1. Spirit Fanfics >
  2. Break The Rules - (Jeon Jungkook) >
  3. 4- New can cause a commotion.

História Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 4- New can cause a commotion.


Escrita por: angelkea e Theyluvbanana

Notas do Autor


Olá pessoas, como vocês estão? Eu estou muito bem e espero que vocês também.

As mamães estão vacinadas fml, favela venceu #forabolsonaro.
Estamos amando ver que vocês gostaram do enredo e estão gostando de acompanhar a estória. ❤️🥺

Obrigada por não nos abandonar, e prometemos não decepcioná-las.

Vejo vocês nas considerações finais e nos comentários.
Boa leitura, irmãs ✨.

Capítulo 4 - 4- New can cause a commotion.


Fanfic / Fanfiction Break The Rules - (Jeon Jungkook) - 4- New can cause a commotion.

West River, South Side ☬ঔৣ꧂ 

Sábado - Saturday

                            S/n point of view. 

Cavalgar sábado de manhã é mágico. Parece que você está correndo pelas nuvens e a neblina te acolhendo em um abraço molhado. Eu fazia questão de passar em cada estábulo para falar com os nossos cavalos, afinal, eles também merecem atenção. Spartacus é meu cavalo de hipismo, ele é dócil e rápido como um trovão. Sua pelagem é escura, macia como um algodão. 

Desde que eu era criança faço hipismo, por obrigação. Mas com o tempo, fui pegando gosto pelo esporte. Correr com Spartacus é minha terapia. Quando algo me tira do sério, escolho vir ao campo para praticar. E quando eu não quero correr, apenas ando com ele pelo jardim, conversando e acarinciando sua crina. E era exatamente o que eu escolhi fazer pela manhã. 

Minha família já havia saído para sua viagem, deixando apenas eu e vovó Genevieve em casa. Porém, acabei me esquecendo que todo sábado de manhã, vovó participa do grupo de Yoga da cidade. Me dei conta que só estava eu e os funcionários da grande casa. 

Sorri descendo de Spartacus, deixando uma carícia em sua cara seguido de muitos beijos. Esse cavalo é a minha paixão. 

— Andamos bastante hoje, não acha, Spartacus? – Disse batendo em seu tronco, enquanto sorria. – Gostou do passeio? Eu achei que foi tranquilo. 

Caminhei com ele até a cerca do campo, amarrando-o na madeira para desmonta-lo sem que ele saia correndo pelo campo à fora. Soltei as fivelas que o segurava, retirando a sela de montaria de seu torso. Desamarrei sua corda da cerca enquanto desafrouxava a coleira que segura seu pescoço. Sorri abraçando seu pescoço, deixando um selar forte em sua cara. 

— Beijadora de cavalo. – April gritou me fazendo rir enquanto segurava-o. – Você sabia que são 13:45 e você disse que terminaria antes de meio dia? – April questionou se apoiando na cerca. 

— Eu não notei, April, me desculpa. – Disse calma. – Fiquei tão absorta com Spartacus que não peguei no celular. – Disse batendo em seu torso, liberando-o para correr. 

— Está tudo bem, amiga. Agora, vamos? – April disse abrindo a porta do estábulo, apontando para fora. – Você precisa tomar um banho, urgentemente. 

— Para, eu nem estou fedendo. – Disse colocando a sela de Spartacus no suporte enquanto retirei meu capacete de proteção. – Só estou suada. 

— Você só está podre, apenas. – April disse enojada me fazendo sorrir. – Toma banho antes de irmos, você não vai entrar no meu carro assim. – Sorrimos. 

— Achei que você não viesse tão cedo me buscar. Não iremos sair apenas às 19:30? – Questionei soltando meu cabelo vendo-a afirmar rodando a chave do carro em suas mãos. 

— Mas iremos nos arrumar juntas e logo, se mandar para o bar do Dylan. – April disse jogando a chave para o alto, pegando-a novamente em sua mão. – Tá nervosa? 

— Vovó disse para eu não pensar que vai acontecer coisas ruins, e eu estou tentando o máximo. – Disse suspirando fundo, enquanto subia a escadaria da casa. 

