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História Bubblegum, b;tch! - Capítulo Quinze:


Escrita por: alicenopaisdaorvedose

Notas do Autor


Essa fanfic agora conta com uma playlist exclusiva no Spotify. A cada capítulo uma música será incluída, com base nos gostos e personalidade das personagens principais (Bonnie e Marceline).
Para quem não tem acesso ao Spotify, junto com o link incluso nas notas finais, estará o nome do artista e música.

*antes que vocês se assustem, o gênero musical favorito da Marceline se chama DEATH METAL, é um subderivado muito mais pesado do Heavy Metal. A banda favorita dela é o Cannibal Corpse.


Bubblegum, Bitch! — Marina.
Evisceration Plague — Cannibal Corpse*
God Is A Woman — Ariana Grande.
Code of Slashers — Cannibal Corpse*
Good For You — Selena Gomes.
Gallery Of Suicide — Canibal Corpse *
Shape Of You — Ed Sheraan.
Your War — Living Sacrifice*
WILD — Troye Sivan.
Dark Alliance — Molotov Solution*
Thank U, Next — Ariana Grande.
No God's Left – Graves of Valo*
Take On Me – A-ha.
Six Sember Tyrannis — Graves of Valor*

Capítulo 15 - Capítulo Quinze:


Fanfic / Fanfiction Bubblegum, b;tch! - Capítulo Quinze:

O quarto quase não se iluminava com a luz do dia, ainda que já fossem quase onze horas da manhã. Marceline estava certa, não havia área de serviço nenhum, nem conseguia expressar o medo de tantas ligações que eu receberia ao sair daqui. Afastei logo isso da minha mente. Agora eu conseguia ver o quarto com mais detalhes, era verde claro, alguns daqueles coisos de gravação de música profissional em um canto, Marceline devia compor. Ela por sinal, já tinha acordado e deixado o quarto há algum tempo.

Coberta por um hobby, conjunto da lingerie de Keila, que peguei emprestado, desci as escadas atrás dela ou de Lee. Marshall, dormia como uma pedra no sofá vermelho, e pela garrafa de whisky vazia ao lado, não acordaria tão cedo ou tão bem. Acaricie seus cabelos, as olheiras estavam ainda maiores. Eu ainda estava furiosa com ele, mas, talvez Marcy esteja certa, preciso de mais tato nas relações interpessoais.

Abri a geladeira, e não me surpreendi pelo tanto de porcarias que Marshall tinha comprado. Pego um pouco de salgadinho do pacote aberto e bebo um pouco do refrigerante. Pela janela da cozinha, encontro Marceline. Pego um cigarro e saio para o deck.

– Bom dia, princesa. – a voz sai de dentro da água, onde só é possível ver os cabelos pretos caindo sobre o rosto.

– Você vai pegar uma pneumonia.  – me sento, com os pés na água, logo me arrependo, está trincando de tão fria. Trago meu cigarro e a observo, impulsionando o corpo para sair da água.

– O frio não me incomoda, aliás, acho até que sou uma vampira.  – se sentou ao meu lado, com os cabelos molhados caindo sobre, juro, os seios completamente nus.

– Então você gosta do frio, nadar nua e fumar.

– E música – ela conclui –, eu tinha que aproveitar. A neve vai cair a qualquer momento.

Olho em direção ao lago. A cor esverdeada, cercado por árvores enormes. Era inegavelmente maravilhoso, entendi perfeitamente o porquê a mãe de Marceline preferia essa simplicidade ao luxo do marido. Seria uma vida perfeita, quando se está disposto a abdicar dos luxos. É, eu entendia a mãe dela. Mas não seria uma das coisas que eu faria.

– Você me leva pra rodoviária? — perguntei. Seu rosto podia estar inexpressivo, mas os olhos denunciavam a calma que aquele lugar afastado trazia para Marceline.

– Tem certeza que não quer ficar mais uns dias? — tirou o cigarro da minha mão, mas não tragou. Observou os tabaco queimando lentamente.

– Responsabilidades, Marceline. Sempre demandam sacrifícios.

– Merda, Bonnibel! — aumentou o tom da voz, levando o cigarro a boca, frustrada. E pela cara, eu era a causa dessa frustração – Por que você tem que voltar, se não quer!? Não vá! É só você ficar aqui… Ficar aqui. Comigo.

Há mais coisas no céu e terra, Horácio — sussurro para mim, mas sei que ela me escuta –, do que foram sonhadas na tua filosofia.

– Eu não consigo entender.

– Você vai. Mas eu preciso ir! — me levantei, deixando-a sentada, estática e aparentemente magoada – Te espero no carro.


***


– Você pode me deixar na rodoviária. — ainda que Marcy parecesse concentrada na estrada, já havíamos perdido duas entradas – Não precisa me levar até a república.

– De ônibus demora um pouco mais. — se quer me olhou. Sua respiração estava rápida – Olha, me desculpa tá?

– Pelo que? — eu ri.

