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História Bubble - Amor


Escrita por: Almaro

Notas do Autor


Olá!!!

Quem é vivo sempre aparece... desculpe meu sumiço, mas as palavras férias e filhos na mesma sentença, em alguns momentos, se torna uma tarefa árdua.
Quero, também, me desculpar pela falta em responder os comentários. Sei que prometi que iria responder todos, mas não cumpri e sinto tanto por isso, mas quero que dizer que leio cada um e fico feliz com cada palavra escrita por vocês.

Obrigada a você que chegou até aqui!!!
Beijos

Capítulo 44 - Amor


Victor observava Yuuri sentado no enorme tapete peludo em frente à lareira, estava totalmente distraído e alheio aos olhos do russo que viam as chamas claras brincarem na face amada. O japonês fazia carinhos na cabeça de Makkachin que estava apoiada em suas pernas e se esquecerá completamente do livro antigo que achou um pouco antes do jantar, que estava no chão ao seu lado. 

Annya trouxe som aos ouvidos do platinado. - Victor? Vocês precisam de mais alguma coisa por hoje? - A russa vivia com a família em uma das casas vizinhas a residência dos Nikiforov, cresceu ali e viu o menininho Victor nascer, correr feliz pelo quintal, depois ficar sozinho até se tornar um homem campeão. Ela tinha o dobro da idade dele e nunca saiu daquela pequena cidade, nem mesmo para passear ou viajar. Mas como dizia sempre ao platinado, tudo que precisava, queria e amava estava fincado naquele chão e isso lhe bastava. No fim ela e o marido arrumaram um excelente negócio, eles gerenciavam as muitas casas da região que ficavam vazias durante boa parte do ano e serviam como refúgios nas férias e feriados para as famílias mais abastadas que vinham dos grandes centros. 

- Não Annya, obrigado. Você já fez muito por nós. - O patinador indicou com a mão a comida separada em potes que estava sobre o fogão, eram as sobras do delicioso jantar feito por ela e gentilmente ofertado ao casal. - Amanhã saio para comprar o que vamos precisar para ficar aqui. Não precisa se preocupar. 

- Então... vou deixá-los em paz. - Sorriu para o conterrâneo. - Se precisar de qualquer coisa, sabe onde me achar e... amanhã cedo trago o pão e mais lenha seca. - A mulher continuava sorrindo quando se virou para a porta e viu uma sacola no canto, o sorriso sumiu. - Ahhhh... estava me esquecendo, o Gerard comprou para vocês... - Annya segurava a sacola rente ao peito, mas parecia sem graça com o ato. - Não sei se é do seu agrado ou do Yuuri, mas você conhece meu marido e suas ideias de ser hospitaleiro e gentil. - Ela fez um muxoxo. 

Victor tirou de dentro do embrulho uma garrafa de vinho tinto suave, não era o preferido do seu paladar, pois o considerava doce demais, mas mesmo assim se sentiu tocado com o gesto do administrador. - Diga ao seu marido que ele acertou em cheio. Adoro vinhos!!! - O platinado observou a mulher relaxar as feições do rosto e suspirar aliviada. 

- Fico feliz que ele tenha acertado, afinal ficou mais de meia hora só olhando os rótulos indeciso com tantas opções que tinha. - Ela se virou para a porta, mas parou se voltando mais uma vez para o homem russo. - Mas fico feliz mesmo em te ver assim... mais calmo e sorridente... - Olhou na direção da lareira e abriu um lindo sorriso que a deixava mais jovem. - Ele gostou daqui da para ver de longe...  - Suspirou mais uma vez e encarou o platinado como se compartilhassem um segredo. - Boa noite Victor. - E se foi em direção a própria casa. 

- Boa noite Annya e obrigado por tudo. - O patinador falou um pouco mais alto quando percebeu que ficou parado um tempo segurando a porta sem dizer nada. No fundo, absorvia o que as palavras da mulher queriam dizer... “ele gostou daqui”... trancou a porta e pegou o vinho e apenas uma taça. Sentiu suas próprias dúvidas se calarem e caminhou confiante até o seu homem. “Ele gostou de ter vindo”. 

O russo sentou-se no chão atrás do Yuuri e beijou o seu pescoço para trazê-lo de volta à terra. - Você está bem? - O moreno sorriu pequeno ao se voltar para ele e selar as bocas em beijinho casto, acabou por se acomodar no peito do platinado e somente nesse instante responder uma afirmação com a cabeça. - O marido da Annya mandou um vinho... eu sei que você não está bebendo, mas se incomoda se eu beber um pouco? - Yuuri mais uma vez não disse nada, apenas balançou a cabeça em sinal de negação. - Você está muito calado... está bem mesmo? Está sentindo alguma coisa? Quer ir... embora?

