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História Broken Hearts: A Garota da Rua 34 - A última gota


Escrita por: Super_Kitten

Notas do Autor


Quem é uma vergonha pra comunidade e não postou nada por quase dois meses? Exato, eu. Em minha defesa, esse capítulo estava pronto no primeiro dia desse mês mas meu computador não tinha internet nem podia transferir o cap pra nenhum lugar, então eu tive que transferir tudo para as minhas notas.

O capítulo não é tão grande mas eu gosto dele, espero que vocês também gostem!

Capítulo 26 - A última gota


Fanfic / Fanfiction Broken Hearts: A Garota da Rua 34 - A última gota

[P.O.V. Park Jisoo (Jihyo) On]

- Por acaso você sabe alguma coisa sobre Kwon Mina? Ela está chegando muito tarde todas as noites e saindo muito cedo, estou meio preocupada com ela. 

Vejo Nayeon falar por cima da tela do meu notebook. Passei a última hora aqui no dormitório dela, como fazemos algumas vezes; cada uma faz o que quer mas ainda aproveitamos a companhia uma da outra. Suspiro e volto minha atenção para as HQs "Detective Comics" que estou lendo no computador. 

- Tudo o que eu ouvi é que ela vem se atrasando para as aulas, mas nada demais. 

Digo despreocupada, prestando mais atenção nos acontecimentos da história fictícia. 

-Bem, eu espero que não...

Nayeon interrompe a própria fala e faz uma expressão confusa.

-...O que?

A garota pensa em voz alta, olhando para o seu celular de uma forma triste. Franzo minhas sobrancelhas e imagino o que a morena pode estar vendo. Deixo o computador de lado e vou até a cama onde Nayeon está, curiosa para ver o que aparece na tela em sua frente. 

- Algo aconteceu?

Digo logo antes de olhar a mensagem que a menor recebeu. Era de Son Chaeyoung, dizendo que Jeongyeon tinha tentado transar com ela. Merda. 

- Ah, não. 

Digo prolongando o "Ah" com um sorriso irônico, pegando minha bolsa e saindo imediatamente do quarto. É claro que é verdade, eu sabia desde o início que aquela garota não era confiável. Eu sei que Nayeon não tirará satisfações sozinha, então eu o farei por ela; Isso é a última gota. 

O som dos meus saltos batendo no chão dava um ar dramático para a situação, eu estava bem vestida — como sempre —, usando um vestido cinza com flores cor-de-rosa e detalhes em branco e azul. O caminho não é muito longo já que o quarto de Nayeon é o número 24 e o da Jeongyeon é 28. Tomo minhas chances de fazer uma entrada digna, abrindo a porta apenas á empurrando fortemente, fazendo com que ela se abrisse inteiramente e batesse na parede; por sorte não estava trancada. 

- Então Jeongyeon, quer começar à se explicar?

Falo imediatamente ao abrir a porta, colocando uma mão na cintura e a outra segurando minha bolsa, que estava pendurada em meu ombro. Vejo Jeongyeon sentada na frente de sua escrivaninha, despreocupada. A mesa ficava na parede esquerda vista da porta, e ao me ver Jeongyeon empurra-se para o meio do quarto com a cadeira de rodinhas e á vira para frente, logo se levantando com uma cara levemente irritada e sem paciência. 

- O que foi dessa vez?

- O que foi?! O que você acha que foi? Talvez você tentar fuder com a amiga da sua namorada? 

Digo rindo levemente ao ouvir a pergunta da maior, que parecia se fazer de desentendida depois do que ela fez. Não é possível que alguém seja tão idiota. 

- Ok, primeiro de tudo, Nayeon nem é minha namorada. 

- Com licença?

Á interrompo antes de deixá-la terminar de falar. Minha expressão indignada mostrava suficientemente a minha falta de paciência com Jeongyeon e sua baboseira. 

- Do que você está falando? Nayeon é sua namorada. 

