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História Bubble - Sem compromisso


Escrita por: Almaro

Capítulo 8 - Sem compromisso


Victor e Yuuri chegaram a porta do prédio do platinado debaixo do maior aguaceiro, a chuva aumentou de volume nos últimos minutos e foi movido por esse motivo que o patinador insistiu para que o japonês entrasse na garagem. Estavam encharcados. 

- Vamos subir. Lá em cima, você se seca e espera a chuva passar. - O russo falava enquanto se dirigia a porta do elevador, deixando claro que esperava ser acompanhado. 

- Não quero incomodar. Posso ficar aqui mesmo ou ir embora, estou molhado mesmo. - Um trovão rugiu no céu o fazendo olhar em direção ao portão da garagem. Era uma péssima ideia voltar pra água, do mesmo jeito que era ficar molhado. A temperatura caiu rápido e como estava com a roupa colada no corpo, tremia sutilmente. 

O russo voltou e o puxou pela mão. - Vamos subir. - Ditou arrastando o moreno para o elevador, sem dar muita importância para as reclamações do outro. 

Quando chegaram ao andar solicitado, a porta do elevador se abriu e o moreno olhou abismado para a enorme sala a sua frente. Parou indeciso se entrava ou não no imóvel e o dono o aguardava em pé e impaciente. - Algum problema, K? - A sobrancelha erguida não combinava com ele. 

- Não sei... você vai me atacar??!! - Questionou sorrindo e passou. Parou um pouco à frente percebendo que estava pingando e deixando um rastro de água por onde passava. Virou-se. - Você tem uma toalha? Estou molhando o chão inteiro. 

- Exagerado!!! Vem comigo, acho que as roupas do Yurio devem te servir. - Indicou a porta da suíte e o banheiro dentro do mesmo. - Tem toalhas no armário, pode pegar qualquer uma. Tome um banho, você está tremendo. - Falava enquanto mexia em um armário e tirou as peças de vestiário do russo loiro, colocou tudo sobre a cama. - Precisa de ajuda? - Yuuri o encarou corado, sabendo que deveria estar um pimentão e se fosse sincero, nem mais frio sentia. - Não é isso que você está pensando... bom... vou te deixar a vontade... é melhor... eu... - Victor saiu do quarto o mais rápido que podia e bateu à porta com força demasiada. Foi para o seu próprio quarto. 

Só porquê tinha dado uns amassos com o japonês, não significava que iria transar com ele, não é mesmo? Não sabia nem se o outro tinha algum tipo de interesse nele ou se cogitava essa hipótese. Mas o russo pensará mesmo em sexo, chegou a fantasiar algumas cenas na sua mente pervertida em que o japonês o possuía de forma lenta o levando ao clímax, desejava sentir a língua alheia em lugares impróprios, os dedos o apertando e abrindo espaço no seu corpo, queria senti-lo entre suas pernas e... o que estava fazendo??? Entrou no seu banheiro para tomar um banho e não ficar se masturbando. - Se concentra Victor!!! - Deu um tapa na testa e olhou para baixo, tinha que resolver aquilo e rápido.

Um raio cortou o céu escuro no final de tarde e no instante seguinte, junto com o barulho do trovão, o apartamento ficou sem luz. O russo revirou os olhos, era só o que faltava, pegou uma tolha e enrolou na cintura de qualquer jeito, abriu a porta do banheiro e escutou os gritos do moreno o chamando. Saiu correndo do quarto torcendo para que não caísse e que o outro estivesse bem. 

- K... onde você está??? Está tudo bem? -Outro raio iluminou o céu e Victor pode ver o japonês encolhido contra a parede, parecia tão indefeso. - O que houve? É só uma queda de energia, daqui a pouco volta e... - Num passe de mágica a luz acendeu e o moreno no chão olhou o russo. Seus olhos desceram pelo corpo desnudo do mais alto e pararam no volume que a toalha pouco disfarçava. Agora era a vez do patinador não saber onde enfiar a cara, estava constrangido por uma vida inteira, já era uma humilhação bater uma punheta pensando em coisas que talvez nunca aconteceria e para piorar a situação, esse “talvez” o pegou de pau duro, literalmente. 

Yuuri se levantou do chão, estava com o corpo molhado e assim como o platinado enrolado na toalha. Caminhou incerto em direção ao outro que evitava encara-lo. Tocou o peito somente com as pontas dos dedos e escutou um gemido o encorajando a continuar... espalmou as duas mãos no tórax sentindo a pele se arrepiar sobre seu tato. Outro gemido mais audível e desceu  as mãos dedilhando o corpo malhado, passou pelo abdômen definido e chegou a toalha, seus dedos dançaram entorno do tecido felpudo, seus instintos gritando para puxar, mas precisava de uma confirmação. Voltou seus olhos pelo caminho que as mãos fizeram e subiram até encontrar os azuis. Se rendeu aos seus instintos e levou junto o platinado... as toalhas? Acabaram no chão aos pés dos dois. 

