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História Brawley School - Nada vai dar errado


Escrita por: brawleyschool

Capítulo 24 - Nada vai dar errado


Fanfic / Fanfiction Brawley School - Nada vai dar errado


          -----------------------------------------------------Gi-----------------------------------------------------------
            ''O Cameron sabia fingir muito bem
             fingia tão completamente bem 
             que as vezes eu esquecia que estava 
              prestes a perde-lo, será que ele sabe 
              que eu desmoronaria sem ele?
             tudo que antes não fazia sentido, agora
             fazem quando estou com ele
              Ele escondia a própria dor 
              tudo para não me preocupar 
             porque de todas as maneiras
             ele sabia que eu não conseguia viver sem ele 
             Eu queria segurar a mão dele pra sempre
             e com sempre, eu quero dizer
              sempre''  

                               - meu querido diário, dia 15/03 de 2014

 Sempre fui do tipo de pessoa que via o lado bom em tudo, que acreditava naqueles 1% de chances e que vivia a vida como o destino quisesse, mas pela primeira vez na vida,  usei a matemática e a lógica, as chances de um dia eu acordar sem ele, a cada dia se tornava maiores e eu não conseguia suportar isso, meu coração se apertava e a vontade de chorar era constante, nada conseguia passar aquela dor de não saber o que se fazer pela pessoa que você ama, a única pessoa que eu tinha que proteger o Cameron era dele mesmo e isso me destruía por dentro.

Enquanto ele recebia uma desintoxicação química no hospital, eu e todos os meninos ficamos na sala ao lado de fora, era uma sala grande, mas grande o suficiente para caber  todos de nós lá, só que naquele momento ela parecia muito pequena, tão pequena que as paredes pareciam estar se fechando sobre mim, estávamos cabisbaixos e em silêncio porque nós sabíamos do que aquela situação se tratava.

  - O que a gente vai fazer? – O Carter quebrou o silêncio.

 - Acho que ninguém aqui sabe – Nash tava com a cabeça apoiada na mão, com o olhar direcionado para o chão.

  - Claro que sabe, ele precisa de uma reabilitação, isso já passou dos limites – O Matt saiu de onde estava e foi na direção dele, um tanto quanto indignado. 

    - Reabilitação? – falei com um tom fraco que quase não dava para escutar,  eu tava cabisbaixa, chorando nos braços do Shawn.    

Quando escutei aquela palavra parecia que meu chão desabou, eu não sabia o que ia ser de mim sem ver ele todos dias, sem sentir o abraço ou  o beijo dele mas eu sabia que era isso que tinha que ser feito, podia doer em mim mas as vezes, quando se ama você tem que deixar ir, e esse era o momento, eu colocava os sentimentos dele acima dos meus.

Fui para o refeitório e peguei um café, o lugar tava cheio, fiquei observando as pessoas que estavam lá, todas elas pareciam estar preocupadas com alguma coisa, a feição no rosto delas era de tristeza, sentei na mesa sozinha e apoiei minhas mãos juntas, não consegui manter minha cabeça erguida por muito tempo e por isso logo a abaixei e comecei a chorar ali mesmo, chorava baixo porque não queria que ninguém escutasse.

- Ele não vai embora pra sempre - O Shawn veio na minha direção e sentou do meu lado sorrindo e passando a mão no meu ombro.

- Mas ficar sem ele por dois meses parece pra sempre – levantei minha cabeça limpando as lagrimas – Você ao menos sabe o que é ficar sem a pessoa que ama?  

- Eu sei muito bem – ele falou baixo, desviando o olhar pro lado.

 - O que? – fiz que não tinha escutando.

- Nada, Giovanna, vai ficar tudo bem... – ele deu uma pausa com um sorriso confortante – e se não ficar, a gente da um jeito – ele me abraçou e saiu.

Já não conseguia ficar naquele lugar, por isso voltei para a sala onde os meninos estavam, quando cheguei lá a enfermeira disse que eu já podia ver o Cameron, na hora que ela disse isso meu corpo foi no automático correndo para sala onde ele tava, eu nem sequer pensei direito.

