História By The Phone - Capítulo Único

- Então você ganhou, Hannie?
- Foi. Mas acabei me molhando no final... - respondeu Lu Han, um pouco envergonhado. Ele corou ainda mais ao ouvir seu namorado gargalhando do outro lado da linha. - Se Hunnie, que horas são aí em Londres?
- Dez da noite. Todo mundo já está dormindo, mas eu falei para o Su Ho-sshi que ia ligar para você e ele deixou.
- Você não estrá cansado? Vocês não tiveram uma apresentação hoje?
- Eu tô cansado, mas menos que os outros. Tirando eu e o líder-hyung, os outros transaram hoje de manhã, mas ele também ficou cuidando de todos os preparativos, então ele era o mais exausto. Tanto que pegou no sono logo depois que eu disse que não ia dormir agora. - o mais novo estranhou o silêncio do outro lado, e o chamou.
- Ah, Se Hunnie, é que você falou agora dos outros, e eu lembrei... Já faz um bom tempo que a gente não transa.
- Eu sei. - respondeu o outro, um pouco triste. Não por isso, mas pelo fato de não ver o mais velho com a frequência desejada. Não poder dormir junto todo dia, ou roubar selinhos na van enquanto iam para algum evento, como faziam os casais das duas metades do grupo. Sem falar quando vinha aquela vontade do corpo alheio. O calor do chinês, o modo como ele se enroscava em seu peito após o sexo, ou os beijos que deixava em seu tórax na manhã seguinte. Era quase sufocante. E ele queria extravasar aquilo, mesmo que em parte. Até perceber que poderia. - Hyung, eu estou sem cueca. - sabia que dizer algo tão ousado tão de repente causaria uma reação no outro.
- E-e-e por que me disse isso? - Se Hun riu. Mesmo sendo mais novo, tinha uma malícia que faltava no namorado, tanto que realmente duvidava que tivesse se tornado namorados se não tivesse tomado a iniciativa.
- Eu queria tentar fazer sexo com você. Pelo telefone.
- Mas... Se Hunnie...
- Hyung, eu estou duro.
- Se Hun! - disse o mais velho, tentando não demonstrar pela voz que já sentia algo só por imaginar o membro do outro.
- Hyung, não fazemos sexo há muito tempo, e eu não ando me masturbando há algum...
- Você também não se toca?
- Lu Han, você não bate punheta há mais de um mês? - o silêncio o fez sorrir. - Eu não faço isso só há duas semanas! Na nossa idade, é quase... você sonha comigo?
Lu Hannie, você sonha que me come?
- E-eu não diria que te como. Você sempre ficou por cima. - Lu Han respondeu, as bochechas vermelhas e um volume considerável entre suas pernas.
- Mas é você que me penetra. É você que goza dentro de mim gemendo e com o rosto vermelho. E é você que me faz gozar, hyung. Mas isso não importa. Eu quero fazer sexo com você por aqui.
- Mas, e se alguém acordar e ouvir? Eu vou ficar com muita vergonha se... Se Hun? - Ele parou de falar ao ouvir o som. Um som estalado, característico. O som do prepúcio cobrindo e descobrindo rápida e continuamente a glande. Se Hun estava se masturbando, e saber daquilo fez a pulsação de Lu Han aumentar. Muito.
- Eu sei que você gosta de ouvir esse barulho.
- Não... faça... isso... de novo.
- Lu Hannie, eu... eu vou gozar. - gemeu Se Hun, nem um pouco perto do orgasmo. Ele sorriu ao ouvir o barulho abafado da calça do outro ser abaixada.
- Você é... Ah, isso é tão bom. Eu tinha esque... - Parou de falar, gemendo ao telefone. Cada vez mais alto, deixava-se levar pelas ondas de prazer que atingiam seu corpo, enquanto o mais novo ouvia aquilo deliciado, se tocando lentamente. Até que o outro soltou um gemido realmente alto, se calando.
- Hyung, o que foi?
- Eu não posso gemer alto. Alguém pode me ouvir.
- Foda-se. Eu quero ouvir você gozando. - Lu Han se levantou, e, derramando gotas de pré-gozo da glande vermelha e latejante no chão e nas pernas trêmulas, ele foi até o banheiro e se trancou. Devagar, ele retirou a calça e a jogou em qualquer lugar, se ajoelhando em seguida.
- Eu estou no banheiro. Trancado.
- Eu também. Agora, lembre do meu corpo. A sensação de me penetrar, ou quando eu cavalgo em cima de você. É bom, não é?
- É maravilhoso. Eu consigo sentir seus batimentos no meu pênis. E quando você goza, seu corpo se contrai e fica tão apertado... Se eu não gozei antes, fica impossível não gozar nessa hora. E... Se H... - ele arfou, ao passar o indicador na própria glande. O sangue dele ainda mais quente, a testosterona borbulhando, o som da voz de Se Hun, que também gemia. As lembranças do sexo. Das feições suadas, os corpos igualmente molhados, brilhando, os beijos repletos de calor e necessidade... Os sons aumentaram em volume e frequência, enquanto os dois se masturbavam com fúria, ouvindo um ao outro. Lu Han gritou quando o orgasmo tomou seu corpo, forte, a pélvis dele se movendo involuntariamente enquanto o sêmen era expelido em jatos, sujando o chão e a parte baixa do box, tamanha a intensidade da sensação. Quando aquele gozo se tornou leves ondas que malmente mantinham sua ereção, e sua respiração era só uns ofegos irregulares, ele notou que havia gozado ao mesmo tempo que seu namorado.
- Se Hunnie, você também gozou, não foi? - ele ouviu o mais novo engolir a saliva para responder, o que automaticamente se tornou a resposta. - Foi ótimo.
- Eu também. Mas, hyung, eu te juro, quando eu for no seu dormitório, ou vice-versa, vamos fazer umas três vezes seguidas.
- Acho que quatro. - ele riu ao dizer. - Mas, se você ficar sem força nas pernas, eu que vou me mover. E você vai ficar por baixo.
- Duvido. Você é só um chinêszinho que gosta de ser controlado.
- O seu chinêszinho que gosta de ser controlado. - ele sorriu, e bocejou logo depois. - Se Hunnie, eu tô com sono.
- Eu sei. Você gritou enquanto gozava. Deve estar cansado. Então limpa essa sujeira, e vai dormir. - O mais velho bocejou de novo.
- Tá. Annyeong. - ele disse, muito sonolento.
- Annyeong. - ele respondeu, antes de desligar. Olhou para o telefone com um sorriso no rosto por algum tempo, e limpou a outra mão na calça enquanto a levantava. Também estava exausto, e queria dormir.

E, como sempre, sonhar com seu namorado.