— Relaxa, S/n... Vai dar tudo certo e você vai se divertir muito. – April disse me abraçando de lado enquanto andávamos pelo corredor. 

Eu estava fazendo o máximo de esforço para tentar esquecer que estou mentindo para os meus pais, principalmente, para meu pai. Eu odeio mentir. Acho melhor contar a verdade do que criar uma tempestade num copo d'água.

 April se jogou em minha cama enquanto caminhei apressadamente para o closet, pegando qualquer roupa que vi em minha frente. Eu estou indo para casa de April, roupa alinhada ou não, não faz diferença alguma. Sorri vendo April jogada como um pet em minha cama, ela diz que gosta do meu colchão. 

Desloquei-me até o banheiro, deixando a porta mínimamente aberta, até por que, apenas April estava no quarto. Retirei a roupa de montaria, vendo que ela estava realmente encharcada de suor. Coloquei-a no cesto de roupas sujas, tendo a total certeza que algum funcionário virá checar os cestos. Adentrei no chuveiro sentindo a água quase fria relaxar todos os meus músculos e cortar de vez o calor abundante de que sentia. 

— S/n, sabe aquele menino que nós encontramos no shopping? – A voz de April ecoou no banheiro, me fazendo assustar com a sua chegada. 

— Você não pode falar disso depois? – Disse alto enquanto ela negou se sentando no vaso sanitário. 

— Na verdade, até posso... Mas iremos falar agora e depois. – Ela disse sem importância. – Não consegui achá-lo em lugar algum. Parece que ele é apenas uma pessoa da nossa imaginação. 

— Deve ser, April. Ele é do jeitinho que você quer, e do jeito que você gosta. – Disse puxando a toalha do box, enxugando meu corpo. –E ele é bonito, não parece que é daqui. 

— Só por que ele é asiático? – Afirmei. 

— E bonito, concluindo sua fala. – Disse gesticulando saindo do box, segurando a toalha. 

— A gente não conhece nem 1% dessa cidade, amiga. Por mais que nós somos filhas de quem somos, não conhecemos nada daqui. Nossa cidade é pequena mas é dividida em duas partes, e se não conhecemos as pessoas do sul direto, imagina do lado Norte. – April disse se levantando do vaso, me seguindo pelo quarto. 

— Se for para acontecer algo, você vai encontrar ele onde quer se que seja. – Me virei para a loira sentando-a na cama. – Irei me trocar. 

Entrei novamente no closet, dessa vez, com toda calma do mundo. Vesti-me com cuidado, analisando cada parte da roupa no espelho, verificando se nenhuma parte ficou dobrada ou até mesmo pelo avesso. Suspirei fundo colocando minha bolsa de roupa no ombro. 

— Vai dar tudo certo, você vai se divertir. Isso é para o seu bem. – Ditei de olhos fechados em frente ao espelho. 

Afirmei com confiança saindo do closet. Peguei meu celular, colocando-o no bolso de minha calça, puxando April para fora do quarto. Fechei a porta atrás de nós enquanto desciamos as escadas com toda pressa do mundo. Para que? Para nada. Ainda nem estava na hora. 

Entrei no carro de April colocando minha bolsa no chão e meu celular em meu colo, enquanto colocava o cinto de segurança em meu corpo. 

— Eu estou tão animada. Parece que vamos colocar fogo em alguma coisa, ou até mesmo matar alguém. – April disse dando partida enquanto eu olhei-a assustada. 

— Esse é o sentimento que estamos indo fazer merda, April. Eu não quero pensar nisso até chegar no pub, não quero desistir antes. – Coloquei a mão no rosto escutando-a cantalorar. 

— Você está com medo de quem? Amiga, a Chloe faz o que quer da vida e seu pai não faz absolutamente nada. – April disse injuriada e eu sorri soprado.

— Ela tem 18, já passou na faculdade e se interessa pelos assuntos políticos do meu pai. – Disse calma.

— Foda-se, S/n. Manda todo mundo se fuder logo, tá esperando o que? – April disse sem saco e eu neguei delicadamente. 

