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História Burns like hell - Segunda chance


Escrita por: Swagonbizzle

Notas do Autor


Boa leitura *-*

Capítulo 6 - Segunda chance



Eu gostaria de te dar o que você precisa.
Eu tentaria, mas você está tornando isso difícil para mim.
Como eu faço você acreditar?
Porque eu amo você, preciso de você,
preciso que você fique.

 

Dirigi furiosamente para a casa de Justin e Ryan tentava me acompanhar, ele fez um sinal com a mão e o portão abriu imediatamente. Nem fiz questão de estacionar o carro deixei ele de qualquer jeito, com chave na ignição e tudo. Entrei na grande casa pisando fundo. Uma empregada correu até mim.

— Sim, senhora...

— Bieber, onde ele está?

— Em seu escritório.

Ergui a sobrancelha esperando que ela me levasse até lá.

— Senhora, o Sr. Bieber não gosta de visitas quando está ocupado.

— Não me interessa, ele vai falar comigo querendo ou não, se não eu faço ele enfiar a porra do...

— Tudo bem Rosie, já pode ir — Ryan liberou a mulher me interrompendo — Vem, eu te levo.

Ele caminhou na frente.

— Só pega leve com ele tá? — Ryan virou o rosto me encarando e eu fingi que não escutei.

A porta do escritório estava fechada, Ryan ia bater mas eu abri com tudo, em seguida fechando atrás de mim.

— Angel?! — Drew pareceu surpreso. Ele estava sentado na poltrona atrás de sua grande mesa de vidro. Bati na mesma com força.

— Não vem com "Angel" pra cima de mim! — gritei

— O que aconteceu? — ele fez uma cara de desentendido se levantando e eu ri debochada

— Você ainda tem coragem de perguntar o que aconteceu?! Aconteceu que você me enganou! 

— Olha, desculpa por ter me exaltado na hora do jantar, mas você me pegou de surpresa com a notícia e...

— Surpresa o caralho Bieber! — ele fez uma cara feia quando eu pronunciei seu nome — Ryan me disse que você já sabia, sobre tudo! Não mente pra mim. Não sou idiota.

— Pesquisei um pouco, talvez eu tenha subornado uma pessoa ou outra — ele deu de ombro como se fosse algo normal e deu um passo em minha direção — Eu queria saber como a pessoa que eu amo estava. Isso é crime agora?

— É perseguição — dei um passo para trás me afastando — E ainda teve a cara de pau de fazer aquele show todo no jantar como se fosse alguma noticia nova para você! — ironizei me lembrando da noite passada.

— Pode não ser uma notícia nova mas é uma notícia que ainda me deixa puto! — ele esbravejou — Como você teve coragem? 

— De seguir em frente? Não vejo problema nenhum nisso!

— De me deixar! — berrou na minha cara.

Senti o ar faltar em meus pulmões por um segundo — Eu fiz tudo por você! Eu fiquei com você. Eu te protegi! — ele lembrou melancolicamente 

— Não pedi para ser protegida!

— Mas eu protegi assim mesmo, isso é amor.

— Você sabe que as coisas não foram exatamente assim. Não vem jogar a culpa para cima de mim

— Eu guardei o meu amor, mas você com certeza não foi capaz de fazer o mesmo, então me desculpa se isso continua me deixando cada vez mais puto!

— Como você consegue ser tão sínico?! — gritei a plenos pulmões

— Não grita! — ele revidou. 

Ri irônica

— Sério? A quem estamos querendo enganar? Olha só para nós! Mal conseguimos manter uma conversa civilizada, nem se quiséssemos poderíamos ficar juntos — arranquei minha bolsa da poltrona com brutalidade

— Angel, para com isso, fica aqui, assim resolvemos esse mal entendido — ele segurou meu braço

— Me dá um tempo Justin!

— Não me chama de Justin

— É o seu nome!

— Angel, por favor! — ele suplicou.

Neguei com a cabeça e puxei meu braço o obrigando a me soltar

— Preciso pensar, ficar sozinha, me dá um espaço! Será que consegue fazer isso?

— Não Angel! Eu não consigo! Porra eu já passei tempo de mais te dando espaço, já chega! — ele colocou a mão sobre a porta me impedindo de abri-la — Olha, desculpa por ter agido daquela forma no jantar mas... 

— Deixa eu ir Justin — pedi 

Ele socou a porta com força.

