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História But it's as they say, hatred leads to love - Recomeço...


Escrita por: MinMidnight

Notas do Autor


Como sempre; Quem é vivo sempre aparece negada!

Se preparem para logo logo se despedirem da fanfic meus nenéns :(

Boa leitura, espero que gostem!

Capítulo 37 - Recomeço...


Tord não sabia dizer onde estava, com os olhos ainda fechados, sentiu seu corpo acordar lentamente de um tipo de sono longo. A maciez dos lençóis e um leve desconforto do que ele julgava ser uma cama o fez se manter alarmado. Imediatamente ele levantou seu corpo, arregalando os olhos e se arrependendo logo após devido a claridade intensa do local; não havia muitas coisas nele e as paredes completamente brancas denunciaram que estava em um hospital, essa informação o assustou.

Havia uma janela fechada em uma única parede do cômodo e ela foi a responsável por informar a Tord o horário do dia, que a julgar pelo sol nascendo por entre os prédios e casas da cidade, ainda estava amanhecendo.

Respirou fundo, tentando se lembrar do que havia acontecido antes de acordar naquele local, mas nada lhe vinha em mente além da imagem de Nicolau o puxando pra longe de Tom.

Arregalou os olhos; onde estava Tom? Onde estava Nicolau? Onde estava todo mundo? Haviam ganhado? Haviam perdido? Por que estava em um hospital? Era tudo um sonho?

ㅡ Não sei anjo, ela não me avisou de nada e...Tord! ㅡ A voz conhecida parou de falar no momento que percebeu o norueguês acordado.ㅡ Está tudo bem? É melhor se deitar, vamos...

ㅡ Edd... Matt... ㅡ Tord os cumprimentou com um mínimo sorriso no rosto e se pôs a observar os amigos. Edd estava com uma roupa diferente do costume, tinha uma gaze em seu braço direito e em sua testa tinha um curativo, entretanto Matt tinha o braço engessado e vários curativos espalhados por todo o pouco pedaço de pele que Tord conseguia identificar.ㅡ Eu estou bem, mas... E vocês? E o resto do pessoal?

ㅡ Todos estão recebendo a devida atenção dos médicos e enfermeiros, não se preocupe.ㅡ O ruivo respondeu com um sorriso pequeno moldado no rosto, oferecendo a si mesmo um lugar para sentar sobre a maca que se encontrava o ômega.

ㅡ Sinto saudades do meu antigo amigo ruivo idiota.ㅡ Os três amigos riram com o comentário de Tord.ㅡ E olha agora, se tornou um alfa responsável e até um pouquinho inteligente.

ㅡ Minha parte vampiro é uma piada pra vocês, não é?

Logo um silêncio prevaleceu na sala. Não sabiam como continuar com o assunto e realmente não tinha como, somente lembranças e sorrisos nostálgicos prevaleciam além do barulho fraco das máquinas.

ㅡ Então... Alguém me explica o que aconteceu depois que eu apaguei?

ㅡ Eu não sei explicar direito o que aconteceu, nós só... meio que ganhamos? ㅡ Explicou o moreno, coçando a nuca enquanto evidenciava sua confusão com os recentes acontecimentos, Nicolau havia sido derrotado por Tom, isso era uma vitória, certo? ㅡ Tom conseguiu apagar de vez aquele cara, e então ele apagou também...

ㅡ Talvez tenha sido por cansaço? Ele se forçou muito... O que importa é que todos estamos bem e o pai da Nicole está preso agora.ㅡ Matt acrescentou.

ㅡ Preso? Vocês por acaso não...

ㅡ Entregamos ele para a polícia de Londres? ㅡ Edd completou a frase, vendo a expressão de Tord que era uma mistura entre medo, desconfiança e indignação. O moreno riu, movendo as mãos desesperadamente sobre o peito em negação.ㅡ Definitivamente não! O prendemos em uma das prisões de segurança máxima do Exército Azul. Aparentemente eles tinham uma aliança mas parece que o Nicolau ferrou com tudo.

Tord concordou, podendo finalmente deixar o ar entrar em seus pulmões sem nenhuma preocupação em sua cabeça. Tudo havia acabado. Finalmente.

ㅡ Então, finalmente depois de todo esse sufoco, acabou...ㅡ O norueguês sorriu pequeno, retribuindo os olhares felizes dos dois amigos que bagunçaram seus cabelos enquanto riam do sorridente Larsson.ㅡ Será que eu posso sair daqui? Sei lá, dar uma olhada no pessoal...

ㅡ Vou chamar um enfermeiro.ㅡ Edd falou depressa e contente, saindo quase que imediatamente do pequeno quarto em sua procura.

