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História Brothers, Friends and Lovers - An unwanted gift


Escrita por: JCLostGirl

Notas do Autor


Oooi meninas lindaaas ❤😍

Vou deixar pra falar com vocês nas notas finais ok?

Booa leitura e eu espero que gostem do último capítulo dessa temporada ❤😘

Capítulo 35 - An unwanted gift


Fanfic / Fanfiction Brothers, Friends and Lovers - An unwanted gift

Dia seguinte...


         Steven Pov's

Mesmo com a ajuda da Can eu demorei mais do que imaginava pra achar a casa dos avós da Kat. Tive que passar a noite em uma pousada não muito higienica, mas era o que eu podia pagar.

Acordei cedo e parti em busca dela. O dia, diferente de ontem, estava cinza e parecia que ia chover a qualquer momento, então eu me apressei para procura-la.

Algumas horas depois eu já estava pensando em desistir, me sentei na sarjeta e cobri meu rosto com as mãos. Mas então quando as tirei as mãos e abri os olhos algo me chamou atenção. Um carro. O carro dos pais dela.

Me levantei no mesmo instante e segui correndo até a frente da casa, observei ela e encontrei o número bem escondido por um galho de árvore- era quase impossível alguém achar.

Um sorriso tomou conta do meu rosto e sem pensar duas vezes eu corri até a porta e toquei a campainha.

Foi a mãe dela quem abriu a porta e a expressão em seu rosto era de total surpresa.

-Steven, o que você ta fazendo aqui?

-Eu quero falar com a Kat.

-Steven eu já te disse que ela não quer falar com você...

-É mais eu quero ouvir isso da boca dela. Chama ela!

-Querido é melhor você não complicar as coisas agora.

-Complicar o que? A única coisa que você me diz é que ela não quer falar comigo e que vai ser mais fácil assim. Mas não vai, porque eu não sei o que ta acontecendo aqui!

Ela respira fundo.

-Me desculpa Steven mas é pelo bem dela.

E então antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ela fechou a porta na minha cara.

O sangue subiu em mim. O nervoso misturado com o medo que eu tinha de perder ela me fez agir sem nem pensar.

-KAT! - eu gritei- KATERINA! - um raio estourou no céu e a chuva começou- KAT EU NÃO VOU EMBORA ATÉ FALAR COM VOCÊ!

Sem resposta nenhuma eu continuei a gritar pelo nome dela enquanto a chuva se intensificada.


Kat Pov's

Estava fazendo a única coisa que eu fazia nos últimos dias, chorar.

E então ouvi uma voz, não qualquer voz, a voz dele.

-Steven! - eu me levantei na cama em um pulo e corri até a minha janela.

Meu coração disparou quando vi ele no jardim gritando por mim embaixo de uma chuva intensa.

-Stev!- eu disse sorrindo e sai correndo do quarto.

Desci as escadas de dois em dois degraus  e corri até a porta. Mas quando eu coloquei a mão na maçaneta da porta uma mão se fechou em volta do meu braço.

- Filha não! - minha mãe disse.

-Me solta!

-Pra você ir lá e magoar ele?- senti uma pontada no peito- Sabe que é isso que vai acontecer se for lá, não é?

-Mas ele ta lá...- lágrimas ardiam em meus olhos.

-Não se preocupa, ele vai embora.

-Não pode dizer isso. Você não conhece ele.

-Tem razão, eu não conheço- ela tirou a mão do meu braço- Eu conheço você filha. E eu sei que você não vai suportar partir o coração dele assim.

Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e minha mão deslizou da maçaneta. Minha mãe me abraçou e fez com que eu deitasse a cabeça em seu ombro.

-Isso vai passar meu amor- ela disse.

Concordei com a cabeça, só porque já estava cansada de discutir com a minha mãe e não porque eu achava que isso ia passar.


Can Pov's

Me troquei em poucos minutos e tentei fazer o mínimo de barulho para que o Paul  não acordasse. Escrevi um bilhete dizendo que ia sair e voltava logo. Coloquei meu celular no bolso e peguei minha bolsa em cima da cômoda mas quando puxei a mesma acabei derrubando o meu celular.

-Droga!- disse e fechei os olhos.

-Can? O que foi?- Paul se sentou na cama e me olhou.

-Eu derrubei o celular- me abaixei pra pegar o mesmo do chão. 

-Vai sair?

- É...vou.

-Vai pra onde?

Hesitei antes de responder.

-O Liam me ligou agora a pouco. A Nina não ta passando muito bem.

-Hum- foi tudo que ele disse e depois ficou quieto.

-Eu vou indo ta?

-O Liam vem te buscar?

-Não, eu pego um taxi.

