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História Bubbline: Love in Red - Varmints


Escrita por: BabyBii

Notas do Autor


MINHAS CRIANÇAS!
Demorei pra escrever esse porque esse é uma capítulo especial para mim e eu quis fazer ele bem direitinho. O resultado é provavelmente o maior que eu já escrevi, somente com as incríveis aventuras de Varmints.
Então, meus bebês, eu provavelmente devo postar um capítulo de +2000 palavras toda semana. Aquela que eu não tiver aula e tiver mais tempo livre, provavelmente vai sair 2. Os dias prováveis a sair serão sexta, sábado ou domingo, podendo sair durante a semana também.
Enfim, esse capítulo super fofinho e bonitinho que eu escrevi. (Confesso que estou um pouco orgulhosa do final dele. Meu coração shipper tá me destruindo aqui... #BubblineForever)
A gente se vê lá em baixo \/

P.S: Música da vez é: Bad Decisions - Ariana Grande

Capítulo 21 - Varmints


Fanfic / Fanfiction Bubbline: Love in Red - Varmints


Eu estive fazendo coisas idiotas
(I been doing stupid things)
Mais selvagem do que eu já fui
(Wilder than I've ever been)
Você se tornou o meu favorito desde então
(You've become my favorite since)
Então deixe eles, deixe eles falarem
(So let 'em keep, let 'em keep on talking)

