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História Breaking The Rules. - Chapter 2.


Escrita por: chokyowa

Notas do Autor


Oi, oi. Depois de tanto tempo aqui está o segundo capítulo de BtR. Espero que gostem, escrevi com muito amor. Peço desculpas pela demora para a atualização, ando tendo alguns problemas e também não tenho internet em casa, espero que entendam. Eu mesma revisei o capítulo, caso algum erro tenha escapado, peço mil desculpas, me perdoem, sejam bonzinhos. ;;
Boa leitura.

Capítulo 3 - Chapter 2.


O restante do dia foi tranquilo, ninguém mais tocou no assunto daquele tal parente indo morar com eles durante aquele ano para que pudesse estudar no mesmo colégio que o único estudante daquela casa.

A janta foi servida e esse foi o motivo de DongHae finalmente ter saído de seu quarto. Caminhou calmamente até a cozinha e colocou a comida em um prato, não disse nada, apenas terminou de se servir e resolveu comer sozinho na sala, isso enquanto sua mãe e seu irmão o observavam em busca de alguma explicação por ter se revoltado com uma noticia tão boa, para eles era boa, pensava completamente o contrário.

A poltrona foi ocupada por seu corpo e uma almofada foi colocada em seu colo para apoiar o prato. O celular começou a vibrar dentro do bolso, por isso apressou-se em pegar o aparelho e viu que recebeu uma mensagem de texto. Desbloqueou a tela e abriu a sms, vendo que se tratava de Jessica curiosa com a tal notícia.

“Me conta, me conta, não seja mal, você não me ligou até agora e eu estou curiosa, aish.”

Um riso baixo foi solto pelo garoto, apenas porque chegava a ser engraçado o fato de como a loira era curiosa. Os dígitos tocavam a tela do celular com cuidado e então logo enviou a resposta.

“Um primo do interior vem morar conosco para terminar os estudos comigo, minha mãe ficou feliz porque costumávamos brincar quando eu ia lá.”

“Isso é bom ou ruim? E nossa... Ele ainda se lembra de você depois de tanto tempo?”

“Parece que sim, ou é a mãe dele também o enchendo para me reencontrar. Mas enfim, vou jantar. Amanhã nós conversamos direito, vou tomar banho e dormir depois.”

“Ok, Hae. Bom apetite e boa noite. Vou fazer o mesmo agora.”

O celular foi largado em um dos braços da poltrona e então voltou a atenção para o prato de comida que estava em seu colo, isso enquanto assistia a um programa aleatório na televisão, por mais que nada o interessasse além do canal de música, ainda iria aparecer ali como um grande astro, assim como todos aqueles que admirava, era seu sonho.

A refeição foi feita lentamente, até porque não conseguia tirar aquela notícia de sua mente. Por mais que não estivesse muito interessado nisso, estava fazendo de tudo para tentar recordar de algum parente que significou muito pra si, mas toda vez que tentava lembrar-se de sua infância, a primeira lembrança era o acidente, por isso desistia. Ao terminar de comer, levantou-se da poltrona e foi para a cozinha deixar a louça na pia, agora apenas sua mãe estava no cômodo.

- Mãe... – puxou a cadeira ao seu lado e tocou o queixo para pensar em como tocaria naquele assunto. – Esse tal primo... Você tá falando de um dos filhos da sua irmã mais velha, né?

- Sim, filho. É a única que ainda vive aqui na Coreia e ela que herdou a fazenda, né. – explicou com um leve sorriso, tinha orgulho da própria família.

- Hm, ok. – foi tudo o que disse e levantou-se para ir direto para seu quarto, escutou-a chamar, mas não iria mais ouvir nada sobre seu passado, agora tudo o que desejava era dar um jeito de esquecer todas aquelas lembranças que o deixou fechado daquela maneira. O corpo caiu de qualquer jeito na cama, mas logo se virou de barriga pra cima e ficou observando o teto branco, era sempre assim que ficava quando estava pensativo demais, permaneceu assim até pegar no sono.

~ ❅ ~

Ao amanhecer, por mais que ainda quisesse dormir até tarde, não conseguiu. A faladeira no corredor da casa impedia que isso fosse possível. Sentou-se na cama e coçou os olhos demoradamente. Os fios agora aloirados estavam assanhados e tampavam parte de seu rosto. Jogou o cobertor para o lado, descobrindo-se e então se deslizou pelo colchão até colocar-se de pé. O mau humor de todos os dias estava bem maior, isso porque detestava ser acordado daquela maneira. Alcançou uma camiseta largada no chão e a vestiu no mesmo instante, podendo cobrir a tatuagem que mesmo depois de cinco meses tendo-a feito, sua mãe não sabia da existência dela. A mão tocou a maçaneta e quando pensou em girá-la, parou ao ouvir algumas vozes próximas a porta.

