História Brawley School - Me deixe sozinha

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O Cameron tinha acabado de me pedir em namoro e pra meio que comemorar isso nós dois resolvemos almoçar num restaurante perto do hotel enquanto os outros ficaram lá mesmo, pegamos um taxi e fomos até um lugar chamado ‘’Restaurante Subway Retro’’ Pegamos uma mesa que já tínhamos reservado e ela tava linda, com flores no meio e ao redor velas e uma taça de vinho pra nós.

– Que a gente de certo – ele ergueu a taça e nós brindamos, eu dei um sorriso tímido pra ele enquanto dava um gole do meu vinho.

Eu estava com a mão sobre a mesa e ele deslizou a mão dele até colocar encima da minha, ele ficou calado me olhando, sorrindo.

– Eu acho que eu nunca te disse das coisas que eu amo fazer – coloquei meu queixo sobre minha mão e comecei a encarar o Cameron.

– Tipo ficar o tempo todo comigo? – ele deu um risinho e como ele tava lindo com aquele topetinho, camisa preta com calça preta e vans vermelho.

– Não, tipo como eu gosto de escrever, de imaginar uma vida perfeita, de causar sentimentos nas pessoas, as vezes lá no brasil, eu ia até a praia e sentava na beira do mar enquanto o sol ainda tava nascendo, eu escrevia sobre tudo, sobre as pessoas se cumprimentando na rua, sobre as mães levando seus filhos pra escola e não tinha nada que me fazia sentir tão viva como aquilo – dei uma pausa e suspirei – um dia eu quero escrever meu nome no mundo.

– Eu amo o jeito como você fala disso – ele se inclinou pra mais perto de mim e colocou os cotovelos sobre a mesa acariciando meu rosto com as mãos – se o mundo inteiro pudesse ver através dos meus olhos, eles veriam como você é incrível – ele sorriu.

– Agora – eu apertei a mão dele – agora eu to me sentindo viva – me aproximei mais dele e dei um selinho.

– Obrigado Giovanna – ele pegou a cadeira e colocou do meu lado, me abraçando – Obrigado por aparecer na minha vida e me colocar de novo no mundo.

Eu só olhei pra ele e dei um beijo nele, eu passava minhas mãos sobre o rosto dele enquanto ele passava as mãos dele sobre toda a minha perna, subindo até a cintura e me puxando pra mais perto, nós ficamos assim durantes horas e horas e não tinha outra maneira de eu querer aproveitar meu tempo a não ser daquele jeito, com o Cameron.

– Eu tenho que ir buscar.....buscar a minha – ele dava umas pausas enquanto falava e parecia muito agoniado – eu tenho que buscar minha carteira – ele deu um suspiro que parecia que tava com falta de ar.

– Tudo bem, eu espero – sorri pra ele.

Ele saiu correndo, passando as mãos no cabelo e tocando seus bolsos como se tivesse procurando uma coisa, eu fiquei ali por meia hora e ele ainda não tinha aparecido, eu já tava ficando preocupada então levantei e fui atrás dele, deixei minhas coisas na mesa mesmo e sai pra procurar ele, fui no carro e consegui ver a carteira dele sobre a cadeira do passageiro, ele nem sequer tinha aberto o carro, por isso achei muito estranho e fui andando olhando nos becos procurando por ele, não deu 10 metros dali e vi o Cameron com três caras super mal encarados, cheios de tatuagem e roupas largadonas num beco e ele tava comprando um pacote de drogas deles enquanto ele se apoiava na parede, ele dava uns tragos do cigarro e soltava a fumaça no ar, só quando eu me aproximei ele jogou o cigarro no chão e pisou encima apagando.

– QUE PORRA É ESSA CAMERON? TU TA FUMANDO CIGARRO E COMPRANDO DROGAS DESSES CARAS? – eu tava boquiaberta naquele momento.

– Cigarro? Isso é maconha, ta sabendo pouco ein – o mal encarado babaca falou debochando.

– Cala tua boca cara – O Cameron falou empurrando ele – Olha Giovanna, eu posso explicar – ele me pegou pelo braço e foi me puxando pra mais longe deles.

