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História Brand New Memories - Perigo


Escrita por: IgarashiKouichi

Notas do Autor


Novo capítulo. Eu tava escrevendo aqui, acho que a fic não vai ter muitos capítulos. Acho que vai ser uma short fic mesmo. Mas enfim, vamos ver no que dá.
Desculpe-me pelos erros no capítulo mas é porque eu não o revisei. Então... É.
Até o próximo.

Capítulo 3 - Perigo


Lindsay e Benjamin se veem em um campo florido, atrás deles havia uma árvore frondosa.

- Onde estamos? – pergunta Benjamin.

- Não faço a mínima ideia – respondeu a garota.

- Tem alguém vindo, se esconde!

- Não precisamos burro. A visibilidade está desligada.

Eles conseguem reconhecer a pessoa que se aproximava. Era Jane, mãe de Amanda. Ela tinha um olhar confuso em seu rosto.

- O que acha?

- Vamos segui-la!

Jane dá a volta na árvore.

- Aí está você – disse a mulher olhando para a garota sentada com o rosto escondido com as mãos, parecia estar chorando.

- O corpo já foi sepultado? – Perguntou a menina com o rosto ainda escondido nos joelhos.

- Ainda não. Mas vai ser daqui a pouco, venha – Jane puxa o braço da menina gentilmente, esta que retribui com um tapa.

- Não quero!

- Ai Amanda, odeio esse tipo de atitude em você.

- Apenas vai e quando tudo acabar volte. Eu não vou sair daqui.

- Tudo bem então – Jane se afasta.

- Problemas de família... – Murmurou Ben – Acho que estamos em um cemitério.

- Sim, é isso mesmo. Os túmulos fica depois daquele muro branco.

- Nós temos que investigar algo aqui?

- Não. Esse dia é provavelmente o dia do enterro do avô de Amanda, o que procuramos é uma conversa entre eles dois. Ou seja, temos que procurar por algo mais antigo.

- O que vamos fazer então?

- Vamos procurar por mais conectores. Mais coisas que ativem a memória dela.

- Ok.

- O que pode ser um conector aqui?

- Não sei. Um brinco, um colar, um relógio, coisas assim...

- Mas onde encontraremos brincos soltos aqui?

- Se nós as congelarmos, podemos arrancar delas normalmente e elas não vão sentir nada.

 - Espera, então se eu tirar a roupa dela aqui, ela não vai saber?

- Argh, pervertido – ela revira os olhos.

- O que foi?!

- Vem, vamos procurar.

- Quantos conectores são necessários?

- Cinco.

- Ok.

Ben pega uma bala de canela que estava no bolso de Amanda, um brinco e uma ampulheta que parecia ser bem antiga, Lindsay pega um dos brincos e um prendedor de cabelos. Além disso, ela percebe que o colar que eles haviam usado como conector não estava no pescoço da menina e sim no chão perto dela.

Quando Lindsay encostou o dedo nele, uma aura se formou ao redor do objeto.

- Ben, achei o conector principal! Vem traz o outros conectores! – gritou ela.

- Certo.

Eles foram colocando cada um dos conectores dentro da aura até que a lembrança estava pronta.

- Pronta? – perguntou ele.

- Claro.

- Então vamos lá.

Mais um clarão de luz e outra viagem.

Dessa vez eles se viam em um tipo de corredor. Parecia um hospital. Amanda estava da mesma forma, com a cabeça entre os joelhos, sentada no banco do corredor.

- Essa menina só vive chorando? – perguntou Ben.

 - Cala a boca – disse Lindsay revirando os olhos.

A porta atrás deles se abre e Jane sai dela.

- Amanda meu amor, está perto, o médico disse que ele não aguentará mais tempo. Não quer ir se despedir dele? – perguntou a mulher sorrindo.

- Não! – lágrimas involuntárias começam a cair pelo rosto da menina.

- Ele quer se despedir de você.

- Eu não quero falar com ele, ainda não estou pronta pra isso.

- Mas você deve. Ele está em seus últimos momentos, seu avô não vai suportar mais, precisa se despedir.

- Tudo bem então – Amanda se levanta e relutantemente entra no quarto a sua frente.

- Espera – disse Ben – Se nossa última viagem foi o enterro do avô dela, e agora o velho está batendo as botas. Isso significa que só viajamos uma semana? A Eva não lhe disse que a máquina viaja mais tempo, não?

