1. Spirit Fanfics >
  2. Bubbline: Love in Red >
  3. A Rainha Vampira (parte 1)

História Bubbline: Love in Red - A Rainha Vampira (parte 1)


Escrita por: BabyBii

Notas do Autor


Hey pretties <3
Então, eu planejava mandar esse capítulo completo. Ele seria grande como foi Varmints. Mãaaaas, eu não conseguia finalizar ele colocando toda a informação contida no primeiro ep. da saga Stakes e postar pra vocês hoje. Como eu já estou atrasada, decidi separá-lo em duas partes. A parte dois está quase pronta, falta por volta de 600 palavras pra ficar na média dos meus outros capítulos.
Curtam a música Fade into Darkness - Avicii enquanto leem.
Boa leitura e até lá em baixo \/

Capítulo 22 - A Rainha Vampira (parte 1)


Fanfic / Fanfiction Bubbline: Love in Red - A Rainha Vampira (parte 1)


Descanse sua cabeça, vou te elevar
(Rest your head I'll take you high)
E não vamos desaparecer na escuridão
(And we won't fade into darkness)
Não vou deixar você desaparecer na escuridão
(Won't let you fade into darkness)
Onde estamos agora, você estará segura
(Where were we now, you'll be safe)
Segure minha mão, só por precaução
(Hold my hand, just in case)


