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História Broken Hearts - Tão perto e tão longe


Escrita por: Miss_Amelie

Notas do Autor


Hello Babies!!


Adorei escrever a parte do treinamento entre eles. Taí uma coisa que foi divertida de fazer: “viajar” na imagem deles e suas interações!


>> Disclamer: Os personagens pertencem à DC Comics.

Gif destacado do filme ‘Liga da Justiça’ #ReleseTheSnyderCut

Aproveitem a leitura, queridos!

Capítulo 8 - Tão perto e tão longe


Fanfic / Fanfiction Broken Hearts - Tão perto e tão longe

“Difícil não é lutar por aquilo que se quer,

e sim desistir daquilo que se ama.

Eu desisti!

Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar.

Foi por não ter mais condições de sofrer” 

(Bob Marley) 

 

• • •

 

• Whatchtower || Sala de treinamento •

 

– Um... Chute! Dois... Jab! Três... Chute!... Muito bom, princesa – Batman bloqueou os golpes de Diana. Punhos protegendo o rosto, cotovelos colados aos lados do corpo, protegendo as costelas – Mas você está baixando a guarda quando chuta com a perna esquerda... Mantenha a guarda, Diana. Não relaxe os braços.

Ela suspirou e, obediente, recomeçou a sequência!!

– Isso, princesa... Mesmo que o adversário possa ler seus movimentos, se você mantiver a guarda, ele não vai conseguir te atingir – Batman não percebeu a pitada de entusiasmo em sua voz, tendo em vista o excepcional desempenho de sua aprendiz.

Muito embora, para fazer-lhe justiça, é preciso dizer que ele estava desligado de suas preocupações obsessivas por controle – especialmente das emoções – e, estranhamente, experimentava uma sensação de relaxamento e familiaridade durante o par de horas em que esteve com Diana na sala de treinamento.

Batman não se sentia à vontade há anos, desde a morte de Jason. A perda do filho acentuou a escuridão que havia dentro dele, engolindo o pouco de luz que lhe restava. Sua paranoia foi elevada ao máximo; Exigia cada vez mais de si mesmo – triplicou as séries de exercícios, dobrou as sessões de treinamento, racionou ainda mais a alimentação. Seu corpo, poderia-se dizer, atingira a perfeição muscular e o ápice de desempenho, aos 33 anos; e, por fim, enterrou pouco a pouco a si mesmo, para que o Morcego assumisse cada vez mais o controle de sua vida.

Ironicamente, o que deveria significar uma dose reconfortante de alívio indulgente em sua vida, na verdade, era tão somente um tanto mais de acréscimo à solidão de seu sacrifício e resignação em prol de uma missão ingrata. À medida que o tempo vestindo a capa e o capuz aumentavam – ora em missões com a Liga, ora em Gotham – a luz de sua essência diminuía dentro dele – seu verdadeiro eu, não o playboy, não o justiceiro, recusava-se a emergir há tanto tempo em público que ele mal lembrava a última vez em que permitiu-se ser ele mesmo e não uma versão controlada de um de seus alter-egos.

A morte de Jason o levou ao limite, em todos os sentidos. O Batman nunca foi um modelo de gentileza em suas abordagens, mas nunca fora tão brutalmente cruel e implacável como agora. Ossos quebrados, surras violentas – que duravam horas – ferimentos graves (mas nunca fatais), faziam parte do modus operandis do Cavaleiro das Trevas – foi assim que passaram a chamá-lo, desde que começara o tormento daqueles que ousaram transgredir a Lei.

Quando o Batman protegia a cidade, poucos tinham coragem para sair às ruas e cometer um crime. Agora, a pouco menos de um ano, Gotham é vigiada pelo Cavaleiro das Trevas. O justiceiro brutal que os bandidos comuns dificilmente se atrevem a desafiar.

O resultado: crimes comuns como roubos, furtos e invasões de domicílio diminuíram consideravelmente. Entretanto, crimes hediondos, brutais e elaborados, cometidos por psicopatas aumentaram, bem como sua galeria de vilões.

 

(...)

 

A verdade é que estar ali, encarnando novamente o papel de ‘mentor’ – uma posição que ele relutou em retomar, a fim de enterrar as lembranças dolorosas de seu filho assassinado – o preenchera com um leque de emoções tão sutilmente positivas, que o Batman e sua mente analítica, racional e controladora foram incapazes de detectar. O Morcego não estava dando ordens em sua mente, rosnando enfurecido, listando razões de reprovação.