O silêncio se instalou pelo caminho inteiro. April está certa. Meu pai não se importa com o que Chloe faz por fora e só elogia-a. Mas, eu não consigo fazer o seu segundo conselho. Meu maior medo é decepcioná-los, para depois, jogarem tudo em minha cara. Evitar aborrecimentos é o mínimo para esse medo não se tornar realidade. 

April estacionou seu carro em frente de sua casa, jogando a chave para o motorista preparar seu carro para a próxima saída. A loira abriu a porta com cuidado checando se havia alguém em casa, mas não foi respondida. 

— Estamos completamente sozinhas. Acho que meu pai foi para a prefeitura e minha mãe... – April disse calma enquanto olhava ao redor. 

— Minhas duas filhas queridas. – Tia Callie disse sorrindo enquanto caminhou rapidamente em nossa direção. 

— Ela está aqui. – April disse fingindo sorrir sendo abraçada pela mais velha. 

— Vão se divertir hoje, não é? – Tia Callie disse com os olhos semi-cerrados, nos olhando maliciosamente. 

— Eu não queria tanto. Estou com um pouco de medo de meus pais... – Disse nervosa alisando meus joelhos. 

— Fica tranquila, boba. – Tia Callie disse caminhando com seus saltos até o sofá. – Christopher está na prefeitura, está cuidado de tudo para seu pai nem sonhar onde você está. E sabe que eu não contaria nada para não eles, né? – Afirmei. 

— E é por isso que eu te amo, tia Callie. – Deixei um beijo em sua bochecha, enquanto fui puxada por April. 

— Iremos nos arrumar, mãe. Qualquer coisa pode bater na porta, tá bom? – April disse subindo as escadas, escutando a afirmação de sua mãe. 

— Vocês querem comer alguma coisa antes de sair? Posso fazer um sanduíche e um suco de maracujá para vocês. Especialmente para a S/n, se acalmar. – Tia Callie questionou se levantando, arrumando seu vestido. 

— Obrigada, mamãe. Iremos querer. – April sorriu vendo a mãe assentir saindo da sala.

Retomamos a subir as escadas rapidamente. A casa de April é mais moderna que a minha. Enquanto a minha casa ficou presa na época das famílias reais, a família de April decidiu trazer modernidade para a sua mansão. E como April é filha única, não havia tantos quartos como a minha. É fácil de chegar. 

— Lar doce lar. – April disse abrindo a porta, enquanto eu suspirei fundo retirando a mochila das costas. – Temos muito o que fazer. Trouxe suas coisas? 

— Está tudo aqui. Trouxe umas maquiagens que você pediu também. – Disse abrindo a mochila, entregando a nécessaire em suas mãos. 

— Senta aqui. – April disse sentando-se na cadeira da penteadeira, enquanto puxou a cadeira de sua mesa de estudos para o seu lado. – Vamos começar juntas e terminar juntas. 

— Como eu devo me arrumar? Indo para um comício ou indo para um bordel? – Disse segurando dois batons, fazendo April gargalhar retirando o nude de minhas mãos. – Eu não sei porquê eu perguntei sendo que você ia escolher o vermelho.

— Primeira vez que eu verei S/n Murder usar batom vermelho e roupas pretas, que não seja nosso uniforme. – April disse surpresa colocando as maquiagens na mesa. 

— Primeira e a última. Você sabe que essas coisas radicais não são para mim. – Disse sorrindo enquanto desvaziava minha bolsa de maquiagem. 

— Você vai experimentar muita coisa radical em sua vida ainda, você vai ver. – April disse batendo em minha perna, arrastando sua cadeira para mais perto da penteadeira. 

Ouvimos três batidas na porta do quarto, foi o suficiente para nós nos virarmos esperando que a feitora aparecesse. Tia Callie abriu a porta com um sorriso grandioso em seus lábios. Ela caminhou cuidadosamente em nossa direção segurando uma bandeja com nossos lanches. 

— Vocês mal começaram a se arrumar, mas já estão lindas. – Tia Callie disse colocando a bandeja no canto da mesa. – Posso ajudá-las em alguma coisa? 

— Mãe, pode arrumar meu cabelo? Aqui atrás. – April disse se virando, entregando o babyliss para sua mãe. 

