História Burn (Jariana) - Come Back

Forço minha mente a imagina-lo como se fosse uma pessoa, uma pessoa em especial. Mas é impossível. Jack beija-me rápido de mais e com certa brutalidade, nem sei o que estou fazendo, só tento acompanha-lo. Me pego pensando que, quero que esse beijo acabe logo.

O beijo dele era único, com amor, carinho e delicadeza, mas ao mesmo tempo era quente e com desejo. Seus dedos em minha cintura descem um pouco para os meus quadris indo em direção a minha bunda.

O que ele pensa que está fazendo?!.

Afasto-o de mim com certa brutalidade. Jack faz uma expressão facial confusa. Sorrio, para ficar um clima mais leve.

  — Por que parou o beijo, princesa?. — pergunta, voltando a colocar as mãos em minha cintura.

Não sei o que dizer, não sei o que fazer. Nunca estive em uma situação como essa. Quando estou pensando seriamente em sair correndo, Mary aparece e caminha em minha direção sorrindo.

  — E aí, ele beija bem?. — sussurra em meu ouvido, para ninguém escutar.

Mary bebeu, sinto pelo seu hálito.

  — Não, sinto como se ele quisesse me engolir. Quero ir embora, por favor. — digo como uma criança.

Como já disse, não gosto desse tipo de ambiente. Não que eu seja chata, apenas não é meu estilo.

  — Tudo bem, espera só um pouquinho. — Mary anda até David, nem havia o notado ali, e Jack para dizer alguma coisa que eu não consigo ouvir.

Jack olha para mim e sorri docemente. Fico confusa, mas apenas retribuo sorrio. Mary volta sorrindo, colocando seus braços em volta de meus ombros.

  — Bom, você pode não ter gostado dele, mas ele gostou de você. Gostou até demais. — afirma, sorrindo maliciosa.

Arregalo os olhos.

  — C-como? Quer dizer, por que?. — olho para ele rapidamente e vejo-o olhando para mim de longe.

Ele gostou de mim. Um sorriso se forma em meu rosto, isso me faz ficar um pouco menos triste.

  — Angie, ele é quem teve sorte de ficar com você. Agora vamos, eu bebi um pouco. — Mary tropeça e fala um palavrão.

Okay, eu vou dirigir

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Abro a porta com uma mão, pois a outra está ocupada ajudando Mary a ficar em pé.

  — V-você estava tentando imaginar o Justin não estava?. — pergunta sorrindo, de uma forma idiota, enquanto mexe as sobrancelhas.

  — N-não. — digo entrando em casa junto a Mary.

  — Sim, você estava. Eu vi pelo jeito que você estava tocando nele — nego freneticamente, fingindo não entender nada — Você estava acariciando os cabelos dele, mas os cabelos dele não é tão comprido igual o do-. — tampo os ouvidos e mando Mary calar a boca.

  — POR QUE VOCÊ FAZ ISSO COMIGO?!. — grito, já com os olhos cheios d'agua.

Mary suspira.

  — Me desculpe. Achei que nos mudando para Los Angeles, você iria se esquecer um pouco. — Mary se desculpa.

Na verdade, eu não posso culpa-la. Ela foi uma ótima amiga. Quem aceitaria deixar toda sua vida em Las Vegas para se mudar comigo para Los Angeles só porque eu preciso esquecer ele? Provavelmente ninguém.

  — Quer saber, eu sou muito egoísta. — Mary nega — Sim, eu sou Mary. Se eu me lembro bem você estava saindo com alguém não estava?. — pergunto, foi aí que eu cai na real. Aquele poderia ser o homem de sua vida e eu fiz ela largar ele por mim. Coloco as mãos na boca — Eu sou uma pessoa horrível, sou a pior amiga do mundo!. — Mary arregala os olhos, em surpresa.

  — Não, já passou. Sabe eu gostava dele, mas quem sabe quanto tempo iria durar? Você é minha amiga, e eu que quis te acompanhar. — Mary me abraça.

Nego freneticamente. Realmente, Mary é a melhor amiga que alguém poderia ter. Eu tenho muita sorte.

  — Mary, nos temos que voltar para Las Vegas. E-eu vou encontrar esse cara que vc gosta e-. — sou interrompida.

  — Wow, voltar para Las Vegas, você está bem Angie? — pergunta, separando-me de seu corpo para olhar em meus olhos.

Rio ironicamente.

  — Claro que estou, mas sinto-me mal por te fazer desistir de tudo por minha causa. Eu sei que você nunca foi de gostar de alguém. Estou disposta a voltar para Las Vegas, se você estiver. — sorrio carinhosamente.

