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História Business - Business - II Temporada


Escrita por: exclusivedavid

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo reescrito para vocês. Espero que gostem até a próxima.
Motivos de reescrever a história.
• Alguns erros que eu sempre tive preguiça de corrigir.
• Deixar ela melhor e mais objetiva.
• Melhorar algumas coisas.
Obs importante: nenhum capítulo reescrito vai mudar algo que tenha acontecido no dia, só vai ter pequenas diferenças nas falas e algumas tretas vão ser mais longas, outras não. Mas não vai ser algo muito diferente do que já está escrito.
Espero que gostem! :)

Capítulo 35 - Business - II Temporada


Fanfic / Fanfiction Business - Business - II Temporada



Sentei no sofá e obriguei Lucia a assistir o jogo comigo já que Sofia estava na aula, nesses últimos dias eu venho me sentindo muito cansada e bem indisposta, acabei não falando com David porquê não quero deixar ele preocupado, aliás acho que isso é coisa de mãe de primeira viagem, obriguei Lucia a assistir o jogo comigo para me convencer de que David ficaria muito bravo se eu não assistisse o jogo que ele estava tão nervoso para jogar.


- Eu tô cheia de coisa para fazer na cozinha e você quer que eu sente para assistir jogo.

- É jogo do seu afilhado, para de reclamar e pega uma pipoca aí- ela resmungou algo e eu rir dela lhe entregando a vasilha de pipoca.


O jogo começou e aos 30 minutos do primeiro tempo todo minha confiança se foi, o PSG estava levando uma super pressão do Real e só não foi gol até agora por um milagre de Deus. Os meninos estavam super cansados pois estavam tendo muito trabalho na defesa e muito mais do que cansados estavam irritados. 


Quando faltavam dez segundos pada encerrar o primeiro tempo Cristiano Ronaldo fez um gol com direito a caneta no David, a cara dele ao sair do campo era de quem ia matar alguém e não queria nem imaginar o humor dele quando a gente conversasse. Enquanto acontecia o intervalo do primeiro tempo, eu coloquei uma calça e continuei com a blusa de pijama que eu tinha colocado quando cheguei em casa e fui buscar Sofia na escola, dessa vez eu nem desci do carro para ir até ela, abrir bem pouquinho do vidro para não aparecer o pijama e ela entrou, com uma cara não muito feliz. 


- Ei, que cara é essa? - perguntei encarando ela e depois olhando o caminho.

- Por que tinha dois caras falando que o papai joga mal?

- Onde falaram isso?

- Na porta da minha escola.

- Mas você nem entende muito francês, como você que é seu pai?

- Eu não sou burra mamãe.

- É que seu pai não fez um bom jogo.

- O jogo acabou?

- Não, acho que dá para assistir o segundo tempo.

- Mas precisavam falar mal do papai assim? 

- Não liga pra eles, meu amor.


Eu estava mais que enganada quando disse que dava tempo de assistir o segundo tempo, eu não sei como o trânsito ficou tão ruim. Quando cheguei em casa estava no final do segundo tempo, e o PSG tinha empatado, mas não conseguir ver mais David no campo, olhei meu celular e tinham cinco ligações perdidas do David e meu Instagram bombado de marcações. 


- Lucia - perguntei berrando indo até a cozinha já que ela não tava na sala mais - por que David não tá jogando?

- Não sei - ela deu ombros e observou a televisão -eu vim arrumar a cozinha e esqueci de voltar para assistir o jogo - Sofia colocou sua mochila no quarto dela e depois deitou no sofá, eu sentei do seu lado e ela logo colocou a cabeça na minha perna pegando uma das minhas mãos e colocando na sua cabeça, eu comecei a fazer um cafuné ali.

- Por que o papai não tá jogando?

- Não sei - eu mandei uma mensagem e esperei uns minutos esperando ele me ligar de volta - Tá com fome? - ela negou fungando o nariz - Acho melhor a gente começar uma nebulização hoje antes de você dormir, seu nariz tá bem ruinzinho - ela fez uma careta. Esperei mais um tempo na esperança de Davud me ligar, por fim não aguentei a angústia que eu estava sentindo e decidir ligar para David.



- Oi amor - tentei parecer receptiva.

- Eu já estou indo pra casa.

- Não entendi.

- Como não Alicia? - eu percebi que na minha primeira frase ele tava com 2% de paciência e agora ele não tinha nenhuma.

- O que aconteceu?

- Você não assistiu o jogo? - eu estremeci quando percebi o quanto ele estava alterado - Não é possível que você não se deu ao trabalho de assistir um jogo que era importante para mim.

- E-eu vi o primeiro tempo... Fui buscar a Sofia e o trânsito tava ruim.

- Eu chego de madrugada. 

- O que aconteceu?

- Agora já não importa mais. 

- David?

- Se você quiser você procura um vídeo na internet, olha em suas redes sociais, afinal, você é jornalista né?!

- Tudo bem- eu suspirei triste - Quer falar mais alguma coisa?

- Não - ele desligou na minha cara.




Eu só ficava com raiva quando o David descontava a raiva de um jogo em mim, hoje eu fiquei triste, muito mais do que eu gostaria. Aproveitei Sofia deitada na minha para me sentir um pouco melhor por saber que David chegaria cuspindo fogo, ela acabou vindo para o meu porque pra ela era bem mais confortável que qualquer outra coisa no mundo.