-Eu te levo- ele disse e se levantou.

-Paul não precisa...

-Eu só vou te levar Can- ele me interrompeu.

-Tudo bem.

***

Bati na porta do apartamento e ouvi um "entra", abri a porta e joguei a bolsa em cima do sofá. Segui até o corredor e vi o Liam saindo do banheiro.

-O que foi?

-Ela não comeu nada ontem, ai hoje de manhã comeu um pão e ta vomitando até agora.

-Droga Nina- segui o Liam até o banheiro.

Ela estava sentada no chão, encostada na parede de frente pra privada com os braços abraçando as próprias pernas.

-Hey você ta bem? - perguntei.

Ela fez que sim com a cabeça.

-Só to com dor de cabeça.

-Por que ficou tanto tempo sem comer?

- Tava sem fome.

-Nina não pode ficar sem comer porra.

-Eu sei Can.

-Então vai comer alguma coisa.

-Agora eu não quero- ela fez que não com a cabeça.

-Nina você vai...

Eu nem tive tempo de terminar a frase. Ela me interrompeu quando se curvou até a privada e vomitou.

Segurei o cabelo dela e fiquei ali do seu lado. Sorte minha não ter nojo de vomito.

Quando ela terminou sua cabeça tombou pro lado.

-Nina!

Segurei ela e o Liam veio me ajudar.

-Nina?- o Liam chamou ela e a mesma abriu os olhos bem pouco- Vem.

Ele pegou ela no colo e a tirou do banheiro.

Dei descarga e limpei a borda da privada, ela não havia vomitado nada, só uma água amarela.

Sai do banheiro e fui até o quarto do Liam.   Ele estava sentado na cama olhando o pra ela.

- Ela ta fraca- ele disse.

-Ta sem comer né. Ela vomitou só uma água amarela.

-É o fígado dela, ela passou muito tempo sem comer nada.

- O que a gente faz?

-O certo é levar ela no hospital e ...

-Eu não vou pro hospital- ela resmungou.

-Então vai comer- eu disse.

-Mas eu vou vomitar.

-Não vai, eu vou buscar remédio pra você- o Liam se levantou- Faz alguma coisa pra ela comer?

-Faço - disse e ele saiu.

-Can?

-Oi?- cheguei mais perto dela.

-Como o Paul ta?

Eu estava em um conflito. Contar a verdade ou fazer ela se sentir melhor?

- Ele ta bem- menti- Só precisa de tempo.

-Acha que ele vai me perdoar? - ela perguntou ainda com os olhos fechados e toda encolhida na cama.

-Claro- disse.

Ela sorriu e eu me senti culpada por mentir pra ela.

***

Fiz macarrão pra Nina porque era a comida preferida dela e ela não negou comer mesmo doente. Liam deu o remédio pra ela depois que ela comeu e fez ela deitar pra dormir um pouco, já que segundo ele ela não dormiu a noite toda.

Quando ela dormiu eu disse que ia embora e o Liam se ofereceu pra me levar mas eu neguei dizendo que era melhor ele tomar conta da Nina e peguei um Taxi.
 
Cheguei em casa e encontrei o Paul jogando vídeo-game sozinho na sala.

-Oi - disse me curvando e dando um selinho nele.

- Oi- ele respondeu.

Me joguei no sofá ao seu lado.

-Você não foi trabalhar de novo- disse me dando conta daquilo só agora.

-Não, eu liguei e avisei que ia finalizar as coisas em casa e mandar por email.

-Já terminou?

-Já- ele respondeu sem olhar pra mim.

-Você ta bravo comigo?

-Não- disse seco.

-Ta sim- me levantei do sofá e parei na frente da tv, fazendo ele olhar pra mim- É por que eu fui ver a Nina?

Ela colocou o controle do vídeo-game de lado e cobriu o rosto com as mãos.

-Eu não vou discutir com você.

-Não to discutindo, to perguntando.

-E você quer o que? Que eu fique feliz por você ta do lado dela?

-Paul eu não to do lado de ninguém! Para com isso.


- Não é o que parece.


-Ela precisou de mim!

-EU TAMBÉM! - ele gritou me assustando.

-Eu não abandonei você- disse- Só fui até lá porque ela não estava passando bem. E se quer saber ela ta assim por sua causa!

- Como é? - ele disse sínico e se levantou- Agora a culpa é minha?

-Você pegou pesado com ela.

- Ta certo, eu que peguei pesado com ela- ele riu ironico- Ela mente pra mim, dorme com o meu melhor amigo e quando eu falo umas verdades pra ela eu to errado?

Eu fiquei quieta e engoli em seco.

Ele pegou a chave do carro e foi em direção a porta.