— Não me chama de Justin! Que porra! — gritou — Tudo que eu faço é por você e é isso que eu ganho? Você me culpa por tudo, mas a única coisa da qual eu sou realmente culpado é de te amar e te querer mais que qualquer...

Senti minha mão coçar com o tapa que dei em seu rosto. Não podia escutar mais nada daquilo. Nem devia ter doido porque ele apenas riu e segurou minha mão. Me debati contra seus braços.

— Se você se importasse realmente comigo você não teria vindo atrás de mim! Você teria me deixado em paz!

— NÃO DÁ! Porra, você ainda não entendeu que eu não posso, não consigo te esquecer?!

Soquei seu peito repetidamente. Eu estava furiosa. O problema é que eu também não conseguia esquecer ele e isso me deixava revoltada.

Drew imobilizou meus braços em um movimento rápido e os segurou para trás do meu corpo com uma das mãos enquanto a outra agarrava meus cabelos pela nuca.

— Eu sei que você também não consegue me esquecer, não adianta negar. Você é minha. — ele respirou no meu ouvido.

Drew roçou os lábios nos meus lentamente, inconscientemente ofeguei.

Ele mordeu meu lábio inferior. Deixei minha língua encontrar a sua em um beijo calmo e cheio de afeto. Fechei os olhos em uma explosão de sentimentos. Ele era tudo o que eu queria. Ele era tudo o que eu precisava. Ele era tudo o que eu não podia ter.

Abri os olhos rapidamente e separei nossos lábios. 

— Tenho que ir.

Drew continuava com seu sorriso presunçoso no rosto. Abri a porta e sai rapidamente sem nem olhar para trás, pedi para uma empregada que passava me levar até a saída e foi o que ela fez, encontrei Ryan no jardim do lado de fora e apenas murmurei que já iria embora, ele acenou. Me perguntei porque Ryan estava morando na casa de Justin mas esse pensamento logo foi apagado pela raiva.

Entrei no carro e voei dali. 

Chegando em casa parei o carro na garagem mas não desci. 

Levei os dedos aos lábios. Eu ainda podia sentir o gosto dele, meu coração ainda estava acelerado e minhas pernas bambas.

"— Eu já bebi sabia? Não precisa me olhar com essa cara de preocupado — Revirei os olhos. 

A música alta tocava no barzinho e algumas pessoas gritavam na mesa de sinuca.

— Eu sei, só é estranho... Não entendo, você é tão quieta agora, mas antes você fazia muita merda pelo que eu sei, porque?

— Sei lá eu percebi que algumas coisas são mais importantes que outras... — dei de ombros — Espera ai. Como você sabe que antigamente eu fazia algumas merdas?

Semicerrei os olhos.

— Algumas pessoas que te conhecem a um tempo me contaram

— Mentira! O único que me conhece a tanto tempo é o... — minha mente se tornou clara de repente, Drew levantou uma sobrancelha e seu sorriso se alargou mais ainda — Aquele filho da mãe! Ryan foi quem te contou?

— Foi, mas não culpa o cara, eu o pressionei

— Porque?!

Drew soltou o ar pesadamente pelos lábios e puxou o mesmo pelos dentes em seguida como se estivesse se preparando para me revelar um segredo

— Eu queria saber mais sobre você. É que você é diferente, é tão inteligente, eu queria saber sobre o que conversar com você, não quero te desapontar.

Arquejei. 

— Drew — estiquei o braço e lentamente passei a mão sobre a pele quente do seu pescoço, ele inclinou a cabeça e fechou os olhos como se apreciasse o meu toque. Sorri — Não sabia que se sentia assim em relação a mim.

— Sinto muita coisa em relação a você que você nem faz ideia — ele sorriu e me puxou segurando minha cintura e me colocando em seu colo.

Gargalhei enquanto me ajeitava entre suas pernas e o balcão tentando não derrubar nenhum copo.

— Eu sinto muita coisa sobre você também — depositei um beijo calmo no canto de seus lábios, ele segurou meu rosto e suspirou sobre a minha pele.

Ele aproximou os lábios do meu ouvido e sussurrou:

— Eu te amo 

Ofeguei assustada mas lisonjeada acontece que eu não sabia o que fazia meu coração bater tão forte, se era a bebida, a música alta ou o cheiro de perfume caro que vinha do menino que acariciava minhas coxas com delicadeza, eu só sabia que fosse o que fosse eu queria isso para sempre, essa sensação, esse sentimento, de ser amada, desejada, de uma forma boa e não só por uma noite mas por uma vida. Eu o amava. Podia não ser o lugar ou o momento certo para me dar conta disso mas eu não tinha saída muito menos tinha escolha, eu simplesmente o amava e estava feliz por isso."