Jantamos pizza já que hoje era sexta, Sofia estava um pouco empolgada ao saber que David ia vim para a casa hoje, e apesar de David ter ficadl uma semana só fora já era mais que o suficiente pra ela sentir muitas saudades do pai que ela é fã número um.


- Eu fiz um desenho para o papai - nós estávamos deitadas na cama, eu tava olhando algumas coisas no celular e ela estava com às pernas abertas desenhando aglo, eu deixei o celular de lado - Igual o que fiz na casa do tio Nelson, só que esse aqui eu coloquei o bebê que tá vindo - ela sorriu - Mesmo eu não gostando muito dele.

- Ficou lindo - dei um beijo em seu rosto - E você tem que amar o bebê que está vindo.

- Ele me ama? 

- MUITO! Não consigo sentir quase nada mas sinto algo bom quando você fala e o bebê também. 

- Uau mamãe. 

- Tá vendo só?

- E ele não sente ciúmes de mim? 

- Ele sabe que não precisa, que vamos amar você igualzinho amamos a ele - ela coçou a cabeça desconfiada.

- Eu queria dormir com a vovó hoje, posso? - eu pensei em falar que não mas como sabia o humor que David estava chegando resolvi deixar. 

- Pode, mas ela quer dormir com você?!

- Sim, eu perguntei.

- Então você pode.

- Tá bom - ela me deu um abraço e lhe dei um beijo na testa.

- Te amo, boa noite.

- Boa noite.



Eu deitei e pesquisei o que aconteceu com David no jogo, o joelho dele saiu do lugar quando o PSG saiu em um ataque, não era nada sério, era uma coisa de dez dias para melhorar, já que o joelho ficava dolorido, a cara de dor que ele fez me deu pena. Depois de ler sobre a lesão e saber que ele não quis dar entrevista nenhuma após o jogo, eu fiquei ainda mais insegura em relação ao seu humor quando chegasse aqui.


A luz acendeu do nada me fazendo despertar do sono e minha cabeça latejar, o relógio marcava duas e meia da manhã, abrir meus olhos e me preparei para enfrentar a fera.


- Oi - ele me olhou e não disse nada - Como você tá? - eu me sentei na cama - Tá bravo comigo?

- Eu deveria? - ele me perguntou grosso, sentir um nó na garganta mas e fiquei irritada por querer chorar por absolutamente tudo, percebi que falar com David agora era algo que ia me deixar chateada com certeza, eu suspirei e me virei para o canto e fechei meus olhos - Você vai dormir Alicia? Você não percebe que tudo que eu menos preciso agora é que você durma?

- Eu tenho que ficar acordada vendo você me tratar como se eu tivesse culpa do que aconteceu?

- Talvez se você pudesse fazer algo para tentar me fazer me sentir melhor eu não te trataria assim.

- Olha a forma como você está me tratando, eu não sou obrigada a passar por isso.

- Você que está me fazendo de tratar assim, não me dando atenção quando sabe que eu preciso de você. 

- Ah então a culpa é minha mais uma vez? - eu agora queria vomitar tudo que comi hoje.

- É! - ele disse irritado.

- Não é possível - eu disse rindo me levantando- eu vou sair daqui porque hoje você já ultrapassou todos os limites de me deixar chateada.

- Mas que porra - ele jogou o abajur no chão que se fez em mil pedaços no chão, eu me encolhi no canto do quarto que eu estava e Sofia estava na porta do quarto olhando para todos os cacos do abajur no chão, ver Sofia fez eu engoli todo o choro que estava pronto para sair.

- Eu escutei que o papai chegou e vim pedir para ficar com vocês - ela estava com uma cara assustada e passou a mão no rosto antes que pudesse chorar - Você estavam brigando?

- Não - eu disse indo na direção e acabei pisando em um vidro - Aí! - eu disse colocando a mão no meu pé - Droga! - falei quando vi o sangue no chão.


Tinha entrado um vidro no meu pé, eu revirei os olhos e encarei David agora querendo chorar por ele ser tão idiota e egocêntrico, ele respirou fundo e parece que se deu conta de que foi um babaca.


- Mamãe - ela abaixou a cabeça limpando o rosto - Não gosto quando vocês brigam...

- Tá tudo bem, meu amor.

- Alicia - David disse tentando se aproximar mas eu me afastei como quem implorasse pra ele não me tocar.

- Dorme no seu quarto hoje, tá bom? Seu pai vai te colocar para dormir, se ele puder fazer isso - eu disse com uma voz irônica - Não precisa chorar.

- Vocês não vão brigar mais, né?

- É - falei dando um beijo na sua testa e fui para a cozinha.




Eu sair do quarto chorando como já era esperado, fui para o banheiro lá de baixo e vomitei todo o meu jantar, obrigada por isso David. Logo que acabei fui para cozinha e fiquei pensando em como tirar o vidro do meu pé, me sentei no balcão e do meu lado tinha álcool, algodão, foi o que eu achei que ia precisar, encostei no vidro e comecei a firmar do lado para ver se saía e fiz o mesmo com o outro lado, mas nem se mexeu.


- Deixa eu tirar - David disse entrando na cozinha, eu dei um pulo quando vi ele. 

- Não quero ver você.

- Me desculpa - ele suspirou - Eu não queria .. você sabe.

