1. Spirit Fanfics >
  2. Brave >
  3. Liga da Justiça no Queens

História Brave - Liga da Justiça no Queens


Escrita por: mjonir

Notas do Autor


A louca das fanfics voltou!
Homecoming me fez vir aqui, não consegui me conter, meninas. Espero que gostem <3
Um amor por Tom Holland não se 'exprica' hauahau. Quer dizer, um amor por Tom's não se 'exprica'.
Nessa fanfic o Peter terá dezessete e prestes a terminar o Ensino Médio, beleza?
Espero que gostem tanto da Veronica quanto gostaram da Diana e da Allya <3

Capítulo 1 - Liga da Justiça no Queens


Fanfic / Fanfiction Brave - Liga da Justiça no Queens

 

Queens – 9h20 PM

Peter entrou discretamente pela porta giratória do pequeno banco no Queens. Ele queria surpreender os homens que se achavam espertos enfiando alguns maços de dinheiro na bolsa com alças. Deveria ser uma noite comum em que ele e a Tia May deveriam jantar no Taco’s, mas Peter se esgueirou pela porta saindo de fininho enquanto ela tomava banho com a desculpa de que tinha um dever para o outro dia.

Ele tinha um dever sim, que era tão complicado quanto álgebra, só que menos perigoso, ele supôs. Álgebra era ainda mais perigoso que vagabundos como aqueles que ainda não tinham aprendido que no Queens tinha um herói. Um herói que roubou o escudo do Capitão América com apenas uma de suas teias. Será que eles nunca aprenderiam?

‘’Vai logo, cara. Parece que com dó de guardar o dinheiro na bolsa. Vai ficar acariciando as notas até quando? Até aquele pirralho de casaco vermelho aparecer?’’ o homem rosnou para seu parceiro enquanto enfiava mais dinheiro do terceiro caixa eletrônico que eles tinham conseguido abrir.

‘’Casaco vermelho? Isso aqui não é um casaco!’’ Peter apontou para seu uniforme.

Ele tinha um caso de amor melhor que Crepúsculo com aquele uniforme. Não era como o que o esperava na nova torre dos Vingadores, mas, ainda assim, era irado e ele tinha a Karen que o escutava ainda melhor que o Ned.

Os dois homens pararam por alguns segundos. Pareciam congelados e Peter quase explodiu em uma gargalhada ao perceber que eles escondiam o rosto atrás de duas máscaras. O da direita usava uma da Mulher Maravilha que ficou horripilante por causa dos buracos dos olhos onde as sobrancelhas grossas do homem preenchiam mais que seus olhos miúdos e o da esquerda, usava a máscara do Batman que até teria ficado legal se ele fosse um animador de festa, não um saqueador vagabundo.

‘’Oh meu Deus! Vocês são… a Liga da Justiça!’’ Peter exclamou.

Os homens se entreolharam e o que estava com a máscara do Batman pareceu tremer ao olhar para Peter. Ele escondeu a pontada de orgulho que inflou seu peito ao ver que havia temor no nome do Homem-Aranha. Só demorou quase dois anos para que aquilo acontecesse.

‘’Eu até pediria um autógrafo, mas, você não parece a Mulher Maravilha de verdade. Geralmente ela usa um laço e… que eu me lembre, ela não rouba bancos.’’ Peter colocou uma das mãos sobre o queixo e cruzou as pernas ainda encostado no vidro que separava ele da rua.

‘’Eu disse que a droga do pirralho ia aparecer… enfia logo a porcaria desse dinheiro na bolsa que eu cuido disso, Jensen!’’ o homem/Mulher Maravilha grunhiu para o Batman de quinta categoria e ele tratou de fazer o serviço.

Peter descruzou o braço e se aproximou devagar do homenzarrão que vinha até ele parecendo nada contente, mesmo que a máscara demonstrasse um sorriso plastificado da Diana.

‘’Você ainda não aprendeu que não deve se meter com os mais velhos, moleque? Aposto que você bate como uma menininha, igual essa voz fina aí.’’

Peter estalou a língua. Ele se surpreenderia como algumas menininhas batiam tão mais forte quanto ele poderia pensar.

‘’Acho que você errou a frase, cara. Era pra ser mais algo como: eu sou Diana de Themyscira… sabe?’’

O homem grunhiu e partiu para cima de Peter que se esquivou.

‘’É, você não faz jus a sua cara.’’

Peter lhe deu um soco. O homem cambaleou, mas isso não o deteve. Ele parecia saber mais de luta corpo a corpo do que Parker imaginou que ele seria.