- Tudo bem, tia. Só vou pegar algo que esqueci aqui, não vou acordar o DongHae. Sei que ele pode me matar caso fizer isso. – aquela voz meio aguda e a risadinha curta só poderiam pertencer a SooYeon e por isso o garoto destrancou a entrada do quarto e abriu-a em seguida.

- Jess, vem cá. – puxou a amiga pelo pulso e fechou a porta em seguida. – Primeiro o que você faz aqui essa hora?

- Ah, eu vim buscar seu iPod, iria pegar e deixar um bilhete avisando, iria à gravadora agora mesmo e aproveitaria pra mostrar uma das suas composições para o produtor. – a garota sentou-se na cama do amigo e cruzou as pernas, aproveitou para arrumar um pouco a saia que cobria até metade de suas coxas. – Escuta... – o tom de voz diminuiu e o outro logo se aproximou ao ver que era algo que os outros não poderiam ouvir. – Tem uma senhora e uma garota lá na sala, conversavam com sua mãe antes dela me acompanhar até aqui... Será que são aqueles seus parentes?

- Senhora e garota? Não tem mais ninguém? – uma das sobrancelhas arqueou-se, afinal sua mãe havia dito que um primo moraria ali e não uma prima.

- Não, só as vi... Se bem que o seu irmão não tá em casa, será que saíram juntos? – a face pendeu-se lateralmente.

- Se saíram, ótimo. Vou tomar um banho rápido e trocar de roupa, assim vamos juntos para a gravadora, melhor o cara conhecer quem compôs tudo, não acha?

- Ótimo, eu ia sugerir isso caso você estivesse acordado. Vou ligar para o papai e avisar que vou demorar um pouco porque você vai e trazer meu motorista pra dentro, ele está me esperando no carro. – riu.

- Ok, combinado. – foi tudo o que o garoto disse, logo estava com uma toalha sobre os ombros e dirigiu-se para fora do quarto com a loira, ela seguiu pelo corredor, ele entrou no banheiro na metade deste.

~ ❅ ~

O corpo estava imóvel no banco do carro e as mãos tremiam tanto que a garota notou isso mesmo estando meio afastada para olhar a cidade através da janela. O corpo deslizou-se pelo banco do automóvel até estar bem ao lado de seu amigo. Uma das mãos tocou seu ombro e massageou-o para tentar relaxá-lo de alguma coisa, por mais que entendesse muito bem o porquê daquele nervosismo todo. Um pequeno sorriso brotou em seus lábios rosados e então foi aproximando-se até que os lábios tocaram a bochecha de DongHae, selando esta.

- Estou muito orgulhosa de você, Hae. – quebrou o silêncio e o sorriso que abriu foi tão largo que mostrou seus dentes brancos e perfeitamente alinhados. SooYeon além de ser uma das garotas mais belas da Coreia, também era dona de um sorriso encantador.

- Ainda não acredito que o produtor gostou das minhas músicas... Isso já é meio caminho andado. – parte de seu sonho parecia ter sido realizado e por isso acabou abrindo um sorriso enorme, um daqueles que era raro as pessoas em sua volta ver, mas estava feliz e tinha certeza de que finalmente a sorte estava ao seu lado. – Só preciso de uma letra para esses ritmos... Essa é a parte mais difícil...

- Hm... Porque não tenta ouvir suas músicas favoritas? Olha as melodias, deixe-as tomar conta de você, pensa em algo bom, seus sonhos. Pensa no quão inspirador é estar sobre um palco com milhões de pessoas te assistindo e repetindo, Hae. Hae. Hae. – riu baixinho por ter exagerado um pouco, já estava se preparando para receber um corte de seu melhor amigo, mas surpreendeu-se quando os olhares encontraram-se e um brilho alegre ainda se fazia presente nos olhos do rapaz.

- Por um lado você tem razão... Isso é inspirador e eu adoraria estar no palco com milhões de fãs gritando o meu nome... Vou pensar em algo hoje, vou me trancar no estúdio e pensar. – assentiu decidido e olhou para a capinha de CD em suas mãos. Mordiscou o inferior em expectativa, mas lembranças fizeram todo o seu ânimo desaparecer repentinamente. – Não, esquece...