Bruce não sabia, mas foi aqui, no ambiente mais improvável e absolutamente desprovido de romantismo, que seu encantamento por ela verdadeiramente começou.

Se ele pudesse observar a si mesmo neste momento, como um expectador de suas ações, Bruce confirmaria a tese de que, se pudesse eleger o momento, desde que a conhecera, em que ela o capturou, seria este. Mas ele não era um observador, muito menos analítico de seus sentimentos, por isso, ele não percebeu quando a semente de afeto alcançou o terreno árido de seu coração praticamente infértil, regado, aos poucos, pela amizade crescente entre eles.

Havia uma sensação de conforto entre eles, o que era surpreendente, já que este era o contato mais próximo que eles tiveram desde que se conheceram. Era, no mínimo, intrigante que ambos estivessem tão confortáveis em sua primeira sessão de sparring – como se fossem amigos próximos há tempos. Um sentimento capaz de manter a paranoia e a insensibilidade do Batman em stand by e trazer a tona uma parte genuína de Bruce, sem que ele perceba.

Ele sorriu quando ela saltou graciosamente para impulsionar um chute alto, reproduzindo à perfeição o movimento de muay thai que ele havia lhe ensinado. Para um homem versado à perfeição em uma infinidade de artes marciais, entre outras formas de combate, por melhor que fosse qualquer tentativa de Diana de golpeá-lo, o resultado sempre variava entre: bloqueio defensivo; esquiva rápida; ou, para a vergonha de sua etnia e diversão de Bruce, o contra-ataque seguido da queda.

Para própria surpresa, ela não se incomodara com a imensa supremacia técnica de Bruce, comparada à sua; ou com as tentativas frustradas de atingi-lo; ou às vezes em que ele a derrubou – nem mesmo quando ele começou a provocá-la. Na verdade, ela até gostava de suas provocações. Era mais um traço de sua personalidade que ele nunca mostrara.

Mulher Maravilha tentou abafar um gemido de frustração quando bateu, mais uma vez, as costas no chão. Apesar do desejo crescente de arrancar o sorriso presunçoso da cara do Batman, ela não estava com raiva.

– Você me disse para manter a guarda à direita e eu fiz tudo certinho, Batman – a testa franzida foi o primeiro sinal de aborrecimento – Além disso, não é justo: você disse que se eu tomasse impulso para o chute circular, tirando o pé de apoio do chão, meu adversário não podia me derrubar com uma simples ‘rasteira’. E mesmo assim, você me derrubou de novo! – Os lábios se fecharam imediatamente em um movimento de contração. Era a completa realização da ‘birra real’ da princesa amazona. Como se ela pudesse ficar ainda mais linda.

– Paciência, princesa. – Bruce olhou pra ela imaginando que sua expressão quando criança supostamente era tão divertida como agora – Pense que usar artes marciais é como jogar xadrez. Não basta saber mover as peças na direção e com o movimento certo. É preciso antecipar as jogadas do adversário. E você vai aprender com o tempo, Diana.

Eles estavam treinando há quase duas horas. Diana usava roupas civis de ginástica e Bruce não viu necessidade de manter a armadura completa, retirando a capa, o cinto de utilidades, as botas e o kevlar que blindava a parte de cima da armadura, mantendo uma peça de tecido sintético, semelhante a uma camisa de mangas longas, que usava por baixo da armadura, desenvolvida tecnologicamente para absorver o suor.

Quando percebeu que ele manteve a máscara, Diana sentiu um leve desapontamento. Kal havia lhe explicado que alguns deles, como Flash, Batman e ele precisavam de uma ‘identidade secreta’, a fim de proteger os que amam da vingança ou da maldade de adversários.

O combate convergia em um sparring*. Em mútuo acordo, apenas para aprimorar as técnicas, eles decidiram que não poderia ser usado poder (no caso dela) ou apetrechos (no caso dele): apenas artes marciais e combate corpo-a-corpo.

