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História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 10- lies, masks and panic.


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocês estão?
Eu estou muito bem e espero que vocês também.

Descansei muito no final de semana com a minha pessoa favorita, foi muito bom. E o final de semana de vocês? Foi bom?
Perdão pela demora, mas eu realmente preciso descansar, sou human 😉.
Ótima semana para vocêssss!

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, irmãsss ✨

Capítulo 10 - 10- lies, masks and panic.


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 10- lies, masks and panic.

West River, South Side ☬ঔৣ꧂

                       S/n point of view. 


Ter me encontrado ontem com Jungkook não foi uma ideia muito boa. Mas não digo isso porquê meu pai disse algo, eu falo por mim. Se o nosso contato apenas pelo casal, April e Taehyung, já estava me deixando com água até o pescoço, o que eu devo falar dessa nossa aproximação consciente? Parece que se tornou meu pesadelo... 

Jungkook possui uma bipolaridade notável. Ao mesmo tempo que ele está “bonzinho”, como ele mesmo disse, ele consegue voltar a ser o menino insuportável que eu conheci no bar do Dylan. E isso me faz odiá-lo mais ainda. Talvez esse seu lado ranzinza e difícil de lidar, seja algo que está muito bem desencadeado em si. Talvez seja um trauma, ou até mesmo um “demonio” que cerca-o. Afinal, todos nós lutamos com nossos próprios demônios. Por poucos minutos achei que poderíamos ser amigos, como todos querem que sejamos, mas eu estava totalmente enganada á respeito disso...

Há em Jungkook uma raiva amargurada contra os prefeitos da cidade, em especial, meu pai e meu sobrenome. Ele nunca diz o motivo, mas sempre friza seu ódio por nós...

— Você não sabe o que eu gostaria de fazer com o filho da puta do seu pai.

— Como está seu pai? Está roubando mui... Digo, ele está fazendo bons negócios pela cidade? 

— Eu me recuso pisar no terreno de sua família. Não esqueci o quão podre seu sobrenome é.  

Enquanto folheava o livro em minhas mãos, parei alguns minutos para encarar a vista que eu tinha em minha frente. As palavras de Jungkook durantes esses nossos encontros e desencontros circulavam em minha cabeça sem dar descanso. Depois de ter lido um pedaço daquele acordo, as palavras de Jungkook estavam começando a fazer sentido. Por mais que papai seja um homem rígido e as vezes complicado de lidar, ele ainda sim é meu pai. Querendo ou não, ele é meu pai. 

— Espero não ter que concordar com você em breve, Jungkook... – Suspirei fundo colocando novamente meus óculos de sol, enquanto voltei minha atenção para o livro. 

Para mim, aquele momento estava sendo a minha paz. Durante esses dias aconteceu tantas coisas exaustivas, e eu me dou o luxo de descansar meu corpo e principalmente minha mente, que está tão atacada com tudo isso. 

Escutei os passos e a voz de meu pai se aproximar da varanda principal da casa. Provavelmente falava no telefone com alguém. Estiquei meu pescoço olhando pela janela, vendo-o se apoiar no guarda-corpo. Deslizei meu corpo pela poltrona, fazendo o máximo de esforço para ele não me ver naquele momento. Coloquei meus fones de ouvido, diminuindo a música que tocava, permitindo-me ouvir a sua conversação. 

— O acordo já está muito bem fechado. Eu tenho certeza que o lado norte irá odiar essa nova construção, mas eu não me importo. Eu nunca me importei. – Ele gargalhou alto, fazendo-me franzir o cenho. – Esse contrato está sendo planejado há muitos anos atrás, não é Sr. Oh? Finalmente iremos realizá-lo. – Sorriu. – Não vejo a hora de apertar a mão de seu filho mais velho e tudo acontecer. 

 Filho mais velho? De quem meu pai estava falando? Olhei mais uma vez pela janela, vendo-o encerrar a chamada e caminhar para onde eu estava. Fixei minha atenção no livro enquanto aumentava a música em meus fones. Não sei o que ele faria se soubesse que ouvi um pouco de sua conversa. Bati meus dedos ao redor do livro de acordo com a batida da música. 

— Não sabia que estava aqui, filha. – Papai disse sorrindo forçado fazendo-me pausar a música e retirar um de meus fones. 