           1 mês depois

            Mal podia descrever a sensação maravilhosa que era sobrevoar as terras de Ooo novamente. Era como estar de volta à casa...
            Nos últimos três meses que estive longe, parecia que tanta coisa havia mudado. Não exatamente no lugar, mas em mim. A verdade é que era difícil esquecer o que o Orgalorg havia me mostrado e que saber que ele fora derrotado não me ajudava em absolutamente nada. Além disso, depois do incidente, comecei a receber frequentes visitas do VK em minha mente e eu não sabia como fazer isso parar. Tinha recorrido a tantas fontes, em tantos universos, mas nada tinha sido satisfatório.
            O problema era que essência dele habitava em mim desde minha transformação e esta me provinha um aumento significativo dos poderes. Chegava a ser risível... o que me tornava quase invencível, era o que possivelmente me destruiria. Não era tão simples se manter sã enquanto um ser desprezível se manifestava em si.
            Também havia outro sentimento estranho dentro de mim: vontade de retornar à Noitosfera. Obviamente havia algo de muito errado nisso, já que eu costumava desprezar aquele lugar desde que eu descobri o quanto influenciava a parte de mim que era nativa de lá. Desconfiava que tal vontade não tinha nada haver com meu pai e sim com Denise. Antes de deixar o castelo, pouco depois do Peppermint e da PB, tivemos uma conversa bastante tensa, com direito a agressões verbais diretas e ameaças físicas também. Agora ela parecia me odiar por ter quebrado seu coração e eu definitivamente desgostava dela pelo fato de saber tanto sobre mim. Ela poderia e iria usar meus medos e receios contra mim, caso se irritasse. Eu ansiava por resolver essa situação, mas isso parecia impossível a essa altura do campeonato.
            Por que era tão difícil fazer a coisa certa..?
        Bufei com o pensamento, sobrevoando o castelo da PB. A perspectiva de ficar ao lado dela por tanto tempo quanto fosse possível ofuscava todas as minhas preocupações. Posei sobre a janela de seu quarto, pensando em todos os planos  que tinha para por em prática com ela até o amanhecer. 
            – Toc toc. – Brinquei, prostrando-me em pé sobre o parapeito. – Peebs, levante-se. Tenho uma idéia brilhante que inclui uma visita noturna ao Squeez-E-Mart e... – Parei ao notar que não havia nenhum sinal da mesma. – Bubblegum? – Aproximei-me de sua cama. – Bonnibel?
            Um grito me escapou quando o ser que estava dormindo virou-se para mim... e não era a Bonnie. Era... O King of Ooo? O que?!
            – O que você está fazendo aqui? – Foi a primeira coisa que eu pude perguntar.
            – Não fique nervosa, criança. Sou eu, a nova princesa de Ooo. – Respondeu-me com a voz carregada de prepotência. 
            – Onde diabos está a PB? – Exigi saber, transformando minha mão direita em uma garra e investindo contra o homem, que precisou pular para escapar do meu golpe.
            – Ela está bem. – Ele dava pulinhos sobre a cama dela enquanto falava. – E deposta. E sem poder... Tão destruida pela derrota que a tirana se exilou em uma cabana além do Lago Butterscotch. Como sou misericordioso, permiti que ela se mantivesse nos limites do meu domínio.
            – Que? – Exclamei, duvidando da veracidade de suas afirmações. – Você é a princesa? Desde quando?
            – De acordo com o novo calendário de Ooo... Algo por volta de três gloriosos meses.
            – Três meses? Mas então porque ela não me... – Interrompi-me para praguejar. – Agr! Bonnibel...
      Personifiquei-me em minha forma demoníaca e parti furiosa para onde o imbecil havia me indicado. Não demorou a chegar na velocidade em que voava e de longe eu já podia identificar uma casa pequena às margens do lago. Foi quando eu notei que eu já tinha visto aquela casa... ela já estava vivendo ali desde que os meninos caíram por lá com a nave.
