1. Spirit Fanfics >
  2. Broken Heart >
  3. Perpétuas Mudanças

História Broken Heart - Perpétuas Mudanças


Escrita por: Austen_Girl

Notas do Autor


Hello it's me! Cheguei... e quero agradecer as queridas que comentaram no ultimo capítulo! Vcs são mara!

Sem mais delongas... desejo uma boa leitura!

Capítulo 12 - Perpétuas Mudanças


Era cedo da manhã, e Rick Grimes, afagava os cabelos loiros e cacheados da pequena Judith, que dormia no colo dele com e a cabeça escorada no ombro do pai. Rick se permitia usufruir daquele breve, e raro, momento de paz, já que muito em breve, eles enfrentariam uma grande batalha.

Logo depois, Rick colocou a menina no berço dela, sorveu mais um gole de café, e a passos largos, rumou até a igreja da comunidade. Havia marcado uma reunião com os Alexandrinos, para comunicá-los de seus planos contra os Salvadores.

Quase todos já estavam na igreja, esperando que ele chegasse. Quando ele passou pelo corredor, até o púlpito, pode ouvir os burburinhos dos alexandrinos. A maioria ainda estava chocada com o recente assassinato de Spencer e de Olivia, e se questionavam, sobre qual seria o motivo daquela reunião tão repentina.

– Agradeço a todos, por estarem aqui tão cedo! - Começou ele, atraindo os olhares atentos dos moradores reunidos. - O assunto que tenho a tratar, é de máxima urgência! - Falou ele procurando as palavras certas para começar o assunto.

– Tenho certeza, de que todos aqui estão impressionados com os eventos recentes. Tivemos muitas baixas,  e todas elas foram causadas por Negan. Então o que tenho a propor a vocês, é algo arriscado, porém algo que vem se tornando cada vez mais necessário! - Falou ele mantendo um contando visual com  sua assistência que ficava cada vez mais tensa.

– Para resumir os fatos, vocês já sabem, que agora Alexandria faz parte de uma rede de comunidades. Já estávamos fazendo negócios com Hilltop, e ontem, fomos apresentados ao Reino, outra comunidade que está disposta a negociar conosco. - Falou ele. - O Reino, assim como Hilltop e Alexandria está sendo explorado por Negan... então sem mais delongas, o que tenho a dizer é que vamos nos unir a essas comunidades, e lutar contra os Salvadores! - Falou ele por fim e os moradores de Alexandria se olhavam assustados.

– Mas você havia dito que não havia o que fazer, que Negan estava no comando agora! - Tobim, o ex namorado de Carol, se pronunciou, com o senho franzido.

– Eu sei o que eu disse... E as coisas mudaram… Negan está nos massacrando! - Falou  Rick Grimes ainda mantendo a postura firme encarando o ex namorado de Carol.

– Então vamos ser obrigados a lutar? - Tobim perguntou, sendo apoiado por mais alguns.

– O que você prefere? Ter a cabeça esmagada por um taco de basebol, levar um tiro no rosto, ser estripado no meio da rua, ou prefere lutar? Por que são essas as opções que temos! - Falou o ex policial encarando os Alexandrinos que engoliram em seco.

– Negan não está nos dando opções… Ele diz ser razoável, mas basta ele ficar descontente, para que ele tire vidas! Quantos dos nossos amigos ainda terão de morrer pelas mãos dele? - Rick perguntou retoricamente. - Se não lutarmos contra ele... Negan continuará vindo. Nos tirando tudo. Quando eu falo tudo, não me refiro a suprimentos, e sim a nossa dignidade e nossas vidas também. Não nos restam muitas opções. Se quiserem podem abaixar a cabeça e aceitar quietos enquanto ele nos humilha, mas eu não vou mais fazer isso. Eu vou lutar! - Falou ele decidido e alguns moradores balançavam a cabeça em concordância.

– Mas como vamos fazer isso? Não temos mais armas nem munição! - Falou Meredith, uma jovem senhora loira que havia assumido o lugar de Olivia no inventário.