— E eu não sabia que o senhor estava por aqui também. – Menti olhando para o mais velho.– Não foi para a prefeitura hoje? – Sorri.

— Eu estou indo agora, estava fazendo uma ligação antes. – Assenti leve. – Você quer ir comigo? Podemos comer em algum restaurante... 

— Obrigada pelo convite mas irei ter que recusá-lo, pai. – Sorri fraco colocando novamente meus fones. – A Chloe deve querer ir com o senhor, ainda mais sabendo que vocês irão comer após. 

— Na verdade, iriamos comer se você fosse. Mas tudo bem, você sempre recusa. Sua irmã sempre é a minha parceira. – Papai disse arrumando seu terno, fazendo-me rir sem importância. 

— Mas, o senhor nunca me chama para sair. Por que está me chamando agora? – Questionei simples vendo-o me olhar sério. – Não é uma afronta, é apenas uma pergunta. 

— Você deve começar a se interessar pelos assuntos políticos da família, S/n. Por isso chamei. Sua irmã sempre vai e ela está cada vez mais sábia. – Papai disse firme enquanto eu assenti voltando minha atenção para o livro. – Vejo você mais tarde. 

— Tchau... – Disse sem ânimo enquanto folheava o livro em minhas mãos. 

Olhei para trás vendo-o seguir seu caminho de volta para dentro de casa. Bufei apoiando minhas costas no estofado de couro, olhando para o campo verde em minha frente. E papai realmente não se importa com o lado norte, como usou em suas palavras, ele nunca se importou. Não sei de que contrato isso se trata, ou até mesmo com quem ele conversava no telefone. Não consegui ouvir com clareza o nome que ele citou na ligação, com certeza tentarei decifrar pelo resto do dia. Será que esse contrato é o...

— Não é possível. – Arregalei os olhos desbloqueando meu telefone, procurando pelo contato de April. 

Levantei-me com pressa andando de uma lado para o outro na sacada, checando a todo momento se havia alguém na escadaria principal, que ficava em baixo da sacada, ou se havia alguém ao redor de onde eu estava. E pelo o que pode perceber, eu estou totalmente em minha privacidade. 

— Fala comigo. – April disse animada enquanto cortei-a. 

— Precisamos conversar e tem que ser pessoalmente, e é extremamente urgente. – Ditei rápido vendo-a me olhar assustada. 

— Está bem... Eu estou indo para a sua casa. – A loira disse com os olhos arregalados, mostrando estar realmente assustada com a minha agitação. 

— Estarei te esperando, não demora. 

Encerrei a chamada juntando minhas coisas espalhadas pelo sofá da varanda. Como nossa casa não é longe uma da outra, ela estaria ali em um pulo, ainda mais sabendo que é uma fofoca. Desci as escadas com pressa, colocando meu livro em qualquer móvel que eu vi pelo caminho. Iria levá-la para a área da piscina, é o único local que teríamos uma total privacidade. Sentei-me na escada de entrada, olhando ansiosa para o grande portão. Não demorou muito para April acenar como uma celebridade enquanto pilotava sua bicicleta, fazendo-me rir. 

— Acelera com a fofoca, até vim de bicicleta. – April disse sorrindo enquanto descia da bike. 

— Vamos para a área da piscina. Isso é algo confidencial, ninguém pode ouvir. – segurei em suas mãos puxando-a para o local citado, enquanto a mesma olhava para trás. 

— Você tem sorte de que eu não sou fofoqueira. – April cochichou olhando ao redor. – É algo muito sério mesmo? – Afirmei. 

— Eu ouvi sem querer uma parte da conversa de meu pai com alguém no telefone. – Disse baixo vendo-a me olhar sem acreditar. – Eu juro que foi sem querer, April. E eles falavam sobre um contrato e uma construção, e que o lado norte não iria gostar nem um pouco disso. – Tentei me lembrar de algumas partes, enquanto a loira me olhava atenta. 

— E você está surpresa com isso? – Dei de ombros. – Eu ouvi meu pai falar algo sobre isso com minha mãe, mas não quis prestar muita atenção. Eu não quero falar nada, mas já falando... Sabemos que esse governo é sujo, né? – Afirmei cabreira. – Por que seu pai quer construir logo no norte? 