-Onde você vai?

-Sair- foi só o que ele respondeu antes de passar pela porta e bater a mesma com força e seguida.


Kat Pov's

Horas se passaram, a chuva continuava a cair e ele ainda estava sentado lá fora me esperando.

Ele parou de gritar depois que quase todos os vizinhos reclamaram e até ameaçaram chamar a policia. Mas ele continuou lá fora esperando.

-Criança por que olhas pra fora com tamanha tristeza?

Me virei e vi minha vó vir em minha direção.

- Ele ta aqui vó- ela se aproximou mais e eu apontei na direção dele- Ta lá em baixo na chuva á horas.

- Oras minha filha por que está aqui ainda?

- Porque a minha mãe tem razão vó, eu não posso magoar ele- disse.

- Katerina como você acha que ele está depois que você recusou todas as ligações dele, deixou que sua mãe falasse com ele e não lhe deu nenhuma satisfação?

-Mas vó...

-Filha, sua mãe esta querendo te proteger. Ela acha que sabe o que é melhor pra você

-E não sabe?

-Todos os pais acham que sabem o que é melhor pros seus filhos querida. Mas na verdade a única pessoa que pode saber o que nos faz bem somos nós mesmos.

Limpei minhas lágrimas.

-A senhora acha que eu devo ir até lá?

-Primeiro que senhora está no céu- ela fingiu me bater e eu ri- E segundo que eu não sei porquê você ainda ta aqui meu amor.

Olhei pra ele de novo, depois olhei pra porta e mordi o lábio confusa.

- Anda logo menina!

Minha vó abriu um sorriso pra mim e eu retribui o mesmo.

Saí correndo novamente como uma doida, desci as escadas e quando cheguei a porta minha mãe tentou me impedir de novo.

- Katerina não...

Eu não ouvi ela terminar a frase porque abri a porta e passei pela mesma.

Ele levantou a cabeça e seu olhar se cruzou com o meu. Entrei na chuva gelada e ele se levantou.

- O que você ta fazendo aqui? - eu perguntei quase gritando por conta do barulho da chuva.

- É sério que você perguntou isso?- ele veio andando até mim- Você desapareceu sem mais nem menos. Por que fez isso?

- Eu não queria te magoar- disse.

- Me magoar ?

- É- eu disse e recuei quando ele ficou mais próximo de mim  - Eu preciso te contar uma coisa.

- O que? - ele parou de andar.

-Eu não vou voltar pra Atlanta- disse de uma vez e senti minhas lágrimas se misturarem com a chuva.

-Como assim você não vai voltar pra Atlanta?

-Eu vou morar aqui agora Stev- ele paralisou- Eu não sabia como contar pra você. Não queria te magoar. Achei mais fácil simplesmente sumir.

- Você não pode morar aqui! Seu lugar é em Atlanta. Comigo!

- Você acha que eu quero ficar aqui? Acha que eu não quero voltar pra casa com você?

- Então volta.

- Não dá, eu não posso. Eu não tenho opção !

-Sempre tem uma opção- ele disse.

- Então me ajuda a ver uma porque eu não sei o que fazer.

- Eu sei- ele deu um passo a frente e se ajoelhou.

- O que você...

- Casa comigo?

Duas palavras. Apenas duas palavras foram o suficiente pra fazer minha mente explodir em confusão e meu coração se encher de alegria.

-Casa comigo porque eu não sei mais viver sem você. Eu quero dormir e acordar todo dia to seu lado, quero dizer pra todo mundo que você é minha mulher- coloquei a mão na boca- Eu quero construir uma família com você e te fazer ser a mulher mais feliz desse mundo- ele se levantou - Casa comigo e eu prometo que vou te amar de janeiro a janeiro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza... Até mesmo depois que meu coração parar de bater.

Eu nem pensei mais, não precisava.

Pulei no seu pescoço e beijei seus lábios como nunca antes fizera, um beijo intenso que transmitia todo amor e sentimento que temos um pelo outro.

Quando parei de beija-lo ambos sorrimos.

- Isso foi um sim? - ele perguntou ainda bobo.

-SIIIIM!- eu gritei mais feliz do que nunca.

Ele me ergueu do chão e girou comigo embaixo da chuva enquanto gritava um "Eu te amo".



***

Can Pov's

A tarde passou, a noite chegou e já era madrugada quando eu olhei pelo relógio pela última vez antes de adormecer.

Acordei com a porta da frente sendo fechada de um jeito nada cuidadoso. Ouvi os passos dele subindo a escada e abrindo a porta do seu quarto.

Eu estava dormindo no quarto da Nina porque achei que ele não ia querer ficar comigo depois da briga que tivemos.