– Por isso que fizemos aliança com as outras comunidades. Eles vão nos ajudar! - Respondeu Rick. - Ainda estamos nos planejando, mas eu quero saber se posso contar com vocês... Seja para ir lá e lutar, ou para ficar aqui, defendendo Alexandria… Vocês estarão conosco nessa? - Rick perguntou e a maioria dos alexandrinos balançava a cabeça em concordância.

– Ótimo! Enquanto não temos armas de fogo… Faremos treinamentos, para usar armas brancas... Todos os que quiserem participar, podem falar comigo ou com a Michonne. - Rick falou e Michonne acenou positivamente com a cabeça.

– Vocês já podem voltar para as suas atividades… E lembrem-se… A partir de agora, já estamos em guerra! - Falou Rick e os moradores aos poucos foram se dispersando para suas casas e tarefas. Os únicos que ficaram na igreja, eram Michonne, Rick, Rosita e Tara.

– Será que eu posso falar com vocês?  - Tara Chambler falou, aproximando-se de Rick e Michonne.

– Claro! Pode falar Tara. - Rick falou e a morena respirou fundo antes de começar a falar.

- Na última ronda, que eu fui com Heath... Eu encontrei uma nova comunidade... - Falou ela e Michonne e Rick se olharam surpresos com aquela informação.

– Por que não nos disse nada antes? - Perguntou Rosita um tanto alterada olhando para Tara que apertava os nós dos dedos nervosa ao fazer aquela revelação.

– É complicado… É uma comunidade só de mulheres… Os maridos, filhos e irmãos delas, foram todos mortos pelos Salvadores… - Tara começou a explicar. - Elas agora se escondem, em uma floresta fechada, perto do litoral. Elas me salvaram, e eu prometi que não revelaria nada sobre elas. Elas têm muito medo… Entendem como é complicado? - Falou ela apertando os dedos nervosamente e os outros ainda prestavam atenção nela.

– Então talvez elas nem queiram nos ajudar... - Michonne falou olhando para seu parceiro.

– Eu pensei nisso… - Tara falou. - Elas são boas mulheres, mas vivem isoladas… Matam qualquer um que se aproxima demais da comunidade delas... Então eu quero voltar até lá sozinha…

– Não… Nem pensar… Não vai se arriscar sozinha por aí! - Falou Rick.

– É nossa única chance Rick… Elas me conhecem… E tem um belo arsenal… Nesse caso quanto mais gente for, mais arriscado é, não podemos nos dar a esse luxo de perder pessoal. Se eu for sozinha, posso tentar convencer a líder delas. - Tara pediu e Rick olhou para Michonne, sem saber por um momento o que dizer.

– Eu vou com ela! - Rosita falou dando um passo a frente, ficando assim ao lado de Tara.

– Não mesmo… - Tara começou a falar, mas Rosita a interrompeu.

– Cala essa boca, eu vou junto e ponto final! - A espanica disse ajeitando no coldre a única arma que havia na comunidade, e que ela havia recuperado.

– Rosita… Você tem certeza? - Rick perguntou.

– Mais que tudo. - Falou ela e Tara ainda a olhava negando com a cabeça. Tinha medo de colocar em risco a vida de sua amiga.

– Tara eu vou com você! Não adianta tentar impedir! Estamos juntas nessa! Somos G.R.E.A.T.M lembra? - Falou Rosita lembrando da sigla que Tara havia criado, com os nomes Glenn, Rosita, Eugene, Abraham, Tara e Maggie, na época em que eles estavam indo para Washington.

– Claro que lembro! - Tara falou sorrindo com os lábios fechados.

– E então? Vamos nessa? - Falou Rosita estendendo sua mão fechada, para fazer o “soquinho” que era marca registrada de Tara.

– Vamos! - Falou Tara dando um “soquinho” na mão de Rosita.

Tara e Rosita saíram da igreja e começaram a preparar um carro para sua missão. Não tinham certeza do sucesso desta, mas saíram confiantes rumo a comunidade de Oceanside.


*****


(Algumas semanas depois em Hilltop)

- Então primeiro eu digo uma coisa que eu nunca fiz, mas se você fez você bebe... Se nunca fez, eu bebo. Depois trocamos. - Explicou Beth olhando para Daryl que a encarava com uma expressão confusa. - Não conhece mesmo esse jogo?

