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História Brawley School - Voce me promete?


Escrita por: brawleyschool

Capítulo 13 - Voce me promete?


Shawn continuou com a cabeça abaixada e os braços cruzados, encostado sobre a parede, sem falar nada, ele tava esperando o que? que eu adivinhassem o que o Cameron fez? eu já tava tão nervosa que tava ficando estressada até com ele.

–Me diz, acaba logo com isso– Dei um cutucão nele fazendo ele levantar e começar a direcionar a palavra a mim de novo.

– Ta certo, se é assim que você quer– Ele lambeu os lábios, esfregou as mãos e parou bem na minha frente olhando nos meus olhos. – Ontem a noite eu e os guris saímos, a gente ficou num bar na esquina do colégio até dar meia-noite, ficamos lá jogando sinuca e depois de um tempo todo mundo resolveu ir embora mas o Cameron ficou, ele falou que ia comprar um negocio que o pai dele pediu e foi, ele pediu pra gente não esperar por ele e fizemos isso mas hoje de manhã a gente ficou sabendo que ele ta na... – ele deu uma pausa, colocou as mãos no bolso e continuou com uma voz com tom de nervoso – cadeia.

– CADEIA??????? – gritei com ele – COMO ASSIM CADEIRA? O QUE ELE FEZ? – comecei a andar de um lado pro outro passando a mão nos cabelos a ponto de chorar.

– Ele foi comprar cigarro, do tipo que é proibido, foi comprar com um cara mas esse cara é ‘’amigo dele’’ e ele não quis vender mais porque o Cameron já tava fumando muito e ele praticamente espancou o cara pra poder pegar o cigarro, agora tá os dois lá – ele falou aquilo e logo após começou a passar as mãos na minha costa tentando me acalmar, mas não dava, NÃO DAVA.

–EU NÃO ACREDITO, O QUE ELE PENSA QUE TA FAZENDO, ONDE É ESSA CADEIA SHAWN, ONDE É? – perguntei pra ele e naquele momento eu já tava aos prantos.

–Que? você não vai lá sozinha.

– NÃO ME DIZ O QUE FAZER, AONDE É ESSA PORRA? – tenho certeza que quem tava me vendo achou que eu ia explodir de tão vermelha que tava.

– CALMA GIOVANNA – ele tava com cara de assustado.

– CALMA PORRA NENHUMA – eu bati na mão dele tirando ela do meu ombro.

– Eu te levo lá mas calma – ele começou a revirar os bolsos pra achar as chaves do carro e ele tava tremendo tanto quanto eu.

No caminho o Shawn saiu passando todos os sinais vermelhos, ele tava a uns 100 km por hora, daqui a pouco a gente que era preso, não deu nem 20 minutos e chegamos lá, eu mal esperei o Shawn desligar o carro e já fui abrindo a porta do carro deixando tudo pra trás e correndo pra dentro da penitenciaria.

– AONDE TA O CAMERON? O NOME DELE É C-A-M-E-R-O-N D-A-L-L-A-S, PRECISO FALAR COM ELE, PELO AMOR DE DEUS – falei soletrando o nome dele pra mulher do balcão que ficava bem na entrada da penitenciaria mas só vi ela apontando para trás de mim e eu virei e era ele – O QUE TU FEZ? PORQUE QUE TU FEZ ISSO? TU TA LOUCO? PERDEU O JUIZO? – gritei com ele dando tapas no peito dele.

–Olha, deixa eu explicar – ele tava com uma cara super séria.

–NÃO TEM NADA PRA EXPLICAR – gritei mais alto ainda com ele.

– Se você me der um tempo, eu expli...

– TEMPO PRA EXPLICAR? ISSO NÃO TEM EXPLICAÇÃO CAMERON – falei interrompendo ele.

– Eu sei que não mas fica calma– ele tentou me abraçar mas eu neguei.

– FICAR CALMA? OLHA O QUE VOCÊ FEZ, TU REALMENETE TEM CORAGEM DE PEDIR PRA EU FICAR CALMA? – eu falei isso com lagrimas nos olhos enquanto ficava parada ali na frente

– CALA BOCA POR FAVOR, Olha, eu to cansado de ouvir merda das pessoas por hoje, não me enche o saco, tu não é a primeira que vem aqui tentar me lembrar da merda que eu fiz, eu to bem agora, eu não fui preso, eu não matei ninguém, então não enche a porra do meu saco – ele deu as costas pra mim e saiu da penitenciária quase que levanto a porta junto de tão forte que ele fechou e eu não pude acreditar que ele falou daquele jeito comigo, eu simplesmente fiquei ali parada sem entender, boquiaberta, com uma expressão de decepção no rosto, não aguentava mais ficar ali, eu ia desabar na frente de todo mundo se ficasse por ali por mais um segundo, por isso sai correndo até o carro do Shawn.