– Então me explica Cameron – falei com lagrimas nos olhos, ele permanência em silencio me encarando – Vai – eu insistia – ME EXPLICA ENTÃO – empurrei ele contra a parede.

– Tu não entende – ele começou a aumentar o tom comigo.

– NÃO ENTENDO O QUE? QUE TU TA SE DESTRUINDO ANDANDO COM ESSAS COMPANHAIS?

– EU FAÇO O QUE EU QUISER E FECHA A BOCA PRA FALAR DELES – ele me pegou pelo ombro e me virou pra parede

– VAI SE FUDER CAMERON, TU TA REALMENTE BRIGANDO COMIGO POR CAUSA DAQUELES BOSTAS? – eu empurrei ele com todas as forças porque ele tava me pressionando contra a parede.

– PORRA GIOVANNA – ele me empurrou e socou a parede, o punho não pegou no meu rosto por um triz.

– Cameron? – falei com uma voz tremula.

– Só vai embora – ele deu de costas pra mim e voltou olhando pra baixo pra onde tavam os ‘’amigos ‘’ dele

Ele tinha me deixado sozinha ali por causa daqueles bostas de amigos deles? no nosso primeiro dia de namoro? Ele era inacreditável, eu não acreditava nisso, eu só sai correndo chorando até o metro que tinha ali perto, cheguei lá aos prantos e sentei no primeiro banco que vi e disquei o numero do Shawn.

– Oi? – ele parecia que tinha acabado acordar.

– Oi – dava pra perceber que eu tava chorando.

– O que aconteceu, Giovanna????? – a voz dele tinha um tom de assustado.

– Nada..... é só que – eu dei uma pausa e logo depois minha voz ficou tremula de novo– É só que eu não consigo dormir.

– Tudo bem.... – ele deu uma pausa imensa porque ele sabia que era por causa do Cameron mas não queria mostrar – eu falo com contigo até você dormir.

– Obrigada – minha voz tava num tom tão triste e baixo que eu não sei como ele me escutava.

Fiquei conversando com o Shawn por um hora, foi o tempo de eu chegar no hotel, desliguei porque não queria que ninguém me visse e viessem com mil e uma hipóteses sobre o que tinha acontecido então entrei pela porta de trás do hotel e cheguei bem de fininho no nosso quarto.

– O QUE É ISSO? – A Vic deu um pulo da cadeira quando me viu chegar.

– Sou só eu – deitei na cama – ou o que resta de mim – comecei a chorar.

– O que aconteceu Gi??? – ela levantou na hora da cadeira e sentou do meu lado.

– Foi o Cameron – levantei e fiquei olhando pra ela

– O que ele fez agora?

– Me tratou como uma vadia e me deixou sozinha no nosso primeiro dia de namoro.

– ESSE GURI TEM ALGUMA DEFICIENCIA MENTAL? – ela deu um pulo da cama e ficou me encarando séria.

– Talvez eu que tenha por gostar dele – fiquei encarando o chão com uma cara triste.

– Ai, o merda aqui é ele – A Vic veio em minha direção e sentou do meu lado me abraçando.

Ela ficou me consolando até eu pegar no sono, coisa que demorou muito porque eu não parava de pensar no que aconteceu.

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Logo depois que a Gi pegou no sono eu fui correndo até o quarto dos meninos tirar satisfação com o Cameron, abri a porta bufando e quando eu vi ele tava lá sentando na cama de boa mexendo no celular.

– Qual é o teu problema, Cameron? – falei tirando o celular da mão dele.

– O QUE É ISSO? – ele olhou pra mim com cara de puto.

–OLHA, EU NÃO SOU COMO A GIOVANNA, DAQUI A POUCO EU DOU UM TAPA NA TUA CARA – fiquei encarando ele com fogo nos olhos.

– O QUE TU TEM A VER COM ISSO? – ele levantou e super se aproximou de mim – SÓ ME DIZ O QUE TU TEM A VER COM ISSO? – ele continuou

– OLHA AQUI, ELA É MINHA AMIGA, ENTÃO EU TENHO MUITO A VER COM ISSO – apontei o dedo pra cara dele.