- Uma semana? Não. Acho difícil. O tempo normalmente varia de um a sete anos. Uma semana é muito pouco. Fora que, a Lindsay está com o cabelo loiro aqui, no dia do enterro o cabelo estava negro, fora que ela tá um pouquinho mais baixinha aqui.

- Ora, ela pode ter tingido depois que o avô morreu. Quanto a altura, como sabia que ela era mais alta ou mais baixa se ela estava sentada o tempo todo lá?

- Ben, eu sou mulher, mulheres são boas observadoras e somos boas em notar outras mulheres.

- Por que não aceita que a máquina deu um pequeno errinho?

- A máquina não erra, ok? Não é possível que tenhamos viajado apenas uma semana.

- E o que sugere então? Que aquela não é a Amanda?!

- Claro que não. Mas que há algo estranho aqui, eu não posso negar. Vamos procurar esses conectores logo. Olha o colar com o “A” de novo – Disse ela apontando pro banco. Quando Lind encostou o dedo a aura surgiu – É, essa daqui é a lembrança principal.

- Eu vou procurar no quarto do avô.

- Tudo bem, ela deixou a bolsa dela aqui fora, vou procurar nela.

Ben entra no cômodo. A tristeza pairava no local. Amanda estava abraçada a seu avô.

- Vovô, por favor, não vá...

- Amanda, você deve ser forte.

- Vovô...

“Vamos Ben, concentre-se” Disse pra si mesmo. Aproximou-se da mesinha de cabeceira na cama e viu uma ampulheta com uma aparência meio antiga. Ele a põe no bolso. Também vê uma fotografia de Lindsay. Procura por mais algum tempo mas em vão. Não encontra mais nada. Sai do quarto com a esperança de Lindsay ter obtido melhores resultados.

- E aí? – Pergunta ele.

- Além da lembrança principal eu encontrei três outros conectores, e você?

- Perfeito. Tenho mais dois.

- Certo. Vamos ver.

Eles põe os cinco conectores na aura e a memória fica pronta.

- Temos mais alguma coisa pra fazer aqui?

- Não. Acho que podemos seguir em frente.

- Tudo bem.

Mais um clarão de luz ocorre, e mais uma viagem é realizada. Eles se veem em um quarto. Amanda deitada em uma cama, e ao lado dela Conor, seu namorado.

 - Você me ama? – perguntou Amanda sorrindo.

 - É claro que eu te amo meu amor – ele a beija.

- Você acha que vai passar o resto da sua vida a meu lado?

- Wow. Isso já é um pouco extremo.

- O que quis dizer com isso? – a expressão no rosto de Amanda muda e ela parecia triste.

- É que eu não gosto muito de pensar no futuro.

- Eu te confiei meus segredos. Você prometeu.

- Amanda, não fique assim. Provavelmente nós iremos ficar juntos pra sempre, mas é que eu não gosto muito de pensar no futuro, só isso. Entenda. Não é como se eu não quisesse ficar com você.

- Que babaca – disse Lindsay.

- Olha, não viemos até aqui pra ver discussão de relacionamentos alheios. Vamos logo.

- Espera, ela disse que confiou a ele segredos. Será que ela contou sobre a herança?

- Provavelmente.

- Vamos para a próxima memória logo, isso está ficando cansativo.

Lindsay viu um ursinho beje e quando ela encostou a mão nele a aura se formou. Ele era a lembrança principal.

- Bem, já conseguimos encontrar esse – disse Ben – Achei um Harry Potter e a pedra filosofal.

- Pode ser um conector.

- Tudo bem – ele põe o livro no bolso. O casal sobre a cama começa a se beijar ao lado deles - Esse trabalho é tão estranho. Me sinto como se estivesse vasculhando a vida das outras pessoas.

Lindsay encontra um globo de neve.

- Acho que essa pode ser outro conector. E sim, realmente é estranho, mas com o tempo você se acostuma.

- Não dá pra você parar o tempo não? Não estou me sentindo confortável aqui com eles fazendo isso. É quase como se eu tivesse assistindo pornografia.

- É melhor deixar, talvez ela fale algo que possa nos ser útil.

- Não vejo como gemidos nos pode ser útil.

- Ahm?

- Ou você acha que pessoas discutem heranças escondidas enquanto fazem... “aquilo” ?