Os passos dele começaram a vir na direção do quarto e eu fechei os olhos, fingindo que estava dormindo quando ele abriu a porta.

Aos poucos ele se aproximou da cama e parou ao meu lado, me observando. Eu estava quase abrindo o olho quando senti ele tocar meu rosto de leve com os dedos e sentar ao meu lado.

Ele se curvou cuidadosamente sobre mim e beijou minha bochecha, depois o meu pescoço e o meu ombro.

-Amor? - ele sussurrou.

Eu abri os olhos mas não disse nada.

-Achei que você tivesse ido embora- ele me abraçou.

-Eu ia- disse- Mas eu não sabia pra onde ir.

Ele parou de me abraçar.

-Me desculpa ta? Eu agi como um moleque.

- Pra onde você foi?

- Dei uma volta de carro e depois fui em um bar.

- Tava com alguém?- não consegui me conter.

- Claro que não - ele respondeu com uma risadinha- Por que?

-Eu não sei, acho que eu to meia confusa com o que ta acontecendo entre a gente e isso me deixa insegura.

-Como assim confusa?

-Não sei o que a gente é- fui sincera.

- Ta preocupada com um pedido oficial? É isso? - assenti-  Por isso não... Quer namorar comigo?

- Depende. Ta perguntando por que quer namorar comigo ou por que eu te precionei?

Ele revirou os olhos e riu.

- Porque eu te amo! - sorri- É suficiente?

Me levantei e o surpreendi com um beijo que o mesmo aprofundou antes de me pegar no colo e me carregar até o quarto.

***


1 semana depois...


Nina Pov´s

Passei a mão no rosto para secar o mesmo e respirei fundo tentando evitar que mais lagrimas caiessem. Escondi meu rosto entre as mãos e tentei pensar no que fazer, mas o nervoso era tão grande que eu só pensei em uma coisa e com certeza não era o melhor a fazer, porém era minha única opção.

Me levantei do chão sentindo minha cabeça rodar e procurei meu celular, achei o mesmo no quarto do Liam. Tremendo eu procurei o número na minha lista de contato, tendo que passar três vezes pelo mesmo antes de encontra-lo, e iniciei uma chamada. De imediato caiu na caixa postal e eu sem perceber comecei a chorar de novo.

-Droga!- disse.

Liguei de novo. E de novo. E de novo. Nada!

-Droga Ian, atende essa merda! - joguei o celular em cima da cama e ele caiu no chão. 

Eu ia pegar o celular pra deixar um recado quando ouvi a campainha tocando. Respirei fundo de novo tentando inutilmente ficar calma e fui até o banheiro lavar o rosto antes de abrir a porta.

-JA VAI! - gritei quando tocaram novamente a campainha.

Eu consegui parar de chorar mas a cara de choro continuava lá.

Abri a porta sem enrolação.

- Surpresa!- Kat disse antes que eu pulasse no pescoço dela.

-Você voltou!- eu disse e de repente eu já estava chorando de novo.

-Voltei!- ela me abraçou apertado e depois me soltou- Ah você ta chorando.

-Eu to com saudade de você.

- Também to com saudade- entramos no apartamento e ela me abraçou de novo- Me perdoa por não estar aqui, to me sentindo a pior amiga do mundo.

- Ta tudo bem, eu to bem- forcei um sorriso pra ela.

- Não ta não- ela balançou a cabeça- Quer conversar sobre o que aconteceu?

- Não- disparei- Quero saber por que você sumiu!- mudei de assunto.

-Sobre isso... eu tenho uma coisa pra contar mas preciso esperar a Can chegar.

-Por que?- franzi o cenho- Ta tudo bem ne? 



- Ta sim- ela abriu um sorriso radiante- Só quero contar pra vocês duas juntas.

Meu coração desparou quando ela disse isso.

-Tudo bem.

-Vou ligar pra ela ta?

-Ta.

Menos de quinze minutos depois a Can já havia chegado e depois receber a Kat da mesma forma que eu, com abraços, beijos e choro, nós estávamos sentadas no sofá aguardando ansiosas pra saber o que a Kat queria nós contar.

- Fala logo menina!- Can já estava pra lá de curiosa- Vai nos matar de curiosidade.

- É Kat, conta logo- reforcei.

- Tudo bem- ela riu- Olha, vocês não podem surtar porque se não eu vou surtar junto ta?

Can e eu nos olhamos ansiosas e concordamos.

- Conta logo!- falamos juntas.

- Então... eu...- ela sorriu antes de terminar a frase- Eu vou casar!


Paul Pov´s

-VOCÊ O QUÊ?- eu gritei em surpresa.

-Eu vou casar! Ta surdo é?

-Como assim você vai casar?