Falo balançando a cabeça, dizendo o óbvio. Jeongyeon me olha frustrada e respira fundo, colocando suas mãos para frente e começando a se explicar. 

- Eu nunca pedi ela em namoro, e nem ela me pediu. Ela só começou à me chamar de namorada e eu acabei não falando nada. 

A garota faz gestos no ar acompanhando a sua fala, irritada com a situação. Meu queixo cai; É sério isso? Eu fecho minhas pernas e olho para baixo, dando um longo suspiro ao alisar meu vestido. Ainda olhando para baixo, passo a língua pelos meus lábios antes de começar à falar. 

- Então você acha que pode quebrar o coração de Nayeon e sair sem consequência alguma, porque tecnicamente vocês não são namoradas oficiais? 

Digo lentamente levantando minha cabeça até meus olhos encontrarem os de Jeongyeon, enquanto cerrava meus punhos, furiosa. Acredito que consegui comunicar exatamente o desprezo que sentia pela garota. Me aproximo confiante e sem aviso algum, à soco no rosto com toda força que tenho. A maior cambaleia pra trás, procurando algum lugar para se apoiar e não cair no chão. Pode se dizer que apesar de não ter continuado minhas tentativas de ser o Batman, voltei à praticar técnicas de luta na adolescência. 

- Nunca mais se aproxime dela. 

Digo seriamente, já me virando para ir embora, escondendo ao máximo o fato que meu punho doía. Faz tempo que eu não soco alguem diretamente na cara. Jeongyeon agarra meu pulso antes de me permitir sair do quarto. 

- O QUE VOCÊ ACHA QUE... 

- Ah, sabia que da primeira vez que vocês duas saíram, Nayeon me contou tudo sobre o encontro de vocês? 

À interrompo, me aproximando da maior por vontade própria, antes que a mesma pudesse fazer algo contra mim. Chego perigosamente perto da mesma, fazendo com que recuasse um pouco a cada passo que me aproximo. É claro que ela ainda estava com raiva, mas também estava obviamente hesitante ao ouvir minha fala. Até me surpreendo o quão rápido a garota entende o que estou insinuando. Rio convencida e desvio o olhar, continuando à me aproximar de Jeongyeon. 

- Sim, cada detalhe. Cantar uma letra de música para ela? Achei isso clichê até para alguém como você. 

Jeongyeon passa a língua nos dentes, desviando o olhar para baixo, tensa. 

- Mas a parte que achei mais interessante, é o fato de que no seu pequeno telhadinho — que, lembrando, você não tem permissão para usar — não tem apenas bebidas, mas também cigarros e uma arma. 

Digo com um sorriso genuíno, agora que tenho controle total da situação. Apesar da garota ser mais alta do que eu, meus saltos nos deixam praticamente da mesma altura, me deixando suficientemente ameacadora, o que é aumentado pelo fato de que Jeongyeon está encurralada, encostada na parede. Apesar disso, a mesma ainda não havia soltado meu pulso. 

- Não acha que a diretora — que por coincidência, é minha tia — também acharia isso muito interessante? 

Digo ainda sorridente, enquanto a respiração de Jeongyeon já se mostrava pesada. Aproximo meus lábios à sua orelha. 

- Então antes de encostar um dedo em mim ou em Nayeon, pense que eu posso fazer você ser expulsa, assim. 

Termino a frase estalando os dedos com a minha mão livre. A garota larga meu pulso e eu me afasto minimamente. 

- Então, estamos entendidas? 

Digo cerrando levemente meus olhos, com um leve sorriso sem mostrar os dentes. Jeongyeon não diz nada e eu continuo à encara-la, esperando uma resposta. 

- Sim...

Ela diz relutantemente, em uma voz baixa, obviamente se segurando para não fazer nada, agora que sabe o poder que tenho. Me viro de costas para a maior e saio do dormitório, vitoriosa. Vejo Seolhyun me obserando pela porta do quarto, com o queixo caído ao presenciar a cena provavelmente bem confusa para ela. Inclino levemente a cabeça com um sorriso sem mostrar os dentes, caminhando até ela. 

