— Katt — sinto beijos em minha bochecha.
— Humm? — abro um olho com dificuldade, eu dormi tão bem que estava quase babando.
— Vamos tomar café da manhã? Estou com fome. — pisco, tentando abrir os dois olhos, suspiro.
— Uhum. — fico o encarando, seu rosto estava marcado e seu cabelo espetado.
— Então vamos. — ele ri.
— Ai, Justin. Que saco, me deixa acordar! — desço da cama, cambaleando para o lado.
— Com todo o prazer. — reviro os olhos mesmo de costas para ele, bato sua porta e vou para o meu quarto.
Escolho uma roupa fresca, o dia estava quente e o sol iluminava qualquer parte possível da casa. Me troco, prendo o cabelo em um coque que eu sabia que se desmancharia minutos depois e vou para o banheiro. Lavo meu rosto, principalmente os olhos, eu estava praticamente dormindo em pé. Depois de escovar os dentes calço meus chinelos e desço, puxo o ar e sinto cheiro de panquecas, acho que alguém estava tentando fazer o café da manhã...
— Olha só se não é Justin Bieber fazendo panquecas! — brinco me apoiando no balcão, ele se vira e passa as costas da mão na testa.
— Espero que fiquem boas pelo trabalho que estão me dando. — gargalho. — E eu estou falando sério, mesmo que elas não fiquem boas, você vai elogiar e dizer o quanto minhas panquecas são magníficas — ele semicerra os olhos. — e que nunca comeu melhores.
— Tudo bem. — arqueio as sobrancelhas e me rendo com as mãos.
Depois de alguns minutos Justin colocou as panquecas sobre a mesa e derramou quase todo o frasco de calda sobre elas. Não vou negar, pareciam estar deliciosas.
— Pode comer. — ele diz despejando suco no meu copo.
— Ok. — sorrio e como o primeiro pedaço.
Realmente estavam boas, e se não fosse pelas panquecas que minha avó fazia seriam as melhores que eu já comi.
— Justin, tá muito bom! — como mais um pedaço franzindo a testa. — Nem as minhas panquecas são boas assim.
— Eu sei, não posso negar até experimentar. — sorriu.
— Eu posso fazer o almoço se quiser, papai e Pattie conversaram comigo e eu achei melhor dispensar a cozinheira enquanto estiverem na lua de mel.
— Acho uma boa ideia. — sorriu. —O que teremos para o almoço?
— Humm, que tal strogonoff?
*•*•*•*•*•*
— Isso tá demorando, eu tô com fome. — reviro os olhos.
— Justin, para de reclamar e pega a lata de milho pra mim por favor. — ele bufa e vai até o armário pegando a lata e em seguida me entregando.
— O que vai querer fazer hoje à tarde?
— Não sei, tem alguma ideia?
— Na verdade eu poderia fazer um roteiro para o nosso dia.
— Ah, que bom, porque eu não quero ficar no tédio. — peguei a batata palha e coloquei em uma travessa pequena.
— E não vai, eu te garanto. — ele abre o freezer. — Tem sorvete?
— Acho que sim.
— Depois do almoço podemos tomar sorvete vendo algum filme na netflix e depooooois... — desligo todas as chamas do fogão. — faremos outra coisa, que eu não vou contar agora.
— Ok, senhor segredos. — tiro o avental que estava usando. — O almoço está pronto.
— O cheiro está bom. — sorrio, pego duas latas de coca-cola na geladeira e entrego uma para Justin.
O almoço foi ótimo, por todo o tempo Justin elogiava a comida, dizendo que queria comer meu strogonoff mais vezes. Aliás, ele repetiu duas vezes. Eu fiquei feliz por ele ter gostado. Depois disso, Justin pegou o pote de sorvete, a calda de morango e duas colheres, enquanto isso eu escolhia algum filme. Eu não estava afim de terror, e imaginei que Justin não gostaria de ver um filme romântico e clichê, então optei por uma comédia, Gente Grande. Esperei Justin se ajeitar no sofá para dar play no filme.
— Eu adoro esse cara! — ele dizia rindo.
— Eu gosto de todos os filmes em que ele atua. — coloquei mais calda no sorvete e lambi meus dedos.
— Coloca mais.
— Justin, olha o tanto de calda que tem nesse sorvete, e você quer colocar mais?
— Quanto mais melhor. — reviro os olhos.
— O que vamos fazer depois? — pergunto fazendo o que ele pediu.