-Casando cara- ele riu- Eu que devia surtar não você.

-Com quem?

-Com a Kat né - ele revirou os olhos.

-Cara você prescisa urgente de um psiquiatra! - eu disse- Ta se ouvindo? Você vai casar!

-É, eu sei- ele sorria feito um idiota- Cara eu to tão feliz! Nunca me senti tão feliz antes.

-Você decidiu isso de uma hora pra outra? Do nada?

-Não- ele disse- Ta, sim. Eu pedi, ela aceitou e a gente vai casar.

-Mas e os pais dela?

-Não gostaram nada. Foi por isso que a gente demorou pra voltar. A vó da Kat ficou do nosso lado e deu o maior sermão nos pais dela quando eles disseram que não aceitavam o casamento. Os pais dela também casaram novos então eles tinham muito argumento pra impedir a gente.

- Então eles aceitaram ?

- Mais ou menos- ele deu de ombros- Ainda não estão gostando do fato da gente morar aqui mas quanto ao casamento tudo certo. Só que a gente vai ter que casar na igreja.

- Por que?- franzi o cenho.

-Sei lá, a mãe dela invocou com isso- ele me olhou- Não vai começar a me xingar ?- balancei a cabeça- Nem dizer que ela é muito nova? Que eu ferrei minha vida ? E que eu sou louco?

-Já te chamei de louco- lembrei ele rindo.

-Mas o resto não.

-Não- confirmei- Acho que eu faria a mesma coisa se a Can se mudasse.

- QUE?- ele gritou surpreso e eu ri- Como assim?

-Eu e a Can estamos namorado.

Ele fez uma cara super engraçada com os olhos arregalados e a boca em "o".

-A quanto tempo?

- Uma semana- sorri.

-Como isso aconteceu?

-Eu sempre gostei dela. Não sei explicar mas sempre teve um clima entre nós.

-E do nada vocês resolveram namorar?

-Não foi bem assim- eu disse- As coisas foram acontecendo sabe? Depois de tudo que aconteceu ela ficou aqui comigo e... - parei de falar procurando uma palavra sutil.

-Já entendi - ele me interrompeu- Então vocês estão namorando sério?

- Sim, só não tive tempo de comprar uma aliança mas estamos.

- A Nina sabe?

Senti o sorriso se desfazer em meu rosto.

-Sabe, a Can foi contar pra ela.

-Vocês ainda não estão se falando?

- Não- respondi.

-Bom, pelo menos você já não quer mais matar ela- ele disse- Ou quer?

- Ela é minha irmã Steven, eu só to com raiva, não quero mata-la. A Can me fez ver isso.

- Parece que ela te faz bem.

-Muito bem- respondi.

-E o Ian?

-Ele eu ainda quero matar!

-É bom vocês resolverem isso.

-Não tenho nada pra resolver com ele, a não ser que eu tenha uma arma.

-Pois eu acho que vocês tem muito o que resolver porque eu vou me casar e preciso que meus dois melhores amigos estejam ao meu lado no altar sem tentar se matar.

- Vai sonhando que eu vou olhar pra cara dele de novo- disse irritado.

***



Ele colocou a outra mão na minha cintura e me puxou pra mais perto. E foi nesse momento que eu me lembrei que não podia fazer isso com ele.


-Liam...- eu sai do beijo.

-Dorme comigo- ele disse e foi beijando o meu pescoço- Eu quero você.

-Liam, para por favor!- tentei fazer ele parar- LIAM! - acabei empurrando ele- Me desculpa mas eu não posso. Não agora.

Ele balançou a cabeça.

- Me desculpa eu não quis te forçar- eu vi que ele estava arrependido.

- Ta tudo bem- disse pra acalma-lo - Eu só não to pronta pra me envolver com alguém agora.

- Eu sei, não devia ter te beijado. Sinto muito! - ela abaixou a cabeça.

- Hey- fui até ele e ergui seu rosto- Já disse que ta tudo bem. Eu disse que ainda não to pronta- dei ênfase no "ainda".

-Isso quer dizer que um dia você vai estar?

-Quem sabe- dei de ombros- Eu gosto de você. Mas por enquanto você é o meu melhor amigo.

- Eu sei.

Abracei ele, que me envolveu em seus braços. Eu estava apavorada com o fato de ficar sozinha e meus pensamentos começarem a vir a tona. E também eu não queria ficar sozinha, precisava de um ombro amigo.

-Posso dormir com você? - perguntei- Só dormir. Eu to me sentindo um pouco...carente.

- Claro- ele deu uma risadinha baixa.

- Obrigado! - senti uma pequena lágrima escorrer.

Porra eu vou desidratar !