- Não pode se trancar na garagem? – era lá que o garoto guardava todos os seus instrumentos já que sua família não tinha um carro. Sua guitarra nova, uma bateria, um teclado e um violão, tudo estava lá, além de microfones e quase tudo que se tem em um estúdio de gravação ou naquelas salas que bandas costumavam usar para ensaiar.

- Se esqueceu dos meus parentes? – resmungou alguns palavrões pra si mesmo e logo uma das mãos deslizou-se pelos fios claros, era um sinal do nervosismo excessivo que tomava conta do corpo. – Porra... O que eu faço agora... – tocou o queixo para pensar.

- Me permite? – o olhar do garoto sobre si indicava que poderia sugerir algo. – Vem pra minha casa, de noite o meu motorista te deixa na sua, inventamos uma desculpa sobre o colégio ou da produtora e mais tarde você só chega e vai dormir, sem passar nervoso.

- Até que não é uma má ideia... Ok, podemos ir.

- Sr. Choi. – chamou a atenção do motorista que olhou pelo retrovisor. – Por favor, vamos até minha casa e depois só irei precisar dos seus serviços para deixar meu amigo seguro em sua casa.

- Sim, madame. – obedeceu a garota que era sua superior.

~ ❅ ~

Após chegarem a casa que pertencia a SooYeon – o que mais parecia uma mansão – passaram direto para a sala e foram subindo as escadas, seu pai havia chegado mais cedo e viu os adolescentes indo para o segundo andar, isso o fez torcer os lábios e seguir os dois até uma sala que existia atrás de uma das portas do corredor extenso.

Era um cômodo espaçoso e as paredes eram pintadas de preto e nelas estava escrito inúmeros nomes de bandas de rock ou até mesmo algum grupo pop, era tudo que Jessica gostava, apenas uma das paredes era vermelha e no topo dela tinha alguns detalhes que parecia fogo muito bem desenhado.

- Já falei que adoro essa sua sala? – DongHae sentou-se em uma das poltronas de couro e indicou uma das guitarras da loira, ela também tocava, mas apenas por um hobby, não tinha um sonho como seu melhor amigo. O instrumento lhe foi entregue. – Ok... Vejamos se já... – foi interrompido quando o Sr. Jung abriu a porta e entrou.

- SooYeon, já disse para deixar a porta aberta quando estiver sozinha com um garoto. – seu tom de voz era rude, mostrava o quanto falava sério naquele instante.

- Pai, é o DongHae, não tem problema.

- Não deixa de ser um garoto, não me desobedeça. E você, garoto... – apontou para o rapaz que apenas arqueou uma das sobrancelhas. – Eu sei muito bem o que garotinhos da sua idade querem, mas nem pense em encostar um único dedo na minha princesa.

- PAI! – a expressão era incrédula e as bochechas estavam coradas, não estava acreditando que ele havia usado aquele termo, justo na frente de DongHae. Nunca ficaria em paz depois disso, tinha certeza. Sentiu algo encostar-se a si e ao desviar o olhar para o lado viu que era o indicador de seu amigo cutucando a lateral de seu corpo.

- Encostei. – estava desafiando o senhor.

- Escuta aqui, moleque. – foi interrompido de levar aquela discussão adiante porque desta vez a Sra. Jung entrou no cômodo.

- Posso saber o que está acontecendo aqui? – as mãos apoiaram-se na cintura e um dos pés batia impacientemente no tapete macio que tomava conta de todo o piso daquela sala.

- Tia! – o estudante levantou-se e seguiu até a senhora, envolveu sua cintura e o abraço logo foi correspondido. – O seu marido estava brigando comigo só por estar aqui... Não sou mais bem vindo? – os lábios torceram-se e as sobrancelhas abaixaram-se em uma expressão bem decepcionada.

- Você é sempre muito bem-vindo, querido. Ignore e aproveite enquanto está aqui. – soltou-o do abraço e foi saindo levando o marido junto, fechou a porta em seguida. Os estudantes estavam sozinhos novamente.

- Desculpe o meu pai, Hae... – a loira alisou as mechas compridas e então se sentou no tapete fofo de frente para a poltrona que o amigo estava. – Posso fazer uma pergunta?

- Diga. – nem ao menos a fitou, estava mais concentrado em como seria a letra que faria parte das composições feitas há um tempo.

- Não é estranho você não se lembrar de nada da sua infância antes do acidente? Digo... Nem dos seus parentes? Sua mãe disse que era muito apegado a esse primo que vem morar aqui, não é?

- É, é verdade. Mas... Sei lá. Eu realmente não me lembro de nada muito detalhado, sabe? Toda vez que tento lembrar vem algumas imagens na minha mente, mas só vejo a mim mesmo ou meu irmão... Quando vai aparecer as outras pessoas, uma luz branca me impede de ver os rostos e se me forço para tentar lembrar me dá uma dor de cabeça terrível.

