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História Bring Me the Mermaids - Special: Levy McGarden


Escrita por: Blonder

Notas do Autor


Incrivelmente, a tampinha dos cabelos azulados venceu a contagem. AUHSDAHDAUSHDU Mas, o emocionante é eu não ter demorado em postar capítulo :D TÁ MASSA! AUHDAIUHDAIUHDAUISHD Gente, adorei escrever ela. Foi bastante diferente do que queria e jamais esperaria pegar a história dela. O próximo vai continuar na rotina, porém vai demorar. MAS, já estou escrevendo, relaxem. OK, chega. Vão ler!!! Beeeeeeeeeeeeijos! <3 <3 <3

Capítulo 30 - Special: Levy McGarden


Tédio não seria a palavra apropriada, mas era o que estava passando na cabeça. Digamos que, depois de uma manhã aprendendo como bordar, passar a tarde ouvindo o grupo de nobres fofocando sobre outro grupo de nobres me trazia apenas insatisfação. As caras e bocas feitas pelas mulheres ao meu redor apenas aumentava meu desprezo por elas. Não era por mal, mas saber que a mulher do Conde Howler está prestes a traí-lo com outro Conde, não era algo que queria saber tanto. Aparentemente, ela é sem vergonha por fazer algo do gênero, porém astuta por tentar algo com um Conde de posição social maior que o marido.

E esse fato me entedia.

A família McGarden, por fazer parte de uma das nobres famílias do Reino, tem a obrigação de preparar o herdeiro para que o uso deste seja essencial para o futuro. Infelizmente para meu pai, nasceu uma menina. Para minha amada mãe, foi uma felicidade extrema ter uma menina para cuidar e tratar como se fosse uma boneca. Para meu amado pai, foi um desastre. Se nascesse homem, poderia lhe dar um herdeiro com uma facilidade maior.

Ser um homem na sociedade nobre é algo divertido, ser uma mulher na sociedade nobre é o puro tédio. Não há nada de interessante para fazer! Esta manhã tive aulas de conversação em francês, bordado e agora estou em um café da tarde com as outras damas jovens. Essas garotas falam sobre muita coisa, é complicado acompanhar o que falam. Oras falam de vestidos que saíram na França, oras falam das diversas mulheres que circulam nosso meio social. Em momentos como esse, gostaria de estar na biblioteca.

– Senhora McGarden, o que acha do que a Condessa Howler fez?

Olhei desanimada para a dona da voz. Diferente delas, não tinha uma opinião tão excêntrica sobre a decisão da mulher, mas sim uma certa admiração e animação. Não é um assunto que gosto de falar, mas definitivamente é algo a se pensar. A Condessa vai começar a viver algo que é diferente do que vivemos, e isso é fantástico. Fico imaginando os encontros, como ela vai falar com ele e, meu bom Deus, como que o Conde vai agir quando descobri o que sua senhora está com um caso com outro. 

Se eu pudesse ter tantas aventuras assim…

As meninas ficaram me olhando esperando a resposta e caí na realidade. Não poderia ser tão viajante desta forma quando estou próxima a elas. Peguei a xícara de chá e engoli um pouco do líquido, fiz uma feição como se estivesse pensando na resposta. O que é verdade. Respondê-las que estava curiosa como a relação se dará certamente fará com que me olhem estranho e vão me encher de perguntas.

Pior que isso, são elas se afastarem de mim. Não que veja como um evento ruim, seria maravilhoso se ocorresse. Mas elas pertencem a famílias nobres, não poderia ser rude com nenhuma, a não ser que demonstrem desrespeito comigo, o que também nunca acontece. Quem se demonstraria desrespeitosa para a filha do Duque McGarden e noiva do filho do Grão-duque próximo ao Rei?

– Acredito que a Condessa está sendo indevida. – Pousei a xícara na mesa e olhei as demais. – Por qual motivo está tentando seduzir um homem quando já se tem? Para além, acredito que sua posição social pode cair por apenas desejar outro homem.

Minha boca diz coisas diferentes do que penso, e isso me deixa exausta. Estava tremendo de ansiedade para saber das mil possibilidades que fizeram a Condessa ir atrás de outro homem. Seria que seu esposo é mau? Ou será que a família Howler não tem fortuna? Ou, talvez, ela simplesmente goste de ir atrás de outros homens? Seria interessante se fosse.

O que falei não foi significativo para as meninas, pois logo voltaram a fofocar sobre outras coisas. Senti tentada a pedir licença e sair da mesa. O dia estava bonito, mas não para esses assuntos. A biblioteca me providenciaria diversos prazeres que nenhuma outra conversa faria. Mas é claro, não poderia fazer algo assim.

Com meu pai me observando do escritório, sair não era uma escolha.

[…]

A semana havia sido estressante. Os ensinamentos básicos com as mentoras não estava me aliviando e sim irritando. Se fosse para mais uma roda de conversa fútil, provavelmente não seguiria as ordens de meu pai. Pedi para uma das criadas atenderem as meninas e dizerem que estou indisposta, enquanto vão embora, sigo para a biblioteca.