– Me tira daqui, por favor – olhei pra ele chorando.

– Oque aconteceu? – ele olhou com uma cara de preocupado pra mim.

– Só me tira daqui – coloquei as mãos no meu rosto e abaixei a cabeça chorando.

– Ta bom – ele passou as mãos nas minhas costas e deu a partida no carro.

Fiquei com a cabeça encostada no vidro olhando pro nada, sem falar, até a gente chegar na casa do Shawn, ele fez questão que eu entrasse pra eu poder ficar um pouco mais calma e então eu aceitei, entramos e fomos pra área de lazer dele, ele puxou uma cadeira perto da piscina e sentamos lá mesmo.

–Como que você tá? – ele perguntou timidamente.

–Decepcionada – eu falei com as mãos entre as pernas olhando pra baixo com um olhar triste.

–Vou te falar uma coisa – ele falou aquilo com uma voz tremula e olhando pro lado tentando desviar o olhar de mim – Eu sei que o Cameron errou mas se tem algo que eu me enganei sobre ele é sobre o que ele sente sobre você, ele te ama, e talvez hoje não tenha sido o dia certo, a hora certa ou o momento certo mas eu conheço ele a anos e posso dizer sem sombra de dúvidas – ele voltou o olhar para o chão e pude perceber uma expressão triste no rosto dele – você é a primeira garota que ele realmente gosta.

– Então porque ele me tratou assim? – perguntei

– As vezes as pessoas perdem a cabeça – ele virou pra mim sorrindo.

–Não é o teu caso – sorri de volta.

– Ah, qual é, eu vivo fazendo merda – ele se ajeitou na cadeira e passou as mãos no cabelo rindo.

–Então me diz uma – cruzei os braços e fiquei bem em direção a ele.

– Teve aquela vez que....que eu... – ele começou a rir enquanto falava – me da um tempo eu vou pensar numa coisa – ele continuou – Uma vez roubei um carrinho do meu primo – ele falou aquilo gritando como se fosse uma vitória – mas eu me arrependi segundos depois e devolvi – nós dois começamos a rir.

Eu não sei direito explicar mas ta ali com o Shawn me acalmou como nunca, eu sentia sinceridade e conforto em cada palavra dele e quando ele me abraçou, me senti sendo protegida e acolhida, poucas pessoas na vida eu confiava como sentia que podia confiar nele, sei que se eu precisasse o Shawn estaria bem ali e isso era mais que certeza.

–---------------------------------------------------Vic---------------------------------------------------------------------

Terminamos de almoçar e eu tive a chance de conhecer melhor a Pietra, ela era super simpática e eu tenho CERTEZA que o matt ficou tarado nela e se tem uma coisa que eu nunca erro é em relação a previsões, na boa, eu podia trabalhar nisso. Por volta das duas horas o Nash falou que tinha que ir pro hospital

– Você vai sozinho? – perguntei

– Sim, eu to bem – ele percorreu todo o corredor e saiu pela porta, dois minutos depois ele voltou – na verdade, quer ir comigo? – ele sorriu pra mim com o celular na mão.

– pode ser – sorri timidamente pra ele levantando da mesa com a ajuda dele que estendeu a mão pra eu levantar.

Pegamos o carro e o Nash foi dirigindo, no caminho ele me disse que tava indo visitar a sofia porque ela tinha piorado e quando ele falava dela eu conseguia perceber a tristeza no rosto dele, eu não gostava de ver ele assim e toda vez que ele começava com esse assunto eu desviava a conversa e aumentava o rádio na música preferida dele, a gente cantava junto e começava a rir que nem dois dementes. O hospital era um pouquinho longe da nossa escola por isso demorou pra chegar, ele estacionou o carro e descemos, entramos e o Nash falou com a mulher da recepção para entrar no quarto da sofia, eu não queria (porque tava muito nervosa) mas entrei no quarto dela junto com ele.

–Oi amor, como você tá? A Victoria ta aqui comigo – ele deu um beijo nela e apontou na minha direção, eu dei um oi tímido acenando com a mão e fui mais pro canto do quarto.

– eu to melhor agora – ela sorriu e segurou a mão dele – minha cabeça dói um pouco – ela continuou.

– chá de espinafre – falei timidamente do canto da sala – chá de espinafre ajuda – fui me aproximando e sentei no canto da cama onde ela tava deitada.

– Da onde tu viu isso? – o Nash sorriu pra mim.

– Coisas da mãe da Gi – sorri de volta.