Balancei a cabeça e sai do carro o trancando.

— Line! Você demorou, quase me matou de susto — Noah estava sentado no sofá quando entrei em casa.

— Desculpa — sussurrei — Porque você ainda está acordado? Já é tarde.

— Queria te esperar — deu de ombros

Sorri.

— Você está linda — ele me olhou de cima a baixo e fez uma careta — Como foi?

— Um desastre

— Ainda bem, não quero ter que competir com ele 

Noah fez um gesto com o dedo para que eu me aproximasse. Caminhei até ele, levantei o vestido lentamente até a cintura e me sentei em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo.

Ele pousou as mãos fortes nas minhas coxas e as apertou.

— Sabe o que é engraçado? — ele sussurrou — Ele te viu toda linda desse jeito, mas o único que pode tirar esse vestido sou eu

Rebolei lentamente. Eu não podia deixar de pensar que tinha alguma coisa errada. Não era Noah que eu queria que estivesse ali.

Me curvei deixando que Noah beijasse a curva do meu pescoço. 

Por mais que eu lutasse contra minha mente não adiantava, quando Noah me beijava era Drew que eu sentia, quando ele murmurava era Drew que eu escutava, e quando eu o olhava era apenas Drew que eu via.

(...)

— Não quero ir pra a escolinha hoje — Emma cruzou os bracinhos por sobre a mesa na manhã seguinte

— Você nunca quer princesa — Noah beijou o rostinho dela.

— Mas hoje tá frio, deixa eu ficar, por favor mamãezinha — ela implorou juntando as mãos. 

— Agora eu sou sua mamãezinha né — ri

Olhei para Noah que fazia não com a cabeça.

— É sexta, coitada — sussurrei — Olha a carinha dela, você tem coragem de deixar ela ir para a escola nessa chuva, em plena sexta feira? 

Ele olhou para ela que fazia biquinho, essa aprendeu comigo.

— Não dá pra eu levar ela para o trabalho hoje, agora que Bieber está na cidade está tudo um caos! Todos querem saber se eu vou vender as ações da empresa para ele.

— Mamãe quelo ficar com a Rosa! — Emma pediu pela babá.

— A Rosa foi viajar, linda, ela só volta amanhã — Noah respondeu

— Eu levo ela para o meu trabalho — dei de ombros

— Pode?

— Claro que pode, qualquer coisa eu deixo ela com a Chloe um pouco

— Chloe não vai gostar nada disso...

— Mas como eu sou a chefe dela, ela tem que me obedecer — sorri

— EBA! Tia Chloe! Ai vou eu! — Emma gritou nos fazendo rir

— Você tem que comer primeiro linda — peguei um pedaço de fruta com a colher e dei na boca dela que mastigou com a boca aberta sorrindo feliz. 

Depois do café da manhã Noah saiu apressado dando um beijo em Emma e sussurrando para mim que havia adorado a noite de ontem, ri. 

Esperei Emma comer e dei um banho nela, peguei uma roupinha e a ajudei a se trocar.

— Quelo ir com a botinha — ela falou animada e eu coloquei a bota rosa em seu pé.

— Vem bebê — ela agarrou meu pescoço quando eu a peguei no colo.

Peguei minhas coisas e uma bolsa para Emma.

Saí de casa com a bolsa de Emma em um ombro, a minha em outro, e Emma em meus braços. Coloquei as chaves que eu havia acabado de usar para trancar a porta de casa entre os dentes enquanto tentava pegar a chave do carro no bolso de trás da minha calça jeans. 

— Precisa de ajuda? — escutei uma voz atrás de mim, a voz que eu tanto sonhava nos últimos tempos. Congelei.

Senti sua mão forte pegar a bolsa de meu ombro então me virei. 

Ouvi ele arquejar quando viu Emma em meus braços. A bolsa que ele segurava foi ao chão e ele parecia surpreso.

— O... O que é isso? — indagou com o cenho franzido.

Me virei desesperadamente e abri o carro, coloquei Emma que cochilava em sua cadeirinha no banco traseiro. Fechei a porta rapidamente impedindo Drew de observá-la.

— O que está fazendo aqui? — perguntei assim que tirei as chaves dentre meus dentes.

— Quem é... — ele suspirou sem conseguir terminar a frase — Por favor, me diz que ela é sua sobrinha.