Suas costas bateram no vidro e ele jogou uma de suas teias que grudaram no teto e o fizeram voar sobre seu inimigo.

O homem arranhou o ar.

Peter se aproximou do Batman ladrão e antes de jogar uma de suas teias nas mãos dele, sentiu mãos fortes agarrarem seus ombros e o jogarem no chão.

Os dois se embolaram feito gatos brigões no telhado.

‘’Acionar Morte Súbita?’’ a voz mecânica de Karen soou nos ouvidos de Peter.

‘’Karen, quantas vezes eu disse pra parar com essa parada de Morte Súbita?’’

Peter chutou seu oponente para que saísse de cima dele, mas, era preciso mais força. Ele desviou de alguns socos e as mãos enxeridas dele ao tentarem arrancar sua máscara e, por fim, conseguiu jogá-lo para o outro lado.

As costas do homem bateram no chão e Peter se levantou.

‘’Teia de choque, Karen!’’

Ele arremessou certeiramente nas mãos do BB – Batman Bandido – e ele caiu para o lado eletrocutado.

‘’Uhh! Isso deve doer.’’ Peter exclamou.

‘’Uma corrente de 100 mA é extremamente forte. As tensões de sua teia de choque equivalem a quase 120 volts, então, doeu sim.’’ Karen disse enquanto Peter tentava se esquivar da Mulher Maravilha furiosa que agora brandia um estilete para ele.

‘’Obrigada por isso, Karen. Me lembre de te levar comigo em um teste de Física.’’

‘’Claro, Peter. Seria um prazer ajudá-lo.’’

Sempre tão atenciosa. Karen era a melhor parte daquele seu uniforme, apesar de suas gravações desnecessárias de suas ilustres imitações. Pelo menos nenhuma delas tinham ido parar no YouTube, o que significava que Karen era de confiança.

Peter pulou para trás enquanto seu oponente brandia novamente o estilete. Ele tentou lançar mais algumas teias, mas o objeto se escondia dentro da manga do homem antes mesmo que Parker pudesse lançar uma teia nele.

Peter lançou uma de suas teias no calcanhar do homem, ele quase caiu, mas se segurou em um dos caixas eletrônicos arrancados da parede e se esgueirou para trás deles. O homem retirou de seu blusão mais um dos pequenos detonadores que tinham ajudado com os roubos dos caixas eletrônicos e lançou para trás dele a fim de jogá-lo em Peter.

Parker se esquivou quando viu um daqueles monstrinhos serem lançados em sua direção. Ele puxou um dos caixas para frente dele e do Batman desacordado e o clarão da pequena bomba do deixou um tanto desconcertado por alguns segundos.

Ele se deu conta de onde estava quando viu seu oponente enfiar algo na língua e grunhir. Seus olhos se abriram e ele parecia possuído com olhos vermelhos. Com um chute, o ladrão empurrou o caixa eletrônico e tentou pegar Peter pelos ombros. Ele mal pôde se deixar levar pelo que estava acontecendo com o homem e de onde vinha aquela força bruta e maciça, precisava dar um jeito de detê-lo antes que a reação daquilo que ele tomou ficasse pior.

Parker lançou uma de suas teias para outro caixa eletrônico e tentou puxá-lo para se chocar contra o homem. Em alguns minutos de pura desatenção, Peter foi atingido com o estilete, precisamente em seu braço esquerdo.

Ele soltou um silvo de dor, mas, ainda assim, segurou a teia com as duas mãos. Ele sentiu algo quente e pegajoso empapar seu uniforme, porém decidiu ignorar.

O homem a alguns metros de si arrancou outro caixa eletrônico com as mãos e estava prestes a lançar sobre Peter quando seus joelhos cederam.

Parker soltou sua teia do outro caixa eletrônico e como se a cena estivesse passando em câmera lenta sobre seus olhos, o homem caiu sobre os joelhos. Rangidos de ossos se quebrando fizeram com que Peter sentisse uma gastura nos ouvidos e então o caixa eletrônico caiu sobre ele.

Peter levantou-se. Não conseguia acreditar no que diabos havia acontecido.

Em alguns segundos atrás ele estava pronto para lançar um caixa eletrônico apenas com as forças dos braços e segundos depois tinha caído… morto.

Peter se aproximou rapidamente e empurrou o caixa eletrônico de cima do homem. Ele grunhiu pela força que fluiu de seus braços. O baque do caixa no chão poderia ter feito Parker pular de susto, mas ele só conseguia ouvir o martelar de seu coração nas costelas ao ver o ladrão com sangue escorrendo pela boca e desacordado.