- Nunca precisei de um jogo pra ficar de fogo... - Respondeu ele mordendo o polegar, algo que era quase uma mania dele.

- Perai já começamos...

- E você como conhece? - Daryl a interrompe.

- Meus amigos jogavam, eu olhava! - Explica ela. - Tá bom, eu começo... - Diz Beth um tanto eufórica. - Eu nunca atirei com uma besta... Então agora você bebe.

- Não é bem um jogo. - Diz Daryl dando-se por vencido e bebendo um gole da bebida.

- Foi só pra esquentar! Agora é sua vez!

- Eu não sei... - Diz Daryl depois de pensar um pouco e ainda roendo a unha do polegar.

- Diga a primeira coisa que pensar na cabeça!  - Incentiva a Grenne mais nova revirando os olhos.

- Nunca fui pra Georgia.

- Sério? Tá bom, foi boa! - Disse ela dando de ombros e bebendo. - Eu nunca fiquei bêbada e fiz uma coisa que me arrependi. - Disse ela e Daryl suspirou e tomou mais um gole.

- Eu fiz um monte! - Disse ele.

- Sua vez...

- Eu nunca tive férias... - Falou Daryl 

- E nem acampou? - Perguntou Beth um pouco surpresa.

- Não isso eu tive que aprender, pra caçar. - Explicou ele.

- O seu pai te ensinou?

- Aham... - Respondeu ele encerrando aquele assunto.

- Tá bom! - Disse Beth e bebeu. - Eu nunca fui para a cadeia... Quer dizer como presa... - Explicou ela, já que recentemente ambos moravam em uma prisão. Ela olhava para Daryl esperando que ele respondesse ou bebesse, mas ao invés disso ele ficou mais sério, como se a pergunta o tivesse ofendido.

- É o que pensa de mim? - Perguntou ele mais austero que antes.

- Eu não falei nada sério, eu pensei em preso por bebedeira. Até meu pai já foi preso por isso, na época dele. - Explicou Beth ao ver que a pergunta havia ofendido o Dixon.

- Pode beber! - Falou Daryl apontando para o copo dela.

- ‘Perai... Carcereiro!  Você era carcereiro antes? - Perguntou ela.

- Não... - Respondeu Daryl, encarando-a profundamente, de forma que ela já estava ficando confusa e desconcertada.

- É sua vez de novo... - Falou Beth respirando fundo, e tentando quebrar o clima estranho que tinha no ambiente.

- Ah eu vou dar uma mijada... - Falou Daryl levantando e indo em direção a uma pia que havia ali perto. Ele jogou o copo de bebida no chão e Beth percebeu que tinha dado uma mancada.

- Não faça barulho! - Pediu ela quando Daryl começou a fazer barulho nas louças.

- Não tô te ouvindo! Tô mijando!  - Gritou ele com irritação e começou a urinar na pia.

- Daryl não fale tão alto...

- Que foi? É a minha babá agora? - Falou ele olhando para Beth, que constrangida desviou o olhar.

- Ah ‘perai.. É a minha vez não é? - Perguntou ele fechando o cinto e o zíper da calça e se voltando em direção a Beth.

- Eu nunca tomei iogurte gelado, nunca tive um pônei, nunca recebi nada do Papai Noel... - Gritou ele batendo em uma cadeira que estava próxima. - Nunca contei com ninguém pra me proteger, eu acho que eu nunca contei com ninguém pra nada! - Gritou ele andando descontroladamente pela sala.

- Daryl... - Sussurrou ela tentando acalmá-lo.

- Nunca cantei na frente das pessoas em público como se fosse tudo legal, como se fosse uma grande brincadeira... E com certeza nunca cortei o meu pulso pra chamar atenção!  - Gritou ele e Beth o olhou apavorada, nunca o tinha visto tão irritado, ou, pelo menos, nunca tão irritado com ela.

Um errante começou a fazer barulho do lado de fora, sendo atraído pela gritaria de Daryl.

- Ah acho que quer chamar os coleguinhas!  - Gritou ele chutando um balde de lixo e indo em direção a porta.

- Quer calar a boca! - Pediu Beth.

- Você nunca atirou com uma besta né! Eu vou te ensinar agora! - Falou ele puxando Beth pelo braço. - Vem, vai ser legal!