            Meu pouso não foi nada sutil desta vez. Na forma em que eu estava, muita poeira foi levantada quanto toquei o chão.
            – Bonnie! – Chamei a garota sentada na cadeira de balanço com roupas caipiras. Minha voz esta muito mais grave e ameaçadora do que normalmente era.
            – Marceline, – Sorriu, quase se levantando da cadeira ao me ver. Provavelmente meus olhos vermelhos e expressão furiosa a fizeram se conter. – E ai?
            – Por que você não me contou que foi expulsa do trono? – Questionei, sentindo-me frustrada por ela ter me escondido tal coisa. – Eu tive que ouvir isso daquele idiota feito de cera.
           – Acalme-se, Marceline. – A voz do mordomo atrás de mim seguida de um clique de arma chamou minha atenção. – Vamos todos ficar bem calmos. – Sua voz soava ameaçadora enquanto acariciava o cano de uma escopeta. Era claro que ele iria defender sua senhora de mim... Eu já deveria esperar.
            – Nos dê um momento, Peppermint. – Ordenou ela, encarando a balinha travestida de abóbora. Seria cômico se não fosse trágico. – Tecnicamente eu não fui expulsa, eu abdiquei. – Contou, esfregando os olhos. Ela parecia diferente da última vez que a vi, parecia mais... cansada? – Você está certa, eu deveria ter contado, mas tudo aconteceu tão rápido. Eu não tive tempo... Aconteceu no meio da história com o Orgalorg e quando finalmente tivemos a chance de conversar, você estava abalada e fugindo de mim pelo que aconteceu. – Sua explicação fez minha expressão raivosa suavizar-se minimamente. Estava irritada e queria brigar, mas no fundo a compreendia. – A verdade é que também estava envergonhada pelo que aconteceu. – Confessou, afundando na cadeira. – Quero dizer, eu os criei... eu vivi pra eles. O povo doce são filhos pra mim e no final, eles me traíram. – Suspirou pesadamente. – Quero passar mais tempo aqui para pensar no que fazer, ver as coisas de forma racional.
            – Você poderia ter conversado comigo sobre isso. – Disse-lhe, voando para perto dela.
            – É claro, até porque você é super racional, não é?! – Brincou, dando uma risadinha no final. – Desculpe, isso foi cruel. Eu não sou mais assim, quer dizer, eu tento não ser. É por isso que estou iniciando um novo reino aqui. Só eu, meu mordomo, as estrelas... e essas malditas pragas que estão a atacar minha plantação de abóboras geneticamente modificadas. – Seu tom se alterou subitamente na última frase. Ela parecia frustrada. – Eu tive tanto trabalho para desenvolver essa técnica, tantas horas gastas em engenharia biológica. Arg!
            Foi quando eu notei plantação razoavelmente grande da ao redor da casa. Elas estavam ali o tempo todo, mas não tinha dado atenção para ela até serem citadas.
            – Isso é... tão diferente de ti. Roupas informais, armas rudimentares, plantação de abóboras... – Ri comigo mesma. – Nada de bailes, bonés ao invés de coroas. Você não parece mais a princesa orgulhosa que costumava ser. – Comente.
            – Tecnicamente, eu não sou mais princesa e agora você sabe disso. Quanto ao orgulho... vou restaurá-lo assim que destruir essas malditas pragas. – Falou com uma determinação inegável na voz. – E vai ser essa noite. – Disse, engatilhando a arma e voltando a sentar-se. Ela pretendia esperar que os bichos aparecessem por ali.
            – Ok, então. Vamos... pegar as pragas. – Concordei.
            Eu não iria reclamar por não poder fazer o que eu queria aquela noite. Peebs precisava de ajuda e eu lhe ofereceria meu apoio. Ela estava passando por um momento difícil...