‘’Karen ele… ele está?’’

‘’Morto!’’ Karen completou.

Peter engoliu em seco.

Aquela havia sido a primeira vez que alguém morria enquanto ele tentava de alguma forma salvar e combater o crime. As mãos dele tremiam. Peter queria tirar sua máscara, mas sabia que havia uma câmera por ali registrando tudo que havia acontecido.

‘’Karen… o que ele tomou? Aquele momento em que os olhos dele ficaram vermelhos…’’

‘’Se me permite, escanearei o corpo dele através de seus olhos, Peter’’

Peter assentiu para o nada ainda examinando o homem de cima a baixo. Ele esperou e respirou fundo tentando normalizar as batidas de seu coração. Suas mãos subiram para o braço esquerdo onde o estilete estava enterrado. Doía como o inferno, mas, pelo menos, o sangue não tinha jorrado para fora de seu uniforme que parecia absorver tudo.

‘’Não consigo identificar a substância que ainda corre pelas veias dele. Uma amostra de sangue talvez seria mais precisa… Um veículo da polícia se aproxima a três minutos daqui!’’

Peter sentiu o sangue fugir de suas veias. Tanto pela dor na braço quanto pelo homem-morto ali. E se culpassem o Homem-Aranha pela morte dele? E se o chamassem de assassino?

Parker sentiu as mãos tremerem assim como as pernas, mas logo decidiu que precisava sair dali o mais rápido possível.

Ele seria covarde se fugisse? Se não dissesse a polícia que a morte daquele homem não havia sido sua culpa?

Com inúmeros questionamentos, Peter se viu lançando uma de suas teias pra fora do banco e duas quadras depois não pôde aguentar a dor lancinante em seu braço enquanto ele se esgueirava entre prédios altos.

Ele tentou se segurar em uma das escadas de incêndio que davam para um beco escuro e sujo, mas suas mãos vacilaram, seu braço tremeu e ele caiu certeiramente sobre uma lata de lixo.

Sua cabeça bateu violentamente na tampa e Peter apagou.

 

Queens – 9h45 PM

 

Veronica limpou o balcão e depois limpou os dedos no avental vermelho. Ela suspirou. Faltavam demorados minutos para seu turno acabar.

Graham organizava as cadeiras do restaurante sobre as mesinhas de madeira. Tudo ali tinha um ar um tanto rústico, até as janelas de vidro com cortinas cor de creme. Apesar de o chão precisar de uma cera, Vee gostava dali, gostava do emprego que conseguiu ali e gostava de Graham que a recebeu mesmo sem ter experiências no currículo. Na verdade, sem ter um currículo propriamente dito.

Vee queria recomeçar e o Graham’s a deu uma oportunidade de manter-se fora de casa a tarde depois da escola. Faltava apenas mais um ano e então ela estaria livre do Ensino Médio e assim poderia enviar suas cartas para as faculdades.

Mesmo que Veronica soubesse que a mãe ansiava por ela escolher a área da saúde, não tinha nada mais que chamasse a atenção dela além de Jornalismo. Vee queria ser comunicadora. Usar sua escrita para denunciar coisas que ficavam escondidas debaixo dos panos para a massa da sociedade.

A elite sabia de tudo. Eles que criavam as polêmicas e os problemas, mas também controlavam o que sairia e o que o povo de nível baixo deveria saber e Vee não gostava disso. Por esse motivo, a internet sempre foi um portal de liberdade aberto totalmente para ela e para sua mente curiosa por natureza.

A televisão acima do balcão chamou a atenção de Graham. Vee desamarrou o avental vermelho enquanto levantava os olhos para o noticiário.

‘’O Homem-Aranha é ou não um herói do povo?’’ uma das jornalistas comentou com mais duas outras mulheres sentadas em poltronas que deviam custar cinco vezes mais que o salário de Vee.

Ela revirou os olhos.

Graham soltou uma risada baixinha enquanto colocava a última cadeira sobre a mesa.

‘’Eu acredito que sim. Vocês se lembram bem quando ele salvou a equipe do clube de Decathlon em Washington?’’

‘’Aquilo foi a coisa mais esquisita e heroica que eu já vi! Estava quase sem ar ao ouvir falar que haviam pessoas no elevador e que ele o segurou com a própria teia. Mas, ainda é esquisito demais o herói do Queens aparecer justamente no dia em que o clube de Decathlon do Queens disputaria a nacional.’’

A jornalista ruiva coçou o queixo.