- Daryl para com isso! - Pediu ela sendo puxada para o lado de fora da cabana.

Daryl estava descontrolado, e começou a chamar o caminhante que sem demora começou a andar em direção a eles. Daryl atirou uma flecha no ombro dele propositadamente para prendê-lo em uma árvore.

- Você quer atirar? - Perguntou ele puxando Beth.

- E-eu não sei como! - Falou ela nervosa.

- É fácil... Vem cá! - Gritou ele e colocou Beth a sua frente, segurando ela pelo tronco e lhe alcançando a besta. - Com o braço direito! - Falou ele acertando mais uma flecha no outro ombro do caminhante.

- Vamos treinar depois! - Pediu ela já com medo do homem.

- Vamos lá é divertido! - Gritou ele ajeitando a besta para atirar de novo.

- Para com isso Daryl. - Pediu ela.

- Vem cá! - Falou ele segurando ela de novo, passando o braço ao redor do pescoço dela, de modo que ela não conseguia sair. - Bola oito! - Falou ele acertando outra flecha no errante.

Ele a soltou e estava prestes a pegar mais flechas quando Beth passou a frente dele e com sua faça pôs fim àquele errante. Estava cansada daquilo. Não era divertido, era agonizante.

- Por que você fez isso? Estava divertido! - Falou ele.

- Não! Você estava agindo como um idiota!  - Gritou Beth. - Se alguém achar o meu pai...

- Não! Mas não é a mesma coisa mesmo.

- Matar eles não é pra ser divertido! - Gritou ela.

- O que você quer de mim garota?

- Quero que pare de agir como se não ligasse pra nada! Como se nada que a gente passou importasse... Como se nenhuma das pessoas que perdemos significou nada pra você! - Falou ela apontando com o dedo no rosto dele. - Você está mentindo!

- Isso é o que acha? - Perguntou ele.

- É o que eu sei!

- Você não sabe nada garota!

- Eu sei que você olha pra mim e só vê outra garota morta! Não sou a Michonne, não sou a Carol, não sou a Maggie! E eu sobrevivi e você não entende o por que! Eu não sou como você ou elas, mas eu consegui! E você não pode me tratar como lixo só por que está com medo! - Gritou Beth, extravasando tudo o que estava sentindo nos últimos dias com ele.

- Eu não tenho medo de nada! - Vociferou ele.

- Eu lembro bem... quando aquela garotinha saiu do celeiro, depois da minha mãe... Você era como eu... E agora Deus me livre você deixar alguém chegar muito perto! - Gritou ela aproximando-se dele.

- Muito perto é? Você sabe muito sobre isso não é? Você perdeu dois namorados e nem derramou uma lágrima! A sua família inteira morreu e o que você faz? Sai atrás de bebida como uma vadia! - Gritou ele com raiva na voz.

- Vai se ferrar! Você não entende! - Beth praticamente cuspiu para ele furiosa.

- Não você que não entende! Todo mundo que a gente conhece morreu...

- Você não sabe!

- A gente também podia estar morto! Esquece esses caras! - Gritou ele e ela deixou um suspiro sofrido escapar de sua boca.

- Você nunca mais vai ver a Maggie! 

- Daryl para! - Pediu ela é tentou segurá-lo mas ele se esquivou.

- O governador foi nos nossos portões! - Falou ele ofegante de costas para ela. - Talvez se eu não tivesse parado de procurar! Eu desisti, talvez a culpa seja minha! - Falava ele apontando para si mesmo.

- Daryl... - Chamou Beth, compreendendo que o que ele sentia era culpa, por tudo o que tinham passado.

- O seu pai... Talvez eu pudesse ter feito alguma coisa... -  Falou ele com voz embargada.

Beth mais do que depressa o abraçou por trás, ela o apertou em seus braços encostando sua cabeça nas costas dele, em uma forma desajeitada de consolo. Ele não fugiu, e apenas chorou. Foi a primeira vez que ela o viu chorar.

A cada instante do seu dia, Beth se lembrava daquele momento, em que pela primeira vez, Daryl se abriu para ela. Ela sonhou várias vezes durante a semana com aquele momento. Lembrou-se de como Daryl a considerava fraca, logo que a prisão caiu. E ela era mesmo. Ou, pelo menos, ainda não tinha tido a chance de provar para si mesma como era forte.