A pergunta fez o japonês levantar a cabeça para encarar o tom azul dos olhos do russo, que no momento pareciam mais brilhantes por conta do fogo, mas reparou também, na fisionomia cansada do rosto e na ruga da testa franzida por conta da preocupação. - Estou bem... e  feliz de estar aqui com você. - Yuuri tinha  noção que havia deixado todos ao seu redor apreensivo com seu estado, principalmente Victor, mas não fazia isso de propósito, simplesmente não conseguia controlar as imagens e emoções que apareciam na sua mente quando fechava os olhos e dormia. Elas eram tão reais... que faziam o japonês acreditar que vivia e revivia aquelas cenas, o prendendo em um processo repetitivo e sem fim. 

Passou a mão no rosto do platinado com pesar. - Estou bem de verdade... acredite em mim. - Deteve seus dedos perto dos lábios do russo em um movimento leve, até que ele sorriu. - Me dá a garrafa que vou abrir. 

Victor o viu se levantar e ir em busca do saca-rolhas enquanto que Makkachin se espreguiçou e correu para a cama do casal, deitou-se bem no meio dela e bocejou. O dono o olhou de lado e pensou em ralhar com o animal de estimação, mas parou quando o japonês retornou com a garrafa aberta e a rolha enrolada em um guardanapo. - Pronto!!! - Encheu a taça e entregou ao patinador.

O moreno sentou-se sobre os joelhos e ficou de frente para o namorado enquanto esse bebia, em um só gole, todo o conteúdo bordo do copo. - Você quer experimentar...??? - O japonês o mirou divertido e confirmou com a cabeça, mas ao invés de encher mais uma vez a taça que o outro apontava em sua direção, se aproximou dele e colou os lábios ao dele novamente. Em segundos sua língua invadia a cavidade quente e bem surpresa do russo, que demorou para corresponder a ação e quando o fez, sentiu as línguas se encontrarem e enroscarem-se. O beijo acabou do mesmo jeito que começou, sem aviso nenhum. - Esse vinho é quase um suco de uva de tão doce... 

Puxou o japonês de volta pela nuca e o abraçou forte, procurou a sua boca com desespero e eliminou o espaço entre os corpos. - Yuuri... - O moreno se acomodou no colo do russo e enlaçou o pescoço alvo, seus dedos afundaram-se nos fios platinados enquanto aprofundava o beijo com uma ansiedade única. 

O desejo gritava no íntimo dos dois, a vontade de se consumirem, de se saciarem, de se cansarem era latejante e urgente. Por isso quando as mãos do russo adentraram a blusa e tocaram a pele das costas do japonês, ele se permitiu gemer e parou de beijar a curva do pescoço do seu homem, da pessoa mais importante para si no mundo todo. 

- Faz amor comigo... - O pedido foi sussurrado ao pé do ouvido do platinado. E fez Victor mordeu o queixo do seu par ao senti-lo rebolar e com sutileza roçar os membros duros, mas  ainda cobertos pelas roupas. 

Beijos famintos, mãos afoitas, gestos carinhosos... e Yuuri encontrava-se despido e deitado no chão, o patinador em cima, descia a cabeça enquanto deslizava os lábios pelo corpo que se arrepiava sob sua boca. Desceu até encontrar o membro duro e molhado do namorado. 

Parou o que fazia, só para verificar se estava tudo bem continuar e não foi exatamente uma surpresa a confiança que encontrou nos olhos castanhos. Desde que se reencontraram em Barcelona, não tiveram intimidades, afinal tinham inúmeros outros sentimentos envolvidos nesse reencontro e alguns não eram tão bons. E depois o russo percebeu o estado frágil do companheiro com as crises que vivia durante o sono, e isso serviu para despertar seu lado mais protetor e assim jogar para um segundo plano a relação carnal do casal. Mas, no presente momento em que se encontravam... era tudo que eles necessitavam, precisavam se amar e ponto. 

Yuuri se contorcia no tapete querendo a boca, o corpo, a alma e o amor do Victor. Estava para implorar quando sentiu uma lambida no seu pau... gemeu alto. - Victor... eu quero... - O platinado não esperou mais, apenas agasalhou o pênis  na sua boca e o chupou com toda a sua vontade. 

