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História Broken - 1a temporada (Reescrita) - Baby on the way


Escrita por: fallenforsos

Notas do Autor


Minha internet voltou a pouco tempo, por isso estou postando apenas agora hehe

Capítulo 60 - Baby on the way


Fanfic / Fanfiction Broken - 1a temporada (Reescrita) - Baby on the way

Caminhei pela cidade e, quando me dei por conta, estava na frente do edifício onde Luke morava. Suspirei e me xinguei mentalmente, pois não planejava andar tanto.

-Julie, você aqui de novo? – ouvi Kevin dizer, então ergui o olhar e o vi parado em minha frente.

-Oi. – falei com a voz embargada.

-O que houve? E, por favor, dessa vez me conte.

Inspirei fundo e me encostei no portão da garagem do edifício.

-Eu e Luke estamos com problemas.

-O que ele fez?

-O que ele não fez seria a pergunta certa. – bufei comigo mesma. – Ele ainda não confia completamente em mim, e isso está me deixando furiosa, magoada e frustrada.

-E vocês já conversaram sobre isso?

-Já. Mas não adiantou nada. Agora a pouco ele surtou de novo. – suspirei. – Mas enfim, não quero ficar triste justo hoje.

-O que tem hoje?

-Meu aniversário.

-Ora, você não havia me contado! Parabéns, Julie. – ele sorriu e me abraçou carinhosamente.

-E depois você acha que eu estou paranoico. – ouvi a voz de Luke e me virei rapidamente, a tempo de vê-lo parado atrás de nós.

-Luke...

-Não, nem perca seu tempo.

-Foi só um abraço, Hemmings. – Kevin interviu.

-Não falei com você, Hashimoto.

-Luke, não aconteceu mais nada além do abraço. Você está sim paranoico, só não quer enxergar.

Ele balançou a cabeça pra mim e riu debochado.

-Quer saber? Podem voltar a se “abraçar”. Mas façam isso longe de onde eu moro.

-Você não é dono da rua, Hemmings. – Kevin comentou, provocando Luke.

-Kevin, por favor. – murmurei. – Você está cutucando a onça com a vara.

-É, Kevin.  – Luke arremedou e virou-se para a entrada do prédio. Seu celular tocou e ele de imediato atendeu. – Fala, Calum.

Eu desviei o olhar e mirei o céu, tentando engolir o choro e evitar que as lágrimas caíssem.

-Julie. – Luke voltou às pressas. – Temos que ir para o hospital, agora.

-O que aconteceu?

-Isabelle entrou em trabalho de parto.

Arregalei os olhos e fiquei estática. Luke pegou minha mão e começou a me puxar.

-Eu vou com vocês. – meu chefe se pronunciou.

-Você não é da família. – Luke falou friamente.

Olhei para Kevin, e, por mais que eu estivesse odiando aquela situação, naquele momento eu não queria discutir com Luke. Então lancei apenas um olhar para o irmão de Akemi, que pareceu entender.

Paramos um táxi que estava próximo e nos mandamos para o hospital; o caminho percorrido foi preenchido por um silêncio. Pelo menos até o veículo parar de repente.

---

-Não acredito que isso está acontecendo! – esbravejei dentro do táxi.

Um maldito acidente havia acontecido e bloqueava boa parte da avenida onde nos encontrávamos.

-Sério, isso tinha que acontecer justo hoje? E agora?

Soquei a porta do carro e recebi um olhar do motorista.

-Iiwake (*). – murmurei.

-Ei, ainda estamos longe, mas se fomos esperar até liberarem os carros, vamos demorar séculos. – Luke comentou.

-O que você sugere, Hemmings?

-Irmos a pé. Ou correndo.

Bufei em desgosto, mas era a única solução cabível naquele momento. Luke deu o dinheiro para o motorista e descemos do carro.

-Quanto tempo até chegarmos lá?

-Não sei. Acho que uma hora... Ou mais.

-Tá brincando? Luke, nunca que vamos chegar a tempo.

-Eu sei, Julie, mas não podemos fazer nada. Como iríamos adivinhar?

Começamos a caminhar rapidamente. Luke me guiava, pois era ele quem sabia como chegar no hospital. No meio do caminho, Calum ligou mais uma vez.

-Tivemos um imprevisto. Em que quarto ela está? – Luke pausou. – 201? Tá.

Ele segurou minha mão e continuou a caminhar. Eu estava me perguntando se arriscava mencionar o episódio com Kevin, mas não sabia se era um bom momento. Permaneci em silêncio, pois achei que Luke não estava a fim de trocar mais palavras do que o necessário comigo.

Cerca de quase uma hora e meia depois, já podíamos avistar o hospital. Juntamos o que ainda tínhamos de fôlego e corremos para lá e fomos até a recepção, onde avistamos Gabriel, Calum, Alex e Ashton.

-Mas aonde vocês se meteram? – Alex perguntou agoniada.

-Pegamos um táxi e teve um acidente no meio do caminho. Tivemos que vir a pé. Nós perdemos?

-Sim. – Ashton respondeu. – Faz uns dez minutos. Foi tudo muito rápido. Você saiu, Luke foi atrás, e pouco depois já estávamos colocando Isabelle no carro e vindo pra cá.

-O bebê estava louco para sair. – Calum disse com um sorriso divertido. – Michael entrou com ela na sala do parto mesmo que o médico tivesse pedido que não o fizesse, já que ele não é marido dela. Mas sabe como é.

Suspirei e me sentei em uma das poltronas.

-Não acredito que não estava aqui nesse momento.

-Julie, não fica assim. – Gabriel se sentou ao meu lado. – Não tinha como você adivinhar.

-Bom, se ela não tivesse saído de casa naquela hora, isso poderia ter sido evitado.

Ergui o olhar para Luke após ele ter falado aquilo.

-Está dizendo que a culpa é minha?

-Sim. Tem que reconhecer que é verdade.

-E se você não tivesse fazendo aquela birra desnecessária e infantil, eu não teria saído de casa. Ou seja, a culpa é toda sua.

-Gente...

-Era só você não me dar motivos pra ter ciúmes.

-É tudo coisa da sua cabeça, Hemmings! Quando que você vai entender? Acho que você precisa fazer terapia!

-Chinmoku, onegai (**). Vocês estão em um hospital. – a moça da recepção falou com um olhar de reprovação.

Revirei os olhos e bufei, mas sabia que estávamos falando alto demais. Olhei fundo dos olhos de Luke e decidi falar algo que certamente faria meu coração doer ainda mais, mas era a única opção que eu via ser possível.

-Luke, acho que nós devíamos terminar.

-Julie... – Ashton começou a falar, mas eu fiz um sinal para que ele parasse. Meu amigo se calou.

-Na verdade, eu não acho. – continuei. – Nós temos mesmo que terminar.

Luke apenas me encarou por alguns instantes, até uma enfermeira aparecer.

-Julie Clifford?

-Sou eu.

-Quer conhecer seu sobrinho?

Assenti, ainda um pouco atordoada. Segui ela até o quarto de Izzy e não olhei para trás.


Notas Finais


(*): desculpa
(**): silêncio, por favor

Guuuuuys, eu sei que as coisas estão de cabeça para baixo, mas eu imploro um pouco de paciência com a minha pessoa, sim? Prometo que o jogo vai mudar daqui a pouco. Please :(


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