‘’Concordo, mas, não deixa de ser impressionante. Ele tem nos surpreendido muito nas ruas do Queens. O crime parece ter diminuído conceitualmente nos bairros do distrito. Além das máscaras e camisetas que antes estampavam em massa o Capitão América terem sido substituídas por uma aranha no fundo vermelho.’’

‘’É, ele tem feito sucesso, mas…’’

‘’Sim, nós sabemos, Jane, você ama o Capitão América.’’

‘’Mesmo que ele seja um fugitivo do governo?’’ A terceira disse.

‘’Ah! Isso não importa quando ele tem um tórax como aquele.’’ Jane, a loira de cabelos espigados disse entre risos.

Vee não pode conter sua irritação. Ela revirou os olhos ao ouvir aquilo. Sério que o jornalismo tinha se tornado aquilo? Comparar o tórax do Capitão América com o idiota do Homem-Aranha que tinha surgido do nada com um uniforme ridículo vermelho e azul e que pulava de prédios em prédios deixando teias por onde ia?

As pessoas deveriam reclamar daquela coisa gosmenta grudada no distrito todo.

‘’E agora, nós vamos propor uma votação: O Homem-Aranha e o Capitão América. Qual dos dois você levaria para um jantar?’’

Vee bateu os dedos no balcão é bufou.

‘’É sério isso? Desde quando o noticiário se transformou em uma revistinha teen?’’

Graham riu alto e se aproximou de balcão. Ele tirou do bolso do avental o controle e desligou a TV.

‘’Obrigada!’’ Vee suspirou.

‘’Esse é só o programa da Sara, Vee. O noticiário é mais tarde.’’

Vee sacudiu a cabeça ainda irritada. Era por coisas como aquelas que ela não ligava a TV, a não ser para procurar algo interessante no catálogo da Netflix.

‘’Esse é o tipo e coisa que as pessoas veem por aí e ainda participam?’’ Veronica estava se sentindo uma velhinha rabugenta e reclamona, mas era a verdade, apesar de tudo ‘’Já não basta alguns dos noticiários endeusarem idiotas como o Homem-Aranha, agora eles propões votações sobre quem dividiria a comida japonesa com você?’’

Graham riu ainda mais alto.

‘’Parece que sim! Mas, sabe, eu ainda não entendi sua aversão aos super-heróis, se eu pudesse ser um deles, eu seria.’’ Graham disse animado.

Vee torceu o nariz pequeno. Ela possuía algumas sardas sobre a pele branca. Veronica as odiava, já não bastava seus olhos castanhos e grandes demais para seu gosto, ainda tinha aquelas manchinhas que pareciam que ela tinha pintado uma parede de marrom com aqueles rolinhos e a tinta tinha respingado sobre seu nariz e um pouquinho acima de suas maçãs do rosto.

‘’Eu não seria! Eles sempre machucam alguém, Graham. Por mais que digam que estão salvando as pessoas, só o que eu vejo é destruição, morte e mais perigo nas ruas.’’

Graham coçou a barba protuberante e parou para pensar. Por mais que Vee tivesse razão e por mais que New York tivesse ficado devastada com aqueles bichos do irmão verde do Thor, ele ainda acreditava que os super-heróis faziam de tudo para que desastres não acontecessem.

‘’Foi como em Sokovia. Eles juraram que estavam nos protegendo, mas houve mais mortos do que nós podemos contar.’’

Graham engoliu em seco. Não era uma boa escolha discutir com Veronica, ele tinha percebido que seu gênio era tão forte quanto o de sua filha com apenas treze anos e que insistia em gostar de boybands e protegê-los como se fosse parte de sua família.

‘’Sabe o que dizem sobre a fé, Veronica?’’

Veronica passou as mãos por seus cabelos e os amarrou com um elástico. Ela sacudiu a cabeça dizendo um ‘não’ mudo.

‘’Que ela vai além do que possamos entender, e que nos faz acreditar que mesmo nos dias mais escuros, a luz sempre aparecerá entre as nuvens de chuva e que por mais tolo que você pareça por ter fé ela sempre será recompensada?’’

Vee piscou os olhos e abaixou a cabeça. Ela não gostava de manter-se com os olhos postos sobre os de alguém por mais que alguns segundos. Já era um costume. Um costume terrível, mas ainda um costume.

‘’A fé é assim, Vee. E é por isso que eu ainda acredito que os heróis não são um mal na sociedade, mas sim uma luz atrás das nuvens.’’

Vee suspirou.

Graham havia dito o certo: pessoas com fés como aquelas não passavam de todas. E Veronica não queria que seu amigo e patrão parecesse um tolo acreditando que o Capitão América não tinha criado um rebuliço apenas por seu amigo, ou que Tony Stark não fosse um poço de egocentrismo ao ponto de revelar-se a si mesmo como um super-herói e ainda ganhar dinheiro em cima disso.