— Eu não sei... E tem muito espaço ainda aqui no sul. – Suspirei fundo retirando os oculos de sol, enquanto sentavamos nas cadeiras na beira da piscina. – Eu disse que não li nada demais no documento, mas eu li sim... – A loira me olhou rapidamente, se sentando também. – Provavelmente ele está querendo expandir o sul e retirar as terras do norte. 

— Você tem certeza disso? – April questionou segurando minhas mãos e eu suspirei fundo. 

— Eu não consegui ler tudo, mas pelo o que pude interpretar da conversa de meu pai com a pessoa da chamada e pelo documento, é provavelmente isso... – Dei de ombros olhando a loira arquear as sobrancelhas. 

— E quem era a pessoa? Consegue lembrar o nome? – Semi-cerrei os olhos tentando recordar das palavras de meu pai. 

— Era algum senhor, e ele também citou filho mais velho... – Estalei os dedos tentando lembrar vendo a loira olhar para o chão. – Senhor... Senhor Oh. 

— Senhor Oh? Da Coréia do Sul? – April disse assustada e eu afirmei. – Pra que fazer negócios com aquele cara? Longe ainda...

— Eu não sei, e pelo o que eu entendi, meu pai apertará a mão do filho mais velho dele. 

— Filho mais velho? Ele tem filhos? – April questionou confusa e eu afirmei. 

— Eu não lembro o nome dos filhos dele, mas eu sei que ele tem dois meninos. Provavelmente estão adultos, né? – Disse calma, me ajeitando na cadeira. 

— Ah é... Um é da nossa idade, lembra que ele brincava com a gente? – Afirmei. 

— E ai, o que iremos fazer? – Suspirei fundo olhando a loira dar de ombros. – Não quero falar com o Jungkook, primeiro que a gente já se odeia demais e ele vai jogar tudo na minha cara. 

— É, ele não vai ter muita maturidade para ouvir essas coisas. – April disse ajeitando seu óculos. – Mas falando nele... Taehyung falou que ontem ele chegou meio putinho em casa e disse que vocês saíram. 

— Aquele infeliz me chamou para tomar um café e acabamos brigando. – Neguei olhando ao redor. – Não sei porquê eu aceitei aquela saída. 

— Pelo menos vocês se conheceram mais um pouco. 

— E grande coisa, né? Descobri que ele é bem mais irritante do que eu pensei, e que ele é bem mulherengo. – Bufei cruzando os braços, vendo-a sorrir interessada. 

— Jungkook mulherengo? – Afirmei. – Ele deve usar a beleza dele ao seu favor...

— Mas o que ele tem de bonito, ele tem de descortês. Eu não consigo gostar dele por nada nessa vida. – Apertei minha mão com raiva vendo-a rir se sentando. 

— Tenho uma surpresa para você! Mas terei que entregar na escola, segunda-feira. – April disse batendo palminhas, e eu franzi o cenho. 

— Por que não agora? Você sabe que a minha ansiedade ataca com essas suas surpresas. – Questionei olhando-a negar firmemente. 

— Assim... Não sei se você vai gostar muito da qualidade do produto, porquê você é bem exigente. – April arregalou os olhos enquanto a olhei em negação. –  Mas essa surpresa é boa e se alguém souber tratar dela, dá pra fazer um bom uso. – Franzi os lábios surpresa, vendo-a umedecer os seus. 

— Estou vendo que vou amar essa surpresa então, já que é de boa qualidade. Você sabe exatamente do que eu gosto. – Sorri abraçando-a de lado vendo-a sorrir forçado. 

— Você vai gostar ou odiar muito. – April sorriu batendo em minha perna enquanto eu afirmei. – Mas é bom o presente, eu gostaria de ganhar um daquele, na verdade, até tenho um igual. 

— Uau, então é realmente bom. – Sorri surpresa vendo-a afirmar com muita certeza. – Mas e aí, me conte as novidades entre você e o Taehyung. O que deu depois do almoço? – Virei-me para a loira interessada vendo-a se ajeitar animada. 

— Eu não te contei ainda porquê algo em mim disse que nós nos encontraríamos antes da escola. – Sorrimos. – Ontem ele foi lá em casa jantar conosco e conheceu meus pais. 

— Mentira?! – Coloquei a mão na boca surpresa vendo-a afirmar. – E ai? 

— Meus pais amaram o Taehyung, com tudo que é mais sagrado. Inclusive, papai até abençoou. – Sorrimos animadas juntando nossas mãos. 