1 semana depois...


Bati na porta e dei um passo á trás, estava suando frio de tanto nervoso. Esperei um pouco e como ele não atendeu eu bati de novo.

-Ian?- chamei.

Eu estava prestes a colocar a mão na maçaneta quando a porta foi aberta revelando a última pessoa que eu esperava encontrar aqui.

-Claire?

- Oi Nina- ela abriu um sorriso pra lá de falso- O que faz aqui?

- Eu quero falar com o Ian- fui curta e grossa.

-Ah ele ainda ta dormindo- ela disse com sua voz enjoada- Foi uma noite e tanto!

Olhei pra ela e ao ver que ela vestia uma camiseta dele, uma das minhas favoritas, o ódio tomou conta de mim, assim como uma vontade enorme de vomitar.

-Quer que eu aviso ele que você esteve aqui?

- Não, não precisa- disse.

-Tudo bem então. Tchauzinho.

Ela foi fechando a porta aos poucos exibindo seu sorriso vitorioso.

Eu senti meu corpo todo se arrepiar e ânsia de vomito chegar no limite. Mal tive tempo de pensar, vomitei em um vaso que estava á minha esquerda.


Can Pov's

- Can?- ouvi o Paul me chamar do andar de baixo.

Estranhei o fato dele não ter me chamado de amor, já que nas últimas semanas ele faz questão de acrescentar a palavra a tudo que diz a mim.

-Oi?- sai do quarto e comecei a descer as escadas.

Já no meio da escada eu congelei.

Paul estava parado na porta e do lado de fora estava o meu pai.

- Oi filha- ele disse. Desci as escadas correndo e o abracei forte - Ah minha menininha...que saudade!

-Pai!- foi só o que eu consegui falar no primeiro momento- O que ta fazendo aqui?

Parei de abraça-lo.

- Vim te trazer uma coisa- ele me entregou um envelope com o emblema da faculdade e meu coração disparou- Chegou hoje de manhã. Eu peguei antes que a sua mãe visse e esperei ela sair pra trazer pra você.

Sorri enquanto pegava a carta da sua mão e o abracei brevemente.

- Obrigado pai!

Fiquei olhando pro envelope.

- Não vai abrir?- ele perguntou.

- Hum...não. Eu prometi abrir com as meninas!- olhei pro Paul e ele deu um mínimo sorriso.

-Tudo bem, me conta quando abrir.

- Claro!

- Você ta precisando de algo querida?

- Não pai, eu to bem.

- Aguenta só mais uns dias, essa maluquice da sua mãe vai passar logo.

-Sinceramente pai, acho que eu e a mamãe em baixo no mesmo teto não da mais certo.

-Eu sei filha- ele passou a mão no meu rosto- Eu to tentando fazer ela mudar. Quero você pertinho de mim.

- Eu sempre vou estar pertinho - eu ri.

O único lugar que eu poderia ficar era aqui mesmo, então de qualquer forma eu estaria perto.

Ele me abraçou.

- Eu te amo- ele disse.

- Também te amo- respondi segurando o choro.

- Eu preciso ir- ele me soltou- Não esquece de me avisar quando abrir a carta.

- Pode deixar pai.

- Tchau querida.

- Tchau pai.

Ele virou as costas e saiu andando enquanto eu fiquei o observando com o coração na mão.

Quando eu fechei a porta o Paul me abraçou mas eu lutei contra as lágrimas.

- A carta da Nina ta aqui? - perguntei.

- Ta ali na mesa- ele apontou pra mesa enquanto ainda me abraçava.

- Posso levar pra ela? A gente vai abrir junto.

- Claro- ele beijou o topo da minha cabeça.

- Obrigado amor. Eu te amo!

- Também te amo amor!


***  


Nina Pov's


Sem pensar demais eu bati na porta e esperei impaciente que a mesma fosse aberta. Quando ela enfim se abriu eu parei de respirar.

-Filha!?- Mia sorriu ao me ver.

-Oi- disse e ela me abraçou.

-Ta tudo bem?- franziu a sobrancelha ao me olhar. Eu apenas balancei a cabeça e dei de ombros- O que aconteceu?

-Acho que eu preciso conversar com alguém- disse sem jeito- Preciso de... de...

-De uma mãe? - eu não respondi e então ela abriu mais a porta - Vem !

Eu entrei mesmo com as minhas duvidas e incertezas. 



Can Pov's



- Bom dia!- falei animada entrando no apartamento do Liam.

- Bom dia- ele respondeu entre um bocejo.

- Cadê a Nina?

- Saiu de manhã e ainda não voltou.

- Onde ela foi?

- Disse que ia dar uma volta, acho que ela não demora muito- ele se jogou no sofá- O que você quer?