- Cameron? – chamei pelo nome dele porque ele tava sentando na cama, encarando a janela de costas pra mim. 

Ele não me respondeu nada, fiquei parada na porta esperando que ele falasse algo mas ele continuou parado que nem um estatua lá na cama, dei alguns passos até chegar lá, sentei ao lado dele, ele continuava imóvel encarando a janela.

- Fala comigo – segurei o rosto dele o fazendo virar pra mim, mas em vão, ele continuou sem falar nada e recuou quando toquei nele.

Ficamos um bom tempo ali parados e sem se falar, encarando a janela, que dava uma visão perfeita para o centro da cidade, tava de noite e os prédios estavam  completamente bem iluminados, tinham diversas cores de luzes que iluminavam aquele quarto. 

- Eu sei o que você ta pensando – quando o Cameron falou voltei de novo minha atenção para ele – Eu sei o que todo mundo deve ta pensando – ele levantou da cama e foi até o banheiro, apoiando as mãos na pia e se encarando no espelho, fez isso até perder completamente a cabeça e jogou no chão tudo que tinha na pia, gritando e dando soco no espelho, fazendo quebrar e espalhar vidro pra todo  o lado.

 - CAMERON PARA COM ISSO, PARA – tentava acalmar ele mas era impossível, ele continuava a sair quebrando tudo que tinha para quebrar naquele banheiro – PARA POR FAVOR, PORQUE VOCÊ TÁ FAZENDO ISSO?

No momento em que eu perguntei ele parou de imediato, passou as mãos no cabelo e o rosto dele já era vermelho de raiva, se virou pra mim e se aproximou para bem perto do meu corpo – É porque eu não consigo ser bom o suficiente pra ti, eu me odeio porque você merece algo melhor que isso – ele apontou pra si mesmo, sentou no chão apoiando-se na parede e colocando a cabeça  apoiado nas mãos, cabisbaixo.

  - Sabe Cameron... – dei essa pausa para sentar ao lado dele – A vida é feita de decisões estúpidas – olhei para ele e sorri – e não tem outra pessoa no mundo com quem eu quero ser estúpida – o abracei e ele envolveu os braços dele ao redor do meu ombro, apoiei minha cabeça sobre o peito dele e dei um beijo nele, ficamos em silêncio por um bom tempo até eu continuar a falar – Eu sei que a gente vai conseguir passar por isso, eu sei que é completamente difícil mas não é mais difícil que ter que te ver assim e se você não gosta de me ver sofrer, por favor faz isso por mim – olhei nos olhos dele suplicando que ele se ajudasse. 

- Eu não to completamente perdido, eu prometo – ele continuava abraçado em mim – mas você é a única pessoa que pode me salvar.

 - Cameron ... – eu ia falar algo mas quando eu olhei no rosto dele eu hesitei, porque eu tinha entendido completamente o que ele quis dizer e quando entendi isso abracei ele e ficamos assim a noite inteira.

-----------------------------------------Vic----------------------------------------------------------------------

Depois de esperarmos praticamente uma hora e meia, consegui observar o Cameron sair de mãos dardas com a Gi da sala onde eles estavam e quando eu vi isso meu rosto se iluminou porque querendo ou não eu tava super preocupado com ele e pelo menos naquele momento o Cameron parecia bem, pegamos nossas coisas e fomos para a porta de saída mas antes de irmos embora consegui escutar uma conversa entre o ele e o Nash.

- Você sabe que eu te considero meu irmão cara e eu me importo pra caralho contigo  –  o Nash falou meio distante do Cameron.

- Eu tenho ela agora, as coisas vão melhorar  –  ele sorriu pro Nash e eles se abraçaram.

 - Vamos?  –  falei sorrindo e eles me acompanharam, deixamos o Cameron na casa dele e a Gi dormiu lá aquele dia.

