-Não quero que fale assim comigo Brahms. - Digo erguendo a cabeça e olhando em seus olhos.
Brahms apenas desvia o olhar para baixo desconcertado, definitivamente o método Lancrastiano funcionava.
- Ao menos tem alguma preferência? Não quero problemas depois. - Digo levantando a cabeça do maior em minha direção.
- Um que mantenha a distância certa de você e então estamos quites. - Brahms se afasta e me dá a costas voltando à mesa.
--🙄🦋✨
Reviro os olhos como uma resposta.
- Não é como se o Wagner fosse se jogar pra cima de mim.
- Wagner? Já tem alguém em mente a quanto tempo? Alguém que no final vai ser necessário deixar de joelhos e o ouvir implorar pela vida dele? - Ele sorri sarcasticamente. Um sorriso de um homem auto soberbo.
- É melhor não ousar tocar nele ou juro que me mato!
O mesmo soca a mesa ao se levantar novamente e dizer "Não! Você não ouse me ameaçar com a sua própria morte! NUNCA MAIS repita isso!" voltando para o seu quarto.
Eu ignoro, respiro fundo e digo á mim mesma " É o Brahms, não deve adiantar". Ele não é mais como antes, quando apenas um boneco de porcelana, as coisas mudaram em tão pouco tempo.
Desde de tudo, Brahms e eu não brincamos juntos novamente nenhuma vez. Talvez porque já não seja mais do interesse dele no momento mesmo sendo algo a seguir .
Faz algumas horas a minha última refeição, estou com fome. Dou uma checada e Graças a Ele, os telefones da casa ainda funcionavam.
Ao menos ainda recebo dos pais do Brahms, isso é um alívio. Não sei como me manteria sem tal e única fonte de renda. Peço a um amigo de infância meu que havia se mudado recentemente para perto pra poder ir ao mercado e fazer a entrega para mim, afinal o mesmo estava desempregado e precisava de um emprego.
Já era tarde pós almoço, uma tarde que deveria estar ensolarada e bonita mas continuava nublada como sempre foi.
Ouço o som da campanhia tocar e já tinha uma ideia de quem era.
Era o Wagner, Daniel Wagner meu amigo de infância que conheci através dos Gêmeos Kosovski, eram vizinhos maravilhosos até descobrirem que a Mãe deles foi quem matou a Sra.Wagner.
Mantinha o meu medo claro, praticamente o trouxe para a cova de um leão. No entanto manti a postura e levantei a cabeça, não vou deixar Brahms machucar as pessoas de super importância para mim.
Não era como Brahms pensou, Daniel é como um irmão pra mim, ele cuidou de mim como ninguém antes, os pais dele me acolheram quando eu não tinha nenhum e nem outro.
- Eai S/a, não vai me dar uma abraço? Não nos vemos á tempos. - Ele sorri como ninguém ao meu ver.
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