— Eles sabem que o Taehyung é nortista, né? – Questionei com cuidado enquanto a loira afirmou revirando os olhos. 

— Minha mãe soube aquela hora, mas o papai soube no jantar. Ocorreu tudo bem. Meu pai ficou entusiasmado com o Taehyung, disse até que levaria-o para viajar com ele. 

— Que legal, April. – Abraçei-a animada. – Seus pais são tão legais, Taehyung deve ter amado os dois também. – A loira afirmou. – Diferente dos seus, os meus dariam um chilique. Mas, que bom que seus pais reagiram bem... 

— Eles não ligam muito para a diferença do sul e do norte, você sabe... – Afirmei. – Após Taehyung ir embora, meus pais conversaram um pouco comigo. Eles disseram que independente de qualquer coisa, o Taehyung é um menino normal. E que não há nenhuma diferença entre nós, e eu super concordo. 

— Não concordo com essa descriminação, mas eu queria muito saber o motivo dessa raiva toda, vindo de ambos lados. – Neguei olhando ao redor enquanto a loira concordou. – Se alguém está no poder, ela deve dar igualdade para todos, não só para as pessoas que ela bem entende. 

— Você está acordando para a vida? – April questionou passando a mão em minha testa e eu bufei retirando seu toque. – Você precisa enxergar as coisas logo, S/n... Eu sei que é difícil de acreditar, mas, é necessário. 

— Eu preciso ter certeza de tudo. Não adianta acreditar naquilo que você não sabe... – Disse suave vendo-a assentir. – E para saber, precisamos descobrir. 

— Você está pensando em... – April disse sorrindo e eu afirmei me levantando. – Eu sempre quis entrar no escritório do seu pai. 

— Vamos aproveitar que não tem ninguém em casa, além de minha vó e a Nancy. 

— Podemos usar a Nancy para vigiar o corredor enquanto nós olhamos o escritório dele. O que acha dessa ideia? – April sorriu se levantando animada e eu afirmei puxando-a. 

— Por mais que não tenha ninguém em casa, é bom nós sermos rápidas nisso e é realmente bom ter alguém para vigiar, vai que algum deles chegam mais cedo que o normal. – Disse baixo olhando ao redor, enquanto subiamos a escada principal. 

Abri a porta da frente com cuidado, ouvindo o silêncio predominante dentro daquela casa, como se não houvesse ninguém ali dentro. Sinalizei com a cabeça para April já ir para o escritório enquanto eu procurava por Nancy. 

— Nancy? – Gritei da escada, esperando ansiosamente pela menor. – De onde você estiver, peço que venha até a escada. – Gritei mais alto esticando o pescoço. 

Não demorou muito para a menor aparecer em uma só correria, pulando alguns degraus da escada, fazendo-me preocupar com sua pressa. 

— Faz um favor para a irmã e para April? – Questionei me curvando em sua altura vendo-a afirmar. – Fique aqui na ponta do corredor verificando se alguém irá até o escritório do papai. – Coloquei a menina no lugar correto e ela me olhou sem entender. 

— Por que? O que você irá fazer, irmã? 

— Não conte para ninguém, tudo bem? – Ela afirmou com firmeza. – Irei ver algumas coisas confidênciais na sala do papai. Se alguém aparecer pelo salão principal, você grita, tudo bem? – A loirinha afirmou. 

— Irei ficar ligadinha na porta, irmã. – Nancy disse firmando seus pés no chão, com sua atenção presa na porta. 

Deixei um selar em sua testa antes de correr para onde April já estava. Nancy tem seis anos de idade, e eu sinto mais confiança nela do que em qualquer outra pessoa daquela casa – retirando a vovó. Ela é a pessoa mais observadora que eu conheço e ela entende mais do que você imagina sobre essa situação de meu pai. Tão pouca idade e sabedoria de sobra. 

— Nancy já está de olho... – Disse encostando a porta vendo a loira olhar algum documentos. – Achou alguma coisa? – Questionei caminhando rapidamente em sua direção, alisando meus próprios braços. 

— Tem muitos contratos e acordos antigos aqui, com a assinatura de seu avô. – April disse guardando as pastas nos antigos lugares, e retirando outras. 

— Tem compras do norte também. – Passei os olhos pelo documento, lendo por cima, cada parte. – Essas são dessa época, dos nossos pais no governo. 