— Vocês estão animadas para essa saída? É bom sair dessa zona de pedestal de vez em quando. – Tia Callie disse calma enquanto mexia no cabelo de April. 

— Eu estou com medo do meu pai descobrir que eu menti para ele. Eu não gosto de mentir para ninguém, tia Callie. – Suspirei cabisbaixa. – Ainda mais sabendo que fomos em um pub nortista. 

— Mas você não mentiu, querida. Fomos nós. E se ele disser alguma coisa, eu farei questão de me meter. E aliás, Christopher está bem ciente disso tudo, ele também quer o seu bem. 

— E qual é a finalidade desse preconceito com o norte, mamãe? – April questionou olhando para sua mãe através do espelho, enquanto a mais velha suspirou. 

— Eu nunca consegui compreender. Eu sou casada com um dos governantes dessa cidade e jamais concordaria com essa divisão. Christopher também não acha certo isso, mas Frederic e Bruce friza tanto isso que nos faz acreditar. – Ela sorriu em negação. 

— E qual sua visão sobre isso? – Questionei enquanto me maquiava. 

— Minha visão é que essa briga surgiu a partir do momento em que os representantes deixaram de lado o norte e focou apenas no sul. Parece que houve uma separação por classes. – Callie disse atenta no que fazia. 

— E você tia, deixaria April namorar alguma carne do Norte? – Sorri olhando para a loira que arregalou seus olhos.

— Está rolando um interesse em alguém? – Tia Callie disse maliciosa enquanto rimos alto. – Se estiver, saiba que eu e seu pai não ligamos para isso. Contando que ele te trate tão bem quanto seu pai te trata.

— Ainda não nos conhecemos direito, mamãe. Foi apenas uma coincidência no estacionamento do shopping. – April disse cabisbaixa mexendo em suas maquiagens. – E não sabemos se ele é do norte, nós apenas supúnhamos isso. 

— Ele anda de harley e usa jaqueta de couro. Achamos muito rico para ser nortista. – Disse me levantando, olhando no espelho orgulhosa de minha maquiagem. 

— Nós não conhecemos o norte direito, não vamos levar o preconceito posto em nossas cabeças para frente. – Tia Callie disse calma finalizando o cabelo de April. 

— Acabamos. – April disse satisfeita. – Obrigada mamãe. 

— Obrigada, tia. Pelo lanche e pela conversa, foi útil para eu pensar um pouco. É diferente do que eu costumo ouvir dentro de casa. – Sorri. 

— Por nada, minhas princesas. – Tia Callie nos abraçou fortemente. – Terminem de se arrumar que já já está na hora de vocês irem. 

Observamos tia Callie sair do quarto para nós trocarmos de roupa. Realmente a conversa que tivemos foi útil para mim. Ela é a mãe perfeita, isso posso afirmar. Ela não só faz bem o papel de mãe como faz o papel de amiga. A família Ballard é totalmente diferente da minha, por isso eu gosto de passar tanto tempo com eles. Eles são os únicos que não gostam desse preconceito contra o lado Norte, e eu compreendo eles completamente. É realmente, incabível entender o motivo de tanta injúria. 

Eu nunca fui de usar preto. As roupas claras são minhas melhores amigas. Mamãe sempre me ensinou a vestir vestimentas dadas como de “patricinhas”, saias coladas, blusas brancas e blazes da mesma estampa da saia. E os tecidos são todos de ótima qualidade. Usar preto era incomum para mim, a não ser o uniforme da escola, mas fora isso, nunca coloquei uma peça de roupa preta no corpo. E foi exatamente por isso que April escolheu um vestido preto para eu usar hoje. Além de ser preto, é colado. Ela também está de preto, mas seu vestido contém mini-estrelas brancas e seu tecido é mais brilhoso. 

Suspirei fundo enquanto olhava as ruas passarem pela janela do carro. Tia Callie achou melhor o motorista da família nos levar e nos buscar depois, ela conhece bem a filha que tem. April notou minha inquietação segurando firme em minha mão, dizendo... 

— Vai ficar tudo bem. – Ela sorriu fraco acarinciando minha mão, enquanto eu afirmei retribuindo o sorriso. 