— Que tal um passeio ao shopping? — o encaro.
— Ninguém vai te incomodar?
— Eu dou um jeito. — pisca.
•*•*•*•*•*•
— Dessa vez espero que não ouse querer, até mesmo pensar, em pagar algo, porque você não vai.
— Mas, Justin...
— Mas nada.
Reviro os olhos e desprendo meu cinto de segurança. Já havíamos chegado ao shopping, e pelo visto não havia tanto movimento. Justin me puxou até a entrada e disse que queria mais sorvete, de máquinas.
— Depois reclama quando eu digo que está gordinho... — provoco.
— Olha, eu não vou nem ligar para o que você falou porque sei que é inveja.
— Claro! — assinto e pego a casquinha que ele me entregava. — Obrigada.
Caminhamos pelos corredores do shopping até acharmos um banquinho perto de algumas plantas.
— Quem é aquele? — Justin pergunta apontando algo do meu lado.
— Quem? — quando me viro de volta pois não vi ninguém de diferente sinto seu sorvete indo contra o meu rosto. — Não acredito que você fez isso! — fecho os meus olhos e ouço sua gargalhada gostosa.
— Pode deixar que eu limpo. — e então eu sinto sua língua passando por meu rosto.
— Eu, realmente, sinceramente e verdadeiramente não estou acreditando nisso. — falo ainda de olhos fechados.
— Por nada.
— Ah, claro, obrigada.
— Vamos assistir algum filme novo? O cinema a essas horas não é tão cheio.
— Pode ser. — falei com raiva.
— Não fica brava por causa disso, baby. — me abraça e beija minha bochecha, me apertando.
— Tá desculpado, mas só dessa vez.
— Obrigado. — me deu outro beijo estalado e me puxou para o segundo andar.
— Eu compro os ingressos e você pega a pipoca e os refrigerantes, pode ser?
— Sim, claro. — respondo rápido e vou para a pequena fila.
Assim que termino de comprar, Justin aparece e me ajuda a levar os refrigerantes.
— Espero que não seja de terror.
— Não é. — riu.
— Humm.
Entramos na sala e o filme já estava começando, fomos em silêncio para as cadeiras de cima, evitando fazer barulho para que as pessoas que já nos encaravam com raiva, não reclamassem.
— Nossa, como eles são ignorantes. — Justin resmunga e joga pipoca nas cadeiras da frente.
— Justin! — abro a boca e me seguro para não rir alto.
— Ei! — uma mulher reclama.
— Desculpe, foi sem querer. — assim que ela se vira para frente novamente nós dois rimos.
— Shiiii! — outras pessoas se viraram para trás.
— Desculpa. — sussurrei segurando a risada.
No meio do filme Justin jogou pipoca nos outros, de novo, e depois disso o cinema inteiro queria nos matar e eu achei melhor sairmos de lá.
— Justin — gargalhei — você não presta. — ele estava vermelho de tanto rir.
— Vem, vamos descer.
Passamos em frente a uma loja de ursos de pelúcia.
— Uau, que urso lindo. — quase me derreti vendo um daqueles ursos gigantes.
— Aquele ali? — Justin aponta pra ele.
— Sim. — sorri e Justin olha para os lados.
— Joga isso no lixo pra mim? — assinto e procuro por uma lixeira, demorou um pouco, mas achei.
Assim que voltei Justin estava em cima de um daqueles ursos de shopping que andam sozinhos.
— Justin! — gargalho indo atrás dele.
Ele acelera e dá tchauzinho, vou atrás e percebo que um segurança estava vindo em nossa direção.
— Justin, tem um segurança vindo atrás de você. — grito e ele se vira, indo até o segurança.
Eu pensei que ele entregaria o brinquedo, mas não... ele ficou fazendo zigue-zague, fugindo do segurança que corria atrás dele.
— Justin, outro segurança. — apontei pro cara que vinha correndo. — Vamos embora!
Justin desce do urso e corre me puxando junto com ele, os seguranças não desistiram e corriam também. Corremos pela saída e Justin destravou o carro, entramos rapidamente e ele arranca cantando pneu.
Os seguranças insistiram em correr atrás do carro, mas como a velocidade de Justin só aumentava, nunca conseguiriam.
Nossas respirações estavam ofegantes e só nos acalmamos quando estávamos bem longe.
— Você é louco? — nos encaramos e começamos a rir alto, bem alto.
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