História Break the rules - 12

Jack estacionou, as duas garotas saíram antes que ele trancassem o carro com elas lá dentro.
Kim colocou as mãos no bolso de trás do shorts e começou a visualizar a fachada do lugar. Era como uma casa enorme, de modelo antigo e americano. Andava devagar até a entrada do lugar, sentiu algo esbarrar em sua perna.
- Ei! Olha por onde anda! - Reclamou.
- O-Oh me desculpe-e. - Era um garotinho, de mais ou menos seis anos de idade. 
- É… Tudo bem. - Whitesides sorriu sem jeito por ter gritado com uma criança e ele sorriu voltando a correr.
- Kim! Vai ficar parada aí o dia inteiro ou vai vir nos ajudar? - Faith gritou carregando uma caixa e Kimberly revirou os olhos rindo franco.

(*)

Depois de colocar sua segunda caixa, Kim limpou as mãos na blusa e começou a reparar na parte interna do lugar. Era aconchegante, podia se sentir mais "em casa", do que na sua própria casa.
- Vai começar, pessoal, vai começar! - Uma garotinha gritou e todas, digo, todas, as crianças correram para fora. 
Kim virou-se para trás vendo a porta bater, arqueou a sobrancelha e voltou a caminhar pelo lugar.
- Olá, marinheira! - Um senhor de idade com o chapéu da marinha parou na sua frente.
- Olá… Marujo. - Respondeu querendo ir.
- O que uma donzela bonita como você faz aqui?
- Não sei, faz tempo que eu não sei.
- Está perdida, marinheira?
- Acho que sim. Mas, talvez, esperando um resposta da vida. - Riu fraco.
- Marinheira, a gente sempre espera, lá no fundo, perdido, soterrado e cansado que a vida nos compense de alguma maneira. - Kim suspirou. -  Tempestade a vista, tripulação! - O senhor saiu correndo. 
Deu meia volta, empurrou a porta e parou para olhar uma roda de crianças risonhas.
- Olha pessoal. Tio Jack! É a garota bonita de quem eu falei! - O pequeno de antes apontou para Kim, foi correndo até ela. - Senta com a gente, tio Jack vai nos contar uma história! - Arrastou-a em meio ao seus "não". Decepcionante que um garoto que bata no seu joelho, seja mais forte.
Gilinsky segurava um livro de contos infantis, olhou para a garota com raiva e voltou a sorrir para as crianças. Kim olhou para o garotinho  que implorava para que se junta-se a eles e assim fez.
Sentou-se de pernas cruzadas e logo veio uma garotinha mexer e elogiar seu cabelo "maluco".
- Qual seu nome? - Kim sussurrou para o garoto e Jack olhou para ela, pois, estava atrapalhando a história.
- Richard, mas me chamam de RD! e o seu? - Sussurrou de volta.
- Kim! - Sorriu.
- Prazer em conhece-la. - Beijou sua mão e ela riu baixo.

(*)

- E viveram feliz para sempre. - J.  fechou o livro de conto de fadas, terminando de contar.
Uma garota estendeu a mão para cima, agoniada para ser vista. 
- Fala, Catarine. - Jack falou sorridente.
- Por que as pessoas se casam? - Questionou. 
- Bom… Eu não sei bem sobre o assunto, mas eu acho que seja porque estão apaixonadas. 
Outra criança levantou a mão da mesma forma e Jack gesticulou que podia falar.
- Então o amor acaba? Por que também se separam, não é mesmo? 
- Talvez um dia eu possa responder todas essas perguntas para vocês. - Sorriu.
- Eu sei que vou me casar com Kim e vamos ser felizes para sempre. - Richard entrelaçou seus braços e a garota a olhou surpresa rindo. 
- Vocês não são um casal, RD. Se liga! - A pequena Nicole exclamou, se levantando.
- Somos sim! - Richard também se levantou.
-  Você é tão bobo! - Colocou as mãos na cintura.
- E você é chatonilda! - Nicole abriu a boca em um perfeito 'o' e mostrou a língua para ele, que fez o mesmo. A garota saiu correndo.
- Ih! - As crianças falaram e RD ficou cabisbaixo.
- Vai atrás dela! - Kim falou e ele foi correndo no mesmo segundo gritando seu nome.
Silêncio.
- Vamos brincar de esconde-esconde! Tá comigo! - Um menino gritou naquele meio e todas as crianças se espalharam.
Sobrando apenas Jack e Kim. 
Tudo fica como está até Gilinsky tirar o nariz de palhaço, pegar o livro e se levantar. Kimberly se levantou limpando o shorts.
- E-Eu achei bem legal o que você faz por eles. - Arriscou falar para Jack que estava alguns passos à sua frente.
Ele parou de andar e se virou lentamente para a garota que engoliu em seco. 
- Obrigada. - Sorriu torto. - Eles gostaram de você. - Kim sorriu da mesma forma e colocou as mãos no bolso. 

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