JUNGKOOK
Estava fazendo umas coisas no escritório quando Sofia entrou pedindo pra conversar. Fazia dias que essa garota andava estranha e eu a conhecia bem pra saber que tinha algo errado com ela.
__ Pode falar.
__ Quero que me demita. Consegui um emprego na cidade grande como vendedora e gostaria de ir para lá o quanto antes.- diz sem rodeios.
__ Como conseguiu emprego lá se não conhece ninguém por lá?
__ Isso não importa senhor, apenas quero que me demita.
__ Ok, se esse é seu desejo, me trás sua carteira pra mim dar baixa e boa sorte na cidade.
Ela agradeceu e saíu da sala me deixando alí pensativo em como ela conseguiu essa vaga repentina. Deixei por isso mesmo e quando saio do escritório Natasha entra apurada.
__ Meus seios vão explodir logo, cadê o pequeno?
__ Quarto dele.- digo subindo com ela.
Ela pegou o menor e se sentou na poltrona dando o mama. Eu ainda estava relutente em como começar uma conversa com ela sobre colocar meu sobrenome na Helena pois não sabia como ela reagiria.
__ Pensas no que?- pede e a olhei.
__ Eu quero registrar a pequena. Eu odeio ficar longe dela como se fossemos estranhos, quero ver ela todos os dias, fazer eles crescerem juntos. Fui um idiota completo admito, mas ela é minha filha também, quero ter contato com a mesma.
Ela continuou a me encarar e suspirou pesado.
__ Quando quiser vamos no cartório então.- diz sorrindo.
__ Obrigada.
Cheguei mais perto deles e Samuel me dá uma olhada marota e leva a outra mãozinha pro outro seio dela que riu da cena e me abaixei perto deles.
__ Só desfrutei desses seios duas vezes, você já está a três meses e ainda quer discutir isso? Sei que ja ganhou essa garoto.- disse e ele riu soltando um pouco de leite pelo canto da boca.
__ Meu Deus vocês...- ela tentava falar mais ria ficando mais corada ainda.
__ Tô mentindo? Não.- disse e ela baixou a cabeça escondendo o rosto.
Não demorou pra ele dormir, mas quando ela o soltou no berço ele acordou e se grudou nela chorando e não queria solta-la.
__ Ok, ok, venha comigo gatinho.- diz levando ele pra outro lugar.
Quando vi ela estava entrando no antigo quarto dela, tirou as botas e se deitou na cama com ele que dormiu agarrado nela e não soltou a blusa da mesma, segurava firme pra ela não figir.
__ Que foi?- peço pois ela estava encarando ele de forma profunda.
__ Ele não é meu filho, mas eu me preocupo tanto com ele que parece que ele saiu de dentro de mim. É surreal.
__ Você o amamenta a três meses, vê ele a cada três horas por dia, criou um vínculo com ele querendo ou não. É normal se preocupar.
__ É né? Só eu sei como fico quando eu saio e ele fica chorando, dá vontade de levar ele comigo.- diz rindo.
__ Ou dá pra você morar aqui com Helena.
Ela me encarou.
__ O que?
__ Venha morar aqui com a Helena, vai ser mais fácil pra você também pois ela estará mais perto pra você ve-la quando não puder ir pra casa.
__ Eu... Eu... Posso pensar?
__ Pensa o quanto quiser, não vou ficar te precionando com isso.- digo me levantando.
Depois de um tempo ela dormiu junto com ele, joguei a manta por cima deles e saí do quarto dando de cara com Elisa subindo.
__ Não entra no antigo quarto da Natasha agora, ela caíu no sono com o pequeno.
__ Sim senhor.- diz subindo mas a parei.
__ Sábia dessa história da Sofia ir trabalhar na cidade como vendedora?
__ Senhor, minha filha ultimamente não se abre muito comigo, vive de segredos, só me disse disso hoje de manhã enquanto arrumava as coisas dela, quase não a reconheço mais.- diz e sobe quieta.
No outro dia, fui ver como estava as coisas lá em baixo e perdi a hora conversando com os caras quando aquela voz femina ecoou pelo lugar.
__ SEGURA CAVALINHO.- gritou e quando virei Natasha veio com tudo pulando no meu colo.
__ Eu ainda sou seu patrão, quer descer do meu colo de uma vez?
__ Chato, irritante...- disse e cada insulto era um beijo roubado.
__ Pode continuar com os insultos, não me importo.- digo rindo dela vermelha e descendo do meu colo e entrando no celeiro comigo de atrás.
__ É verdade que ela vai embora?- pede
__ É sim, veio pedir as contas ontem de manhã, disse ia trabalhar de vendedora na cidade grande. Mas não sei, ela não conhece ninguém lá.
__ Ou conhece e você não sabe, vai saber.
__ É também.- digo e ela me encara.
__ Tá em pé o convite ainda?
__ Vai vim morar aqui?
__ Ele me chamou de mama.- diz chorando e eu ri dela aos prantos alí.
__ Mesmo?
__ Uhum, Elisa está de prova. Ai não fico mais longe dele não.- disse secando as lágrimas.
__ Só dele?
__ Bom...do pai dele também mas esse nem tchum pra mim então...- nem deixei ela terminar lhe beijando.
__ Ah mulher... Não sei demonstrar sentimentos. Mas pode ter certeza que dou mole sim pra você, ah se dou mas...- não terminei.
__ Mas o que?- pede contornando meu colarinho.
__ Só aceito vim se ficar comigo, sem mentiras, sem pessoas atrapalhando, só nós e as crianças.
__ Podemos fazer isso, só nós e as crianças.
__ Vocês vem quando?
__ Quer que nós venha quando?
__ Por vinha hoje mesmo, agora se desse.
__ Então vamos buscar a pequena e nossas coisas.- diz me puxando pra fora.
Não era tanta coisa pra pegar já que elas não trouxeram muito.
__ Vê se cuida bem das minhas meninas.- Rodrigo diz.
__ Pode deixar que irei cuidar muito bem delas.- digo pegando a pequena do carrinho.
Voltamos pra casa, Elisa ajudou a guardar as coisas da pequena no quarto que seria dela e as coisas da outra levamos pro meu quarto.
__ Vai querer que eu durma contigo?
__ Não quer?
__ Quero, mas vê se dá logo um jeito de trocar essa cama.- diz abrindo o bico e eu entendi bem o motivo.
__ Amanhã vamos na cidade e compramos outra. Mas daqui você não saí mais.- digo lhe dando um selar.
De noite o mundo desabou lá fora e os pequenos estavam chorando, no fim acabamos colocando eles dormirem no meio da gente mesmo e eles dormiram de mãozinhas dadas.
__ Eles são tua cara.- ela resmunga.
__ Amém.- digo rindo e ela abre o bico me dando um tapa.
__ Você acha que um dia ela vai voltar querendo ele?
__ Não, ela deixou bem claro que não quer ele de jeito maneira. Porque?
__ Já que você vai registrar a pequena oficialmente eu queria ver como posso colocar meu sobrenome no dele. Eu já o considero meu filho mesmo.- diz bocejando.
__ Amanhã falamos nisso, agora durma.- digo fazendo cafuné nos em seus cabelos.
Vi o exato momento que ela dormiu abraçando os pequenos com o braço e me ageitei atrás dela também.
Que nada nos atrapalhe a partir de agora.
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