O beijo avassalador os pegou de supresa, havia uma ânsia de se consumirem, de se experimentarem de qualquer jeito. Yuuri foi empurrando o platinado em direção à cama, mas Victor decidiu ir para o seu quarto. - Aqui não... - Sussurrou as palavras contra a boca que não parava sobre a sua e preferiu não argumentar, apenas enlaçou a mão na do moreno e tomou a direção da sua suíte. 

- Seu quarto? - Victor parou olhando pra cama, ali foi palco de suas noites com o ex, tinha histórias naqueles lençóis e começava a considerar que deveriam ter ficado no outro dormitório, mas sentiu as mãos do moreno o tocarem mais uma vez, os braços rodearam sua cintura e ele grudou em suas costas. K era mais baixo, mas isso não fazia a mínima diferença... o sentia beijando e mordendo seus músculos perto dos ombros, sua mão direita subiu pelo peito e foi parar um pouco abaixo do queixo, forçava sua cabeça para trás e o russo jogou com gosto, quando sentiu a outra mão o estimular. 

Segurou o membro com delicadeza e escorregava o polegar pela fenda em sua glande. - Me diga o que deseja... - O japonês pediu entre uma mordida e um beijo, tomava cuidado para não marcar o corpo claro. Não sabia até onde poderia ir. 

Victor não pensou ao responder em um gemido. - Sua boca... sua boca em mim... - Yuuri sorriu ao vê-lo totalmente entregue ao momento, notando os olhos fechados e as mãos que o puxava pela bunda tentando diminuir o espaço inexistente entre eles. 

Soltou o corpo do platinado e se dirigiu a cama, jogou no chão tudo que não precisava, ajeitou os travesseiros e se deitou. - Quer minha boca? - Olhou com desejo para o russo. - Então venha até aqui e me dê o que quero... - Victor obedeceu e subiu engatinhando pela cama, passou uma das pernas para o outro lado do moreno deitado, montou e se apoiou na cabeceira da sua cama. Seu quadril posicionado, seu membro próximo a boca que tanto desejava. Yuuri sorriu. 

O japonês subiu as duas mãos pelas pernas dobradas sentindo os movimentos leves que o russo fazia acima, ele estava excitado e aguardava ansioso, quase exigia ser chupado e Yuuri se divertia em tortura-ló cada vez mais. Desferiu um tapa estalado em uma das nádegas e quando Victor voltou-se para reclamar, envolveu o pau do russo com a boca de uma só vez. 

Usava uma das mãos para segurar a base do pênis russo e a outra brincava em seu próprio membro, o manipulava até que sentiu o pré gozo pingar e aproveitou para lambuzar os dedos, voltou com a mão para o corpo que fodia sua boca com gosto. Experimentou primeiro um dedo e como não houve protesto, colocou o segundo. Passou a movimenta-los no mesmo ritmo frenético do boquete que fazia. 

Victor estava com os olhos no japonês no meio de suas pernas, a boca dele era melhor do que pensava ou estava mais necessitado do que imaginava. Quando os dedos do moreno o invadiram, foi ao céu e voltou, isso estava melhor que sua imaginação. Ele era intenso e sabia fazer as coisas. - K... chupa gostoso... chupa... - Seus gemidos ficaram mais altos, mais intensos e desesperados bem como seus movimentos. - Eu... vou... gozar... - Fez menção de parar o que fazia, mas o moreno lhe agarrou as pernas impossibilitando o movimento e... ejaculou na boca do japonês com um gemido gutural. Viu o K engolir todo o seu líquido espesso e depois passar a língua pelo membro sensível, desceu por toda a sua extensão e voltou para a ponta, onde a rodeou e depois chupou uma última vez antes de, finalmente, o liberar. 

O cabelo platinado grudava na testa, sua pernas tremiam, suas mãos doíam com a força que usou para aperta o encostou da cama, mas se sentia maravilhado ao ver o japonês passar a língua no seu pênis, era um carinho único, uma lambida eletrizante. Saiu de cima dele, sentou-se e em uma caixa espelhada no criado-mudo pegou uma camisinha, voltou para o moreno deitado que se masturbava de forma lenta. Rasgou o invólucro e se aproximou da boca do moreno... - Posso colocar? - O beijou na sequência enquanto ele respondia qualquer coisa afirmativa. 

Victor desenrolou a camisinha até a base do pênis do Yuuri, voltou passando a boca pelo corpo que tanto prazer prometia lhe dar e pela segunda vez na última hora montou nele. 