Matt riu envergonhado pelo jeito levemente infantil do namorado, respirando devagar e olhando para Tord com um sorriso. Tord sabia o que aquele olhar queria dizer.

Carinho e orgulho.

Por mais que todos os quatros fossem unidos como carne e unha, tanto quanto Tom e Edd tinham sua magia particular, Tord e Matt compartilhavam de uma grande afinidade, eram como irmãos, de fato. Seus olhos azulados pareciam brilhar, como se tivessem toda uma galáxia dentro deles e isso deixou o mais baixo um tanto quanto constrangido. Matt era extremamente bonito.

ㅡ Como vai ser daqui pra frente? ㅡ A pergunta poderia carregar um pouco de aflito ou medo, mas o tom em que foi mencionada parecia ser repleto de sonhos, esperanças e muita ansiedade. De fato, o ruivo queria muito saber o que aconteceria agora; o último ano havia sido completamente voltado para Tord e seus enormes problemas maus resolvidos, mas e agora? O que fariam? ㅡ Não somos mais os mesmos...

ㅡ Correção, não somos mais os jovens adultos problemáticos e inconsequentes.ㅡ Riram juntos, novamente trazendo uma aura de nostalgia a tona. Ah, o passado... ㅡ Acho que essa fase nossa acabou... A-Acho que devemos construir o nosso novo arco agora, não é? Recomeçar...

ㅡ Recomeçar como pessoas normais... Ou meio normais...

ㅡ Sinceramente? Eu tenho medo.ㅡ Larsson admitiu, decidindo finalmente desabafar para o melhor amigo.ㅡ Tipo, se eu olhasse para quem eu era a alguns anos atrás eu veria um soldado completamente obcecado pela vitória e repleto de medos e mentiras. Nos últimos meses... Céus, tanta coisa aconteceu! Eu finalmente entrei em paz com vocês, tive meus sentimentos retribuídos, sofri e chorei para um caralho, perdi quem eu amava, resgatei quem eu amava, me livrei não só de uma, mas de várias pedras no sapato que me incomodavam a muitos anos e agora...!

Tord parou de falar, os olhos arregalados olhando fixamente para seus pés esticados sobre a maca e as mãos segurando fortemente o pano acima de onde se encontrava seu peito. Sentiu seus olhos arderem e uma única lágrimas solitária desceu por suas bochechas levemente magras.

ㅡ Eu estou em paz comigo mesmo...

ㅡ Acredite, todos estamos. Estou feliz que todos estejamos bem agora...

                       ×××

ㅡ Tenha um bom dia, Sr. Ridgewell.ㅡ A enfermeira anunciou logo após fazer todo processo de checagem do alfa, se despedindo e saindo da sala, deixando-o sozinho.

Tom olhou para a porta, agora fechada, e suspirou, pondo-se a novamente olhar a janela de cortinas brancas se moverem lentamente por conta da pouca brisa que havia naquele horário pela manhã. Tentou se levantar porém desistiu ao sentir uma dor irritante lhe atingir na coluna; por mais que tenha bebido daquele líquido estranho que Tord o ofereceu anteriormente e tenha recebido os cuidados necessários do hospital, ainda sim sentia uma dor ou ardência em certos lugares de seu corpo.

Nicolau havia feito um grande estrago em si, ele percebeu isso quando em algum momento acordou já em sua forma normal em cima daquela maca, sendo abraçado por um Edd choroso e sido atendido imediatamente por um médico que nunca sequer viu na vida. Metade de seu corpo estava enfaixado devido os cortes e mordidas profundas; mais uma compilação de cicatrizes que de certa forma, vão virar mais uma história a ser contada pelo quarteto de amigos.

Entretanto, se sentia em um completo torpor. Era a primeira vez que ele podia admirar a visão da bela cidade de Londres ao amanhecer sem ter que se preocupar em morrer ou matar algo. Gostava da sensação boa que era sentir seu coração batendo calmamente.

Estava feliz por simplesmente estar vivo.

Perdido em meio a uma variedade extensa de pensamentos, nem ao menos ouviu um ranger baixo da porta por ter sido aberta. Tord entrou cautelosamente, sentindo-se apreensivo e encantado pela beleza do alfa ao se encontrar distraído. Os raios solares que surgiam pelos prédios da cidade beijavam sua pele repleta de melanina, deixando-o ainda mais belo ao olhos do ômega.

