais do que isso.

— Já disse o quanto à sociedade é desigual? Eu querendo um carro decente e você tem seis deles — Zayn soltou a gargalhada novamente — Aposto que usa um para ir ao trabalho, um para ir à praia quando der, um para ir à boates, um para viajar, um para deixar guardado e o outro para sair com mulheres — vi seu sorriso desaparecer e Zayn se mover incomodado quando disse “sair com mulheres”.

— Vamos entrar — ele murmurou baixo e eu apenas o segui.

Ao adentrar na casa tentei não me sentir desconcertado novamente. Na sala havia um enorme sofá e as paredes eram de vidro assim como no escritório, se estivesse de dia aposto que daria para ver todo o jardim dali e também haviam duas mulheres vestidas em um uniforme passando o pano em algumas vidrarias.

— Olá — as cumprimentei e elas arregalaram os olhos assustadas. Iria perguntar o que que eu tinha feito, mas Zayn me interrompeu.

— Vai ficar aqui na sala?

— Sim, vou — respondi rapidamente.

— Ok. Vou lá em cima buscar minhas coisas e já volto tá?

— Tudo bem Zayn, eu vou ficar bem aqui — ele deu um meio sorriso e desapareceu de minha vista.

Me aproximei das serviçais, elas não tinham mais a surpresa nos rostos, porém eu ainda estava incomodado.

— Fiz algo? — perguntei.

— Não senhor — a primeira se apressou em dizer.

— Ora vamos, não me chame de senhor — elas se entreolharam como se não entendessem — Trabalho para o Zayn assim como vocês, não sou senhor. Agora digam por que ficaram daquele jeito.

— Nós só estranhamos.

— Estranharam o que? Um homem? Já sei, Zayn só trás mulher aqui, por isso estranharam. Mas olha, eu sou assistente dele e estava na empresa, ele só me trouxe aqui por que teve que pegar algumas coisas e...

— Você não precisa se explicar Liam — uma delas me respondeu e arqueei a sobrancelha.

— Como sabe meu nome? — perguntei confuso.

— Você é o assistente do Zayn, sabemos o nome de quase todos que trabalham naquela empresa.

— Ah... Nossa que cabeça a minha, desculpe.

— Vamos? — senti a voz de Zayn surgir atrás de mim e me virei abruptamente.

— Vamos. Tchau meninas, foi um prazer conhece-las — elas sorriam como resposta.

Zayn destravou outro carro, agora um Mercedes classe c e jogou uma bolsa no banco. Entrei em seguida.

— O que estava conversando com elas? — ele perguntou.

— Só perguntei por qual motivo tinham me olhado estranho, só isso.

— E elas falaram?

— Não — admiti.

— Sabia que não — mas não questionaria mais sobre o assunto, Zayn tinha as coisas dele assim como eu tinha as minhas.

Depois de alguns minutos o carro de Zayn parou.

— Não, não, não — ele disse olhando para o painel ainda segurando o volante.

— Que foi? — indaguei, aflito.

— O carro Liam, o carro morreu — lindo, agora só o que me faltava, o carro ter dado o prego.

— QUÊ? — gritei.

— O carr... — o interrompi.

— Sim Zayn, isso eu entendi, mas faz alguma coisa.

— Quer que eu faça o que? Não sou mecânico, você é?

— Não droga. Não sei mexer em um parafuso quanto mais em um carro — cocei minha cabeça — Liga para o seguro do carro, ou então para algum reboque, sei lá faz alguma coisa, você é Zayn Malik, — Zayn tirou o celular do bolso e me mostrou. Fora de área, as coisas só melhoravam.

— Nós estamos no meio do mato, não tem sinal aqui.

— QUE DROGA! — exclamei — MEUS PAIS VÃO ME MATAR.

— NÃO GRITA COMIGO, FOI O CARRO, NÃO EU — ele arregalou os olhos.

— Desculpe — disse por fim, baixando a guarda, realmente não deveria ter gritado com ele.

— Calma Liam, seus pais não vão lhe matar. Eu converso direitinho com eles, tenho certeza de que irão entender.

— Ah claro “Sra Payne, passei a noite com seu filho” — tentei imitar a voz de Zayn, mas tudo o que consegui foi arrancar um sorrisinho de seus lábios.

— Sua mãe é homofóbica? Quero dizer... Tem problemas com isso? Quero dizer... De você passar... Esquece Liam — ele parou.

— Nada disso, pode continuar — ordenei.

— Eu ia perguntar se sua mãe tem problemas em saber que você passou a noite com um cara, digo passar a noite... O que eu queria dizer é que... — mas o interrompi.

— Tudo bem Zayn, não precisa ficar se corrigindo, eu entendi ok? — tentei acalmá-lo — Bom minha mãe de homofóbica não tem nada, agora sobre passar a noite com outro cara... Não sei, mas tenho quase certeza que não.