- Eu sei sobre esse seu négocio assexual ou coisa assim mas parecia muito que vocês estavam se pegando. 

A garota me acompanha enquanto eu caminho até o dormitório de Nayeon. 

- Ew, não. 

Falo com disgosto, à julgando levemente por achar que eu faria uma coisa dessas. 

- Eu estava apenas a confrontando. Talvez uma novidade que ache interessante de compartilhar com o Internato é que a rebelde sem causa também conhecida como Jeongyeon tentou trair Nayeon com Chaeyoung, mas até mesmo Chae sabia que nada de bom poderia vir daquela garota. Então a motoqueira de filme dos anos 50 acabou apenas por quebrar a cara. 

Seolhyun ri levemente, pouco surpresa com a situação. 

- Tenho que ir agora, beijos. 

Digo terminando minha conversa com a morena, voltando ao quarto de Nayeon. 

Ao entrar, vejo uma cena no mínimo depressiva. À vejo deitada na cama, olhando para o nada, provavelmente imaginando o que fez de errado. Suspiro e fecho a porta atrás de mim. Me sento ao lado de seus pés na cama, à observando. Nayeon também se senta, passando a balançar sua perna agitadamente, se preparando para fazer a pergunta com respostas que ela não queria ouvir. 

-Então... É verdade?

Sua voz está baixa e falha, a morena estava à beira de um colapso. 

- Sim; É verdade. 

Me pronuncio seriamente, tentando ir direto ao ponto. Não quero apenas enrolar o inevitável. Sua respiração fica levemente descompassada, e seu olhar desvia para seu colo. Vejo seus olhos se encherem de lágrimas, deixando expostos os sentimentos que estavam sendo remoídos dentro de sua mente desde que recebeu a notícia. Eu coloco meu braço direito em volta de Nayeon, tentando consola-la; Mas a verdade é que eu não entendo. Não porque eu sou arromantica, mas porque elas se conhecem à menos de dois meses, porque para mim é claro que Jeongyeon não merece essas lágrimas, porque uma garota como ela não deveria significar tanto para Nayeon. Eu não entendo, porque Nayeon não vê o quão incrível ela é, e acaba sofrendo por pessoas que não chegam nem ao seus pés. 

- Eu achei que ela gostava de mim, Jihyo. 

Ela fala baixinho, com uma voz chorosa e cada vez mais lágrimas saindo de seus olhos. Nayeon apoia a cabeça em meu ombro, chorando silenciosamente. 

-...Se isso ajuda, eu ameacei à expulsar do colégio se ela tocasse qualquer uma de nós novamente. 

A morena permanece em silêncio. 

- Eu também à soquei na cara. 

Nayeon ri brevemente, limpando as próprias lágrimas, que ainda saíam aos poucos. 

- Acho que ajuda um pouquinho sim. 

A garota retira sua cabeça de meu ombro e me olha, fazendo esforço para mostrar um pequeno sorriso sem mostrar os dentes. A mesma me abraça de repente e, ainda com uma voz chorosa, à ouço falar baixinho. 

- Obrigada. Por ser minha amiga. 

Ao ouvir sua fala, sorrio tristemente e retribuo seu abraço. Às vezes me esqueço que eu significo tanto para Nayeon quanto ela significa para mim. De jeitos diferentes, ambas somos um pouco afastadas dos outros, e temos apenas  uma à outra para confiar. Não me importo se não entendo, eu estou feliz por estar aqui por minha melhor amiga. 

[P.O.V. Park Jisoo (Jihyo) Off]


Notas Finais


Bem, por hoje é isso, espero que tenham gostado. É isso uma das coisas que faz da Jihyo uma das minhas personagens favoritas :3

Não sei quando estarei de volta, mas espero que eu não demore muito. Desculpa por deixar vocês esperando.

Um bezu no coração, da Super Kitten!


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