Tom logo notou a presença do menor ao sentir a fragrância pela qual era tão fascinado invadir o quarto. Virou-se para ele, sentindo uma vontade gigantesca de prende-lo a si em um abraço apertado e caloroso. Saudade e alívio. Essas duas palavras pareciam andar de mãos dadas pelo coração inquieto do alfa.

Tord sorriu pequeno, pondo a mão sobre o vão do pescoço e ombro, exatamente sobre a marca cicatrizada e entrou completamente no quarto do hospital, fechando lentamente a porta atrás de si. Não se sentia tímido, entretanto se sentia estranhamente acanhado, talvez fosse seu lado ômega o fazendo agir como tal. Os olhos negros e a expressão de Tom não demonstravam de fato algo, o menor sequer conseguia decifra-lo, isso o deixava temeroso sobre o que de fato aconteceria a partir de agora.

ㅡ É... A primeira vez que nos vemos depois de tudo, estando sãos, não é? ㅡ Arriscou fazer uma pergunta retórica, recebendo somente um balançar de cabeça em afirmação. Se sentiu agoniado. Queria ouvir sua voz, queria tocá-lo, queria saber que o mesmo também o queria tanto quanto ele.ㅡ Posso... Me aproximar?

Novamente, uma afirmação. Em uma lentidão e calmaria tão torturante que o coração de Larsson quase saia pela boca devido a ansiedade evidente. Em passos lentos se aproximou conforme lhe foi autorizado, sentando-se delicadamente na maca próximo as pernas cobertas do alfa. Gelou. Não sabia o que poderia dizer; não havia entrado ali esperando aquela reação, afinal.

ㅡ Então... E-Eu...

ㅡ Como estão todos? ㅡ A voz grave interrompeu o ômega. Tord o olhou, percebendo que os olhos negros achavam o fino tecido que o cobria mais interessante que terem contato visual.

ㅡ Bom... ㅡ O menor não soube o que fazer para contornar a situação, queria falar sobre o tão famoso "nós", e não sobre outras pessoas. ㅡ Está tudo bem com todos, Klara vai permanecer por mais alguns dias aqui por conta do ferimento na perna, Agatha não teve nada grave, Luke e Igor estão cuidando lá de casa. Paul e Patryk estão dando conta de algumas coisa na base e com o exército vizinho. Pelo o que eu soube sobre Nicole e Ume, elas estão passando o cio juntas e... Uh... Acho que só isso.

ㅡ Ok.

Ok. Era só isso. O ômega suspirou fundo, apertando suas mãos pequenas uma na outra em um claro sinal de nervosismo. Iria explodir, como iria. O alfa agora o encarava com tanta seriedade, sentia como se ele pudesse olhar através de seus olhos e cada movimento seu, arriscava dizer que ele conseguia enxergar através de sua alma com aqueles misteriosos olhos negros.

Aquele silêncio era até mesmo pior do que que algumas paranóias que o menor havia criado, vejam bem, Tord havia passado metade de sua vida aprendendo e escutando que o silêncio era um dos motivos para se manter alerta diante de qualquer situação! E que o barulho por vezes pode até mesmo acalmar um coração angustiado, então receber o silêncio de Tom estava deixando-o à beira de um grande ataque de pânico. Havia ensaiado e imaginado aquela cena diversas e diversas vezes quando ainda não havia entrado no quarto; talvez Tom o xingaria ou o abraçaria, ou diria palavras reconfortantes. Mas não. Quando entrou, recebeu apenas um grande silêncio torturante que machucava seu pobre coração fracoa aos poucos. Malditos seja seus traços ômegas.

Ah, iria surtar.

ㅡ Caralho fala alguma coisa ou eu vou me sucumbir em ansiedade!

ㅡ Alguma coisa.

Tord o olhou incrédulo se sentindo, pela primeira vez em tempos, com um enorme ódio no peito ao ver Tom finalmente sorrir daquele jeito brincalhão e desafiador.

ㅡ Você é muito cuzão, sabia?

ㅡ Talvez seja por isso que você me ama.

As palavras proferidas lhe fizeram perder toda a atuação de sua raiva. Na verdade, o fez sorrir, mesmo que tentasse esconder com sua mão ou olhando para os lados. Se xingou internamente ao pensar que o Thomas Ridgewell que conhecia havia mudado, céus! Estava tudo bem entre eles, todos eles! A ideia de um recomeço diferente e positivo animava o ômega. Finalmente poderiam recomeçar sem medo algum para os impedir...

ㅡ É, você tá certo. É exatamente por isso que eu te amo, seu idiota.

Estavam, finalmente, prontos para recuperarem todo o tempo perdido.


Notas Finais


Até o próximo capítulo! 💕


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