E realmente, vai ficar tudo bem... Agora e não poderia desistir. Já estávamos na rua do bar e víamos claramente o multidão que entrava no salão, e ninguém saia. A música já estava alta, conseguíamos ouvir de longe. 

— Obrigada e tenha uma boa noite. Ligarei quando terminarmos. – April disse calma batendo no ombro do motorista, que assentiu em silêncio. 

Sorri para a loira vendo o carro se distanciar, enquanto arrumava o vestido em meu corpo. Sua mão entrelaçou a minha, me puxando para dentro do bar. O pub estava muito lotado. Parece que todos os jovens vieram hoje para o bar. Tinha muita gente conhecida, de nossa escola. Assim como tinha muitas que nunca havíamos visto na vida. Após conversar com bastante pessoas ainda na entrada, adentramos para dentro do pub, tentando chegar no balcão. 

— Boa noite, Dylan. – April disse se apoiando no balcão, enquanto sorriu para o moreno. 

— Murder e Ballard, que surpresa vê-las aqui. Devo tratar com superioridade? – Dylan brincou sorrindo vendo a loira negar batendo em seu peito. – O que vocês vão querer? 

— Acho que vou querer um Mint Julep, com bastante bourbon. – April disse batendo no balcão, fazendo Dylan sorrir. 

— Forte, não? – Ele disse surpreso, enquanto a loira negou. – E você, Murder? 

— Acho que vou querer uma batida de morango, sem álcool. – Sorri fraco me sentando no banco do balcão, vendo-o rir e April me olhar desacreditada. – O que foi? 

— Está com medo de sujar seu nome? Olha sua amiga, não tem medo nenhum. – Dylan disse preparando o coquetel de April, me fazendo pensar seriamente em sua fala. 

— É que eu não bebo... Eu nunca, bebi. – Disse baixo olhando para Dylan e logo para April, que negou rapidamente. 

— Prepare um Tom Collins para ela, Dylan. Ao invés de colocar gim, coloque vodka. – April disse sem saco enquanto Dylan afirmou sorrindo. 

— Já volto, meninas. – Dylan disse sorridente caminhando para a estante de bebidas. 

— O que vem nesse Tom Collins, April? – Disse baixo em seu ouvido enquanto a loira sorriu segurando o cardápio. 

— A receita original leva gim, suco de limão siciliano, açúcar e água com gás. Mas como modificamos, no lugar do gim virá vodka. – A loira disse calma colocando o cardápio no lugar. 

— Não vai ficar muito forte? – Questionei cuidadosa vendo Dylan preparar as bebidas em nossa frente. – O que vem no seu? 

— Bourbon, menta e açúcar. – A loira disse sorridente recebendo seu coquetel em mãos. – Quer experimentar? – Afirmei meio-a-meio vendo-a entregar seu copo em minhas mãos. 

O drink estava muito bem apresentável. Havia algumas decorações com hortelã, que deixava seu sabor ainda mais forte. Beberiquei com cuidado esperando fazer careta pelo bourbon, mas seu sabor era agradável. O gosto de álcool é extremamente forte, como qualquer outra bebida, mas é camuflado pelo resto das coisas. 

— Aqui está o seu, Murder. Beba devagar e se estiver ruim, pode me avisar. – Entreguei o copo para April, sorrindo ao ter a minha taça em mãos. 

— Obrigada, Dylan. – April disse alto, pela música, enquanto o moreno sorriu indo para outra direção. 

Beberiquei meu drink sentindo o sabor cítrico e explosivo do limão. April me olhava esperançosa esperando a minha reação pelo meu primeiro drink. Sorri com os olhos arregalados, vendo-a me abraçar animada. 

— Não posso beber mais que isso, se não, terei um coma alcoólico hoje. – Disse apontando para a bebida vendo a loira sorrir bebendo o seu coquetel. 

Viramo-nos para trás analisando cada pessoa que circulava pelo salão, enquanto balançavamos levemente pela batida da música que tocava alto no bar. Meus olhos pairaram pelas mesas ao redor enquanto eu bebia a bebida pelo canudinho. Arregalei os olhos me virando para a loira, vendo-a me olhar sem entender absolutamente nada. 

