História Bring Me To (After)life - Ascension Of The Spirit

Saí da escola (lê-se prisão, mas com comida pior) o mais rápido possível e fui até à estação do autocarro. Esperei durante 20 minutos até algum decidir aparecer, mas não me importei, estava na boa companhia do meu Ipod. Entrei no autocarro e fui para casa.

* * *

Estava aborrecida, não me apetecia fazer o almoço, mas lá me arrastei até à cozinha. Como era habitual, a minha mãe não estava em casa, o que até me agradava.

Peguei no rádio e pus a tocar o único CD não pirata que tinha, Fallen, da minha banda favorita, Evanescence. Tinha saudades da minha irmã. Todas as notícias que recebia dela eram uma carta mensal com uma parte do cachê para gastar no que quisesse. Não que não gostasse, mas a companhia dela fazia-me falta. Às vezes imaginava como seria se ela compusesse para mim. Talvez fosse algo deste género:

"(Faz a massa)

Põe água a ferver

(Não te esqueças do sal)

Põe na panela

(Óleo)

Desliga quando tiver al-dente"

Admirava-me com a minha estupidez. Uma música dedicada a massa parecia-me improvável. A original era melhor.

Lá despachei o almoço e, naturalmente, fui para o computador.

– Jeez, hoje a minha dash tá uma bela merda! - ri-me, tinha chegado a um ponto onde a minha insanidade me punha a falar com objetos.

– Hey! Hey, you!

Hahahahaha, ouvi o computador a responder, estou pior do que pensava.

– Olá tumblr, tudo bem? Como vai a vida?

– Hey, speak english, I didn't get a fucking word of what you just said.

– What the fuck? Devo tar a delirar.

– It's better, but I still don't understand.

– Wait... Who are you? - fiquei um pouco aflita, a conversa de um computador não seria assim tão reles.

– Sorry if I scared you!

~a partir daqui a conversa será traduzida~

– Ainda me estás a assustar...

– Vira-te. - segui as instruções da voz.

– Ai cruzes canhoto! Quem és tu e o que fazes aqui? Eu não acredito em fantasmas! - disse isto um pouco na tentativa de me acalmar a mim própria.

– Calma míuda, relaxa, é tudo na boa!

Esta voz... Não me era estranha... ou melhor, era estranhamente familiar.