- Eu não sei - falei sem olhar na sua cara - e agora eu também não quero saber - me levantei e estava pronta para sair dali, ele puxou meu braço.

- Você não vai dormir com um pedaço de vidro no seu pé, Alicia - ele me encarou - Isso pode causar uma infecção e você sabe que está grávida e isso pode trazer infecções para o bebê. 

- Eu tiro sem sua ajuda.

- Você não precisa me desculpar agora - ele revirou os olhos - Mas me deixa ver seu pé, e tirar isso daí, para parar de doer.

- Não preciso da sua ajuda.

- Precisa sim - ele puxou uma cadeira e eu me sentei, ele pegou um esparadrapo e uma toalha, eu fiquei observando ele.


David pegou meu pé e eu passou às mãos em volta como se fosse fazer uma massagem, eu revirei meus olhos porque nada que ele fizesse me faria ficar menos chateada com ele.


- Vai arder, pode apertar minha mão se quiser - eu não respondi, ele pegou o algodão e molhou com álcool passando em volta do corte e eu já fiz um sinal de protesto - Vou tentar precionar pra ver se ele saí - ele fez o que eu tinha tentado fazer antes dele descer.

- Aí - eu apertei a borda da cadeira, ele fez uma careta. 

- Já volto - ele saiu dali e voltou depois de um minuto com um alicate a uma pomada, David puxou o vidro com o alicate, doeu um pouquinho mas nada tão sério quanto antes, logo em seguida ele passou a pomada que ardeu bastante mas era suportável - Me desculpa por isso.

- Chega, já ótimo.

- Só terminar de limpar e tampar - ele passou mais álcool e colocou o esparadrapo, depois juntou toda a bagunça que fez - Consegue pisar?

- Sim - falei ficando em pé, sentindo um leve desconforto mas nada insuportável.

- Eu sei que você tá chateada.

- Eu tô muito chateada.

- Eu tô me sentindo muito culpado, as coisas que eu falei, a maneira como Sofia ficou assustada, seu pé - ele suspirou - Mas eu posso falar isso sentado? Meu joelho tá doendo - ele riu e sentou - Era importando eu tá lá para mim, e agora eu não tô.

- Mas vão ter outras oportunidades.

- Eu sei, mas é ruim, eu preciso de você e Sofia, que com vocês eu fico "bem", não tem ninguém que eu consiga pensar que me faz querer esquecer que era pra eu tá lá, mas quando eu tô com vocês eu me sinto melhor.

- Você precisa para de descontar a raiva em mim quando você perde algum jogo, eu fico chateada de verdade.

- Você sabe que eu preciso de apoio e de você, mas aí eu te dou uma patada e você fica toda ofendida.

- Toda ofendida? - quando ele disse e tirou todas às oportunidades de me fazer dormir com ele hoje - Você acha que é fácil, de boas, good vibes ouvir tudo que você fala? David, pode não ser o que você quer dizer, mas são coisas que machuca com certeza!

- Todo mundo fala coisa que nos machuca Alicia, você tem 26 anos e até hoje não se acostumou com isso? - ele tinha ficado irritado, só estava mais que eu.

- Não, eu deveria?

- Já passou da hora.

- Ótimo então, dorme sozinho hoje.

- Eu vou ter que dormir no sofá com o joelho assom? - eu virei os olhos e fui o nosso quarto, cheguei nele e peguei uma coberta e meu travesseiro indo para o quarto de hóspedes.





O relógio marcava 11h45min e eu não queria levantar e ter que encarar David e o mundo lá fora e se nos dias passados eu estava indisposta hoje eu nem sei o que estou. Peguei meu celular e vi que David tinha me mandado mensagem, mas eu decidi não ler, eu não queria desculpar David tão fácil porque ele precisava parar com essa mania que ele tem de descontar tudo em mim como se eu tivesse culpa de tudo de ruim que acontecesse com ele, vi a porta se abrindo e Sofia entrou, ela veio para a cama em que eu estava se deitando junto comigo.


- Bom dia - falei quando vi ela se deitando na cama.

- Por que você tá aqui? 

- Porque sim.

- Você não vai tomar café?

- Tô sem fome.

- Mas o papai pediu para te chamar.

- Seu pai não tá deitado?

- Não, ele tá andando engraçado - eu rir do comentário dela - Você ainda estão brigados mamãe?

- Daqui a pouco eu desço, mas não precisam me esperar, vou dormir mais um pouco - ignorei a pergunta dela.

- Tá bom - ela se levantou - Vou falar com ele.



Ouvir a porta batendo atrás de mim e revirei meus olhos já pronta para brigar com Sofia por ter batido a porta.


- Sofia! - eu disse me sentando na cama e dei de cara com David, aí que ótimo. 

- Você vai ficar dentro desse quarto o dia todo? - eu o ignorei e olhei meu celular, ele cruzou os braços e me encarava enquanto eu respondia algumas mensagens - Essa tudo é para eu pedir desculpas? Porque eu já pedi - continuei no celular - Alicia, eu estou tentando, eu juro que estou, você sabe que eu não posso ficar aqui né? Assim, em pé te implorando para me desculpar, porque meu joelho tá muito ruim, não sabe? - eu me levantei e dobrei a coberta arrumando ela sobre a cama, ele ficou só me observando e estava bem irritado, eu não ligava, depois eu fui em direção a porta para sair dali e ele entrou na frente - Alicia, por favor.

