História Brothers with advantages. - A fish that fell into the cats claws.

Irmãos com vantagens?

O que ele queria dizer com isso?

- Como assim? - Pergunto para Gumball, que sorria para minha pergunta.

- Ah, como é inocente... - Ele fala mais para si mesmo do que para mim. Inocente? Eu não sou inocente! - Isso quer dizer que vamos continuar sendo irmãos, mas com umas coisinhas a mais, sabe...?

Nao , eu não sabia. Tudo bem, eu sou inocente, mas o que ele estava falando com "coisinhas"? Beijos? Será isso?

- Hum... Então quer dizer que você quer me beijar, mas sem sermos... - Fico envergonhado com a palavra. -.... Namorados?

Ele não podia dar uma risada mais sarcástica.

- Só beijar? Eu quero tirar toda a pureza que você tem. - Ele fica sério repentinamente, me encarando com intensidade.

Arregalo os olhos, não podendo ficar mais vermelho. Provavelmente a essa altura meu rosto e meu cabelo eram a mesma coisa. Tirar toda a minha pureza? Como assim? E-ele ia... Fazer o que comigo? Éramos dois homens!

- Você entederá melhor se eu te ensinar, hum? - Gumball se levanta e chega perigosamente perto de mim, e acho que já sabia o que estava por vir se não ouvisse o barulho de porta se fechando lá embaixo.

- Chegamos! - Provavelmente meu pai grita.

Olho assustado para mim e para ele me sentindo repentinamente culpado. Começo a coçar meu peito desnudo per nervosismo.

- Hum... Acho que tenho que deixar uma marca em você antes de tudo...- Ele lambe os lábios em expectativa, e antes que eu pudesse protestar ele me prensa contra a parede e enfia seu rosto na dobra de meu pescoço, e tudo que posso sentir é um forte chupão me fazendo dar um pequeno gemido contido.

- Agora sim! - Ele exclama satisfeito ao olhar a provável marca que deixou em meu pescoço. - Agora sim você é meu. Meu brinquedinho. - Arregalo os olhos com as suas palavras e tento esconder meu rosto com as mãos.

Empurro ele com toda força que posso e deito em minha cama, quando ouço passos se aproximando.

- O que aconteceu?! - Pergunta meu pai ao ver a cena: Eu com um olhar assustado para o chão enquanto Gumball senta no parapeito da janela, balançando levemente as pernas. E se ele desconfiar?

- Você está com catapora? - Anais pergunta preocupada, alheia ao nosso estado nervoso. Ufa! Eles não desconfiam. Expiro aliviado e tiro uma gota de suor em minha testa com as costas da mão.

- Tudo bem, querido? - Nicole diz se aproximando e pegando meu rosto, o exinando. Então seus olhos correm até meu pescoço e vejo um rastro de fúria em seu rosto até ela direcionar seu olhar para Gumaball, que só manda um beijo para ela, sem nem um pouco de preocupação. Será que ela sabe que ele me beijou? Entro em pânico com essa possibilidade. Eu sou hétero! "héteros não gostam de beijos do mesmo sexo" Responde meu subconsciente. Mas, não queria dizer que sou gay. Minha cabeça não podia estar mais confusa do que agora.

- E ele ainda não tomou sua canja, então eu posso dar a ele... - Gumball fala pulando do parapeito me olhando com obviamente outras intenções.

Mas Nicole é mais rápida e pega a canja. Logo depois ela faz uma careta para a tijela.

- Você pretendia dar isso a ele? Está totalmente frio! E provavelmente é pronta, você nunca nem chegou perto de um fogão! - Ela acusa Gumball que revira os olhos. - Faz um favor e joga isso fora!

Solto uma risada contida e ao constar isso, Gumball olha raivoso para mãe.

- Aonde afinal vocês foram? - Pergunto logo depois do azulado sair do quarto. - Me abandonaram aqui com meu irmão?

Meu pai ri um pouco do meu nervosismo e fala:

- Achamos que seria legal você e o seu irmão se conhecerem... - Ele diz se sentando ao lado de Nicole, na cama.

- Então porque a Anais também não ficou? - Pergunto me sentindo injustiçado.

- Ela conheceu ontem depois do jantar a vizinha e viraram "melhores amigas" - Meu pai diz fazendo aspas com as mãos e revirando os olhos. - E foram a praia hoje, sem nem pensar em ficar em casa, e eu e Nicole fomos no mercado.

Suspiro resignado com a inocência de meu pai e tendo virar para o outro lado da cama mas minhas manchas estavam começando a latejar, causando dor.

- A-ai... - Reclamo.

Ele exclamam de preocupação

- Você está bem? Quer que eu passe a pomada? - Nicole pergunta erguendo o remédio.

Sinto meu sangue ir para minhas bochechas ao falar que Gumball tinha passado em mim.

- A-ah, o Gumball hum... - Nicole diz se controlando. Ela parecia bastante raivosa.

De novo o medo de ela saber me abate. Mas se Nicole estivesse incomodada acho que já estaria falando alguma coisa agora....

Depois de cuidarem devidamente de mim, eles se retiram para fazer um almoço. Quando olho para meu corpo sinto repulsa. Nossa, eu estava muito sujo. E fedorento.

Caminho até o banheiro do meu quarto e tranco a porta por preucação. Depois de uma ducha rápida, escovo os dentes e enrolo a toalha branca na cintura.

Quando abro a porta bocejando, ouço uma voz muito conhecida atualmente.

- Hum, se eu pensava que o peito era o seu ponto mais forte, agora.... - Gumball diz sentado em minha cama preguiçosamente me analisando sair do banheiro.

- Mais o que?! - Tento me cobrir inutilmente com as mãos.

- Calma irmãozinho... - Ele diz levantando a mão em gesto de paz. - Agora só venho cobrar minha resposta... Mas vendo você desse jeito... Talvez eu não espere sua resposta. - Ele diz se levantando lentamente, como se estivesse encurralando uma presa.

Pensa, Darwin, pensa! O que o faria se afastar? Mas sinceramente eu não SSI se quero que ele se afaste... Nesses dois dias vivi mais do que dezessete anos! Um beijo?! Um chupão no pescoço?! Eu nunca iria imaginar uma coisa dessas, muito menos com um garoto a uma semana. Meu cérebro derreteu com a perspectiva de mais do que isso, eu eu sentia que queria mais do que isso.

- T-talvez eu pudesse aceitar, hum? - Respondo olhando para o chão, envergonhado.

Olho para ele e encontro seu rosto iluminado por alegria, e algo mais... Luxúria, talvez?

- Parece que o peixe caiu nas garras do gato, não concorda? - Ele pergunta se aproximando de mim e me segurando pela cintura.

Tenho que olhar para cima para conseguir encará-lo, e me sinto exatamente como descreveu... Um peixe que caiu nas garras do gato.

Mas eu não me importava em me sentir assim mais vezes, não mesmo...