História Bring Me To Life - What Do You Feel For Her?

Nathan's POV 

               Abri a porta do meu quarto, e dei passagem para que Max adentrasse o cômodo.
               Ele entrou  e sentou-se em minha cama. Eu não conseguia arranjar forças para iniciar aquela conversa. Eu simplesmente tentava desesperadamente mentir para mim mesmo, dizendo, mentalmente, que não era nada de mais e que eu não precisaria me preocupar, mas eu sabia que era mentira. Eu não não podia acreditar que estava disputando a mesma garota com meu melhor amigo, com meu irmão!
               Ficamos por incontáveis minutos em silêncio, apenas encarando o chão, as paredes, e qualquer outra coisa que não fossem os olhos um do outro.
              Quando finalmente encontrei minha voz no fundo da garganta, me encostei na cômoda da parede ao lado de Max, e comecei a falar.
                - Faz tempo que não nos falamos. - Eu disse. - Como você está?
                - Nathan, você é meu melhor amigo, eu sei muito bem que você está tenso, preocupado e triste. Por favor, vá direto ao ponto, embora eu já imagine qual seja. - Suspirou Max.
                Cocei a nuca pensando em como dizer, mas simplesmente não havia jeito, então suspirei e disse da única maneira possível:
                - Pensei que Alison não significasse nada para você. - Eu o encarei e ele abaixou a cabeça. Como ele não deu sinais de que se manifestaria, eu continuei. - Por que você mentiu para mim?
                - Nathan, não é bem assim. - Ele disse me encarando de volta.
                - E como é então Max? - Perguntei franzindo o cenho. - Você me disse com todas as letras que só achou ela "gostosa" e que "não queria se envolver com a garota do melhor amigo", porque "tinha um time de líderes de torcida esperando por você", e o que aconteceu com as líderes?
                Ele abaixou a cabeça novamente e encarou os próprios pés.
                - Eu sei, eu sei, que eu te disse que ela não significava nada para mim, e realmente não significava, eu não menti para você. - Ele suspirou. - Me desculpe, eu não planejava isso. Eu não queria ficar afim da mesma garota que meu melhor amigo, mas aconteceu.
               Eu estava ouvindo agora, o que eu mais temia, da boca da pessoa que eu mais temia. Desviei meus olhos de Max, eu não conseguia encará-lo, e isso era um sério problema.
                - Por que você não me disse antes? - Perguntei. - Por que preferiu me dizer que não sentia nada, e depois canta-la nas minhas costas?
                 - O que? Do que você está falando? - Ele perguntou confuso.
                 - Eu vi, Max! Eu vi quando você dançou com ela, a tocando, eu vi quando você a cantou no bar e depois tentou beijá-la! - Eu esbravejei. 
                 - Eu estava bêbado!  - Max se levantou e me encarou.
                 - E agora Max? Você também está bêbado? Está bêbado e por isso olhou para Alison tão descaradamente na minha frente? - Perguntei.
                 Max não me respondeu, apenas virou-se de costas para mim e foi até a janela.
                  - Eu não queria que fosse assim Nath. Mas ela me encantou como nenhuma outra garota jamais o fizera. Ela é linda, inteligente e Muito sedutora, eu sou homem Nathan, eu não pude evitar. - Ele suspirou. 
                  - Você gosta dela? Gosta de verdade? Eu preciso saber Max, por favor não minta para mim. - Eu disse tentando manter a calma.
                  - Sinceramente? Eu não sei. Mas está escrito na sua testa que você gosta dela de verdade. Mas, eu não sei porque, é difícil para mim abrir mão dela assim.
                   Ele se virou e me encarou.
                   - Eu não posso te culpar. - Eu suspirei. - Eu nem mesmo posso te cobrar. Ela não é minha propriedade, e muito menos um troféu para ser disputado, mas eu realmente gosto dela Max.
                    - Eu não vou mais cantá-la, ou tentar algo com ela até ter certeza Nathan. Eu preciso de um tempo para entender o que está acontecendo. Preciso me afastar um pouco dela Nath, e de você também. Me desculpe por isso, mas se eu realmente gostar dela, eu vou lutar. - Disse ele sério.
                     Eu assenti, embora estivesse me sentindo péssimo, e contrariado, não havia nada que eu pudesse fazer.
                     Max veio até mim e me abraçou, como á tempos  não fazia. Como Irmão. Como eu realmente estava precisando. Em seguida saiu do quarto me deixando sozinho.