- Papai, seu médico chegou - ouvir a voz de Sofia perto da porta.

- Tô indo - ele disse e deu passagem para eu sair.


Eu fui para o quarto, escovei meus dentes, lavei meu rosto e mudei de roupa enquanto David subia com o médico dele para o nosso quarto, ele se sentou na cama.


- Bom dia - falei rindo para o homem alto e negro na minha frente, ele sorriu e estendeu a mão para me cumprimentar, fiz o mesmo.

- Bom dia - eu cruzei meus braço e fiquei ali no canto observando ele examinar o joelho de David, ele estava sentindo muita dor, porque a cara que ele fazia quando o médico tocava era de alguém que estava sofrendo.

- Que isso, vai com calma - ele disse fazendo uma careta.

- Você tá tomando alguma coisa?

- Não

- Passou alguma coisa?

- Eles passaram ontem quando eu sair do jogo.

- Eu vou passar um remédio para dor - ele anotou em um receita - E uma pomada para massagear - ele continuou escrevendo e depois que acabou eu estendi o braço pegando a receita - Quero que você fique de repouso por cinco dias, evitando levantar o máximo que você puder, você vai massagear dessa forma - ele explicou passando a mão no joelho do David - é bom que alguém faça isso para você - ele me encarou e eu dei um sorriso. 

- E depois eu vou poder jogar normal, né?

- Provavelmente não jogador, você forçou muito dessa vez, eu te espero na quinta feira no meu consultório para a gente iniciar um tratamento e fazer alguns exames - ele assentiu não muito feliz - Tenham um bom dia - ele pegou na mão de David e depois na minha - Não força muito em - a gente deu um sorriso. 

- Sofia, leva ele até a porta - David falou e eu o encarei poraue eu estava pronta para descer.

- Vou estar muito bem acompanhado! - nós rimos eu peguei minha bolsa e ia logo saindo do quarto.

- Alicia, espera, agora é sério, conversa comigo... Eu preciso de você - ele disse com a cabeça baixa - Me desculpa e fica comigo, me da um abraço, que seja... Por favor, eu não, é que... - eu amoleci quando vi ele todo perdido, ele estaca se esforçando para concertar o que fez eu que estava muito fechada.

- O que você quer? - eu o encarei com os braços cruzados.

- Que você me desculpe.

- Pronto, desculpado. 

- Então me dá um abraço - eu revirei os olhos - Você quer que eu vá ai? Você ouviu o que o médico falou? - ele disse rindo, sentei na cama e passei a mão por seu rosto e o beijei, quando nos separamos eu o encarei - Acho que agora consigo até correr - ele brincou.

- Eu vou comprar isso aqui, preciso comprar uns remédios para Sofia, ela tá ficando gripada.

- Não, fica aqui, pede para entregar, fica comigo.

- Tá bom - eu me separei dele e fui lá em baixo ligando para farmácia e pedindo para deixar o remédio aqui, tentei comer uma maçã mas meu estômago revirou.

- O que deu? - Lucia me perguntou quando eu desci às escadas.

- Ele disse que dessa vez David forçou muito, repouso absoluto por cinco dias.

- Vish - ela disse segurando o pano de prato na mão. - Fazer David ficar parado é algo que dá nos nervos.

- Ele nem precisa fazer muito esforço pra isso - falei rindo, liguei para a farmácia e pedir os remédios para entregar aqui, subir às escadas e quando cheguei no quarto David estava no celular, me sentei observando ele terminar de falar no celular e acho que é com Regina, assim que ele desligou eu e o encarei esperando ele falar.

- Minha mãe tá vindo para cá, com Gustavo e Dudu.

- O que? Cara, e a parte de repouso absoluto, você não entendeu? - eu disse irritada.

- Você percebeu como você falou? Porque você tá falando dos meus pais.

- Eu amo os dois e os meninos também, o problema não é eles virem, o problema é que você não pode andar, amor, você sabe disso, depois você fica nervoso porque não pode jogar.

- Ok, a gente fica em casa se for fazer você ficar menos chata.

- Menos chata - eu disse rindo e fui em direção a ele o beijando, ele passou a mão por minhacintura retribuindo o beijo - Que horas sua mãe chega?

- Já era para ter chegado, ela saiu do Brasil ontem quando eu liguei falando que ia vim para cá.

- Ah sim, eu busco eles no aeroporto.

- Eu vou com você.

- Vai nada.

- Ok, não vou - ele revirou os olhos - Agora deixa eu ver esse campeão ai - ele disse me deitando na cama e passando a mão na minha barriga.

- Socorro, faz cócegas - falei rindo.

- Faz cócegas - ele disse com a voz fina me imitando e nós rimos - E aí como foi ficar sem mim esses dias? - ele disse fazendo carinho na minha barriga - Sentiu saudades do papai? Sentiu né, claro - ele deu uns beijinhos na minha barriga - Tô doido para você sair daí pra gente jogar muita bola - ele deitou com a cabeça na minha barriga fazendo carinho nela.

- Não vai nada - falei o repreendendo, ouvir um barulho de alguma coisa quebrando e imaginei que Sofia tivesse quebrado alguma coisa, logo em seguida ouvir um grito de Sofia - é a Sofia? - David se afastou de mim - Vou ver o que aconteceu.