Mary sorri pensativa.

  — Tudo bem, eu também quero voltar. Mas com uma condição. — Mary parece meio receosa.

Oh Deus.

  — Que condição?. — pergunto-lhe, com certo receio.

  — Quero que você converse com Justin. — de repente minhas pernas ficam fracas. Sinto que se não estivesse apoiada em Mary, cairia — Eu sei que ele pode nem estar vivo, mas e se nos reencontramos?. Angie, ele amava você. Sei disso pelo jeito que ele falava de você, lembro de como seus olhos brilhavam quando eu apenas dizia seu nome. Ele fugiu por algum motivo. Não me convenço com essa de que ele fugiu porque não gostava mais de você. — Mary segura meu rosto em suas mãos e olha-me nos olhos.

  — Mary... E-eu não irei aguentar vê-lo novamente. E-eu... — Mary me abraça fortemente enquanto acaricia meus cabelos.

  — Vamos descansar, okay?. Amanhã nós conversamos e decidimos isso juntas. — incrível como até bêbada ela pode ser seria.

  — Okay. — assento repetidas vezes, fazendo Mary sorrir e me abraçar novamente.

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  — Então estamos de acordo. Nós iremos voltar para Las Vegas?. — seu tom de voz é tão sério, que tenho medo de responder.

Pensando bem, pode ser bom ir em frente com tudo isto. Ser corajosa e não fugir de nada uma vez na vida. Mas também pode ser o maior erro de minha vida... Imagine, chegar lá depois de três longos anos, finalmente reencontrar o amor da minha vida e vê-lo com outra. Isso acabaria comigo e seria obrigada a sofrer o resto de minha vida sozinha. Ou pior, e se ele estiver morto? Me arrepio só de pensar.

  — Bom, é melhor morrer sabendo que tentou do que morrer sem tentar. — Mary arregala os olhos claramente surpresa. Dou de ombros, enquanto sorrio sem mostrar os dentes.

  — Oh meu Deus! Você não está zoando com a minha cara né? Caralho!. — ela passa a mão pelos cabelos e gargalha como se eu estivesse dizendo loucuras.

Eu sou assim tão medrosa?.

  — Sim, e não diga palavrões. — sorrio mordendo o lábio inferior.

  — Okay, me desculpe. Eu estou muito feliz, sabe não é todo dia que sua amiga decide tentar achar seu ex escravo sexual para saber o motivo dele supostamente ter fugido. Estou tão orgulhosa de você, Angel!. — Mary da pulinhos batendo palmas.

Apenas sorrio mas, suas palavras me machucam. Não tenha mais nada a perder.

  — Eu também estou orgulhosa. Mas ainda não tenho certeza se quero reecontra-lo, eu nem sei se ele ainda está vivo!. — tenho medo de que minhas próprias palavras sejam reais.

  — Vira essa boca pra lá, como você é pessimista. Tenho certeza de que ele está mais gostoso do que nunca e está morrendo de saudades do anjinho dele. — reviro os olhos.

  — Por que você fica me dando falsas esperanças? Ele já deve estar com outra melhor. — meus olhos se enchem de lágrimas. Tento disfarçar.

  — Pelo amor de Deus, juro que se você continuar assim minha mão vai voar na sua cara!. — arregalo os olhos, enquanto limpo uma lágrima que escapa..

  — Por que está falando assim comigo? Você nunca falou assim comigo. Eu não sou fraca tá, mas você já tentou se colocar no meu lugar pelo menos uma vez?. — pergunto, com a voz um pouco elevada.

Não acredito que estamos brigando.

  — Sim, eu vim aqui com você porque me importo com você. Me coloco em seu lugar, por isso decidi agir. Você irá me agradecer em breve. — diz antes de sair do meu campo de visão.

Termino de arrumar minhas malas sem animação. Odeio fazer malas. Eu e Mary vamos morar na minha antiga casa, o que ainda não sei se vai mexer ou não comigo. A viagem vai durar em torno de quatro a cinco horas, espero dormir o percurso todo.

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  — Acorda sua preguiçosa, nós já chegamos. — as mãos de Mary me balançam de um lado para o outro.

  — Já acordei. — Abro os olhos e me espreguiço..

Decidimos pegar as malas amanhã enquanto saímos do carro. Ver essa casa enorme que, vivi os melhores momentos de minha vida, me deixa triste, mas feliz ao mesmo tempo. Mary olha para mim e eu assinto como se dissesse que estou bem.