                                                                   [...]

            Depois de algumas horas, eu estava ficando absolutamente entediada. Puxei assunto com a princesa... ou não-princesa, sobre seu novo jardim ou a casa modesta a qual ocupava agora. Eventualmente acabamos parando nas nossas aventuras e situações vergonhosas que passamos vida. Estávamos rindo e finalmente começando a nos divertir quando um movimento entre os legumes chamou a atenção da princesa. Ela gritou para eles, atirando com sua arma que agora, já não parecia tão rudimentar.
            – Eles estão fugindo. Vamos atrás deles. – Comandou, tomando a dianteira.
            Com uma mexida nos botões, a suposta espingarda ganhava novas utilidades, inclusive de transformar uma criatura em bateria. Foi exatamente o que aconteceu quando o tiro da arma entrou em contato com o animal que não conseguiu refugiar-se em um buraco como os outros
            Encarei a bateria aos meus pés perplexa... Como ela havia feito aquilo? Antes que eu pudesse analisá-la, Bonnie tomou-a de mim, colocando-a em uma lanterna. De onde ela tirava todas essas coisas?
            – Há um buraco aqui. – Alertou, apontando para a saliência no solo com um pequeno orifício no meio. – Como eu não noite ele antes?
            – Não é de o seu feitio deixar coisas assim passar.
            – Não é. – Ela suspirou pesadamente, concordando comigo, mais uma vez ajustando a arma.
            – E o que fazemos agora?
            – Agora nós cavamos. – Disse, acendendo uma lanterna.
       Ela disparou contra o buraco, fazendo ele abrir-se em um tamanho considerável e destruindo uma estrutura mais a frente. Nos encaramos com curiosidade e juntas, rumamos pelo caminho recém aberto.
            – Olha... Pedras Doce. – Constatou, encarando os cristais nas paredes. – Devemos estar na rede de túneis que eram usados para a extração e transporte delas.
            – Eu me lembro desse lugar. – Disse, maravilhada por retornar a um local que me trazia lembranças tão boas. – Faz séculos que a gente não vem aqui.
            Eu e Peebs já havíamos estado em outras ocasiões, na época que nos conhecemos. Gostávamos de fugir dos nossos afazeres, digo, dos afazeres dela e ali era o espaço perfeito pra isso.
            – Lembra quando eu te resgatava daquelas reuniões monótonas sobre comércio e te trazia aqui pra fazer coisas... digamos... ilegais. Tipo pichar. – Eu ri, deleitando-me com o corar em suas bochechas.
            – Tenho certeza que fui eu quem lhe encontrei vandalizando a minha propriedade. – Ela rebateu, recuperando-se rapidamente da minha acusação.
            – Nada disso. Eu tenho talento para te convencer a fazer coisas erradas, Bonnibel. Admitia isso! – Brinquei.
            A garota encarou-me de volta em desafio. Eu pude reconhecer as segundas intenções no olhar provocativo dela... bem, eu bem que poderia testar algo naquele buraco.  
            – Há uma coisa errada que poderia me convencer a fazer. – Começou. – Mas, você não vai querer. – Levantou as sobrancelhas.
            Ela ainda não havia desistido dessa história? Rolei os olhos. Nunca era fácil com a Bonnie e eu tinha certeza que ela me perturbaria pela eternidade. Um dia, eu teria que ceder, mas esse dia certamente não seria hoje.
            Dei de ombros com um sorriso sacana no rosto.
            – A gente pode conversar sobre isso depois, agora há uma coisa que eu quero achar. Se bem me lembro, eu lhe fiz pichar algo.
            – Eu duvido muito que ache. – Cruzou os braços.
            – Siga-me, então. – Tomei a dianteira, seguindo os trilhos.
            Rapidamente flutuei sobre uma ruptura no solo, por onde passava uma ponte que atualmente estava partida.
            – Olha, a ponte quebrada! Você já pulou por ela. – Acusei. – E você teria me machucado se tivesse caído, olha o quão alto é. Parece-me que não é tão responsável como parece. O que seria do povo de açúcar sem sua grande líder? – Provoquei-a.
            A bota de Peebs brilharam e ela levantou vôo, posando perfeitamente ao meu lado.
            – Bonnibel Bubblegum, sempre preparada. – Elogiei ao notar seu novo aparato.
            – É claro que sim. Nem todos nós podemos voar. – Seu tom se intensificou. Notando a agressividade súbita em sua voz, ela corou e tentou retratar-se. – Eu nem sempre precisei me preocupar com tantas coisas. O Reino Doce costumava ser tão pequeno e fácil de governar. Ai ele cresceu, cresceu mais um pouco e sempre tinha um novo desastre para enfrentar.
            Mais uma vez, havia frustração estampada por toda ela. Aquilo era problemático em muitos pontos. Lembro-me do quão difícil era saber o que a princesa estava pensando ou sentindo normalmente, foi por esse motivo que decidi desenvolver a arte dos sentidos. Eu queria saber o que ela estava passando... O outro fator, era o sentimento em si. Ela era confiante demais para se frustrar com algo. Além disso, ela lidava bem demais com emoções, quase nunca deixando elas tomarem o controle sobre seu corpo. Agora, estava ali berrando... Aquilo me assustava demais porque eu não sabia lidar com aquela princesa, agora plebéia.