                     Justo agora, que eu precisava de alguém para desabafar, meu único ouvinte, se fora por sei lá quanto tempo. Doía em minha alma ver meu irmão se afastar de mim, sem saber se ele voltaria, e por uma garota que eu nem sei se algum dia vai me dar uma chance, mas não havia outra opção.
                       Destroçado, deitei em minha cama e dormi profundamente para tentar esquecer um pouco dos problemas.
(...)
                       Acordei com o barulho de leves batidas na porta. Pela primeira vez, eu esperava do fundo do meu coração que não fosse Alison. Me levantei preguiçosamente e abri a porta, dando de cara com...
                       - Jay? - Disse sonolento e ele riu.
                       - Você está bem? - Ele perguntou e eu parei para me olhar no espelho.
                       Eu estava deplorável! Meu cabelo estava todo desgrenhado, eu estava com a cara amassada e marcada pelo tecido do travesseiro, e com um bico enorme e chato, como o de um pato. Tive que rir de minha situação. Fiz sinal para que Jay entrasse no quarto e fechei a porta em seguida.
                        - Você está bem? - Perguntou ele e tive a impressão que não era da minha aparência que ele se referia desta vez.
                        - Por que? - Perguntei de volta.
                        - Eu só queria saber, quer dizer, deve ser difícil brigar com o melhor amigo. - Ele disse.
                         - Como sabe que nós brigamos? - Perguntei cruzando os braços.
                         - Bom, me desculpe Nathan, eu sinto muito, eu realmente não pretendia ouvir a conversa de vocês dois mas, vampiro, super audição... Faz sentido? - Ele perguntou. - Mas nem precisava ouvir a conversa para saber que não foi boa. O Max saiu daqui com cara de quem chupou limão.
                           Suspirei e sentei na cama ao lado de Jay.
                           - Não foi nada fácil. O que mais você ouviu? - Perguntei a Jay.
                           - Algo sobre você vê-lo cantar a Alison... - Respondeu ele pensativo. - O que exatamente você viu?
                           - Exatamente isso... - Respondi baixo. - Primeiro, naquela noite quando Alison me acertou com a porta. Eu vi os dois dançando, e fiquei com... bom... com ciúmes. Por isso eu sai. E por isso estava atrás da porta quando Alison me acertou. - Falei e corei por admitir isso em voz alta. - Depois, outra vez.
                           Jay ficou em silêncio e eu o encarei.
                           - Isso é realmente complicado. - Disse ele por fim. - Mas não se estresse, dê tempo ao tempo, e o que tiver que ser será. Se vocês são realmente grandes amigos, não é uma garota que vai destruir isso. Eu sei que você está confuso e chateado, mas siga o seu coração, ele não te levará pelo caminho errado.
                           - Seguir o meu coração... - Repeti para mim mesmo. - Obrigado Jay!
                            - Por nada. Agora eu preciso ir, para ver como está minha princesinha. - Disse ele se referindo a Alison.
                            Jay saiu do quarto me deixando sozinho novamente.
                            Seguir meu coração... É isso que eu vou fazer. E no momento meu coração me diz para não deixar que minha amizade com Max acabe por conta de uma garota. Mesmo que seja a garota que me deixa maluco, sem palavras, babando e etc. Max não merece sofrer, mas acho que o que ele sente por Alison, é algo passageiro, e que logo acaba como com as outras.
                             Me levantei e sai do quarto. Ao sair, notei que o corredor estava vazio, sendo assim, eu podia ouvir claramente as vozes de Tom e Jay no andar de baixo. Então deduzi que Jay já não estava no quarto de Alison.
                            Encarei a porta dela por vários minutos, até que enfim decidi entrar. Me aproximei de sua cama, onde ela dormia tranquila, e me abaixei ao seu lado. Passei delicadamente meus dedos por sua face angelical, em seguida por seus cabelos. Alison suspirou profundamente, mas não se mexeu. Era simplesmente impossível para mim, acreditar em como ela conseguia ficar ainda mais linda dormindo. Eu simplesmente perdia o fôlego ao vê-la. Sorri bobo, beijei sua testa, e sai do quarto.
                            Eu precisava dormir um pouco, meu dia foi muito cheio e confuso. Então assim o fiz. Entrei em meu quarto, tomei um banho e me deitei na cama, adormecendo rapidamente.