– Eu acho que eles não tem espinafre aqui – ela começou a rir – Nash, pode ir até a enfermeira pra ela me trazer um remédio? A Sofia passou a mão no cabelo dele pedindo carinhosamente, ele foi e deixou eu e ela sozinhas no quarto.

–Vem aqui – ela pediu pra eu me aproximar.

– Tudo bem – eu sentei mais perto dela.

Fiquei ali sentada do lado dela e ela não falou nada por uns dois minutos, eu não sabia como agir porque ela me olhava com um sorriso no rosto e não dizia nada, só depois de um tempo, ela encostou a mão dela na minha e interrompeu o silencio.

– Ele gosta de você – ela sorriu e lagrimas começaram a surgir no rosto dela.

– Sofia, eu não... – meu coração parou naquele momento mas eu tentei falar alguma coisa

– Ele te olha do jeito que costumava me olhar – ela falou desviando o olhar pro lado e as lagrimas se tornaram cada vez mais visíveis nos olhos dela – só me promete uma coisa? – ela segurou minha mão.

– Oque? – minha voz saiu tremula e eu tava com um nó da garganta.

– Promete que vai cuidar dele quando eu for embora? – ela começou a chorar.

– Eu prometo, Sofia – eu abracei ela, tão forte que pude sentir o coração dela bater devagar, nós duas estávamos chorando, um choro de tristeza e medo. – agora você me promete uma coisa? – tentei conter meu choro – não importa quanto tempo você ainda tenha, você vai lutar e amar ele com todas as suas forças até seu ultimo dia – falei limpando as lagrimas do meu rosto, mas em vão, comecei a chorar mais ainda.

– você já ta fazendo isso por mim, amando ele – os olhos dela estavam vermelhos e eu sentia a mão dela segurando a minha, com poucas forças

Limpamos as lagrimas dos nossos rostos para o Nash não perceber, logo após ele apareceu ali com a enfermeira, que deu a Sofia um medicamento que fez ela dormir.

– Você tem uma garota de ouro – falei sentada na poltrona no outro lado do quarto.

– Duas – ele olhou pra mim sorrindo.

– Você ta com tanto medo quanto eu? – perguntei com a voz tremula, de novo.

– To com medo, morrendo de medo, to me cagando de medo, pareço uma criança de 4 anos no primeiro dia de aula – ele correu até o onde eu tava e me abraçou.

– Vai tudo ficar bem, vai tudo ficar bem – repeti isso dezenas de vezes enquanto abraçava ele.

–--------------------------------------------------------Gi-------------------------------------------------------------

Já estava a horas sem falar com o Cameron e sem saber noticias dele, fui embora da casa do shawn a pé depois de ficar lá por umas 6 horas ( ele fez questão de me levar mas eu não aceitei) o caminho era o mesmo que eu costumava fazer com o Cam quando a gente saia junto, tava indo em direção a minha casa, que ficava a uns 10 minutos dali, e o celular na minha mão era um veneno, eu queria ligar pro Cam mas não era eu que tinha que fazer isso

Coloquei o celular no bolso porque não queria mais pensar no assunto e continuei meu caminho normalmente, era uma calçada enorme cheia de arvores ao redor e uma delas tava escrito ‘’me desculpa’’ não dei muita bola e continuei, mais adiante tinha uma lixeira escrito ‘’me desculpa’’ tudo bem, aquilo tava estranho mas mesmo assim não parei de andar, não deu dois metros e tinha um carro com a faixa ‘’me desculpa’’ antes que eu pudesse dar mais dois passos o Cam saiu de dentro do carro.

– Oi, olha, eu fui um babaca, eu fui o cara mais babaca do mundo, eu agi feito um total merda e se eu fosse outra pessoa eu teria me dado um soco na cara, as vezes as pessoas fazem merda e ficam com tanta raiva que perdem a cabeça mas eu só quero me desculpar e prometer que não vai acontecer denovo porque eu te...

– Cala boca....... cala boca – falei olhando pra ele – você me ganhou no oi, seu babaca, você me ganhou no oi – falei sorrindo pra ele, ele sorriu de volta e me puxou pela cintura, me olhou nos olhos por uns 10 segundos e me deu um beijo demorado e a gente tava se beijando como se aquela fosse a ultima vez que a gente ia se ver, ele me beijava e apertava minha cintura com as mãos dele me trazendo pra mais perto, me beijava com pausas pra um sorriso, me beijava de um jeito que eu comecei a sentir um calor dentro de mim.

– A gente é um casal meio difícil – ele passou o braço envolta dos meus ombros.

– Muito difícil – sorri olhando pra ele.



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