— April, aquele menino na mesa do canto não é o moreno do shopping? – Questionei cochichando em seu ouvido, vendo-a se afastar disfarçadamente olhando ao redor. 

— Puta que pariu. – A loira disse alto, tampando os lábios em seguida. 

Ela estava tão assustada quanto eu. Poderia ouvir seu coração vibrar energicamente dentro de seu peito. Sua respiração já não estava a mesma de anteriormente. Virei-me com cuidado para o lado de Taehyung vendo que ele olhava fixamente para nós, com um sorriso leve em seu rosto. Acenei baixo enquanto ele retribuiu doce, fazendo o seu acompanhante nos olhar. 

— Não olha porquê ele está olhando. E é fixamente para você. – Disse sorrindo enquanto terminava de cumprimentá-lo de longe. 

— Para de acenar. – April disse firme olhando para o bar. – O que eu faço? 

— O que você quer fazer?

— Falar com ele. – A loira disse mexendo em seu drink. – Vamos, levanta. Nós vamos lá. – April disse bebendo uma boa quantidade de seu drink pegando o copo em suas mãos. 

— O que? Nós vamos? – Disse assustada enquanto sou puxada pela loira. 

— Não pode se desperdiçar comida, é pecado. – A loira se virou rapidamente fazendo-me arregalar os olhos pela sua aproximidade. 

Taehyung não estava longe de onde estávamos, mas a quantidade de pessoas no salão movimentado fazia demorar a chegada até ele. A loira sorria como nunca, não diferente de Taehyung, que encarava-a com um brilho nos olhos. Pronto, serei vela de April, novamente. 

— West River é realmente pequena... – Taehyung se levantou envolvendo a loira em um abraço apertado. – Vocês estão lindas. 

— Não sabia quando iria te encontrar novamente, moreno da moto. – April sorriu bebendo seu drink enquanto Taehyung sorriu de lado. 

— Sentem-se conosco. Ah, esse é meu amigo, Jungkook. – Taehyung se sentou apontando para o moreno quieto, que nos fitava silencioso. 

Sorri para Jungkook antes de sentar em seu lado. Ele é bonito o suficiente para me fazer sentir frio na barriga, por eu estar apenas em seu lado. Ele parecia Taehyung, pelas vestes negras e de couro. Fitei Taehyung e April conversarem animados em nossa frente, enquanto permanecemos em um completo silêncio. 

— Não sabia que vocês frequentavam lugares como esse. Eu estou realmente suspreso. – Taehyung sorriu soprado enquanto levou seu copo até seus lábios. 

— Eu poderia fazer isso todos os dias, eu estou pouco me fudendo para reputação. – April disse com seu jeitinho, enquanto bebia seu drink. 

— Vocês são de que lado da cidade? – Questionei com cuidado enquanto olhei para os dois meninos em minha frente. 

— Você não consegue se auto-responder apenas enxergando? – Jungkook disse sem saco me fazendo olhar rapidamente para April. – Temos cara de sulista? 

— Somos do norte, S/n. Jungkook não teve um bom dia hoje...  – Taehyung disse doce olhando fixamente para o moreno em seu lado.

— É, eu consegui perceber... – Disse bebericando o coquetel enquanto Jungkook revirou os olhos rodando seu copo. 

Que menino mais abusado... O que ele tem de beleza, ele tem de grosseria. 

— Vocês estão gostando do bar? – Taehyung questionou se debruçando na mesa, enquanto afirmamos rapidamente. 

— Elas são do sul, Taehyung. O que você acha? – Jungkook disse debochado enquanto me olhava. 

— Achei que a pergunta fosse para nós duas, mas enfim... – Sorri fria coçando a cabeça. – Então Taehyung, é a minha primeira vez aqui e é uma boa experiência. – Sorri para o moreno, que afirmou atentamente. – E você, April? – Firmei minha voz, dando ênfase em seu nome, enquanto a loira afirmou terminando sua bebida. 

Mantive o contato visual com Jungkook durante toda a minha manifestação. O moreno sorriu em negação desviando o olhar, sua língua umedeceu seus lábios, provavelmente se sentia ofendido. 

— Patética. – Jungkook sussurou rodando seu copo, enquanto olhei sem saco para ele. 