— Então, nunca passou uma noite com um garoto... Hã... Nunca... Liam você...? Desculpa Liam, eu não te pergunto mais nada — seu rosto estava tão corado e ele parecia envergonhado por ter perguntado aquilo, mas na verdade não era nada demais.

— Zayn para de ser bobo, já disse que não tenho problemas com isso. Na verdade, passei várias vezes. Já passei até com dois — lancei um olhar malicioso para ele, que se incomodou ao saber, soltei uma gargalhada — Com meus dois amigos gays.

— Você tem amigos gays? — Zayn riu junto.

— Claro e eles são uns amores. Se você os conhecesse, iria adora-los — garanti.

— Me apresenta, depois?

— Pode deixar — Olhei o relógio, eram onze e dez. Meus pais com certeza me matariam, não por eu estar fora de casa, afinal já era maior de idade, também não por estar com um homem, como havia dito anteriormente, eles meio que sabiam que eu sou gay, mas sim por que o lema da casa é “enquanto viver em baixo do meu teto vai ter que dar satisfações a nós dois” e era por isso que precisava sair de casa.

— Já que seus pais não são homofóbicos e não veem problemas em você estar com outro cara a noite toda, por que tanto medo?

— Meus pais são antiquados sabe? Eles são bem liberais em relação a isso, mas ficar fora de casa sem dar notícias é uma coisa inaceitável, afinal ainda como as custas deles — cutuquei seu ombro.

— Então estava querendo um emprego por esse motivo?

— Exatamente — me mexi no carro e fiquei de frente para Zayn — Sabe, tenho inveja de você, é mais novo que eu alguns meses e já mora sozinho.

— Essa é uma das poucas coisas que gosto na minha vida — fiquei um tempo parado, tentando processar. Então o dono da Malik Consolidated não era o cara mais feliz do mundo? Curioso. Talvez um dia quando tivesse mais intimidade eu soubesse o porquê.

Abri a porta do carro, me levantei e fui para o banco de trás. Se iriamos passar tempo suficiente ali, que ao menos estivesse confortável.

— Então... Nós vamos passar a noite toda aqui? — quis saber.

— Provavelmente. Essa estrada não leva a muitos lugares ou casas, então mal passa carro por aqui — ele se mexeu um pouco na cadeira.

— Zayn, por que você inventou de morar no fim do mundo? — fiz voz de choro e ele sorriu, ao menos o sorriso dele para me acalmar em um momento desses.

— Gosto de ser isolado.

— Já que estamos aqui e não vou conseguir dormir pelo fato de estarmos no meio do nada, sozinhos e dentro de um carro, posso tirar esse tempinho para nos conhecermos melhor. Não sei muita coisa sobre você, quer responder meu interrogatório? — perguntei, todo animado.

Sabia que passar a noite com Zayn seria difícil, por mais que soubesse que meu chefe era hetero, isso não impedia de deseja-lo de alguma forma. Já sentiu isso por alguém? Aquela coisa que não é paixão, muito menos amor, porém que faz você sentir algo anormal por dentro? Era o que eu sentia por ele. Desejo.

Só fazia dois dias que trabalhávamos juntos eu sabia, mas isso não impedia ninguém de querer saber qual é o gosto dos lábios de outra pessoa e a qualquer custo eu deveria apagar isso da cabeça, afinal não poderia passar o resto da vida desejando meu chefe, pelo simples fato de ele ser meu chefe.

— Claro, manda ai — como Zayn estava no banco do motorista e eu no banco traseiro, ele apenas se virava as vezes para falar, mas em geral eu via apenas sua nuca e seus cabelos, o que não deixavam de ser lindos.

— Tem namorada?

— Boa pergunta...

— Tem dez mil, por isso não responde — revirei os olhos, ainda bem que ele não podia ver.

— Não tenho nenhuma, Liam — novamente aquela voz séria e sexy, que me deixava totalmente sem chão.

— Por que quer que acredite nisso? — indaguei, curioso.

— Por que eu posso te provar — sua voz era desafiadora, minhas mãos ficaram gélidas.

— Você é bonito, rico, empresário etc. Por que não tem ninguém?

— Me acha bonito? — o que Zayn queria com aquilo?

— Claro, quem não acha? — e realmente, quem não acha?

— Talvez não tenha achado alguém suficientemente bom.

— Está à procura de uma pessoa suficientemente boa? — ele afirmou com a cabeça — E como seria essa pessoa? — ele não me respondeu e vi que não queria falar sobre — Gosta de ser isolado por qual motivo? — mudei de assunto.

— É bom não ter vizinhos sabe?

— Não quer que ninguém saiba das coisas que faz é? — perguntei pondo o queixo no banco do motorista, como uma criancinha.

— Por que acha que eu iria querer isso? — Zayn virou o rosto, deixando-o próximo ao meu, tão próximo que pude sentir seu hálito e sua respiração. Meu olhar seguiu para seus lábios, que estavam à milímetros de distância. Senti minha respiração ficar falha.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...