            Eu não sabia dizer o que era, só que não sentia tal coisa há muito tempo. Estava cega para o mundo ao meu redor... a única coisa que parecia importar era o crescente arranhar em minha garganta. O coração acelerado, todos os sentidos funcionando em plena capacidade. O que estava acontecendo?
            – Olá, Marceline. – Uma voz conhecida chamou-me em seu timbre macabro.
            – Vampire King. – Sussurrei, virando-me para encarar a fonte do som.
            – Quanto tempo faz desde nosso último encontro? – Perguntou, cruzando os braços.
            – O que te despertou? – Questionei, ignorando-o. – O que faz aqui? Aliás, o que é aqui?
            Levei ambas as mãos à cabeça, quase implorando por uma resposta. De alguma forma, eu sabia que aquilo acontecia em minha mente, mas a realidade da situação me assustava.
            – Você me acordou. – Declarou simplesmente. – Tens o péssimo hábito de reviver demônios que deveriam ter sido enterrados na profundez do seu eu, criança. Você deveria ter me enterrado.
            – Eu não o fiz. Tenho uma nova vida agora, nossa história já se foi há muito tempo. – Rebati. – Você está enterrado. – Disse com firmeza, não conseguindo impedir a mim mesma de cerrar os punhos em um impulso da mais pura ira que sentia.
            – Ah criança... Tantos anos se passaram e você não cresceu nem um pouco. A minha frente, eu só vejo mesma menina impulsiva e obcecada que acabou matando a namoradinha por acidente. – Cuspiu as palavras em mim com uma tranquilidade assustadora. – Planeja fazer a mesma coisa agora com a garota rosa?
            Rosnei para ele, avançando em sua direção. VK desapareceu como fumaça assim que minhas mãos encostaram-se a si, reaparecendo atrás de mim momentos depois.
            – Quando você vai aprender?
            – Suma da minha mente. – Gritei enraivecida.         
            – Você me trouxe até aqui e agora eu pretendo ficar. – Finalizou, rindo sem mostrar os dentes. – Agora pare de perder tempo comigo, tens problemas maiores para lidar. Acorde, Marceline!
            A última frase ecoou na minha cabeça como um sino, trazendo-me para a realidade de forma brusca.
            Foi só quando o vento gelado da noite atingiu minha pele nua que me dei conta da minha situação. Eu não estava em minha cama...
            Em meio a um bosque fechado, bem perto da minha plantação de macieiras, encontrava-me em estado de ebulição. Levei minhas mãos à cabeça, tentando compreender todas as manchas vermelhas e marcas de unha que estavam em evidência a minha volta.
            Um olhar atento foi todo o necessário para fazer minhas dúvidas desaparecerem. Um cervo com cortes profundos em seu pescoço encontrava-se há alguns metros dali. Seu coração não batia, não emanava calor... estava claramente morto.
            Encarava a situação desconcertada, sem saber o que fazer. Andei em círculos, chutei folhas caídas no chão, gritei de frustração algumas vezes... Completamente alheia ao mundo além das árvores que me ocultavam. Pelo menos era o que eu achava...
            – O que está havendo? – Um sussurro a alguns metros dali invadiram meus ouvidos. O humano e o cachorro... Havia alguém mais.
            – Eu não sei, Finn. A gente devia apagar ela. – Sugeriu Jake.
            – Não, cara. Ela não vai atacar a gente. – Afirmou.
            – Não sei não, irmão.
            – Me deixem lidar com isso. – O terceiro elemento tornou-se claro em minha mente. Bonnibel.
            Não tive reação. Fiquei estática no lugar ouvindo ela se aproximar.
            Meus amigos estavam ali... O que eu diria para eles quando sequer sabia que desculpa daria a mim mesma por tal comportamento?
            – Marcy? – Chamou-me a princesa, mantendo-se alguns metros afastada de mim. – Você está bem? O que aconteceu?
            – Eu não sei. Eu só... não sei. – Balbuciei. – Estava dormindo e então... eu acordei aqui. – Tentei explicar, mas a tensão que escapava por todos os meus poros me fazia soar como louca.
            – Tudo bem. – Ela ergueu as sobrancelhas, aproximando-se. – Não se preocupe com isso. – E abraçou-me forte, me mantendo tão perto de si quanto fosse possível.
            – O que está acontecendo comigo, Bonnie? – Perguntei em um sussurro.
            Ela afastou-se minimamente, mirando meu rosto. Um sorriso ínfimo surgiu em seus lábios. Compreensão, talvez?
            – Nós vamos nos livrar dessa bagunça e eu vou descobrir o que está havendo. – Disse enquanto acariciava meu rosto. – Acalme-se. Eu estou com você.
            Neguei com cabeça sem saber ao certo com o que estava a discordar. Eu só sabia de uma coisa: não estava nada bem.
            – Não discuta comigo agora. – Rebateu com sua típica voz autoritária, fazendo um sinal com as mãos para que os meninos se aproximassem. – Não sei quantas pessoas viram a cena, mas é importante que isso desapareça logo. Limpem essa bagunça por mim.
            – Certo, princesa. – O loiro respondeu. Logo após a chamar pelo título, ele recebeu um olhar gélido da garota. – Bonnie. – Corrigiu, revirando os olhos.
            – Depois me visitem na minha casa para trazer notícias. Tomem cuidado. – Pediu. – Quanto a ti, fique invisível.        
            Suspirei, repentinamente irritada pelo tom que ela usava. Bonnibel poderia não comandar mais seu reino, mas a governante autoritária nunca sairia dela.
            Obedeci a contra gosto e então, começamos uma caminhada até a cabana onde residia. Um pouco mais de 15 minutos depois, estávamos a adentrar o local e ela a trancar a porta atrás de nós.
            Tornei-me visível novamente e a expressão reprovadora do mordomo me indicou que havia algo errado com a minha aparência. Caminhei até o espelho arcaico que ficava encostado em uma parede. Eu não estava preparada para o que veria...
            Além das roupas ensopadas de sangue e algumas entranhas grudadas em mim. Além das grandes olheiras e rosto manchado de vermelho. Havia os meus cabelos... Pareciam grosseiramente cortados um pouco acima da cintura.
            Bufei encarando o reflexo grotesco da minha pessoa. PB pegou-me pelo pulso, puxando-me para um banheiro escondido em uma das portas de seu guarda-roupa, no 2° andar.
            Tirei vagarosamente as roupas que cobriam meu corpo enquanto ela enchia a banheira. Eu pouco me importei de estar nua em sua frente ou qualquer coisa do tipo. A verdade é que eu tinha medo do que estava acontecendo, medo do que eu poderia fazer, do que eu era. Ao entrar na água quente, ocorreu-me que eu não queria mais ter que lidar com isso. Centenas de anos já haviam sido o suficiente... Eu queria experimentar novamente uma vida humana longe da Noitosfera. Ocorreu-me que dessa vez, eu não tinha medo de envelhecer. Meu medo era não ter uma vida completa.
            Encarei a água vermelha da banheira enquanto Peebs limpava meu rosto com uma toalha úmida.
            – Você deixou de se alimentar? – Perguntou repentinamente.
            – Não, eu não seria tão negligente a esse ponto. Eu comi pela manhã o suficiente para me manter saciada por dias.
            – O que mudou, então?
            – Eu não sei, Bonnie. Talvez tenha sido o... – Neguei com a cabeça, não querendo compartilhar aquela história com ela. – Deixa pra lá.
            – Você precisa se comunicar comigo. Posso te ajudar se me disser o que está acontecendo.
            – Você pode me ajudar tirando essa coisa de mim. – Minha voz soou mais agressiva do que eu gostaria.
            – E essa coisa seria?
            – O vampirismo. Faça-me humana novamente, Peebs.
            Foi a vez dela bufar e encarar o teto.
            – Você tem certeza que deseja isso?
            – Nós já conversamos a respeito. Sabe que sim.
            – Bem, eu e o Peps terminamos uma máquina experimental ontem. Não foi difícil com as tecnologias que eu trouxe do castelo, mas ela não é nada confiável. Nunca tentei algo do tipo antes e eu não queria começar por você. Você poderia virar um sapo ou um rato. Eu não sei.
            Apesar do péssimo humor, uma risada me escapou com as declarações da princesa. Peguei-me sorrindo para ela em seguida.
            – Vamos tentar, certo?
            – Dê-me até a noite para fazer os últimos ajustes. Depois, se você quiser, podemos testar.
            Concordei com a cabeça, preparando-me para deixar a banheira. Ao passar a mão nos cabelos para tirar o excesso de água deles, lembrei-me do estado o que havia deixado.
            – Eu vou te pedir outro favor. – Comecei. Ela encarou-me com um olhar desconfiado. – Termina de cortá-lo pra mim?
            – Sério, Marcy? Quer dizer... Não está tão arruinado quanto parece.
            – Eu quero isso. Faz algum tempo que eu vinha pensando em cortar ele. Bem, agora não restam mais desculpas. Ele já está todo mutilado de qualquer maneira.
            – Desde quando?
            – Desde que eu passava pelos corredores da casa do meu pai e via os vários quadros de mim com madeixas curtas. Era bem prático e bonito, na verdade. Eu costumava gostar. – Disse-lhe enquanto me enrolava em uma toalha.
            Prostrei-me na frente do espelho do banheiro, esperando por uma reação dela.
            – Faça, Peebs.
            PB deixou o ambiente e voltou segundos depois com uma grande tesoura prateada. Ela começou cortando as pontas do cabelo.
            – Nos ombros, Bonnie. – Instrui.
            Temerosa, eu via seu rosto bonito se alterar minimamente a cada mecha que ela encurtava segundo meu comando. Apesar da hesitação inicial, ela seguiu fazendo o que pedia de maneira metódica. Ao analisar o resultado final, eu descobri que não se esperava nada além da perfeição de uma pessoa perfeita... ou quase.
            – O que achou? – Perguntou.
            – Eu acho que você é incrível, amor. – Não pude evitar de flertar com a garota a minha frente.
            Ela enlaçou seus braços em meu pescoço, beijando-me ternamente. Estava prestes a colocá-la sobre a bancada quando fui impedida.
            – Pare de me distrair, eu tenho que trabalhar. – Ralhou em um tom brincalhão.
            – Então vá logo, antes que eu resolva te aprisionar aqui.
            Ela riu, instruindo-me sobre as vestimentas disponíveis para mim em seu quarto e logo depois, fugindo para seu laboratório.