Segui por alguns corredores e rapidamente cheguei ao cômodo. Melhor local da casa! Não aprendi a ler com tutores, como os vários homens da família, uma das criadas sabe ler e por termos uma certa amizade, ela me ensinou. Foi divertido no começo. Em meus oito anos aprendi bastante e logo estava absorvendo quase todos os livros da biblioteca.

Meus pais não sabem, logicamente, não quero ser proibida de entrar aqui. Sempre dou a desculpa que é um lugar de paz, portanto gosto de descansar no extremo silêncio. Não é uma desculpa totalmente errada, já que gosto do silêncio.

Ah! O maravilhoso cheiro dos livros me deixa entorpecida! A biblioteca daqui de casa é enorme, com diversas estantes e com tantos livros que sou capaz de delirar. Sem perder tempo, aproximei de uma estante e peguei um dos livros que estava lendo semana passada. Não posso vir aqui todos os dias, portanto, semanalmente venho para me manter atualizada dos acontecimentos literários.

Na nobreza, existem várias regras. Entre as mulheres, existe a de nunca deixá-las longe das fofocas, é um erro irremediável. Meu caso é parecido, porém com as obras lidas. É ruim voltar para o quarto sem saber se o personagem principal achou o tesouro; se mataram o herói ou se, finalmente, conseguiram completar a missão proposta por alguém importante.

Romances também me interessam, é lindo quando um casal apaixonado passam por diversas situações e, depois de tanto tempo, conseguem ficar juntos. Chego a desejar isso em alguns momentos, um romance com alguém desconhecido, mas não tenho tanta sorte. Durante meus dezesseis anos de vida, meu destino está nas mãos dos meus pais e desde nova fui falada que tenho um noivo. Jamais o conheci, mas sei que é mais velho que eu e tem um grau de importância social maior. Não tenho o direito de desejar sonhar desta forma, ainda mais com um noivo.

Sentei na poltrona e abri a página em que me encontrava anteriormente. É muito fácil entrar no mundo dos livros, ainda mais quando estes são tão belos. Piratas, viagens e aventuras! Quem não pode amar algo assim? Gostaria de ter esse tipo de vida, deve ser melhor e mais divertido do que conversas tão fúteis e planejamentos desnecessários.

– Querida? – Olhei para a porta e me surpreendi com minha mãe. – O que está fazendo? – Olhou para o livro em minhas mãos, o fechei rapidamente.

– Nada mamãe, acreditei que teria algumas figuras e resolvi me aventurar por ele. – Coloquei a obra na estante novamente e fui em direção a minha mãe. – Deseja algo, mãe?

O sorriso que ela abriu não me trouxe ânimo nenhum, em seu lugar, um grande desânimo apossou de mim. Já sabia o que diria.

– Troque de roupa e vá se arrumar! – Me puxou pelo braço, me deixando na sua frente depois. – Temos um convidado bastante especial.

Rolei os olhos enquanto era guiada para o quarto, ainda bem que ela não pode ver. Assim que chegamos no cômodo, mamãe pediu para retirar o vestido para substituir por um outro mais bonito. Toda vez que estava prestes a colocar um, chegava ela com outra veste que poderia me deixar mais bonita. A criada que estava em meu quarto era a que mais sofria, na troca de roupa, era ela que segurava os vestidos que tentei colocar e os que minha mãe trouxe. Ficamos nessa troca de roupa durante muito tempo, até que irritei por tamanha agitação e a puxei de volta para o quarto.

– Posso saber quem é o convidado especial? Está me fazendo ficar tonta com tanta ida e volta.

– Ora querida, não falei? – Falou com tanta sinceridade que quase assenti, mas precisava saber quem era. Neguei com a cabeça. – O Grão-duque Dragneel e sua família vieram nos visitar.

Arregalei os olhos surpresa. Isso sim era ser especial! E interessante. Os Dragneel não costumavam visitar famílias do nada, a não ser que tivesse algum interesse envolvido, era assim que eles eram. Minha família não tinha o tanto de poder político e econômico para que eles pudessem se envolver. Provavelmente meu pai fez algo errado, e um dos braços direitos do Rei está querendo resolver isso.

Não é uma hipótese que me agrada, mas que talvez é a certa. Sem cerimônias, minha mãe empurrou-me de volta para os milhões de vestidos que a pobre criada carregava, dizendo que voltaria com mais. Definitivamente, não a deixaria fazer isso. Peguei o primeiro vestido com a criada e a pedi para que me ajudasse a colocar. Sofridamente vesti o espartilho e, mesmo sem busto algum, tive que apertá-lo, respirar seria uma tarefa complicada.

Torci para que a Grã-duquesa não perceba o sofrimento. Corri para a penteadora e passei o pó. Peguei o batom vermelho para contrastar a cor branca em meu rosto. Não tenho muitos traços que chamam atenção, então tenho sorte de ter os cabelos azulados da família para dar destaque. Pensei em penteá-los, porém gostava de deixar bagunçado, então apenas peguei uma fita e joguei a franja para trás, amarrando logo em seguida.