- O que foi? - falei indo em direção ao balcão onde Sofia estava sentada, ela não tava chorando mas estava tremendo e vermelha e sua respiração acelerada - Filha, o que foi? Cadê a Lucia? - eu perguntei na sua mão e ela tava gelada - Por que você tá gelada assim? - olhei para o lado e vi David na cozinha com o celular na mão. 

- Ela tá bem? - David se aproximou de Sofia e deu um beijo em sua testa.

- O que tá acontecendo? Por que você tá aqui? Com quem ela tá falando? - dois homens vestidos de preto entraram ali também, eles estavam com Lucia. 

- Não conseguimos achar ele - ele falou em português. 

- Continua procurando - eles saíram dali.

- O que tá acontecendo? 

- Ele te fez alguma coisa? - David perguntou para a Sofia, ela negou - Tá machucada? - ela também não falou nada. 

- Ele só queria brincar comigo papai, disse que queria ser meu amigo - ela respondeu David - seu amigo que chegou brigando com ele.

- Onde ele tava? 

- No meu quarto. 

- Você chamou ele pra entrar? 

- Então ele não é seu amigo, ele puxou seu braço, você ficou assustada, isso são coisas que um amigo faz? 

- Não. 

- Vai com sua vó tomar um banho, sua mãe sobe para falar contigo - Sofia foi até Lucia - Não sai de perto dela - Lucia assentiu e assim que Sofia saiu com ela eu me apoiei no balcão e respirei com força - Eu preciso que você se acalme pra gente conversar - ele pegou um copo de água e me entregou, eu estava tremendo e bem tonta - Alicia? - David puxou uma cadeira e eu me sentei - Fica calma - eu respirei bem fundo e procurei não sei de onde tirar força pra ficar calma.

- Ele entrou aqui? - David assentiu. 

- Ninguém sabe como ele entrou, ele estava no quarto de Sofia, quando Lucia chegou no quarto e viu ele, ela deixou um quadro no quarto de Sofia cair, os seguranças ouviram e subiram, ele puxou Sofia para que não fizessem nada com ele.

- Amor, ele entrou aqui - eu respirei fundo - Como que? 

- A gente vai ter que sair daqui por alguns dias, já pedir pra trocarem todas às fechaduras, mas é arriscado demais, a gente não sabe o que ele quer.

- Eu não tô me sentindo bem - falei me encostando na cadeira, David pegou mais um copo de água e eu bebi todo o líquido de novo, eu não sabia o que pensar, ele pegou na minha mão e começou a massagear ela porque ele sabia que aquilo me acalmava, ficamos um tempinho em silêncio e ele beijou minha mão - Vamos arrumar às coisas pra gente levar.


Arrumei uma mala com tudo que eu precisava enquanto Sofia dormia na minha cama com David, ela ficou um pouco assustada quando assimilou tudo que aconteceu, mas David conseguiu acalmar ela já que eu não tinha estrutura nenhuma pra isso.


Pedi um táxi para Lucia e liberamos ela até o dia que a gente fosse voltar, não era justo colocar ela no meio dessa confusão toda, a gente ia voltar na segunda mesmo, era o que a gente tava esperando. 


Meu celular tocou e vi que era Dudu, só então lembrei que eles iam vim pra cá. 


- Alô.

- Que voz é essa? Tá chorando?

- Tava dormido.

- Nós chegamos

- Chego aí em dez minutos

- Ok - desliguei. 



- Eles chegaram? - dei um pulo quando David falou atrás de mim, eu me virei pra ele.

- Sim

- Vamos em dois carros, porque Sofia teria que ir no colo e fica desconfortável.

- Tudo bem, você precisa descansar David, sério, não era pra você tá em pé agora. 

- Eu tô bem - ele me abraçou - Eu prometo que Eduardo nunca vai fazer nada com vocês, eu não vou deixar.

- Eu sei.

- Vou buscar meus pais com você.

- Você não devia dirigir, nem tá em pé aqui agora, eu busco eles.

- Eu descanso quando a gente chegar em Nice.

- Vamos pra Nice? 

- Sim - ele me deu um beijo na testa - Deixa que eu conto para a minha mãe e o pessoal, ok?

- Sim - eu me afastei - Vou buscar eles e já volto.


Deixei minha mala e de Sofia na sala e depois subir para pegar a de David, ele já tava forçando muito o joelho e não queria isso, além disso pelo elevador era rapidinho.


Quando terminei vi que tiham dois homens na sala e eu imaginei que fosse os segurança que David tinha contratado, falei oi e fui para o aeroporto pegar o pessoal.


- Desculpa a demora - falei abraçando minha sogra.

- Imagina! Estávamos aqui comendo - falou rindo.

- Tô morrendo de sono - Dudu falou enquanto me abraçava.

- Conta uma novidade - Regina resmungou algo concordando com o que eu falei - Ei gu! - falei abraçando ele.

- Lança a braba Liz - eles pegaram as malas e fomos em direção ao carro.


Deu para distrair muito até em casa, eu só não sabia como reagir quando David contasse sobre Eduardo, eu precisava comer, porque eu não comi nada o dia todo hoje e daqui para onde vamos são mais ou menos duas horas. Cheguei em casa e David estava com o pé na mesinha de centro e Sofia agora estava deitada em sua perna sendo coberta pela sua blusa de frio, a cabeça de David estava jogada para trás e ele fazia um cafuné na cabeça de Sofia.