            – Foi por isso que terminamos? – Não me contive.
            – Não... é... eu... – Ela se atrapalhou.
            Antes que pudesse explicar, uma criatura gigantesca surgiu em suas costas. Ela transformou sua espingarda em duas menores ao mesmo tempo em que eu assumia uma forma animalesca bem maior que o meu tamanho normal.
            – É uma praga mãe. – Comentei ao analisar o bicho.
            Ovos ejetados pela mãe foram lançados para todo canto. Estes eclodiram, dando a luz a pragas menores, como as que já tínhamos visto.
            – Cubra-me! – Pediu.
            Ela atirou diversas vezes contra a criatura enquanto eu esmagava seus filhotes, dando-lhe liberdade para causar tanto dano quanto pudesse. De repente, ao notar que não fazia efeito, jogou suas armas para trás, pegando um laser e uma espada e pulando dentro da boca da mãe.
            Arregalei meus olhos por um segundo, cogitando ir ajudá-la, mas tão rapidamente quanto entrou, ela saiu, fazendo um buraco na lateral do monstro. Glob, ela realmente fazia coisas muito irresponsáveis quando estava comigo.
            Para nossa surpresa, a coisa curou-se, criando novos braços no lugar onde havia sido ferida e logo estava vindo em minha direção.
            – Marcy, cuidado! – Gritou para mim.
         Quando ela pulou, cabeceei-a contra o teto, fazendo seus dentes racharem. Eventualmente, o bicho caiu em cima de mim, esmagando-me. Destransformei-me, momentaneamente atordoada.            
            PB correu para me socorrer, tirando-me debaixo daquele monte de gosta verde e puxando-me para longe.
            Sinceramente, agora quem estava repleta de frustração era eu. A recuperação daquela praga era algo que havia subestimado. Mais uma vez, ela levantou-se, batendo no teto com seu rabo, fazendo todo o lugar sacudir.
            – Ela vai derrubar todo o túnel.
            Quando mais ovos foram expelidos em nossa direção, nós começamos a correr o mais rápido que podíamos. Um dos filhotes pulou e arrancou o boné verde da cabeça da garota. Ela fez menção de ir recuperá-lo, mas impedi-a de se matar agarrando-a e a puxando para um buraco. Do bolso, ela tirou um aparelho do tamanho de uma uva, que grudou-se na parede e criou uma barreira contra os nossos perseguidores.
            Estaríamos a salvo se não fosse pelo ruir do teto em cima de nossas cabeças.
            – Você tem mais algum brinquedo por ai?
            – Bandagem, caneta, conta... um batom de morango. – Disse, vasculhando o próprio bolso.
            O batom eu peguei, sugando o vermelho dele.
           – Talvez a gente encontre algo útil por aqui procurando em... – Sugeriu, dando uma olhada em volta e sendo interrompida pelo próprio grito surpreso.
            Na parede atrás de nós estava a inscrição "Marceline me fez escrever isso" e logo após, estava sua assinatura.
            – Olha só, nós realmente encontramos. – Exclamei, feliz pela descoberta. – Sua letra não mudou nadinha. Tão bonitinha e menininha como sempre... O que? – Dessa vez fui quem a interromper a mim mesma.
            Havia lágrimas escorrendo por seus olhos. Aquilo era o ápice do sentimentalismo recém descoberto da PB... Eu só havia presenciado seu pranto uma vez na vida, essa era oficialmente a segunda.
            – Ei, eu gosto da sua letra. Ela é muito bonita... – Confessei, sentindo-me corar. Eu realmente não sabia lidar com a situação.
            – Não é isso. Eu perdi o meu boné. – Ela disse e tudo se tornou ainda mais estranho.
            – Nós compramos outro, ué...
            – Eu perdi meu boné, perdi minha casa, perdi o meu povo... Eu nem sequer consigo deixar essas coisas longe da minha plantação. – Disse, levando a mão aos olhos, provavelmente por vergonha.
            – Ah, Bonnie... – Era a primeira vez que ela se lamentava pelo ocorrido.
            – Eu tentei. Juro que tentei. – Disse, tentando limpar as lágrimas que molhavam seu rosto. – Pensei que se afastasse todo o resto e me concentrasse no trabalho tudo ficaria bem, mas veja onde isso me levou... nos levou. – E também era a primeira vez que falava sobre o real motivo do nosso termino tão abertamente, tão emocionalmente. – Eu só consegui afastar todos de mim. Eu afastei você... Me desculpe, Marceline. Eu fui uma idiota com você. – Novamente, a vida nos levava de volta à aquela questão. Aquilo não morreria nunca? Bem quando achei que já estava resolvido...
            – Pelo que mais você está se desculpando? – Perguntei, tocando seu rosto com carinho. Nesse momento, uma rocha se soltou do teto e caiu entre nós. – Que tal a gente não ser enterrada vivas em um monte de pedras?
            O gerador de campo, como ela chamou, começou a se desfazer e a novamente nos expor as criaturas.
            – Ok, deixe-me pensar em algo. – Disse ela, claramente nervosa. – Talvez eu consiga construir uma bomba de grafite ou canhão rudimentar de Pedra doce.