— Gente, que sujeira. – April disse enojada guardando as pastas que lia. – Já está chegando nos acordos novos? – Afirmei puxando as novas pastas. 

— Tem contratos e assinaturas de demolir algumas coisas no lado Norte. – Olhei assustada para April que arregalou os olhos olhando para a pasta. – Provavelmente irão demolir para construir a tal fábrica. 

— E os campos vagos aqui no lado Sul? É para que, ficar atoa aqui? – A mesma disse incrédula. – Eles irão realmente cutucar o formigueiro com uma tocha. Jungkook não irá gostar nada disso. Nem ele e nem o resto do pessoal. – A loira suspirou em negação. 

— Ele vai decretar guerra contra nós, isso sim. – Suspirei fundo guardando a pasta, fechando o gaveteiro. 

— Com certeza que vão, Jungkook que irá comandar esse massacre. – April disse se apoiando no gaveteiro, enquanto passava seus dedos nas marcações. 

— Não conta nada para algum dos dois à respeito dessas coisas que estamos vendo aqui, por favor. Precisamos de descobrir mais coisas, e... – Engoli seco olhando fixamente para o chão, vendo-a afirmar rapidamente. 

— E você não quer que Jungkook jogue na sua cara, não é? – Afirmei. – Vocês não se gostam. Contando agora ou não, ele irá jogar na sua cara. – April disse alisando meus fios. – Mas, iremos guardar isso, tudo bem? Contaremos quando estiver tudo descoberto.

Meus olhos sobrevoaram pela sala bem arrumada de meu pai, procurando por lugares onde poderiam ter boas pistas e explicações sobre o que nós queremos saber. Arqueei uma sobrancelha ao encontrar o quadro de nossa família no meio da parede. Aquele quadro sempre foi minha maior curiosidade. Meu pai nunca deixou-nos chegar perto dele, nem 1 metro de distância. E o meu jeito curioso grita quando vejo-o. 

— Amiga, o que você acha de mexer nessas gavetas e fotografar algumas coisas? – Questionei apontando para trás enquanto caminhava até o quadro. – Não esquece de colocar no lugar certo e da forma que estava antes. 

— Será um prazer... Irei fotografar o que eu achar importante nós lermos depois, está bem? – A loira questionou retirando seu celular do bolso, e abrindo a segunda gaveta do gaveteiro. 

Apenas afirmei com a cabeça enquanto alisava a moldura dourada de nosso quadro. Olhei pela fresta vendo que conseguia ver um buraco ao meio, ainda por trás do tecido da tela. Estranhei o fato de ter um buraco na parede e uma luz vermelha refletir de dentro daquele buraco. Analisei todos os lados daquele quadro, tentando descobrir uma forma de retirá-lo. Franzi o cenho empurrando-o levemente para o lado, sentido-o destravar da parede. Assustei-me com ele deslizando para o lado, junto da parede falsa de madeira. Eu sempre soube que aquele quadro havia algo suspeito. 

Ali havia uma espécie de gaveta impossível de abrir, onde só destravaria com senha ou impressão digital. A luz vermelha vinha do tablet onde papai digitava sua senha para abri-lo, por sorte, não havia câmeras. Para não deixar a impressão de meu dedo, e ele não perceber marcas de dedos ali, puxei a manga de minha camisa, cubrindo meu dedo com o tecido fino. Agora a questão era, o que havia ali de tão confidencial e qual era a senha para destravar aquilo? 

— April, olha isso. – Disse assustada sem retirar os olhos do cofre. 

— Puta que pariu. – A loira disse com os lábios abertos, caminhando apressadamente para o meu lado. – Digita a senha, vamos ver o que é.

— Eu não sei a senha, não faço a mínima ideia de qual seja. – Bufei coçando a cabeça, vendo-a negar. – Vou tentar todas as datas possíveis. 

E eu realmente estava tentando. Puxei datas que ninguém conseguiria se lembrar, como o casamento de meu avô com minha avó. Tentei datas importantes para nossa família, aniversário da cidade, aniversário de casamento, e nada. Até por fim, tentar a data de nascimento de todos, e obtendo zero resultado. Suspirei frustada fazendo April notar isso. Estava me sentindo inútil ali, sem conseguir abrir aquele maldito cofre. 

— Não conseguiu? – April disse fechando a gaveta, colocando seu celular no bolso.