Depois de deixar ele em casa dirigimos meia-hora até o primeiro lugar onde fomos quando se conhecermos a dois meses atrás, na pista de gelo, como era de madrugada não tinha ninguém e o lugar estava fechado, tinha uns bancos do lado de fora onde a gente sentou, tava tudo quase completamente escuro, tudo apenas sendo iluminado por alguns postes de luzes que tinham lá, era um lugar meio distantes de tudo, só com algumas árvores ao redor que com o soprar dos vendos perdiam algumas folhas que voavam logo na nossa direção, o clima tava meio frio por isso eu me aproximei do Nash abraçando ele e deixando a mão sobre a perna dele que logo depois ele entrelaçou os dedos dele nos meus.

- Eu tenho medo pra caralho – ele desviou o olhar de mim e ficou com o olhar distante – de acontecer tudo de novo, eu te perder de alguma maneira, de perder quem eu amo.

- Você não vai – eu sorri e apoiei as minhas mãos no rosto dele fazendo ele virar pra mim –  e se por algum acaso algo der errado, vai ter valido a pena – sorri.

- Nada vai dar errado – ele sorriu pra mim, estávamos completamente sozinhos ali, só existia eu, ele e o sorriso dele pra mim, que era o mais lindo que eu já tinha visto, ele suavemente começou a acariciar meu rosto, fiz um movimento para sentar no colo dele e de imediato ele passou a mão na minha cintura, me aproximei mais do rosto dele e logo senti as mãos dele acariciando minhas costas, que desciam até a cintura e depois iam paras as coxas e isso arrepiava meu corpo inteiro, a pulsação do meu corpo ficava mais intensa conforme eu ia aproximando mais do corpo dele, comecei dando beijos no pescoço dele e logo senti o cheiro daquele perfume que eu amava quando ele usava, ele começou a segurar suavemente meu pescoço me puxando para boca dele, primeiramente ele mordeu meu lábio inferior e logo depois me beijou, sentia a batida do meu coração aumentar e o beijo ia ficava mais intenso, ele movia a cabeça para o lado oposto da minha e me puxava pela cintura me fazendo colar no corpo dele, ele começou a passar a mão por debaixo da minha blusa e quando ele fez isso eu parei de beijar ele e fiquei o encarando por um tempo até que nós dois começamos a rir.

- Pervertido – falei empurrando ele do meu corpo enquanto gargalhava.

- Eu sei que tu ama – ele começava a rir e pulava encima de mim me beijando enquanto eu desviava e me matava de rir.

Tínhamos aula logo de manhã cedo e por isso fomos embora, ele me deixou em casa e eu fui dormi, quando cheguei em casa dei de cara com a mãe da Gi.

 - O que você ta fazendo essa hora acorda menina?

  - Desci aqui pra tomar água – falei tentando parecer que era verdade.

- Ah toma esse chá aqui, é uma receita nova, é chá de folhas verdes, eu que fiz, bati tudo no liquidificador – ela saiu pegando um pote de dentro da geladeira e colocou no copo, só bebi aquela merda por educação por que nunca vi coisa mais nojenta.

Subi e  coloquei o despertador para as sete horas e fui dar um olhada no twitter.

                  ''@nashgrier: eu te amo @villegasvictoria''

Logo veio um sorriso no meu rosto, fiquei encarando aquele tweet por um tempo até resolver responder.

           ''@villegasvictoria: eu também te amo @nashgrier''

Não deu um minuto e o Nash deu rt em mim, quando ele fez isso as fãs dele lotaram as minhas mentions,  eu mal conseguia ler direito o que uma falava e já vinha outra e mais outra e assim elas faziam minhas mentions explodirem.

