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História Bruxas de Orhol: Chave para Liberdade - Usuárias de sangue Demoníaco


Escrita por: Diclaiverdidi

Capítulo 4 - Usuárias de sangue Demoníaco


Sua cabeça rodava, seus olhos começaram a se abrir fazendo suas têmporas gritarem e um cheiro de enxofre a fez quase gorfar. Suas roupas ainda estavam úmidas, isso significava que não fazia tanto tempo que estava desacordada, seus olhos verdes começaram a tentar passar pelo local que parecia uma caverna, era escuro e provavelmente aberto direto nas rochas de alguma montanha, flexicionou os braços em reflexo, ouviu o som de correntes e sentiu a mão roçar nas algemas grossas. Se deu conta do fim da luta contra aquele homem na rua, havia fracassado. Nesse momento o rapaz, que poderia ser a última chance de libertar todas as mulheres de seu povo, já devia estar morto e ela seria a próxima. Seu rosto ardeu e seus olhos encheram de lágrimas ao pensar em suas mães á esperando voltar, eternamente presas na esperança de que sua filha as salvaria. Um amargor tomou seu coração sentiu-se a pior pessoa do mundo, destruiu a última esperança de todo um povo, fracassou com suas mães e retribuiria todo carinho que elas lhe deram com espera eterna, pensou em como Lilith ficaria desolada ao não ter sequer a notícia de sua morte, em como Arcana ficaria enojada pensando que havia fugido, sofreu ao pensar em como seu povo a repudiaria. Nunca foi a filha que suas mães mereciam, sempre sendo contrária e brigando desnecessariamente, lembrou de cada ofensa contra as mães, de cada escolha que fez para contraria-las, sem fazer nem o mínimo para seu povo, se arrependeu de não se importar o suficiente com a questão de sair do inferno. Lembrou do povo e da princesa horrível que foi, mesquinha e arrogante, sem se importar em fazer o melhor. Lembrou de seu marido, e de como ele a amava, como aguentou tudo por ela, ficando contra seu pai e contra todo um canto do inferno por ela, trocou o trono em nome do amor deles, foi amaldiçoado a viver em forma de fera por causa do casamento deles ,e agora ela retribuiria tudo isso sumindo para sempre. Ela soltou um soluço baixo e sentiu uma lágrima quente escorrer dos olhos.

- Você acordou?- Uma voz que tanto a perturbou sussurou perto dela, fazendo sua espinha arrepiar, olhou ao redor tentando ver algo no breu em que se encontrava.- Ta tudo bem? Você consegue falar garota?

- Gariél é... É você?- Um nó na garganta começava a doer, por um momento algo a fez lutar contra as correntes, um esforço inútil sem sua magia.- Você está machucado? Sabe onde estamos? Que bom que você está vivo eu pensei... Esquece... não importa agora.

- Tá, eu to bem sim! Mas porque parece que você está chorando?- A voz ecoava pela caverna mas parecia vir de sua esquerda.

- Não é nada!

- Ta bom então! Bom acho que temos um tempo, por que você não me conta o que caralhos está havendo! Tipo de onde tu veio, quem é aquele cara, e o que vocês querem comigo?- Ele se desesperava e suas correntes balançavam fazendo um suave tilintar.

- Acalme-se!- Um suspiro se seguiu, com ela juntando todo ar possível em seus pulmões.- Meu nome é Amarive. Meu povo é chamado de Bruxas Orhol. A muitos séculos, quando ainda existiam poucos humanos em midear, algumas mulheres descobriram que podiam canalizar a energia de uma entidade morta que havia se dissipado e empregnado no universo. Esse ser, que chamamos de Orhol, aquele que se findou, existia antes dos planetas existirem, ele nasceu nos primórdios do universo e possuía uma energia incomun e poderosa. Assim que ele morreu, a energia que o formava se dissipou pelo universo e impregnou nos planetas que se formavam, um desses era midear, que nessa época ainda era pura lava incandescente, e o calor neutraliza a enegia desse ser, assim quando ela desceu e se estabeleceu em Midear permaneceu adormecida até que as forças da primeira mulher livre acordaram essa e energia. Essa mulher possuía o nome de Lefey e era a mulher do líder da primeira tribo humana. Ele era um homem perverso e a obrigou a se deitar com ele e produzir filhos assim como uma cadela, ela apanhava todas as noites enquanto rezava para seus deuses que nunca a ajudaram, nem mesmo as deusas responderam. Um dia seu homem chegou estressado e arracou suas roupas, ela criou uma coragem inexistente e levantou suas mãos para se defender, ele a espancou e obrigou a andar por vários quilômetros embaixo da chuva, embaixo de pedras arremesadas pelas mulheres de sua tribo e embaixo de homens que a chamaram de vadia por ousar querer ser o igual a eles. Ele a chicoteou durante todo o caminho e nem seus filhos a ajudaram, no fim ela caiu quase morta em meio a lama, e nesse momento a sua alma, que estava prestes a deixar seu corpo, despertou o poder catalizador em seu sangue. Ela sentiu a energia de Orhol a imundar e um poder enorme a fez levantar. Ela matou o lider da tribo e quando todos se ajoelharam ela disse que não deveriam se ajoelhar para uma vadia. A primeira mulher livre se isolou na floresta e um termo foi cunhado para ela: "bruxa", que naquele rude dialeto significava usuaria de sangue ou poder demoníaco. Ela então se apossou dele usou com honra, pois se lutar por sua liberdade a faz uma vadia, se falar que tudo está errado a faz estérica, se Lutar a faz ser do demônio, então sim ela era uma Bruxa, aliás não só uma bruxa, a Maior das Bruxas. Essa mulher viveu nas florestas e aprendeu a controlar essa magia, enquanto seu filho cresceu e se tornou o líder que seu pai era. Assim ela passou a acolher todas as mulheres que pudesse, deu liberdade a elas, e descobriu que algumas dessas também tinham o catalizador no sangue. Elas aprenderam a usar sua magia para diversas coisas, inclusive para gerar filhas, a primeira filha de duas mulheres foi minha mãe Lilith. Muito tempo se passou até que Lefey deixasse o plano material, dizendo ter cumprido sua missão. Nessa época já existiam reinos enormes e as bruxas continuavam nas florestas e aumentavam seu poder. Isso deixou o primeiro imperador do mundo irritado, então ele se aproveitou da partida de Lefey e mandou seu poderoso filho Mizera, atacar e matar as bruxas. Minhas mães lutaram lado a lado, mas Lilith ja estava grávida e Mizera á atacou quase perfurando seu útero. Arcana, minha mãe então entrou numa luta com ele... Bom, basta saber que ele não conseguiu matar as bruxas, fez pior, tirou nossa liberdade, nos prendeu num universo separado do de Midear onde não há magia de Orhol, onde só á um planeta chamado Inferno. Onde eu nasci sem liberdade. Há muitos anos um rei do inferno que era vidente se curvou perante lilith e proclamou a profecia que dizia que aquele que poderia libertar nosso povo tambem podia lhe arruinar, esse vidente chamado Oriphim, graças as magias de minha mãe, foi forçado a dizer quem seria essa pessoa, mas ele só podia recitar a profecia daquele que abrirá o portal de contenção que prende as bruxas no inferno. Resumindo: você é essa pessoa.



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