‘’Eu sei que você não acredita nisso ainda, Vee, mas, talvez um dia vá acreditar.’’

Veronica mordeu o lábio inferior e debaixo do balcão pegou seu sobretudo creme. Ela o colocou e fechou os botões. Ela enfiou uma das mãos no bolso e encontrou o celular. Eram quase dez e ela precisava ir pra casa se não quisesse ser abordada por super-heróis tentando combater o crime e ficasse cheia de teias gosmentas.

‘’Talvez, Graham!’’ ela disse sorrindo para o patrão.

‘’Agora vá, querida. É tarde e por mais que sua casa seja a algumas ruas daqui, ainda assim fico preocupado de algo lhe acontecer.’’

Veronica sorriu para Graham. Ele lembrava seu avô. O bondoso homem que a deixou quando tinha sete anos e quando seu inferno começou.

‘’Estou indo e, Graham, ‘’Vee pegou o saco preto de lixo próximo a porta que levava à cozinha e levantou a parte móvel do balcão para sair ‘’não se preocupe! A única coisa que pode acontecer é eu dar de cara com o Homem-Aranha e ficar presa naquela teia gosmenta.’’

Graham riu.

‘’Você teria sorte de encontrá-lo. Nunca vi uma garota tão sortuda quanto você com os sorteios das barraquinhas de jornal.’’

Veronica riu e sacudiu a cabeça. Ela não era sortuda, nunca foi. Mesmo que aquele emprego tivesse sido considerado um golpe de sorte, Vee não era daquelas garotas que acreditava em sorte, mesmo que usasse uma pulseira de ouro branco com um minúsculo trevo de quatro folhas pendurado.

Ela se afastou e abriu a porta. O barulho do sininho a fez abrir um pequeno sorriso.

‘’Se eu encontrá-lo, quer dizer então que eu sou a garota mais azarada desse planeta.’’

Graham sacudiu a cabeça ainda rindo e acenou para ela.

‘’Vá depressa e a salvo, querida.’’

‘’Até amanhã, Graham!’’

Veronica saiu do restaurante e sentiu o vento um tanto gelado de Outubro. Ela arrastou os pés até a viela ao lado do Graham’s e retirou a mão do bolso para abrir a lata de lixo.

Vee jogou o saco na segunda enorme lata e antes que pudesse dar um passo para fora da viela, um gemido sôfrego a fez girar nos calcanhares e olhar para a lata mais afastada.

A garota estreitou os olhos e enfiou as mãos nos bolsos. Ela deu um passo a frente a fim de sair logo dali, mas o gemido de dor cortou o ar novamente e Veronica sentiu seus pelos por baixo do sobretudo se arrepiarem.

Ela se aproximou devagar da lata de lixo. Sentiu suas mãos tremendo e sua mente gritando que ela deveria sair dali e ir pra casa o mais rápido possível.

Uma de suas mãos saiu do bolso e ela segurou a tampa da lata ainda tremendo. Veronica respirou fundo antes de levantar a tampa de metal.

Seus lábios se abriram surpresos.

Veronica mal conteve um silvo ao puxar alguns sacos de lixo de cima do rosto do rapaz que gemia de dor dentro da lata de lixo e quando os sacos saíram de cima dele, Vee reagiu da forma mais inesperada.

De seus lábios saíram uma risada nervosa.

Aquela era a prova de sua má sorte e de que um trevo de quatro folhas em uma pulseira não adiantava porcaria nenhuma.

Dentro da lata de lixo e gemendo de dor estava nada mais e nada menos do que o herói do povo: o Homem-Aranha.

 


Notas Finais


Ahhhhhhh! Foi tão amorzinho de escrever. O que esperam para Veronica e Peter? Quero teorias <3
Essa é uma história mais leve, querendo ou não e mais comédia porque o Spider é zoeiro demais.
E, apenas amores por Tom Holland, esse lindo.
Obrigada a minha parabatai @AlexiaCarstairs pela capa e para a @ImBarbaraHerdy por ler enquanto eu escrevia e só me ajudar sempre <3
Espero que vocês gostem e vamos lá, vamos iniciar mais uma apaixonante história. Conto com vocês sempre! <3
ps: Healer será atualizada também, não se preocupem.
Essa é a playlist de Brave: https://open.spotify.com/user/22snsiw3b6v7vrwljmbp556oi/playlist/3glq4nnToU43USMJ3NZhM8 <3
Beijo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...