— Taehyung, devo pegar seu número? Deveríamos sair mais vezes. – April disse retirando seu celular da bolsa, enquanto o moreno afirmou procurando pelo seu. 

— Vejo que vocês não são como seus pais então me sinto mais confortável de falar essas coisas... Achei que vocês só andavam com pessoas da mesma classe social. – Taehyung disse sorrindo enquanto April negou franzindo o cenho. 

— Como você mesmo disse, nossos pais tem essa idéia. Mas, não tem nada a ver..– April disse confiante. – Posso sair com quem eu quiser. 

— Bom saber disso... – Taehyung sorriu de lado bebendo o resto de sua bebida, enquanto April retribuiu seu sorriso. 

— Acho que vou beber mais um pouco. Álcool repõe a paciência perdida. – Jungkook disse empurrando Taehyung de seu lado, enquanto segurava seu copo em mãos. 

Fitei o moreno sair de perto da mesa, jogando seu cabelo para trás enquanto caminhava na direção do balcão. 

— Vou ir no banheiro. – Sorri para ambos que assentiram. 

Jungkook estava conversando com Dylan, muito diferente de alguns segundos atrás na mesa. Olhei disfarçadamente para trás vendo que April e Taehyung permaneciam em uma conversa inacabável. Agora era o momento perfeito para eu agir. 

Andei cuidadosamente na direção do moreno enquanto terminava minha bebida. Coloquei o copo firmemente no balcão, ao seu lado, fazendo Jungkook olhar para as minhas mãos e subir através de meu braço. Pude ver sua bufada de desprezo sair de seus lábios enquanto negou olhando para outra direção. 

— Olha aqui, seja lá qual for o seu preconceito ou problema com o lado Sul, ou até mesmo comigo, eu indico que guarde apenas para você. Ninguém está interessado em saber, muito menos eu. – Me sentei em seu lado virando seu banco para minha frente, enquanto encarava-o irritada. 

— Você realmente quer falar de preconceito, S/n? De quem você é filha mesmo? – Jungkook franziu o cenho me olhando com desgosto. 

— Só por que eu sou filha dele, não quer dizer que eu seja como ele. – Disse séria vendo-o sorrir. 

— Filha de peixe, peixinho é. Já ouviu esse ditado? – Sorriu de lado e eu suspirei fundo. – Achei que vir para cá me faria esquecer o quão filho da puta seu pai é, mas estou aqui escutando a filha dele falar que não é como ele... – Jungkook sorriu cínico bebendo seu whisky recém posto. 

— Se o seu problema é com meu pai, você deveria tratar com ele. Se você é homem o suficiente para chamar ele assim por trás, deveria falar isso na cara dele. – Encarei-o em negação enquanto ele colocou seu copo no balcão. 

— Você não sabe o que eu gostaria de fazer com o filho da puta do seu pai. – Jungkook disse me olhando nos olhos, dando ênfase no xingamento, apenas por provocação. 

— E eu estou longe de me importar com isso. – Disse me levantando olhando fria para ele. 

Caminhei em passos rápidos até April e Taehyung, que me olhava com curiosidade. Ela conseguiu notar minha indignação e a raiva que eu estava sentindo naquele momento. Seus olhos se fixaram para alguém atrás de mim, assim como os de Taehyung. Suspirei fundo trancando meu maxilar, sentindo o cheiro do perfume de Jungkook exalar em meu lado. 

— Acho que está na hora de irmos... Obrigada pela conversa, Taehyung. É bom conversar com alguém que divide os mesmos gostos que você. – April sorriu se levantando, sendo acompanhada pelo moreno. 

— Como vocês irão? Estão de carro? – Negamos. – Viemos em duas motos, podemos levá-las se quiserem. 

— Iremos aceitar, vou dar descanso para meu motorista. – April sorriu para Taehyung que afirmou entrelaçando suas mãos. 

Estava feliz pela loira, mas imensamente brava pelo desacato vindo de Jungkook. Sai do bar de braços cruzados, assim como Jungkook que caminhava em silêncio em meu lado. Ao chegar em suas motos, meu olhos percorreram por Jungkook que retirava o capacete do guidão de sua bela moto. 