Ao vê-la enxugar o suor do rosto, enquanto levantava, ele reprimiu um sorriso. Era difícil se concentrar em parecer indiferente quando todo corpo e espírito convergiam em uma certa satisfação gratificante. Ela era uma aluna aplicada – e linda, e a simplicidade da prática tornava as coisas, digamos, gratificantes.

– Eu não vou aplicar um estrangulamento, princesa. Mas você precisa fugir do golpe, entendeu? Do contrário, você pode desmaiar!

– Humpf... Você ficaria espantado se soubesse quanto tempo eu posso prender a respiração. – Ela disse, com ingenuidade, mas com um pequeno sorriso dançando na vermelhidão dos lábios carnudos.

Ele a olhou nos olhos por um momento, depois de jogá-la de encontro ao tatame – os olhos brilhando por baixo das lentes do capuz, salvando-o do constrangimento, sem deixá-la ver a eletricidade sendo conduzida através deles.

A tensão dos músculos, agora retesados, tocando os músculos suados e magros da princesa amazona, sob seu controle. Ele se viu embriagado com o perfume que emanava dela, pela maneira que as madeixas cor da noite caiam sobre os ombros, os fios soltos colados à testa.

Um sussurro sensual saiu de sua boca:

– Nada que você faça pode me surpreender, princesa!

Ela suspirou, fechando os olhos, tentando respirar e manter o controle, que fugia de si. Fazendo o cérebro entrar em curto e o coração disparar como o galope de cem corcéis negros.

Diana tentou ao máximo concentrar-se. E lançou-o ao chão em um movimento único, movendo as pernas como uma tesoura.

– Piadista. Eu posso inverter o jogo! – Ela disse, divertindo-se, enquanto usava os quadris para montá-lo, usando a inversão de pernas. Logo, estendeu a parte superior do corpo, deslizando para alcançar seus pulsos e prendê-los sobre a cabeça, o que fez com que o busto ficasse perigosamente próximo aos olhos do Morcego.

Ele tentou ignorar a fragrância deliciosa do cabelo que caíra bem perto do seu rosto, saindo de sua guarda, com agilidade:

– Você precisa de muito mais para me surpreender, princesa.

– Arg! Como você...? – A boca de Diana se abriu para facilitar a entrada de ar em seus pulmões, fazendo com que os seios fossem pressionados ainda mais contra a camisa preta do Cavaleiro Negro. Os lábios ainda traziam um divertimento genuíno e as sobrancelhas se ergueram com admiração.

Ele bateu-lhe no chão novamente, mas ela estava melhorando seu escape. Então, ele resolveu usar outra tática após o drible. Era certo que ele iria vencer mais uma luta:

Mais uma queda e... os lábios roçaram quase imediatamente os dela.

Diana engoliu o ar como se tivessem-no roubado. As defesas caíram. O rubor invadiu as bochechas. O hálito de Bruce contra sua boca causara-lhe arrepios por todo corpo. Ela não estava autorizada a respirar, pensar, ou se mover.

Sorrindo, ele puxou a cabeça para trás em esboçou o sorriso mais brilhante que ela já vira. Não fosse a alegria de vê-lo sorrir – mais um a vez – para ela, Diana teria arrancado sua cabeça por brincar com ela dessa maneira. Tudo que sua mente podia autorizar era a leveza de suas ações, ao invés da rudeza das ações de seu povo para com machos.

– Trapaceiro! – Ela murmurou e ele estendeu-lhe a garrafa d’água.

– Um mortal precisa usar as armas que tem, princesa!

Protegido pelas lentes opacas do capuz, ele poderia beber da visão da beleza da semi-deusa ao seu lado, sem revelar qualquer alteração de sentidos ou demonstrar qualquer sentimento represado em seu coração.

Ela não tinha certeza se seu olhar estava sobre ela, mas sentia desnudada em sua presença, como se ele pudesse alcançar sua alma e beber de seu espírito. ‘Que poder hipnotizante é este, deste mortal?’, seu coração lhe questionava. E ainda a torturava, aumentando a expectativa de seu toque, como se ansiasse por ele.

Bruce também não podia negar a si mesmo: seu corpo também queria atenção. O membro forte de seu sexo pulsava latejante e faminto, aprisionado sob o traje, como se chamasse por ela e pedisse-lhe alívio em meio às suas coxas. Uma linha de fogo parecia atravessar o falo e ele conteve o desejo de beijá-la grunhindo, raivoso. A raiva crescendo pelo desleixo em relação ao controle extremo que passou anos a lapidar.