Na pequena casa, os únicos sons que se ouviam eram os estalados vindos da lareira, os gemidos do Yuuri e os barulhos do sexo oral que Victor fazia. 

O russo sentia na boca o sabor do seu homem e podia dizer que ele estava quase no limite, mas não queria que essa noite tomasse esse caminho e que cada um atingisse o ápice em momentos diferentes, por isso com jeito colocou o moreno deitado de bruços no chão e sua boca foi se abrigar em outro ponto. 

Yuuri empinava a bunda sempre à procura de mais prazer, de mais contato e fechou os olhos bem apertados quando sentiu os dedos do patinador lhe invadirem o corpo e largarem a sua passagem. Quase teve um surto quando o platinado parou, abandonou seu corpo e o japonês sentiu frio, virou o rosto para trás em busca de uma explicação, mas viu Victor tirando as roupas de qualquer jeito e as jogando pelo chão. 

O russo sorriu. - Quer mais vinho? - O moreno no tapete se sentou e encarou o namorado não escondendo a confusão que se formava na sua mente, mas ao vê-lo virar a garrafa diretamente na boca... lambeu os lábios. - Vem, amor!!!

Victor se arrumou sobre os pelos do tapete e esperou o japonês que montou no seu colo de frente. 

Yuuri o abraçou forte quando o membro do russo começou a escorregar para dentro do seu corpo, o preenchendo de várias maneiras e ocupando todo o espaço. Paralisou durante poucos segundos e com o auxílio das mãos do patinador, passou a se mover bem devagar. 

Não desgrudava o rosto da lateral da cabeça do russo e sua boca, na altura da orelha esquerda, sussurrava e gemia palavras safadas que eram respondidas com chupões e mordidas distribuídas pelo homem abaixo de si. Yuuri se movia cada vez mais rápido, o subir e descer pelo pau do patinador estava se tornando frenético e o clímax chegaria para o platinado mais rápido ainda, mas Victor não queria isso. 

Sustentou Yuuri nos braços e saiu de dentro dele, juntou os membros dos dois no meio deles e fez o japonês continuar com os movimentos. Seus corpos se tocavam em vários pontos, mas na região íntima com os dois extremamente duros, pareciam sofrer pequenas descargas elétricas todas as vezes que havia o atrito. O japonês rebolou, se esfregou, apertou e no ápice do momento jogou a cabeça para trás. Chegou lá junto com Victor... os dois gozaram ao mesmo tempo e unidos pelo abraço de um e do outro. 

Permaneceu com os braços envolta do pescoço do russo durante o ato sexual inteiro e agora tentava normalizar sua respiração, mas nem por isso o soltava. Repousou a própria testa na dele e sorrindo disse. - Victor... eu te amo... - Depois beijou o platinado várias e várias vezes. 

 

Victor despertou, porque escutou um barulho. Abriu os olhos a tempo de ver Annya saindo ao fechar a porta que dava para o quintal. 

Estava deitado no tapete... eles dormiram no chão em meio as almofadas do sofá e uma grossa manta que o russo puxou de cima da cama quando veio do banheiro. Sorriu feito um bobo ao afundar o nariz nos cabelos negros... Yuuri dormiu primeiro e bem, mas o que deixava o coração mais leve do platinado, era o fato que o japonês não acordou no meio da noite com seus costumeiros pesadelos de ultimamente. Sentiu-se aliviado. Beijou a nuca do seu amor e se espreguiçou... estava era todo dolorido da noitada passada no chão, mas feliz também. 

Levantou-se e percebeu que a senhora havia reavivado o fogo da lareira, e deixado uma pilha de lenha recém arrumada disposta ao lado, fora o delicioso cheiro de café que vinha de algum lugar da cozinha. 

Sobre a bancada, Victor achou uma bandeja arrumada e cheia de coisas, voltou para o tapete e ficou parado admirando a face serena do moreno, no fim acabou indeciso se o acordava ou não... ele estava tão tranquilo. Dedilhou o contorno da boca de Yuuri e viu ele abrir um pequeno sorriso. - Bom dia... Vitya...

Victor sabia o que queria, sabia o que tinha que fazer e o que dizer... Victor queria Yuuri sempre e mais.

- Bom dia amor!!! - O russo se curvou e puxou o japonês de encontrou ao seu corpo, selou as bocas. - Cheguei a uma decisão... - Falou baixinho sentindo o coração ficar descompassado. 

 



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