— Coloca. – Jungkook disse sem saco, esticando seu braço para mim. – Se acontecer algo com a filhinha de papai, você pelo menos estava dentro da lei. 

— Não sei colocar isso. – Disse ainda de braços cruzados vendo-o bufar revirando os olhos. 

— Esqueci que tem pessoas que fazem isso por você. – Jungkook se aproximou de mim, me puxando para mais perto. 

Suas mãos seguravam o capacete, colocando-o cuidadosamente em minha cabeça. Nesse simples gesto, sei que tem bondade em seu coração. Meus olhos percorreram pelo seu rosto, me permitindo reparar cada detalhe de seu rosto. Tanta arrogância misturada com tanta beleza. 

— Coloque isso também. – Jungkook retirou sua jaqueta de couro, entregando-a para mim. – Você sabe colocar sozinha, né? – Afirmei retirando brutalmente de suas mãos.

Coloquei sua jaqueta de couro em meu corpo, sentindo a quentura de seu corpo que ainda permanecia na jaqueta. Seu cheiro também exalava forte. Uma fragrância amadeirada, que eu poderia ficar sentindo por horas e horas. O casaco ficou como um vestido em meu corpo, protegendo até do tamanho do vestido que eu usava. 

Olhei sem saco para April que sorriu arqueando suas sobrancelhas para mim, enquanto montava com cuidado na garupa de Taehyung. Jungkook subiu em sua moto, dando um espaço para que eu me sentasse ali. Era um espaço tão pequeno, que eu recuso de sentar. Mas, Jungkook me olhou impaciente, me fazendo não ter nenhuma escolha.

Sentei-me em sua garupa, enquanto Jungkook olhou-me por cima do ombro. Suas mãos rapidamente tocaram minha coxa, puxando-as para frente, mantendo nossa aproximação consideravelmente absurda. 

— Você precisa me abraçar, se não, na primeira curva você irá cair. – Jungkook disse alto fazendo-me negar. – Você acha que eu quero fazer isso? 

— Não acredito nisso... – Disse impaciente envolvendo sua cintura em um abraço, como ele mesmo pediu. 

— Não solta. – Ele disse autoritário, ligando a moto. 

Nunca havia andando de moto antes, e ele com certeza notou isso. Meus braços envolveram tão forte sua cintura e meu rosto encostou em suas costas, me fazendo até mesmo esquecer a raiva que eu sentia do mesmo. Com a aproximação de April e Taehyung, me faz ter certeza de que ainda brigarei muito com Jeon Jungkook. 

Nos vemos logo...




Notas Finais


O que vocês acharam? Não se esqueçam de compartilhar comigo seus surtos, teorias ou sugestões.

Ficou giga KAJSJAKAKKANSKAM

Concordam com April? Eu muuuuuuito. Mas, não sabemos por completo sobre Chloe, então, vamos tirar nossas próprias conclusões (exatas) nos decorrer da fanfic.

A mãe de April é tão boa, né? O pai dela não é diferente. Vocês verão a diferença em ambas famílias, é chocante.

April poderá namorar um nortista HWHSJAKJSJAJASKKAAK Taehyung só agradece.

Primeira vez da S/n bebendo álcool, gente. Ela bebeu aquele martini da vó dela, mas, é o primeiro coquetel só dela. Acho que ela ficou tão irritada com o Jungkook, que nem percebeu se estava alterada ou não.

Taehyung e April 🥺😍😪😩😓😫 É o casal, meu Deus. Eu já amo esses dois.

Jungkook deixou claro que odeio o pai da S/n na cara dela. Será que ela ficou incomodada? Eu no lugar dela tentaria não ficar, pelas coisas que o pai faz com ela... Mas, não deixa de ser pai, então é impossível não ficar meio irritada.

Taehyung é um capetinha também. Ele viu que os dois não se gostam nem um pouco e colocou-os juntos. É disso que eu gosto KANDOAMDNSKSMFMSKDMDK.

S/n gamou, né? KAKDKSKDJDKSKDMDKKS
Por enquanto, eles só tem ódio acumulado no interior de ambos.
Isso não vai prestar...

Vejo vocês no próximo capítulo, beijosss.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...