Ele se aproximou dela, como se fosse beijá-la. Os lábios quase tocando-se, as respirações em curso, os hálitos em guerra, a escuridão leve da sala, como se fosse a conveniência exata para criar a ambientação perfeita. Contato: era o que ambos queriam!

Ele levantou a cabeça para olhar para seu rosto e ela engoliu o gemido que ameaçava sair de seus lábios. Seu corpo tremia e ela finalmente abriu os lábios em desespero, como se precisasse suspirar para que sua temperatura se ajustasse. Ela estava prestes a morrer de calor. Um calor que subia através do útero e soltava chamas pelo olhar.

Quando ela pensou que ele fosse beijá-la... ele saiu. E ela suspirou, derrotada!

 

 

• Uma incógnita •

 

Entre uma pergunta sutil e outra, levantada no meio de uma conversa banal, Diana foi sondando seus amigos em busca de informações sobre o Batman. Não foi surpreendente descobrir que, à exceção do Superman, os outros companheiros da Liga sabiam tão pouco ou menos do que ela, incluindo o total desconhecimento de sua identidade civil.

Kal e J’onn eram os únicos que conheciam o rosto e o homem por trás da máscara. Diana sabia que Batman e Superman eram amigos, então, seria natural que ele soubesse sua identidade. E J’onn lhe confidenciara que sua descoberta não fora intencional.

– Batman nunca me revelou sua identidade ou mostrou seu rosto, Diana – O marciano disse calmamente, com a costumeira voz suave e cheia de gentileza.

– Então como você descobriu? – ela arregalou ligeiramente os olhos, brilhando em curiosidade.

– Foi antes dele saber que eu era um telepata. Sua mente invariavelmente muda o foco para Gotham e ele pensa em suas responsabilidades como Batman e como um homem comum. Foi quando descobri. – J’onn esboçou um sorriso leve.

Diana entendera perfeitamente bem quando Kal lhe explicara que, não apenas alguns de seus amigos da Liga, mas a grande maioria dos heróis espalhados pelo mundo, usavam máscaras para evitar que sejam reconhecidos fora dos uniformes.

– Em nossa linha de trabalho Diana, fazer inimigos é inevitável. Inimigos poderosos e vingativos, que não medirão esforços para nos atingir. Sem uma identidade secreta, as pessoas que amamos estariam expostas, incapazes de se defender.

Para ela, mesmo completamente contrários às práticas culturais de seu povo, que exaltava, se orgulhava e louvava seus heróis, um comportamento como este era justificável. O que não se justificava era o descontentamento juvenil que Diana experimentava em relação ao Cavaleiro das Trevas. Ela queria saber sua identidade. Ela queria ver seu rosto!

 

 

• Torre de vigilância || Dormitório 03 ||

Membro Fundador: Mulher Maravilha •

 

As pesquisas na internet revelaram muito pouco. Não havia nenhuma informação substancial sobre o Batman. Nas raras imagens, fotos que diziam ser dele, mas nenhuma o mostrava: eram vultos distantes e sem forma, borrões de luz riscando a escuridão ou o breu da escuridão. Diana de Themyscira soltou um fraco suspiro abusado. Era ridícula a possibilidade de encontrar qualquer informação aproveitável sobre o Batman na internet.

Contudo, por mais que tentasse desistir de sua cruzada para descobrir quem é o guerreiro sob o capuz, sua curiosidade aumentara exponencialmente nas últimas semanas, quando começaram as empolgantes sessões de sparring e, especialmente, depois do que houve em Gorila City, há dois dias.

A primeira imagem que ela vira quando afastou os destroços do míssil que caíra sobre si, aparentemente esmagando-a, foi a do Batman. E ela então sorriu para ele, como de costume. Mas ele parecia perdido e distante, muito diferente do guerreiro determinado que sempre foi. Diana não fazia ideia da luta interna no coração de Bruce.

Ele acreditava piamente que tudo que amasse estaria condenado ao fracasso ou à morte. O sentimento esmagador de culpa incapacitava-o sobremaneira, em um nível de irracionalidade absurda, beirando a insanidade.