— Tentei tudo e não obtive nenhum resultado. Eu não consigo imaginar nenhuma outra coisa além. – Encostei minha cabeça em seu ombro vendo-a fixar seus olhos no tablet. 

— Não me leve a mal com o que irei te falar... – A loira disse balançando seu ombro, fazendo-me afastar. – A filha favorita de seu pai é a Chloe, todos nós sabemos. – Afirmei revirando os olhos. – Deve ser algo relacionado a ela. 

— Já tentei a data de aniversário dela, tentei a data em que ela foi eleita rainha do baile na escola, o dia em que ela ganhou disse sua primeira palavra... – Disse sem importância vendo-a me olhar com a testa franzida. – O que? 

— Data de quando ela disse a primeira palavra? – Afirmei. – Que merda seus pais tem na cabeça de guardar isso? Tem que ser muito paga pau mesmo... – April disse em negação se apoiando na parede. 

— Mas espera... – Franzi o cenho olhando para o tablet, colocando o tecido novamente em meu dedo. – Não tentei a data em que ela entrou na universidade. 

— Mas que filha da putagem. – April disse impaciente enquanto eu olhei-a séria. – Aí S/n, não dá uma de certa agora não. – April disse cruzando os braços. 

— Vai ver se Nancy ainda está lá no corredor. – Empurrei-a para o lado, fazendo-a bambear para a direção da porta. 

Observei a loira abrir a porta com cuidado enquanto encostava-a novamente. Ajeitei o pano em meu dedo, arfando com os olhos bem fechados. Aquela data era a única que faltava e que meu pai ama com todo o seu amor. Ali estava a chance da vida inteira. Digitei os 6 números vendo a bolinha rodar com leveza. Cruzei os dedos com força esperando ansiosamente pela resposta do tablet. A luz vermelha de anteriormente se transformou em verde, enquanto escutei o barulho afirmativo da destranca. Sorri desacreditada com as mãos no cabelo, enquanto olhava para as duas palavras verdes no tablet. 

— Amiga, Nancy tá como um guarda militar no corredor. – April disse sorrindo, mas logo desmanchando seu sorriso ao me ver encarar o tablet. – O que? 

— Consegui. – Sorri com os olhos arregalados, vendo-a comemorar baixo. – Eu consegui. 

— Agora abre esse caralho, vamos ver o que temos de sujo aqui. – April disse pulando de alegria, enquanto esfregava uma mão na outra. 

Ajustei minha blusa no corpo enquanto estalava os dedos para dar mais confiança. Segurei com cuidado na borda da porta do cofre, abrindo-a com agilidade. Olhei para April sem entender, vendo que ela dividia a mesma expressão que eu. Iluminei o cofre com a lanterna do celular, vendo alguns documentos com capas confidênciais e de lugares importantes e por cima, alguns pen-drives de cores diferentes. 


Que porra é essa? 








Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos, teorias ou sugestões.

S/n e Jungkook dão 1 passo para frente e 500 para trás KANSKAMXNMSNCBDNSNX PQP

Trás um Oscar para a atuação da gata ali. Gente, nossa, que tudo. Agora fica no ar... Entrará gente nova nessa bagaça para movimentar os lençóis já movimentados 😳🙌.

Pai da S/n é um bicho, pqp. Igual o bozo gente, nada de diferente.
E a preferência é nítida, vocês viram, né? Chloe passa na frente da S/n com prazer (de acordo com o pai). Aí que vergonha de ser humano.

E a fofoqueira já foi contar o babado pra outra Maria fifi da história, óbvio né.
E eu só quero ver esse rolo todo, quero ver tudo acontecer e o circo pegar fogo.

A SURPRESA???? EU SOU CARDIACA APRIL PARA.

Aí gente, que bom que a Nancy existe, né? Ela é tão boazinha. E vimos pelo o que a s/n disse, ela é do clube das sensatas da fanfic. Ela é uma gracinha.

As duas fuxiqueiras, Deus me livre.
E é nessa daí que acha bosta e fica dodói depois...
E cada hora descobre algo mais intenso, que delícia 👌😌.

Meu sonho é abrir um quadro aqui de casa e ver uma passagem secreta ou algum esconderijo, mas é só em série/fic/filme que acontece essas coisas, infelizmente.

O final hehehehehe amo fazer isso e já peço perdão 😚.

Vejo vocês no próximo capítulo.
Beijossss ❤️.


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