- Ben para de ser nojento e procura logo outro conector. Se quer sair daqui logo, então ache os conectores droga!

- O colar de novo – disse Ben ao abrir o armário.

- Tenho a sensação de que esse colar ainda vai ser bastante útil para nós no futuro.

- Tanto faz.

Eles encontram um broche e uma bala de cereja e a lembrança fica pronta. Lindsay aperta um botão do controle e mais um salto no tempo é realizado.

Dessa vez eles estavam na mesma casa. Porém agora era de tarde, e Conor não estava lá.

- Lindsay, seu avô está chamando – disse Jane saindo do quarto.

- Tudo bem – A garota que aparentava ter uns 13 ou 14 anos sorri e entra no cômodo correndo, sendo seguida por Lindsay e Ben.

- Lindsay, minha netinha!

- Vovô – ela pula no avô e o abraça.

- Lindsay. Precisamos conversar sobre algo sério.

- Tudo bem.

- Você lembra daquele coração?

- Coração? – perguntou Lindsay olhando pra Ben.

- Lembro vovô – respondeu a garota – Como eu posso esquecer?

- Ele guarda um segredo. Um segredo que ninguém pode saber, só eu e você. Tudo bem?

- Tudo.

- Um dia eu vou embora pra sempre. E muitas pessoas vão querer o que está atrás do nosso coração. Mas você deve protege-lo e não deve contar a ninguém, certo? Nem as pessoas que você mais confia.

- Vovô, o que tem por trás do coração? É sua herança?

- Exatamente – disse ele rindo.

- Eu não entendo muito bem dessas coisas, mas, ela não é da mamãe por direito?

- Eu realmente queria que ela ficasse, mas ela ia gastar com besteiras. E eu não queria isso. Você é diferente. Você puxou minha inteligência e vai saber administrar esse dinheiro.

- Tudo bem. Mas espera, por que está me dizendo isso agora? Sua hora está próxima?

- Bem, foi confirmado que eu tenho câncer então...

- Vovô...

- Não se preocupe, minha hora não está próxima. Mas é melhor eu me certificar de que vai ficar tudo bem. Você não vai contar a ninguém, vai?

- Não.

- Essa é minha netinha – eles se abraçam.

- Vem Ben, vamos procurar conectores – Disse Lindsay.

- Tudo bem. Adivinha o que Amanda está usando? O colar.

- Tire-o.

- Tudo bem.

- Olha aquela ampulheta que nós vimos no consultório. Ela deve ser um conector.

De repente, Amanda e o avô congelam, como se o tempo tivesse parado.

- Lindsay... você fez alguma coisa?

- Não.

O quarto ao redor deles começa a piscar, como se estivesse entrando em curto circuito.

- Lindsay?

- Droga – murmurou ela – A tia Eva já me falou sobre isso.

- E o que é isso?

- Há duas possibilidades. Uma delas é que a Amanda está morrendo, e a outra é que ela descobriu  que estamos vasculhando a memória dela e esteja tentando nos expulsar. É como se ela não quisesse que estivéssemos aqui.

- Das duas qual a pior?

- Não sei. Podemos morrer em ambas.

- Que droga Lindsay!

- Calma, é só mandarmos um sinal para Jane, ela está nos assistindo, lembra? – Lindsay aperta um botão vermelho.

(...)

- Não se sente estranha deixando esse pessoal sozinhos no seu apartamento? – Perguntou a mulher de cabelos grisalhos a frente de Jane.

- Não se preocupe, Laura. O pessoal da Sigmund é de extrema confiança.

- Sei lá. Eu por exemplo me sentiria bastante desconfortável. Fora que você está bebendo!

- Eu não sou fraca com bebidas e você sabe disso. Além do mais eu já disse, eles são confiáveis. Fora que o meu prédio é do outro lado da rua qualquer coisa que acontecer é só eu ir pra lá...

(...)

Enquanto isso, no apartamento. Quem estivesse lá poderia ver uma menina deitada na cama usando um capacete, ela parecia dormir. A seu lado haviam dois jovens sentados. Eles usavam capacetes iguais e pareciam estar dormindo. O mais curioso era que havia uma luz vermelha de emergência piscando nos capacetes, e um tipo de sirene ecoava por toda a extensão do local...


Notas Finais


Até o próximo.


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