Ele nunca aceitou ajuda para lidar com suas perdas e tragédias. Assumir a culpa, carregar o peso emocional e responsabilizar a si mesmo, desde os oito anos, é um mecanismo auto-executável costurado há tanto tempo em seu coração que não pode mais ser removido, sem dano.

Por isso, durante os 53 segundos em que ela estava imóvel, esmagada sob o peso de toneladas de aço, ele não conseguia pensar direito. Não importava a lógica que um homem comum não poderia mover algo tão pesado. Não interessava se era burrice usar cavar um buraco com as mãos para tirá-la de da cratera profunda de terra que afundou com a força do impacto.

Não importava estar no controle. Não importava se sua lendária e temida reputação estava em jogo, depois que toda população de Gorila City presenciara o descontrole de suas ações. Era uma dor que ele não queria sentir nunca mais.

Diana foi se aproximando dele, ostentando novamente em sua direção um sorriso genuíno com lábios levemente entreabertos. O brilho azulado do olhar sumindo quando ela estreitou os olhos, como uma criança traquina tentando atrair a atenção dele.

Mas as pequenas coisas que costumavam agradá-lo, não pareciam ter o efeito desejado. Batman estava diferente. Ele parecia cansado, sofrido, distante e solitário.

Só depois de desviar seus olhos dele, Diana percebeu as luvas cobertas de terra. Se estivesse no controle de suas emoções, ela jamais as teria visto. Contudo, ele ainda não o tinha recuperado. No momento, ele estava sentindo uma estranha onda de alívio totalmente inesperada. Uma sensação um tanto estúpida de alegria, daquelas que colocam sorrisos estúpidos nas pessoas – mas ele conseguiu reprimir essa vontade. Contudo, quando Diana beijou seu rosto, sabendo o quanto ele se importava com ela, o sorriso em seus lábios formou-se automaticamente.

Ele sabia que seu corpo estava reagindo a ela muito mais rápido que sua mente, tornando-se cada vez mais difícil manter o controle de suas reações à sua presença ou ao seu toque – especialmente as reações involuntárias durante as sessões de sparring. Bruce repetia sempre uma nota mental para jamais, sob hipótese alguma, treinar com ela usando uma bermuda esportiva ou calças de algodão, incapazes de esconder um número considerável de ereções que o atormentavam durante seu treinamento juntos.

 

(...)

 

Os olhos dela pareciam refletir o brilho intenso das estrelas. Sentada desleixadamente no assento abaixo do imenso vidro da janela de seu quarto, Diana se deixou levar pela correnteza suave de seu mar de emoções. Abençoada era por sua ingenuidade, falta de malícia e inexperiência na vida, que embora fizessem dela um alvo ridiculamente fácil de ser usado nas mãos de um aproveitador, em contrapartida, eram a razão de sua agradável primeira experiência com as emoções afetivas.

Ela obviamente era incapaz de perceber que estava apaixonada por um homem a quem conhecia tão pouco. Decerto as amazonas sequer conheciam o conceito ocidental da paixão romântica. Amar alguém só fazia sentido para ela no sentido fraternal – por suas irmãs, ou maternal – por sua mãe. Mas seja como for, seu coração experimentava uma sensação de felicidade por saber o quanto ele se importava com ela.

A TV exibia um programa policial aleatório, completamente incapaz de atrair sua atenção. Até que de repente, uma imagem chamou sua atenção, fazendo seu olhos piscarem repetidas vezes, enquanto fazia movimentos circulares com a boca, como se estivesse elaborando um plano mirabolante.

Ela sorriu para si mesma antes de cair na cama, satisfeita. Amanhã ela iria acordar cedo para por suas ideias em prática!

 

• • •

 

Encontrei você quando seu coração estava partido

Eu enchi seu copo até ele transbordar

Fui tão longe para mantê-lo perto (mantê-lo você perto)

Eu estava com medo de deixá-lo sozinho

 

Eu disse que te pegaria se você caísse

E se eles rissem, então fodam-se eles todos

E então eu te tirei do chão

Coloquei você de pé

Só pra você poder tirar vantagem de mim

(Without Me – Halsey)

 


Notas Finais


>> Sparring é um termo inglês utilizado para se referir a uma forma de treino de combate. Segundo a Wikipédia, consiste em uma forma livre de combate, com o mínimo de regras ou arranjos informais, evitando o número crescente de lesões.


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