Agora tinham mais cinco homens aqui em casa e todo mundo estranhou e de cara perceberem que tinha algo acontecendo.


- Vamos? - ele disse se levantando com cuidado para não acordar Sofia.

- Vou só comer alguma coisa - falei indo para a cozinha - Você sabe se a Sofia comeu? 

- Ela almoçou - eu peguei um pedaço de bolo e voltei para a sala.

- Alguém quer bolo? 

- Para onde nós vamos? - Regina perguntou olhando ao redor - O que tá acontecendo?

- Eu te explico no carro - David falou se levantando, ele fez uma cara de dor. 

- E esse joelho? Era pra você tá de repouso, por que estamos saindo daqui? 

- Tá tudo bem, mãe - ele disse dando um beijo em seu rosto e depois tocou na mão dos meninos - Pega Sofia aí, Gustavo - ele disse passando por mim. 

- Amor, não é uma boa você dirigir, você não tá bem

- Dirigir pra onde?

- Gustavo você pode ir dirigindo? 

- Não sei pra onde mas posso - ele pegou Sofia e ela acabou acordando, nós fomos para a garagem, David ficou para resolver sei lá o que com os homens que estavam ali.

- O que tá acontecendo, Alicia?

- É que Eduardo voltou - falei e ela fez uma cara bem assustada - Calma, desculpa eu não sei como falar.

- Ele não estava preso?

- Ele foi solto - abrir a porta do carro - Vem filha - ela colocou o cinto e logo em seguida Regina entrou.

- Tem quanto tempo que ele tá solto? - ela perguntou enquanto eu ajustava no banco.

- Desde antes do meu casamento - falei abrindo o carro - Ele me mandou uma carta, falando que tinha voltado - David entrou no carro, ele contou tudo para eles e demorou tanto que já estávamos na metade do caminho. Eles ficaram espantados e entederam que o motivo da gente ter saído da casa de Paris era para eles trocarem todas às chaves, e ver se não tinha nada de estranho na casa.


Eram duas horas de Paris para Nice, a casa onde a gente ia ficar era nais mais afastada do centro da cidade, tinha o sossêgo que a gente precisava. Chegamos na casa que íamos ficar e o dono, amigo do David nos entregou a chave, coloquei o carro na garagem e entrei na casa, eram quatro e meia agora.


Não era uma casa tão grande, tinha a garagem, sala, copa, cozinha, e quatro quartos, todos ele com banheiro e um espaço enorme na parte de trás da casa, a casa era boa porém estava com um pouco de poeira o que me preocupou foi Sofia que já não estava no seu melhor momento. 


- Por que aqui tem comida? - falei abrindo a geladeira e pegando uma maçã.

- Eu pedi para comprar, você comeu o que hoje? - ele perguntou me abraçando.

- O bolo - falei rindo - Tô sem fome.

- Vou falar para minha mãe - eu tampei sua boca quando ele ameaçou a gritar - Vou preparar alguma coisa para você comer.

- David, você trate de deitar naquele sofá e colocar um gelo nessa perna, você tá abudando.

- Tá pior que médica. 

- Você não viu nem metade.

- Prende meu cabelo aqui, mamãe - eu tirei a boxinha que estava no meu cabelo e prendi o dela.

- Quer comer alguma coisa? - ela negou.

- Por que vocês não trouxeram a Lucia? - Regina perguntou entrando na cozinha.

- Não é certo colocar ela nesse rolo todo.

- E eu vou ficar aqui sozinha? Liga para ela aí!

- E quem vai buscar ela?

- Eu vou encontrar com Raiane em Paris hoje.

- Mas não vai trazer ela pra cá porque eu não quero ficar sobrando - Gustavo falou e nós rimos.

- Eu posso trazer a Lucia, uai.

- E se ela quiser vim? 

- Ela vai, eu convenço ela - Regina disse rindo.

- Então combinado - Dudu falou - Vou tomar um banho né, ficar cheiroso para minha namorada - a gente riu.


Meu celular tocar e vi que era Edward, eu simplesmente esqueci que eu trabalhava hoje, a empresa faria um bingo para arrecadar dinheiro para algumas instituições de Paria e eu simplesmente esqueci, como eu sou burra.


- Meu Deus! - falei levando a mão na boca.

- O que foi?

- Amor eu esqueci do bingo! - eu encarei o telefone na minha frente - David como eu esqueci do bingo?! Eu vou ser demitida!

- Calma - ele disse e eu atendi.

- Edward? Me perdoa! Eu simplesmente esqueci, aconteceu um monte de coisa - eu comecei a falar igual uma louca até ser cortada.

- Se você não chegar aqui em meia hora você estará demitida.

- Lizandra?

- Eu sabia que você não ia me atender, então liguei do celular do seu amiguinho.

- Me desculpa, aconteceu um imprevisto, eu não consigo chegar aí.

- Onde você estar, Alicia?

- Em Nice.

- O QUE? CADÊ O SEU PROFISSIONALISMO?

- É que - ela me cortou.

- Você tem meia hora para tá aqui.

- Eu estou sem carro.

- Manda seu maridinho manda um helicóptero para te buscar, você tem tanto dinheiro para quê?

- Lizandra, não é assim, desculpa, mas sério, não consigo ir...