- As cartas da faculdade chegaram e eu to com a dela.

- Já chegou?- ele deu um pulo no sofá.

-Já, a sua não?

-Não- ele respondeu e depois pareceu se dar conta de algo- Puta merda!

- O que foi?

- A carta deve ter ido pra casa dos meus pais- ele levantou do sofá- Eu vou toma um banho e vou lá buscar. Pode ficar ai.

- Ta bom, eu não ia embora mesmo- respondi e ambos rimos.


***


Nina Pov's

Sai do elevador massageando a cabeça pra ver se a dor na mesma passava, mas nada. Parecia que tinha uma furadeira na minha cabeça de tanta dor.

Sem bater eu abri a porta do apartamento e encontrei a Can e a Kat sentadas no sofá.

-Oi- disse- O que estão fazendo aqui?

-Olha o que chegou- Can levantou dois envelopes e Kat um.

-Cartas da faculdade?- perguntei sem animo algum.

-Como assim você me fala "cartas da faculdade" assim desse jeito?- Can perguntou enquanto eu me jogava no outro sofá- Qual seu problema? Isso aqui é nosso futuro.

-Desculpa Can eu to com dor de cabeça- fechei os olhos.

-Foda-se- ela disse- Vem aqui! A gente prometeu abrir juntas e nós ja estamos aqui a meia hora te esperando- bufei e levantei do sofá- Aliás... onde você foi?

-Dar uma volta por ai- menti.

-Hum- ela me deu a carta e ficamos as três em pé- No três?

Concordamos com a cabeça.

-Um...dois...três!- contamos juntas e abrimos as cartas.

Meu olho rodou pela folha branca de papel   procurando um " reprovada".

Can soltou um grito e Kat a seguiu, eu coloquei a mão na boca, me surpreendendo e as duas olharam pra mim.


-Quanto da bolsa vocês conseguiram?


-75 - elas responderam juntas.


-Nina?- Kat disse- O que foi?

- Eu...

Não consegui terminar a frase porque senti uma imensa tontura, minha vista ficou turva e depois tudo desapareceu.

***

-Nina?

Abri os olhos ao ouvir as meninas me chamando e me chacoalhando.

-Oi- coloquei a mão na cabeça- O que foi?

-Você apagou quando abriu a carta.

-A carta- falei e me sentei- Cadê?

- Ta aqui- Kat pegou a mesma do chão e leu- AH MEU DEUS NINA!

-O que foi ?- Can perguntou.


- Ela conseguiu a bolsa integral pra direito!- ela entregou a carta pra Can e as duas me abraçaram- Parabéns !

-Eu não acredito nisso- disse descrente.

Nesse momento eu comecei a rir e chorar junto e elas gargalharam.

A porta foi aberta e Liam entrou gritando feito um doido.

-EU PASSEI! - ele disse e pulou em cima da gente.

Se a minha cabeça ja esta uma confusa agora ela estava completamente fodida.  



***

1 semana depois...

Ian Pov's

Acordei com o telefone tocando e a ruiva ao meu lado resmungou enquanto eu levantava e pegava o celular. Era um número desconhecido, então eu atendi já sabendo quem era.


Ligação on

Eu- Alô?

Ela- Filho... (suluços)

Eu- O que foi mãe? Você ta bem?

Ela- Filho ele se foi . ( mais soluços)

Eu- Ele quem mãe? O que ta acontecendo?

Ela- Ele morreu Ian. O seu pai morreu!

Eu-...

Ela- Filho você tem que voltar pra casa.

Eu- Agora?

Ela- Eu preciso de você Ian. Você é o único filho dele, eu não posso fazer tudo sozinha.

Eu- Fica calma mãe. Eu já to indo.

Ela- Obrigado filho.

Eu- Te amo mãe. Se cuida!

Ligação off

***

Liguei pra ela um milhão de vezes e ela não me atendeu, então eu decidi ir atrás dela.

Odiava ter que ir até o apartamento dele pra conseguir falar com ela mas já que ela não atendia o telefone essa foi a minha única saída.

Toquei a campainha e esperei do lado de fora rezando pra que fosse ela que abrisse a porta. Mas adivinha? Foi ele.

- O que você quer? - ele perguntou com a cara fechada ao me ver.

- Eu quero falar com a Nina- fui direto- Pode chamar ela pra mim?

- Acho que ela não quer falar com você.

- Chama ela agora! - me irritei.

- Olha como você fala comigo!- ele aumentou o tom.

- Hey o que ta acontecendo...- ela apareceu atrás dele e paralisou quando nossos olhares se cruzaram.

- Esse babaca quer falar com você- Liam disse a ela.