– Eu só queria mais uns dias, as aulas vão começar depois das férias e é meu último semestre.

– Você vai embora?

Antes que Marceline pudesse responder, a área de celular reconectou. As inúmeras chamadas recebidas começaram a saltar na tela. Respiro fundo.


Histórico de Chamadas:

Tio Gumbald:

Ontem: 17:21

Ontem: 19:56

Ontem: 22:42

Ontem: 00:48

Hoje:    06:35

Hoje:    08:36

Hoje:    10:12

13:25 Recebendo chamada: Tio Gumbald.


Marceline me encara. Sua expressão é confusa, parece estar curiosa e em dúvida. Dou um sorriso fraco, prendo minha respiração e deslizou o botão.


– Alô? — fecho meus olhos. Odeio ouvir essa voz!

Sabe o que curioso, Bonnibel? meu tio pergunta. Ele está furioso – Eu liguei para sua faculdade e me disseram que você já está de férias há dois dias.

– Gumbald. — enfim inspiro. Minhas mãos tremem – Eu tive alguns problemas para resolver.

Bonnibel. Você já deveria estar em casa.

– Estou a caminho no momento, chego no fim da noite. — travo meu maxilar, sinto a raiva correr por todas as células do meu corpo. Aperto meus olhos com tanta força que começo a ver pequenas luzes amareladas.

Chicle vai te esperar no aeroporto.

Ele encerra a ligação. Permaneço de olhos fechados, com o meu coração acelerado.

– Você pode me dizer, que porra tá acontecendo? — Marceline sussurra – Você está visivelmente abalada.

– Eu devo ao meu tio, duas vidas. — respondo. É a cruel verdade – Ele não queria ter que criar eu e meu irmão. Foi imposto a ele pela justiça. — dou ombros, olho para ela. Consigo sentir a pena que ela tem de mim. Queima sobre a minha pele. Eu odeio essa sensação. Odeio que sintam pena – Ele tá me cobrando.

– Como assim? — Marcy arqueia as sobrancelhas. Solto um riso fraco.

– Você realmente acredita que eu estou fazendo medicina por amor ao meu irmão? — sinto as lágrimas se formarem nos meus olhos. Respiro fundo – Ele tá me cobrando dinheiro, Marcy. Para cuidar do meu irmão.


Ela freia o carro bruscamente. Parece com raiva. Esconde a boca entre a mão, enquanto solta o cinto. Estamos no meio da estrada. Ela desce do carro. Abro a minha porta, mas continuo dentro. Marceline acende um cigarro.

– Por que ele está fazendo isso?

– É o que ele faz, querida. — não consigo focar meus olhos.

– Eu posso falar com Hunson. — parece agitada, anda de um lado para outro, tragando muito mais rápido do que o normal – Podemos dar um jeito na justiça e você conseguir a guarda dele!

– Marceline, Neddy é meu irmão, e aqui, eu não tenho como…

Cuidar dele. — ela conclui  – Você não pode continuar assim! Isso é extorsão! Quem sabe o que ele pode fazer! — depois de alguns instantes, a ficha cai – Como você arruma esse dinheiro!?

Seguro o riso. Não é alegre, é de nervoso.

Homens mais velhos.

Seus olhos agora estão arregalados.

– Bonnie! — ela grita.

– Eu preciso cuidar do meu irmão! — respondo na mesma altura – Eu não tenho pai Marceline! Minha mãe provavelmente engravidou se prostituindo para comprar heroína! Neddy só tem a mim.

Eu preciso te ajudar! Eu…

– Só me leva para casa. — seguro sua mão – Eu sou uma mulher crescida, amorzinho. Sei me virar.

Ela suspira e entra no carro.


***


Infelizmente, o vôo até em casa, não costuma durar mais do que uma hora e meia. E antes que eu pudesse preparar meu psicológico para voltar, já estava desembarcando no saguão do aeroporto. Não era difícil reconhecer meu primo, alto, com um suéter brega amarrado nos ombros. Era o típico filhinho de papai. Não consigo conter de relembrar as piadas que Marshall costuma fazer sobre ele.


– Está atrasada. — Chicle resmunga antes mesmo de me dar oi. Arrasto minha mala enquanto ele marcha em direção a saída. Sempre imaginei que, pelo jeito de andar e falar, ele fosse gay. Mas aparentemente noivou com a filha de um político amigo do meu tio. Continua bem gay pra mim.

– Os pilotos ainda não aprenderam a controlar o tempo. — tiro do bolso do meu casaco o maço de cigarros que roubei de Marcy antes que ela me deixassem casa. Ainda sinto a textura dos lábios dela nos meus, quando me beijou para se despedir. Foi mais tênue que das outras vezes. Seu perfume ainda está na minha pele. Acendo meu cigarro.

– Você ainda não parou com essa merda!? — meu primo da o seu ataque de sempre. Foi por isso que eu comecei a fumar – Meu pai nunca vai aceitar isso dentro da casa dele.

Que se foda, o seu pai.



Notas Finais




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