                                                                                                     [...]

            As horas daquele dia haviam passado voando. Meu olhar estava concentrado no horizonte através da janela de PB. O sol estava se pondo e aquele poderia ser o último dia que ele seria meu inimigo.
            Encarei o frasco do protetor que tive que aprender a fazer para que pudesse me expor aos raios solares por algumas horas sem morrer carbonizada. Fazia alguns séculos que eu o usava todos os dias e era difícil imaginá-lo sem utilidade alguma para mim.
            – Está na hora! – Gritou ela do cômodo onde estava enclausurada há horas.
            Dirigi-me ao local ligeiramente menor do que o laboratório anterior, mas tão completo quanto o antigo. Havia um equipamento que tomava toda uma parede e parecia ser destinado para mim.
            – Você sabe o que significa, não sabe? – Começou. – É a sua última chance de desistir.
            – Eu vou morrer, eu sei. Eu acho que estou bem com isso.
            – Possivelmente.
            – Possivelmente, certo..
            Ela sorriu brevemente para mim, retornando com um líquido preto que foi colocado na máquina.
            – Sabe de uma coisa? Estou muito, muito, muito ansiosa para tentar o meu novo laboratório em você.
            – É... Não fique tão sentimental. – Ri de sua afirmação, olhando com diversão.
            Sentei-me na "cama" que havia disposta na geringonça. Ela sentou-se ao meu lado, passando a mão em meus cabelos.
            – Me importo com você, sabe disso. Se eu for capaz de tornar sua vida mais rica e fazer você feliz, assim eu o farei. – Ela deitou-me sobre o lugar e afastou-se. – E se você morrer um dia... – PB engoliu o seco. – Bem, eu vou ficar do seu lado até lá.
            – Sabe de uma coisa? – Falei enquanto ela fechava um troço de ferro sobre o meu corpo. – Acredito que você vá encontrar algo para solucionar esse problema. Eu acredito em você.
            – Não vou desapontar você. De qualquer forma, essa operação pode sequer funcionar.
            Nesse momento, ela desceu a alavanca ao meu lado. A fortíssima luz amarela que tomou o ambiente cegou-me completamente. Senti meu corpo completamente dormente. Uma sonolência se apoderou de mim e eu tive a impressão de dormir por um tempo.
            Quando a luz finalmente cessou, parecia que nada havia mudado em mim além da disposição de antes do processo. Minha energia havia sigo sugada...
            – Funcionou? – Perguntei com a voz fraca.
            – Eu retirei todo o seu fluido vampiresco e o armazenei bem ali. – Apontou para um recipiente atrás dela. – Teremos os resultados daqui a alguns dias. Enquanto isso, você precisar ficar em repouso.
             Ao notar que quase dormia ali, ela pegou-me no colo e me levou para seu próprio quarto, onde depositou-me gentilmente na cama.
            – Até amanhã. – Deu em beijo em minha testa enquanto cobria-me.
            Eu nem preciso dizer que senti-me tragada pelo sono em segundos depois da saída da princesa. A última pergunta em minha mente naquele dia foi: E agora?


Notas Finais


Declaro oficialmente aberta a minissérie Stakes em LIR. ~clap ~clap ~clap
Agradeço muitíssimo os comentários e o apoio de vocês. You are awesome, guys. Love u all <3
Vou correr lá pra responder todo mundo.
Beijinhos e até daqui a pouco, mores.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...