Todavia, ali estava ela. Mesmo depois dos abusos no hospital, depois de levar um tiro, e mesmo com uma memória parcial, Beth ainda estava lutando. Ela havia mudado muito, sempre mudava. Ainda não era como Michonne, Carol ou Maggie, mas ela era forte. A sua maneira, Beth provou que era forte e sobreviveu a tudo, e ela ficou triste ao ver que Daryl ainda não reconhecia isso. Ela mudou... Ela sempre mudava.

“Eu fiquei para salvar sua bunda.” As palavras dele ecoavam na mente dela. Talvez ele não soubesse mas aquilo a tinha magoado. Depois de tudo o que ela passou ele achava mesmo que tinha salvado ela, e que ela era a mesma garotinha que precisava de um guarda-costas.

Durante a semana, Daryl tentou se aproximar dela, para se desculpar, verdadeiramente arrependido por tê-la magoado, mas agora foi a vez de Beth o ignorar. Ela estava com o orgulho ferido demais, e não quis ouvi-lo, não queria vê-lo sentindo pena dela.

Beth estava se envolvendo cada vez mais com a comunidade de Hilltop. Ao ver dela, isso era bom, pois evitava que ela pensasse tanto no Dixon. Durante aquela semana Rick visitou Hilltop novamente, revelando que Tara Chambler e Rosita haviam partido para negociar com uma outra comunidade.

O treinamento para a guerra estava a todo o vapor. Os moradores de Hilltop estavam treinando suas habilidades principalmente com armas de fogo e com a lança. Beth decidiu participar na aula de como manejar lanças, já que com armas ela havia se tornado perita. Enquanto ela treinava com a lança, as palavras do Dixon ainda ecoavam na cabeça dela, fazendo com que ela errasse o alvo várias vezes.

– Você está fazendo isso errado! - Beth ouviu uma voz masculina dizer atrás dela enquanto ela treinava com uma lança de madeira.

- Eu sei… eu sou péssima… - Falou ela frustrada abaixando a mão e olhando para Paul que era o homem que havia chegado até ela.

- Não é péssima… só parece um pouco distraída! - Falou Jesus.

- Isso eu estou mesmo! - Admitiu ela.

Ela e Paul haviam desenvolvido uma amizade especial na última semana. Ela achava incrível como ele a entendia bem e ele até mesmo contou a ela algumas coisas da vida dele. Beth se sentia muito bem na companhia dele e se sentiu a vontade para falar com ele sobre seu passado. Omitindo apenas os fatos mais relevantes envolvendo Daryl.

- Beth… posso te fazer uma pergunta pessoal? - Perguntou ele.

- Claro.

- O que tem entre você e o Daryl? - Perguntou Paul por fim.

- Nada! - Respondeu ela rapidamente e Paul estreitou os olhos duvidando que aquilo fosse verdade. - Sério… Não tem nada mesmo… só somos… amigos!

- Sei… amigos coloridos? - Perguntou ele.

- Nem isso… Sério Jesus, ele é meu amigo… Me enxerga como uma irmã caçula que ele acha que precisa proteger! - Respondeu ela com frustração evidente.

- Então porque eu sinto que vou levar uma flechada na testa sempre que estou perto de você? - Perguntou Paul que apontou com as sobrancelhas para Daryl que estava com uma cara de poucos amigos não muito longe deles.

- Essa é a cara dele de sempre… vai acostumando. - Falou Beth rindo.

Daryl já estava com o sangue fervendo vendo aquela cena. Porém ele merecia não é? Ele tinha magoado ela e agora ela não queria mais saber dele. Era o que ele queria, que Beth o esquecesse, mas ele não esperava que seria tão doloroso vê-la tocando a vida em frente.

- Não mesmo Beth! Ele está com ciúmes! Muito ciúmes!

- Não viaja Paul! - Falou Beth voltando a atenção para o treinamento com a lança.

- Ah tá duvidando? - Perguntou Paul aproximando-se de Beth pelas costas e segurando com uma mão o braço dela para que ela segurasse a lança do jeito certo, e com a outra a puxou pela barriga, para mais perto dele. Beth sentiu suas costas se chocando contra o peito de Paul, ele estava muito perto, tão perto que ela podia sentir a respiração dele no cangote dela.