- Nunca procurou por fotos ou algo do gênero? – estava um pouco interessada naquele mistério.

- Não, agora que você falou... Isso pode me ajudar, deve ter alguma foto que mostre o rosto deles. Eu lembro que tinha um retrato no meu quarto, com uma foto minha com meus primos, mas minha mãe guardou quando mudei a decoração por ter chegado à adolescência. – deu de ombros e passou a olhar para a guitarra que estava no colo, arrumou as cordas antes de pegar uma das palhetas para começar a tocar.

~ ❅ ~

As horas passam rápido quando você finalmente está se distraindo, mas infelizmente chega o momento em que você tem que voltar pra casa e deixar toda a distração para trás. O garoto desceu do carro que o levou para cara e suspirou pesadamente. O corpo girou para que pudesse ficar de frente para a amiga que ainda estava dentro do veículo, curvou-se até a janela aberta para que a observasse melhor desta forma.

- Bom, nos vemos na aula então, né? – arqueou ambas as sobrancelhas.

- Sim, sim. Mais um longo ano de estudos nos espera. - riu nasalmente. – Qualquer coisa estarei com o celular, se cuida. – fechou o vidro e disse para o motorista que já poderia prosseguir.

O garoto ficou de frente para o portão de sua casa novamente, estava sem a chave do mesmo e por isso pulou o pequeno muro de entrada e caminhou calmamente até a porta. Uma das mãos tocou a maçaneta e antes de girá-la respirou fundo para que pudesse manter a calma, conseguindo isso, finalmente foi para dentro de sua residência. Os calcanhares deslizaram-se um pelo outro, assim retirou o tênis que calçava e deu os primeiros passos para sair do corredor de entrada.

Ao chegar à sala o olhar encontrou-se rapidamente com o de outro rapaz que aparentemente parecia ter sua idade, porém era mais velho, aquele era o seu primo que não via há anos, mas não tinha consciência disso.

- Então você finalmente chegou, DongHae. – o tom de voz era animado e os lábios pouco carnudos e rosados do outro foram curvando-se em um sorriso tão largo que suas gengivas logo ficaram expostas. O corpo ergueu-se do sofá e assim mostrou seu corpo pouco mais alto que o próprio e magro. Estava todo de preto e isso destacava sua pele tão branca. Seu cabelo estava tingido em um vermelho vivo e o penteado era um moicano pequeno, as mechas não eram tão compridas. Aproximou-se do outro e estranhou o menor não ter reagido até aquele instante. Franziu o cenho confuso.

- Eu te conheço? – diferente do rapaz que lhe cumprimentou, não mostrou nenhuma emoção ao vê-lo. A voz era seca e os braços cruzaram-se na altura do tórax. Seu olhar era familiar, mas não lhe fazia sentir nada em especial. Então aquele era o seu primo tão amado na infância? Duvidava. Se realmente fosse, ficaria feliz em vê-lo, sentiria algo, mas isso não aconteceu. – Vê se sai do meu caminho. – revirou os olhos.

- DongHae, isso é jeito de tratar seu primo depois de tanto tempo? – sua mãe repreendeu-o, mas nada fez.

O estudante ergueu os ombros para mostrar que falar não adiantaria nada, iniciou os passos para desviar de quem estava em seu caminho e foi direto para o seu quarto. Ao entrar ali, viu um colchão ao lado de uma cama, uma mala e um suporte para guitarra, os passos travaram naquele instante. Passaria o resto do ano com aquele garoto lhe perturbando e querendo fazer a si lembrar-se do passado, já estava imaginando tudo. A cada ano que passava sua vida ficava pior, isso era o que mais tinha certeza. Suspirou pesadamente.

- Ah, isso não vai ficar assim. – comentou baixo para si mesmo e girou o corpo para ficar de frente para a porta de seu quarto, sairia e tiraria satisfações sobre aquilo, não deixaria um desconhecido dormir em seu quarto. Primo querido... Isso era o que falavam, ainda não tinha conhecimento de quem era ele e por isso o queria o mais longe possível. Na porta de seu quarto estava ele, o ruivo que para si, havia acabado de conhecer.

- Ah, isso vai ficar assim sim. – dessa vez seus lábios não formavam um sorriso animado como o anterior, era mínimo e irônico. – Nosso ano mal começou... Priminho.


Notas Finais


Desculpe se teve erros de gramática, concordância ou até mesmo na formatação.
Até o próximo quando for possível.
twitter: @bbyhae


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