Neguei com a cabeça. Me abaixei para pegar a bolsa que ele havia deixado cair no chão e a recoloquei sobre meu ombro.

— Emma é minha filha. 

— Emma... — ele repetiu se familiarizando com o nome — Posso ver ela?

— Não Drew, não é uma boa hora. Estou atrasada.

— Por isso você vai se casar com ele? — seu semblante mudou de confuso para raivoso.

— É tão difícil assim acreditar que eu realmente amo Noah? 

— Depois do beijo de ontem, sim — ele ainda estava desnorteado — Sempre pensei que eu seria o pai dos seus filhos, mas parece que seus planos mudaram.

Eu queria dizer que Emma era filha dele. Queria deixar ele ver ela, falar com ela, queria ver os dois se abraçando e ele dizendo que me perdoava por esconder aquilo dele por tanto tempo. Mas eu sabia que as coisas não eram fáceis e que eu teria que omitir os fatos pelo menos por enquanto.

— Preciso ir — coloquei as bolsas empilhadas no banco do carona e dei a volta no carro mas antes que eu abrisse a porta ele segurou meu braço.

— Eu estava desesperado, sei que não é certo aparecer assim na sua casa, mas eu vim aqui pedir desculpas novamente pelo jantar de ontem, e eu queria propor outro jantar... 

— Não, sem chances — fiz menção de entrar no carro novamente mas ele me segurou com mais força.

— Quer saber Angel, não me importo se você tem uma filha com ele, se você está prestes a se casar ou se você o ama! Eu estou aqui e preciso de você! Posso cuidar de... Emma, se você escolher ficar comigo posso até ser o pai que ela precisa, sei lá, faço o que for preciso para te ter de volta, então janta comigo, pode levar Noah e a filha de vocês, tudo bem. 

Senti meus olhos arderem, Drew era tão compreensivo e espetacular que me emocionava. Suas palavras haviam tocado meu coração. Ele disse que poderia ser o pai de Emma mas mal sabia ele que era de fato.

— Porque está fazendo isso? — o encarei

— Porque eu te amo e não vou desistir de você. Estou tentando te mostrar que cresci e sei lidar com os problemas melhor do que antes. — explicou — Deixa eu te mostrar que posso ser melhor.

Continuei olhando em seus olhos procurando algum vestígio de mentira mas a única coisa que eu via era amor e afeto. Isso era tudo o que ele sentia por mim, e eram sentimentos recíprocos.

— Tudo bem — aceitei — hoje?

Ele balançou a cabeça afirmativamente e sorriu.

— Obrigado — ele deixou um beijo carinhoso em minha testa e se virou.

Entrei no carro ainda com o coração disparado, pensei que sairia pela boca.

Coloquei a chave na ignição e liguei o motor, dei uma olhada para trás, Emma ainda dormia como um anjo, como se nada tivesse acontecido.

Vi pelo retrovisor Drew entrando em seu carro e saindo dali, fiz o mesmo porém pegando uma rua diferente.

Chegando na avenida principal o trânsito estava grande e eu já estava um pouco mais calma então resolvi ligar para Noah.

— Line! Tudo bem? Porque ligou?

Suspirei, não queria contar a verdade.

— Esqueci de dizer que te amo quando você saiu — sussurrei.

— Eu também te amo, mas sei que não foi por isso que ligou, o que aconteceu? — perguntou preocupado.

— Bieber viu Emma — confessei

— Como?! Quando?! — tive que afastar um pouco o celular da orelha quando ele gritou.

— A questão é que ele sabe que ela é minha filha, como e quando não importa — ironizei.

— O que importa então? — ele indagou.

— Ele quer que a gente jante na casa dele hoje — fiz uma careta

— Nem pensar! — Noah riu

— Amor, é loucura eu sei, mas ele viu Emma. Não tenho mais como disfarçar preciso contar pra ele. — suspirei. 

Noah fez um barulho de irritação do outro lado da linha.

— As coisas só ficam piores! — esbravejou.

— Você sabe que eu vou de qualquer jeito, só estou pedindo para você não me deixar ir sozinha. Me acompanha, mostra que você é meu noivo. — incentivei 

— Ta bom! Tanto faz!  — ele respondeu — Chego em casa às oito.

Nos despedimos e desligamos.

Abaixei a cabeça imaginando milhões de jeitos de fazer esse jantar valer a pena, mas as probabilidades disso dar em merda eram muito maiores.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!


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