- Mas o que… - Começou ela, mas antes que ela terminasse Daryl passou pelos dois, trombando em Paul. Jesus quase caiu e a soltou assim que Daryl passou por eles indo em direção a floresta.

- O que foi isso Paul? - Beth perguntou sem entender aquela proximidade repentina dele.

- Isso foi pra te provar que ele estava com ciúmes sim! - Falou Paul se levantando e indo na mesma direção que Daryl havia ido.

- Onde você vai? - Perguntou ela.

- Depois você me agradece! - Disse ele e foi correndo no encalço de Daryl. Beth apenas balançou a cabeça confusa.

- Homens! - Bufou ela e foi em direção ao trailer onde Maggie estava.


 

(…)


 

Daryl andava a passos lépidos pela floresta, com sua besta em punho, estava atento a todo e qualquer barulho. Até que distinguiu passos, não de errantes e sim de um humano. Ele apontou sua besta, e ficou muito tentado a atirar quando viu Jesus se aproximando dele.

- O que quer? - Perguntou ele com raiva.

- Daryl, eu quero conversar com você… é sobre a Beth… - Paul falou e Daryl trincou os dentes segurando a vontade que tinha de ir socá-lo ali mesmo. Não bastava quela “ceninha” toda com a lança ele ainda queria provocá-lo mais?

- Não temos nada para conversar. - Falou Daryl dando as costas para Paul.

- Você é imbecil de nascença ou ficou assim com o tempo? - Paul perguntou e Daryl mais do que depressa se virou e correu até ele, já com o punho cerrado para socá-lo, porém Paul foi mais rápido e desviou dele. Jesus segurou a mão de Daryl, e usando o peso do seu oponente contra ele, Paul derrubou Daryl no chão, fazendo um baque surdo. Antes que Daryl levantasse, Paul deu uma chave de pescoço, imobilizando o Dixon.

- O que quer hein? Quer jogar na minha cara, que eu sou um idiota? Eu sei que eu magoei ela! - Falou Dixon com a voz sufocada e se debatendo para se soltar. - Quer jogar na minha cara que está com ela agora? Eu já vi… não precisa ficar me seguindo pra me humilhar tá bom? - Falou ele.

- Daryl, você é mais imbecil do que eu pensava! Eu não estou com ela! - Paul falou e por um instante Daryl parou de se debater e Paul o soltou.

- Eu sou gay Daryl! - Paul disse e o Dixon o olhou com espanto.

- O que? - Daryl perguntou.

- Isso que você ouviu… eu não estou com ela… por que da fruta que ela gosta, eu como até o caroço! - Jesus explicou e Daryl o olhava mais espantado ainda.

- Mas não parece… - Daryl falou finalmente depois de um tempo.

- Sou gay, não uma bichinha… tem diferença! Mas isso não vem ao caso! O que interessa é que vocês dois estão perdendo tempo… Vocês tem que deixar de serem teimosos cara!

- Ela não quer mais nada comigo! - Daryl falou.

- Daryl, não seja trouxa! Ela está sofrendo pelos cantos e você também! Ela é louca por você e você por ela! Parem de frescura! Vai lá e toma uma atitude… parece até um cachorro magro resmungando pelos cantos!

- Você tem razão…

- O que? - Paul perguntou com um sorriso brincando nos lábios. - Daryl Dixon acabou de dizer que eu tenho razão?

- É eu disse… mas não se acostuma não! Eu vou la falar com ela! - Disse Daryl tomando o rumo de volta para Hilltop.

- Vê se toma um banho antes! Vai assustar ela com essa catinga! - Falou Jesus e Daryl lhe mostrou o dedo do meio.

- Obrigado! - Daryl gritou já ao longe!

- De nada! - Gritou Paul. - Não é atoa que me chamam de Jesus!


 


Notas Finais


E então o que acharam?

Só Jesus na causa, literalmente né? kkk

Pessoal... notei que alguns deixaram de comentar... vcs estão gostando da fic?... se não tiverem podem dizer.... não me ofendo... e aceito sugestões! bjos


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...