     ''quem é você?''
              ''sua puta, larga dele e vai pro inferno''
              ''ele é meu sua vadia''
              ''não escutem elas, você é linda''
              ''vocês  são lindos juntos''
              ''ele te ama e é tudo isso que importa''

 Algumas coisas que eu lia me faziam rir porque essas pessoas falavam de mim e nem sequer me conheciam, e o mesmo acontecia com a Gi, algumas pessoas xingavam e outras amavam, a gente decidia esquecer aqueles que mandavam ódio porque no final isso não era o que importava, desliguei o computador e fui dormir, não conseguir dormir nem 3 horas até ter que acordar pra ir pra escola, coloquei um jeans e o moletom do Nash que ele tava usando no dia que a gente se conheceu, ele tinha esquecido quando veio dormir aqui e eu usei porque era muito confortavel, quando cheguei lá só o Jack G tinha chegado, não queria fazer as coisas parecer estranhas e fui falar com ele, cumprimentei com um beijo no rosto.

- Como vão as coisas? – sorri tímido pra ele.

- Eu to terminando a minha música, ontem o Justin tava lá no estúdio e depois eu e ele saímos pra uma balada perto da casa dele.

- Calma que ainda ta caindo a ficha que você fala com ele – comecei rir.

- Quer conhecer ele qualquer dia?

- TA BRINCANDO? é claro que eu quero – eu dei um pulo quando ele falou isso – mas antes eu quero escutar o teu primeiro single

- Eu disse que você ia ser uma das primeiras a escutar – ele colocou a mão no bolso e olhou pro chão tentando forçar um sorriso – e você ainda vai ser a primeira, nada mudou – ele voltou o olhar pra mim.

- Fico feliz com isso – respondi com um sorriso pra ele e comecei a ir embora porque a Gi tinha chego com o Cameron mas antes que eu pudesse dar um paço o Jack me puxou pelo braço.

 - Não precisa ser assim, querendo ou não eu ainda te amo, e a gente pode ser ao menos amigo – ele começou a ficar sério.

 - Eu pensei que tu nunca ia dizer isso – de imediato eu pulei pra abraçar ele e quando fiz isso fiquei aliviada, porque eu amava o Jack Gilinsky e eu não queria ter que me afastar dele, eu gostava da amizade dele e eu não queria que isso mudasse porque a gente não deu certo daquele jeito e a gente podia ser os melhores amigos possíveis e eu acho que ele tava começando a entender isso, fiquei abraçada nele balançando pra lá e pra cá sorrindo e esmagando ele quando escuto o Nash atrás de mim me chamando pelo nome com uma cara super super séria.

 - Que foi? – virei pra ele largando o Jack e consegui observar com o canto do olho que ele tava desconfortável com a situação.

- Não foi nada – ele lambeu os lábios com um olhar sério – nada – ele enfatizou o nada e olhou pro Jack querendo insinuar alguma coisa pra ele

- Ta Nash chega – peguei ele pelo braço e fui abraçada com ele até o nossa sala, ele continuava com uma expressão de raiva, virei pra trás pra ver como o Jack tava e ele ficou lá com as mãos no bolso, me vendo ir embora com o Nash, com um olhar triste que logo depois sumiu quando ele foi embora cabisbaixo.

No meio do caminho o Matt nos interrompeu, ele tava abraçado na Pietra e tava super estiloso aquele dia, com uma jaqueta de couro, uma calça preta e um óculos daqueles que eles sempre usa.

- Vocês complicam tudo – ele olhou pra Pietra e sorriu – Não vê eu e a Pietra? a gente briga toda hora mas é porque ela é insuportável mesmo – ela começou a socar ele devagar e rindo – Mas eu sei que ela só tem olhos pra mim – ele deu um tapa no ombro do Nash – se liga cara – e saiu com a mão da bunda da Pietra dando um sinal de positivo pra ele.

Logo quando entrei na sala o Carter tava todo assanhadinho pra cima daquelas nojentas da Marina, Alice e Rafaela (sem comentar que segunda-feira eu passei pelo banheiro e elas tavam planejando algo que eu não sei o que era mas sei que era contra eu e a Gi e não era nada bom) só ignorei porque não tenho o mínimo de medo delas, sentei e olhei pro lado  e o Jack tava no fundo da sala com os braços cruzados, olhando pra frente, quando ele me viu, pegou o celular e digitou uma mensagem, fez um sinal pra eu ler e assim fiz.

               ''preciso falar contigo... mas o Nash não pode saber''



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