            – Calma, Peebs. Eu estou preparada dessa vez. Consigo cavar um buraco como o deve pela parede... só é uma pena destruir sua pichação. Eu não quero destruí-la.
            – Está tudo bem... eu posso fazer outra. – Sorriu.
            Minha mão tomou a forma da criatura mãe e me pus a cavar.
            – Ei, pragas! Eu vou comer vocês! – Gritou Bonnie, enraivecida. Mais uma vez, surpreendendo-me pelo súbito ataque e descontrole. – Vou comer a mãe de vocês. Vou comer até os seus ovos!
          Puxei-me pela cintura, entrando-me pelo buraco que havia criado. O túnel desabou logo após a nossa passagem, soterrando os bichos gosmentos, provavelmente matando a todos eles.
            Posamos em segurança em frente a sua casa. Ela entrou enquanto eu desabei na varanda, sentindo-me cansada.
            Peebs voltou pouco tempo depois, com uma maçã nas mãos.
            – Obrigada. – Agradeci quando ela me ofereceu.
            – Sabe Marcy, eu estou acabada. Faz muito tempo que estou assim. O pior é que as pragas vão voltar uma hora, quer dizer, elas ainda podem estar vivas...
            – Preocupe-se com isso amanhã. Hoje eu posso ficar aqui de tocaia e caso apareçam, eu pego eles pra você.
            Encostei-me na parede, encarando céu. Bonnie encostou a cabeça em meu ombro, bocejando.
            – Eu quero te perguntar algo muito, muito louco e eu preciso que você me diga se é possível, princesa. – Disse-lhe, antecipando-a para o que rondava minha mente nos últimos dias.
            – Não sou mais princesa. – Corrigiu
            – Você sempre vai ser princesa pra mim.
            – O resto do mundo não vê desta forma.         
            – Você poderia casar comigo... Seria princesa pra eles também. – Brinquei, acariciando seus cabelos.
            – Está falando sério? – Ela riu, encarando-me.
            – Claro que não... Quem casaria comigo? – Perguntei, descrente.
            – Bem, eu provavelmente casaria. – Respondeu, voltando a acomodar-se em mim.
            – Talvez eu tente um dia. – Declarei, o tom mais sério dessa vez.
            – Eu vou esperar. – Outro bocejo.
            – Não durma antes de me responder. Você conseguiria tirar o vampirismo de mim? – Perguntei, nervosa sobre o que ela pensaria.
            – O quê?! Você ficou doida? – Exclamou.
            – Responda-me.
            – É... Eu poderia tentar.
            – Faça isso por mim, então. – Pedi.
            – Me dê um bom motivo. – Exigiu.
            – Eu estou lhe pedindo.
            – Não vou lhe condenar a morte humana só porque está me pedindo. – Respondeu.
           – Minha cabeça está explodindo, eu estou ficando maluca. Meu vampirismo está saindo do controle e eu... eu não o quero mais. Nunca quis na verdade, não foi uma escolha minha tê-lo. – Expliquei, ocultando a figura do VK.
            – Marcy, isso é...
            – Cuide de mim se eu envelhecer. – Fiz mais um pedido, acariciando seu braço.
            – Eu não vou te deixar envelhecer.
            – É uma escolha minha, Bonnie. – Disse-lhe. – Por favor, respeite isso. Não é só você quem está cansada do mundo.
            Ela bufou, erguendo o rosto para mim.
            – Vou fazer o que me pede, mas saiba que eu vou encontrar uma maneira de te fazer viver para sempre sem que precise ir para a Noitosfera. – Declarou. – É uma promessa.
          Sorri para ela, puxando-a para um beijo apaixonado. Glob... eu realmente estava apaixonada e havia me esquecido do qual gratificante era me sentir assim. Era diferente dessa vez... tanto que era notável. Era algo forte pulsando dentro de mim, mais forte que o meu próprio coração que recusava-se a ser ignorado. Era puro fogo, uma chama que me queimava completamente. Não, não era a mesma coisa que havia sido com Rayna. Aquilo era infinitamente maior, infinitamente melhor. Era certeza...
            – Eu te amo, Peebs. – Sussurrei em seu ouvido.
            Ela agarrou-se a mim em resposta.
            – Eu também te amo, Marceline. 


Notas Finais


Então? Gostaram tanto quanto eu gostei?
Não deixem de me dizer o que acharam, amores. A participação de vocês é muito importante pra mim, de verdade. Foi meio sad pra mim ver que o capítulo passado teve menos comentários do que o normal, maaaaaaas, foi um incentivo para eu tocar a história e aprimorar a mim mesma. Cheguei a conclusão de que se eu não gostar de algo, vocês irão muito menos e sinceramente, os últimos capítulos não foram os meus melhores, sinto muito.
Bem, agora que estamos de volta na estrada, a ação está de volta em jogo, minhas crianças. Preparem-se para receber os grandes vampiros que estarão com tudo bem breve, trazendo váaaaaarias surpresas pra gente.
Muito obrigada a quem tem me acompanhado sempre e pra quem é novo, sejam muito bem vindos.
Até, morexxxxx <3
P.S: Link para quem quer ver Varmints legendado: http://www.noitosfera.com/at/s07/e02


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