Falei para a criada que se minha mãe aparecesse, era para dizer que já me arrumei e fui de encontro aos Dragneel. Sai do quarto me perguntando onde estariam os convidados e o anfitrião. Na biblioteca não poderiam, tinha acabado de sair de lá. Espiei na janela observando o tempo, o céu estava um pouco nublado, portanto não poderiam levá-los para o jardim.

O único lugar lógico é a sala de visitas, que é apropriado o bastante para eles. Ventila, é bem iluminado e a decoração não é fascinante, mas também não deixa a desejar. Não precisei correr imaginando que minha presença era obrigatória, visto que minha mãe apenas queria a família no cômodo. Antes de entrar na sala, coloquei meu ouvido na porta para saber o tipo de conversa.

– … demorando demais, não?

A voz do homem era grave, muito grave. Acredito que seja o Grão-duque James Dragneel.

– Minha esposa foi chamá-la, senhor. Peço desculpas pela demora.

Então minhas perspectivas sobre minha presença estavam erradas, preciso mesmo entrar. Passei a mão pelo vestido, respirei fundo e bati à porta. Meu pai abriu e não escondeu o alívio em seu rosto ao me ver. Deu espaço e adentrei observando os convidados especiais. A sala de visitas consiste em três poltronas viradas para um pequeno canapé, e o que dividia os assentos era uma mesa de centro. A família Dragneel se encontrava nas poltronas, sendo que a Grã-duquesa sentava no canto, com seu cabelo armado para cima e seu vestido ricamente decorado. O Grão-duque no centro e seu filho no outro canto.

O silêncio, que já parecia ter, aumentou com a minha chegada. Estava desconfortável estar no cômodo.

– Levy McGarden, senhores. É um prazer tê-los em nossa casa.

Me curvei levemente para eles e sentei no canapé. Papai acompanhou-me. Os olhos meticulosos da Grã-duquesa mediam cada detalhe em meu corpo, desde os pés aos cabelos.

– Pare de olhar a pequena McGarden dessa forma Eliza, vai assustá-la.

O jovem de cabelos rosados falou olhando para mim, terminando sua fala sorrindo singelamente para mim. Sua voz era grave, mas não quanto seu pai. Por educação, sorri de volta. Não estava sentindo-me agradecida de fato. Ele aparentava ser tão jovem como eu, porém com vivências bastantes diferentes. Sua fala, não parecia ser autêntica, e sim uma farsa. Talvez por isso não senti vontade de agradecê-lo por me proteger de sua mãe.

– Não estou a assustando, Natsu! – A Grã-duquesa olhou repreensiva para o rosado. – Está fazendo eu parecer uma pessoa ruim. – Defendeu-se.

– Jamais pensei desta forma, mas concorde comigo, se ficar olhando demais, é capaz dela não conversar. – Ela abriu a boca surpresa e ele abriu o sorriso abertamente. Parecia ter ganhado uma luta. Depois disso, olhou para mim novamente. – Pode nos dizer o que gosta de fazer?

Não poderia dizer, já que é um hobbie não tão admirado pela nobreza, ainda mais pelas mulheres. Pensei bastante sobre algo que pudesse gostar, de tantos aprendizados, deve haver um que me atrai além das leituras.

– Gosto de tocar o piano, senhor Dragneel. Não sou tão boa quanto as outras senhoritas, mas a melodia me encanta.

Sorri envergonhada. Não era tão boa quanto gostaria, porém me satisfazia em ouvir os outros tocando.

– É uma moça bastante educada. – Comentou a mãe.

– Queríamos dar a ela uma boa educação, senhora. – Papai parecia orgulhoso pelo comentário. – Fomos atrás das melhores mestras para ensiná-la a ser uma boa esposa.

– E pelo visto está dando retorno. – O Grão-duque passou a mão no queixo. – Acredito que os preparativos para o evento estejam encaminhados.

– Sim, senhor. Esta semana ainda vamos levar Levy para provar os vestidos.

Evento? Vestidos? O que meu pai está dizendo? Olhei para ele esperando uma resposta, porém sequer virou para mim.

– Temo que aqui não tenham vestidos adequados. – A Grã-duquesa colocou a mão no queixo. – Provavelmente terão que viajar para outros Reinos e procurar um que seja digno.

A Grã-duquesa não continuou sozinha o receio, minha mãe adentrou no cômodo um pouco tempo depois. Com ela, veio uma criada trazendo biscoitos e chá. As duas senhoras ficaram conversando sobre diferentes tipos de vestidos e como deveriam ser para um evento que eu não sei. Os homens começaram a comentar sobre dotes, locais e quem poderiam ser os convidados dessa festa. Com tanta informação, fui chegando a uma conclusão pior do que imaginava.

Pior do que estar noiva, é estar noiva de Natsu Dragneel.


Notas Finais


É o maior especial que escrevi na vida O.O Parem para pensar, os outros não tem mais de 1.500 palavras, sem or. Fiquei muito animada >< Qualquer erro, me avisem! Mas e ai gente, o que acharam? <3


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