- Desliga logo Alicia - David disse impaciente - Você não precisa disso - eu fiz um gesto com a mão para ele parar.

- O que ele tá falando aí? Olha, não me importa, se você não chegar em meia hora você já sabe - ela desligou.


- E daí você não precisa trabalhar lá.

- Claro que eu preciso!

- Não precisa - eu fiquei extremamente irritada com o egocentrismo dele.

- David, olha, quando a gente não tem nada de útil para falar, a gente não fala nada.

- Ótimo Alicia, por essa questão eu ainda estou falando, porque estou falando algo útil.

- Útil pra quem? Por que não tá melhorando a vida de ninguém. 

- E você falar que precisa de dinheiro com a quantidade de dinheiro que você tem é útil? 

- Parabéns, você é um idiota - eu me virei de costas pra ele e sair dali, ele me chamou mas eu escolhi fingir que sou surda.


Fui pra dentro do quarto e a primeira coisa que fiz foi vomitar o bolo que eu tinha conseguido comer, eu tava tentando achar uma oportunidade para contar para David que eu ando passando mal, mas ele ia brigar tanto comigo por eu não ter falado com ele antes e tudo que eu menos quero é falar com ele agora. Escovei meus dentes e voltei para o quarto, até que alguém bateu na porta.


- Entra - falei isso porque sei que David não bateria na porta, era Regina 

- Dia difícil? - ela perguntou.

- Sim - eu suspirei - Foi o David que te mandou aqui? 

- Foi - ela riu - Ele disse que você tava nervosa e que tava com medo de você ir para Paris, quer conversar?

- Eu não sou uma boa companhia agora.

- Eu não vim atrás de companhia - ela disse e se sentou do meu lado - O que aconteceu antes deu chegar lá fora?

- Eu tinha um evento hoje na emissora, era muito importante, e simplesmente esqueci.

- Meu Deus! 

- Sim, com isso do Eduardo, David voltando para casa de última hora, vim para cá, o evento foi algo que eu lembrei só quando cheguei aqui. Na verdade, quando me ligaram, agora eu posso ser demitida porque nem se eu quisesse ia ter como chegar lá e David acha isso normal, fala que eu não preciso do emprego, eu não quero conseguir às coisas nas costas dele, eu tenho duas pernas, e dois braços como ele, eu posso ir atrás também.

- Ele não entende isso?

- Por ele eu ficava em casa trabalhando de profissão mulher do David Luiz, que cuida da casa e da família.

- Alicia, ele quer isso, mas ele sabe que não vai ter isso, desde quando ele se casou com você. Se você ceder às coisas assim que é o que você não faz, ele vai ver que você não é você, ele fala agora mas no fundo ele sabe que você não vai ser a mulher do David Luiz que cuida da casa e da família.

- Eu não tô sabendo lidar com esses hormônios da gravidez, lá fora eu queria matar o David e agora eu quero chorar porque eu o amo muito Regina - falei rindo e com os olhos cheios de lágrimas - A maneira como ele falou foi como se meu emprego não fosse importante, mas meu emprego é importante pra mim, da mesma forma que o dele é importante pra ele. É tanta coisa acontecendo, parece às vezes que eu vou acabar explodindo porque às pessoas não conseguem entender o quanto eu tô sensível, e nem é porque eu quero ficar assim, mas parece que eles estão tão acostumados com eu levando tudo na brincadeira, não ligando pra nada, que agora que eu ligo pra tudo eles não percebem. Eu sei que o David não falou por mal, mas ele precisa pensar um pouco.

- Conversa com ele, ele é apaixonado por você Alicia, às vezes eu acho que ele gosta mais de você do que de mim - ela riu - Se ele tá fazendo algo que chateia ele vai fazer de tudo pra mudar.

- Obrigada - eu lhe dei um abraço, quando abracei sentir como se tivesse abraçado minha mãe, aproveitei muito pois tava precisando, necessitando daquilo.

Tomei meu banho e coloquei uma calça, blusa de frio, meia e chinelo nos pés, depois eu voltei para a sala que não tinha ninguém, sentei lá e mexi no meu celular. Tinham várias mensagens de várias pessoas, mas só respondi Belle e Larissa explicando para elas o que aconteceu, depois eu vi Sofia que se jogou do meu lado no sofá colocando a cabeça nas minhas pernas, eram quase oito horas dá noite e ela já tinha tomado banho, comecei a passar a mão no seu cabelo.

- Mamãe, eu vou poder ir no passeio da escola segunda?

- Você tem que pedir seu pai, se ela deixa por mim tudo bem.

- Pede ele para mim, mamãe - ela disse e puxou uma tosse seca.

- Eu não - falei apertando sua bochecha - Você trouxe sua bombinha?

- Não - ela disse se levantando - Esqueci no meu quarto.

- Tem uma na minha bolsa, eu já te expliquei que não pode sair sem ela.

- Eu esqueci - ela se levantou - Mas eu tô bem, não to sem ar, vou pedir o papai - eu rir e voltei para o meu celular, fiquei vendo fotos do bingo da emissora, tinha ficado tão lindo. Sofia voltou para sala dessa vez com uma cara de choro, David provavelmente falou não para o passeio.

- Que passeio que é esse?

- É naquele igreja super antiga que tem.

- É você vai?

- Eu trabalho, é um passeio da escola, não inclue os pais.