– EU TO POUCO ME FUDENDO, O ASSUNTO É ENTRE EU E ELA ENTÃO NÃO SE METE DA PROXIMA VEZ – ele me deu um empurrão ( foi fraco MAS ERA A PORRA DE UM EMPURRÃO)

– O QUE QUE TU TA PENSANDO, CAMERON?? – Nash se enfiou na minha frente empurrando ele.

– Cara, fica fora disso – O Cameron abaixou o tom de voz pro Nash.

– FICAR FORA DISSO? – ele chegou mais perto do Cameron e deu outro super empurrão nele – TU NUNCA MAIS TOCA NELA – ele fuzilou o Cameron com os olhos e virou pra mim segurando minha mão

– Como você tá?

– To bem, esse bixa não conseguiria bater forte nem se quisessse – observei o Cameron virando pra mim e me olhando puto.

– Deixa ele – o Nash olhou pro Cameron com tanta raiva que até eu fiquei com medo – Vamo sair daqui – ele me puxou pela mão e fomos até o refeitório.

Fiquei pensando no que a Sofia acharia se ela tivesse lá, ainda bem que ela saiu com o Aaron pra comprar comida (porque gente ia ver um filme) Descemos as escadas e o Nash sentou num sofá, eu sentei do lado.

– Eu não to reconhecendo ele – Nash parecia preocupado.

– Vamo parar de falar dele, eu não suporto ouvir o nome dele agora – levantei e puxei o Nash – vamo tomar banho de piscina que a gente ganha mais – sorri e fomos com a roupa do corpo mesmo até a piscina, antes que eu pudesse pular por vontade própria o Nash me empurrou pra dentro e ficou rindo da minha cara lá de cima.

– Ai como tu é babaca – falei limpando o rímel que tava borrado.

– Observa essa – ele saiu correndo lá do quinto dos infernos e deu um super pulo bem do meu lado fazendo entrar agua até dentro do meu cérebro

– CACETE NASH – falei pra ele rindo.

– Você fica ainda mais bonita assim – ele sorriu e se aproximou – quando não ta tentando ser bonita.

– Ah claro – falei rindo enquanto limpava o resto de maquiagem que tinha e depois de a gente ficar por um bom tempo ali conversando subimos até o nossos quartos.

No caminho eu fiquei boquiaberta com a cena que eu vi, o Matt tinha chamado a Pietra junto ( ela apareceu do nada, pra constatar) e ele tava com as mãos no ombro dela pressionando ela contra a parede, não deu cinco minutos e ele deu um super beijo nela.

– Eu não gosto dessas coisas de romantismo – ela afastou o Matt do corpo dela.

– Eu não to tentando ser romântico – Matt se aproximou, beijou ela e passou a mão na bunda dela.

Olha, pra ser sincera, o Matt tinha A PEGADA e eu fiquei até com calor pela Pietra, nossa senhora, chegou de paraquedas na escola com a sorte maior que a minha que tava ali na seca faz séculos. Subi até o terraço, queria ficar um pouco sozinha, mas quando cheguei lá me deparei com o Jack G, fui em direção a ele e comecei a conversar com ele.

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Tava deitada na cama, me matando de chorar, morrendo de tristeza e sozinha, a Vic pra variar tinha sumido, mas pra falar a verdade foi melhor ficar ali sozinha com meus próprios pensamentos, eu não queria escutar ninguém, talvez seja por isso que neguei todo tipo que conselho que tinham pra me dar, Carter, Taylor e Jack J todos entraram lá pra tentar falar comigo mas eu pedi pra me deixaram sozinha e eles entenderam, claro que dei um abraço agradecendo pra não parecer grossa.

Fiquei no silencio consumidor, só ouvindo o barulho dos carros passando, os guris conversando até ser interrompida por uma batida na porta, eu não sabia quem era mas seja quem for eu não queria falar com ninguém naquele momento e eu achei que tinha deixado isso mais que claro, mas mesmo assim tentei ser simpática

– Entra – levantei da cama e fiquei encarando a porta.

No momento que aquela porta abriu, eu senti uma raiva consumir meu corpo e meu coração acelerar e meu sangue ficar frio.

– Posso falar contigo? O Cameron se apoiou na porta e ficou me encarando.