Pegou o membro do  asiático e direcionou para sua entrada, foi sentando de forma a se acostumar com a invasão, sentia seu corpo ser preenchido, mas algo há mais atiçava sua mente... estava no controle da situação e amava isso. Daquele ponto, poderia ver todas as reações do outro até mesmo senti-las e decidiu que faria desse sexo casual, o melhor da sua vida!!! Iria usar e abusar do japonês. 

Yuuri se sentou na cama e aconchegou melhor o russo no seu colo, já tinha percebido que ele gostava de ação e apreciava demais essa entrega em uma transa sem compromisso. Era vantajoso para todos os envolvidos. Se moveu fazendo o russo quicar no seu colo e gemeu. 

No quarto só se ouvia os barulhos dos corpos se chocando e os gemidos dos dois, o japonês beijava o peito, ombros, queixo e boca russa. Estava no seu limite e mais alguns minutos chegaria no seu ápice, por isso envolveu novamente o membro do outro, que devido ao atrito e fricção entre os corpos estava ereto, o masturbou com vigor. Victor intensificou as arremetidas contra o corpo do moreno e se desfez no exato momento que Yuuri gozou dentro dele. 

Estavam abraçados e exaustos, quando o japonês deitou, levou junto o Victor em seus braços que apenas se ajeitou melhor saindo de cima. Precisavam de um banho, por isso o patinador deu um selinho no moreno e foi para o banheiro, não disse nem uma palavra e nem o convidou para dividir a intimidade do banho, simplesmente fechou a porta. Tinha medo que ele recusasse a sua oferta. 

Victor não soube dizer quanto tempo ficou na banheira, mas torcia para que fosse tempo suficiente para que o K estivesse trocado e pronto para ir embora, não sabia como encara-lo, mas para a sua total surpresa quando saiu do banheiro encontrou o japonês deitadinho na sua cama, dormia profundamente e estava nu ainda, só que de banho tomado. Seus cabelos estavam soltos pela primeira vez, chegavam na altura da boca e o deixava com um ar mais jovem e... e Victor estava sem a cama!!! Não dormiria com ele, não eram nada um para o outro, dois estranhos... ou aquilo significava alguma coisa?

Vestiu o pijama e saiu do quarto com o travesseiro debaixo do braço, ainda era cedo e estava com fome. Primeiro passou pelo quarto de hóspedes e encontrou-o arrumado, as roupas molhadas estavam no box e os outros pertences em cima da pia. Victor analisava tudo e deteve seus olhos na corrente de prata ou ouro branco com um pingente contendo duas letras um Y e um K entrelaçadas. Uma tristeza tomou o russo ao passar a mão sobre as iniciais... quem seria a outra letra? Provavelmente o dono ou dona do coração japonês. Balançou a cabeça para afastar tal pensamento, não eram nada um do outro. 

Pegou tudo e saiu em direção à sala. 

Colocou a roupa toda para lavar e secar, assim como o tênis do japonês, deixou o restante na bancada da cozinha e foi preparar um lanche. Na televisão não estava passando nada de mais e passou mais tempo olhando suas redes sociais do que outra coisa, viu que Yurio e Mila haviam postado fotos do dia e que o suíço comentou em todas, sorriu alegre por se sentir vivo em muito tempo e não depender daquele traste pra isso. 

Respondeu o tigre russo quando esteve lhe informou que o Makka continuava com a pessoal da Bubble e que seria uma boa oportunidade do platinado se livrar do peludo, era só esquecê-lo eternamente. Até parece que faria isso com seu melhor amigo!!!

Recostou-se no sofá curtindo sua felicidade leve, só um fato não o agradável, não dormir na sua confortável cama. - Deixa de ser ridículo... a cama é minha, ele que deveria se sentir incomodado. Com esse pensamento, levantou resoluto do sofá, apagou todas as luzes e fechou tudo. Precisava descansar bem, no dia seguinte era dia de treino, por isso pegou novamente o travesseiro e rumou para o seu quarto. Daria um jeito. 

Encontrou o moreno dormindo a sono solto sem se incomodar com nada, por isso ajeitou o travesseiro no outro canto e deitou o mais longe  possível, de jeito que não tocasse no corpo do japonês. Fechou os olhos, teria sua noite tranquila e seu merecido descanso, só que... Dois segundos depois, Yuuri se virou na cama e enroscou o corpo no do platinado o abraçando. Apoiou a cabeça no peito e continuou ressonando como se fosse a coisa mais normal do mundo e corriqueira dormirem assim, abraçados. 

O russo sem saber o que fazer, se arrumou na cama da melhor forma possível e tentou dormir, mas tinha certeza que a noite seria longa... muito longa.



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