- Vou te mostrar o babaca.

Eu dei um passo a frente e ele também, minha mão já fechada e pronta pra soca-lo quando ela entrou na frente dele e envolveu as mãos no pescoço.

- Liam olha pra mim- ela disse e ele fez o que ela pediu- Ta tudo bem. Entra e me espera ta? Eu vou falar com ele e ja entro.

- Tem certeza? - ele perguntou me olhando.

-Tenho- ela disse.

- Tudo bem.

Ele me deu uma última olhada antes de entrar e fechar a porta.

Nina estava de costas pra mim e percebi ela respirando fundo. Coloquei a mão no seu ombro pra chama-la.

- Nina?

Ela se virou com tudo.

- O que você quer?- perguntou.

- Eu só queria te ver, você sumiu.

- Ah ta, eu que sumi- ela disse sínica e eu não entendi nada- Por que quer me ver?

- Porque eu vou pra Seattle e não sei quando vou voltar. Queria ter certeza de que você ta bem.

- Eu to ótima- percebi que ela engoliu em seco- Por que vai pra Seattle ?

- O meu pai, ele... ele faleceu hoje.

A expressão seria de seu rosto se desfez.

- Ah eu sinto muito Ian.

-Não sinta, ele era um babaca. Não vai fazer falta nenhuma- eu disse- Eu to voltando pela minha mãe.

- Entendi- ela disse e ficamos em silêncio por um tempo - Era só isso?

- Era, eu acho- falei sem jeito.

- Ta então...

-Quer vir comigo? - perguntei de uma vez.

- Como é?

- Você quer vir comigo ?

- Pra Seattle? - assenti-  Por que?

- Eu sei lá Nina, acho que eu só preciso de alguém- falei- E também... eu não gostei de como as coisas ficaram entre nós.

Ela mordeu o lábio e eu percebi que aquilo era uma tentativa de segurar o choro, já conhecia ela bem.

- Ian eu não sei como te falar isso.

- Falar o que?

- É que...- ela fechou os olhos- Eu to apaixonada pelo Liam.

Aquelas palavras entraram em mim como adagas.

- Ele cuidou de mim desde que tudo aquilo aconteceu e as coisas foram...acontecendo.

Senti meus olhos arderem.

- Eu entendi- disse pra evitar que ela dissesse mais alguma coisa.

- Sinto muito Ian.

-Não, eu que sinto - coloquei a mão no pescoço dela e me aproximei fazendo ela estremecer - Me perdoa por tudo que eu fiz a você.

Uma lágrima escorreu pelo rosto dela e eu me segurei pra não beija-la.

Deus, como era difícil resistir a ela! 


- Ian...

Ela tremeu quando eu me aproximei mais dela e me curvei pra dar um beijo na sua testa.

- Se cuida ta?- eu falei e em seguida me virei e sai andando sem olhar pra trás.


Nina Pov's

Entrei no apartamento e fechei a porta, me encostando na mesma e sentando no chão aos poucos enquanto deixava as lágrimas saírem junto aos soluços.

O Liam estava perto da porta e quando eu entrei chorando ele já veio correndo até mim.

-O que foi Nina?

-Me desculpa- eu falei entre os suluços- Me desculpa ele tinha que ir embora.

- Do que você ta falando?- ele estava nervoso.


-Eu precisei falar aquilo Liam, me perdoa. Ele não podia ta aqui. Eu não ia conseguir com ele aqui.

-Nina para de chorar e conversa comigo pelo amor de Deus- ele dizia apavorado enquanto segurava meu rosto entre as mãos- Me conta o que ta acontecendo por favor.

Eu tentava respirar mas parecia que o ar fugia dos meus pulmões, eu só conseguia chorar. Mas sabia que eu tinha que falar, eu precisava dizer aquilo em voz alta uma única vez antes de acabar com isso tudo.

- Eu ... - não consegui falar- Eu to...

- Ta o que Nina? Pelo amor de Deus, me fala!

- Eu to grávida - falei de uma vez- Eu to grávida dele!


Notas Finais


Antes de mais nada meninas eu queria agradecer pelos comentários e dizer que eu li cada um deles e to muito grata a vocês pelo carinho. Vou responder todos um por um, só não fiz isso ainda pq queria terminar essa temporada logo e como eu já disse as coisas não tão fáceis pra mim.

AGORA O MAIS IMPORTANTE...
Daqui a pouco eu vou postar um epílogo que vai trazer uma revelação da qual eu tenho certeza que vocês estão muito curiosas pra descobrir.

Até daqui a pouco lindaas e MUITO OBRIGADO por tudo! 😘

P.s: falo mais com vocês daqui a pouquinho 😉😘


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