- É melhor não, Sofia - ele disse e ela ficou emburrada - Nós podemos te levar lá quando você quiser, é tipo um museu, não tem graça - falou tentando descontrair.

- Papai, eu queria ir.

- Mas você não vai - respondeu sério, eu encarei David porquê ele podia ter sido um pouquinho mais doce. 

- Para mim tem graça.

- Você quer ficar de castigo? Porque se você quiser a gente pode arrumar um espaço para te deixar, pensar um pouquinho.

- Eu só estou falando que eu queria ir, para mim é legal.

- Sofia, se você continuar respondendo você não vai lugar nenhum.

- Isso é responder? E agora o que importa? Eu já não ia mesmo.

- Sofia - eu a repreendi, eu não estava entendendo esse comportamento agressivo dela - Onde já se viu responder seu pai assim? Agora quem não deixa mais sou eu, seu castigo por responder.

- E se responder mais uma vez a pimenta vai parar na sua boca - David falou e foi para a cozinha - Você tem 5 anos, não 18 para fazer e falar o que você quer.

- Desculpa papai - ela falou quando se de md imediato, David ignorou o que Sofia disse e foi para a cozinha, eu joguei minha cabeça no sofá já imaginando o drama que estava por vim - Agora que eu vou ganhar um irmão até pimenta vocês querem passar na minha boca - ela disse com uma voz de choro e aquele choro sentido dela, como se a gente tivesse fazendo isso só porque tem um bebê vindo. 

- Senta aqui - eu disse com a voz calma chamando ela para se sentar no sofá na minha frente - É certo responder? - ele negou - Questionar quando a gente fala algo? - ela negou - E por que é errado? 

- Porque vocês sabem o que é melhor pra mim.

- E por que você fez isso?

- Não sei - ela disse passando a mão no rosto limpando às lágrimas. 

- Pronto, onde o outro bebê entra nisso filha? - ela passou a mão no rosto de novo limpando eles.

- Desculpa.

- Não é pra mim que você tem que pedir - eu disse e ela veio para o meu colo.

- O papai nem me respondeu - ela fungou. 

- Mas ele vai te desculpar, para de chorar - falei tirando seus fios de cabelo da testa.

- E se ele não desculpar? - ele deu um soluço, eu agora queria socar David porquê ele sabe como Sofia é e ainda fazia coisas assim.

- Ele vai - a Sofia chorou até dormir, coloquei ela na minha cama e depois voltei para sala. Quando me sentei de volta no sofá, mandei uma mensagem pra minha médica falando algumas que eu estava sentindo, falei que hoje não conseguir comer direito e ela como sempre muito útil, me respondeu na hora.

Não é uma coisa anormal no início da gravidez, como você disse que não tem nenhum corrimento, nem sangramento e disse que é igual a do início, pode ser por conta do dia difícil que você teve. Tenta descansar agora, e ficar calma, todas suas emoções refletem no bebê, não se esqueça disso. Descanse! Qualquer coisa anormal corre para um hospital, e qualquer coisa só mandar mensagem que eu estou aqui.

Erika, 20:31 PM

Eu agradeci e bloquiei o celular novamente, David veio e se sentou do meu lado no sofá.

- Você fez a Sofia dormir soluçando e ela nem fez nada de anormal pra você ignorar o pedido de desculpa dela.

- Eu vou falar com ela depois. 

- Que bom, Dudu vai demorar? 

- Por que?

- Preciso da bombinha da Sofia que tá no carro e um remédio. 

- Remédio de que?

- Cólica.

- Você tá com dor e não me falou nada?

- Tá tudo bem, calma - falei rindo - Já falei com Érika, e é normal. 

- Você quer ir no médico?

- Não, olha aqui - eu mostrei a conversa com Érika e ele pareceu se acalmar um pouco.

- Eles já devem tá chegando - ele bloqueou meu celular e se levantou, me sentei entre suas pernas encostando minha cabeça no seu peito - Você não vai perder seu emprego - ele deu um beijo no topo da minha cabeça. 

- Será? 

- Tenho certeza - eu dei um sorriso - Desculpa por ser tão egoísta às vezes. 

- Tudo bem, eu sei que você não faz por mal - ele deu um sorriso. Os meninos iam trazer alguma coisa para a gente jantar e jogos, Regina foi tomar banho e Sofia acordou veio pra sala. 

- Meu nariz tá ruim - ela disse com a voz um pouco fanha.

- Deita aqui com a gente, seu tio vai chegar com um remédio - David falou e abrir meus braços a chamando, ela se deitou com a cabeça na minha barriga olhando para a televisão, quando o filme acabou, foi quando os meninos acabaram de chegar com Lucia.

Fui até o carro enquanto às pessoas conversavam lá dentro, David veio atrás de mim, fiquei extremamente tonta quando cheguei na porta dele, além de sentir uma ponta no pé da barriga. 

- Aí! - falei a pertei minha barriga com força, comecei a sentir uma cólica extremamente forte.

- O que foi? - David perguntou segurando meu braço.

- Minha barriga - olhei pra baixo e vi uma mancha de sangue - Ah não! - eu comecei a chorar ficando extremamente desesperada, David começou a gritar chamando ajuda e eu não conseguir presta atenção em nada, muito menos prestar atenção em tudo que aconteceu, quando eu me dei conta eu já estava apagada.



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