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História Caça e caçador - Família Heartfilia


Escrita por: Judiy

Notas do Autor


Oláá, essa é minha primeira fanfic de Fairy Tail. Espero que gostem!!:3
13/02
Primeiro capítulo reescrito S2.

Capítulo 1 - Família Heartfilia


Fanfic / Fanfiction Caça e caçador - Família Heartfilia

Deitei minha cabeça sob a soleira da janela enquanto observava a extensão do território da minha família. Um barulho de trotes chamou minha atenção, olhei para onde o som vinha, encontrando uma charrete passando pelos portões de ferro.

Um dos subordinados abriu a porta do transporte.

–Papai!! – pude vê-lo saindo da charrete. Saí do meu quarto, descendo rapidamente as escadas.

–Você voltou da patrulha! – corri para seu encontro, recebendo-lhe com um sorriso. Será que ele tinha chego porque hoje é meu aniversário?

– Você está bem, Lucy?

– Sim!

– Que bom. – ele disse caminhando pelo corredor sem desviar seu rumo.

– Como f... – fui interrompida. Suppeto segurou meu braço.

– Mais tarde você fala com seu pai, querida. Agora deixe-o descansar, ele deve estar cansando por causa da patrulha de caçadores. – ela possuía um olhar reconfortante.

Entristeci-me por um momento. Já havia tanto tempo que eu não falava com ele. Mas assenti com a cabeça em resposta.

– Lucy, por que não treina um pouco enquanto isso? – um dos aprendizes do meu pai trouxe minha espada. Era uma espada grande e dourada dos magos celestiais. Pertencia a minha mãe antes de sua morte, e agora era minha.

Treino. Isso era tudo que eu conhecia. Como descendente da família Heartfilia, tudo que eu poderia esperar era tornar-me uma Caçadora.

Apanhei minha espada e, em passos lentos, segui o aspirante a Caçador para o campo de treinamento. Nas paredes do corredor, haviam muitos retratos emoldurados de homens velhos. Suppeto não gostava que eu os chamasse assim, ela dizia que eram meus acendentes. No seu centro estava um papiro com as seguintes palavras formando uma frase: 

Heartfilia

Maior linhagem de magos Caçadores de Dragões do Reino de Fiore.

Caçadores são magos que utilizam suas magias para caçar dragões. Dedicar sua vida para caçar essas bestas é digno da nobreza.

O aprendiz segurou a porta que dava acesso ao lado exterior da minha casa, permitindo que eu adentrasse o local equipado por toras de madeira. Dragões são feras misteriosas, com sede de sangue e destruição, que assombram o mundo desde as épocas mais remotas. Nós os classificamos como Dragões de Terra, Vento, Água, Ferro, Relâmpago, Veneno, Sombra, Luz ou Fogo.

No campo de treinamento, apontei minha arma contra uma estaca de madeira pregada no chão e concentrei-me na minha magia. As espadas serviam como canalizadores de magia, transformavam nossa força vital em ataques. Aqueles que nasciam com um dom, deveriam procurar por uma espada compatível com seu poder.

–Cancer. – ativei uma das propriedades, e com um movimento, a estaca partiu-se em duas.

Mas não era isso que eu queria. Eu.

– ...Eu não quero caçar dragões.

 

***

 

Dei algumas poucas batidas na porta do escritório.

– Pai...? – adentrei um pouco o cômodo.

– Estou ocupado, Lucy.

– Eu sei, mas... Você não quer ver eu treinar? – procurava algo para o tirar dos papéis e documentos.

– Eu sei que você está indo bem. Continue com o bom trabalho.

– ...

– Eu vou partir amanhã em uma missão.

– O que? – assustei-me com a repentina fala – Mas pai, você acabou de voltar de uma missão!

– Eu sou Caçador, Lucy. É isso que eu faço.

– Mas mesmo assim! Pede pra mudar de dia!

– Não é assim que funciona. Eu devo liderar um grupo inteiro!

– Mas, pai!... – fui interrompida.

– CHEGA, LUCY!! Isso já foi decidido e não há nada que você possa fazer. Pare de ser uma garota mimada e faça suas obrigações!

–...Tá! –respondi com um tom de voz alta, saindo do escritório.
Não, essa a era a resposta, ele não tinha chego hoje por ser meu aniversário. Ele não se importa comigo. Ele sequer sabe que eu estou fazendo 12 anos.
 

 

Corri para o meu quarto e fechei a porta atrás de mim o mais forte que consegui. Debrucei-me sob a soleira da janela e virei, minimamente, meu rosto para o lado de fora. Uma ideia surgiu em minha mente. Imediatamente, apanhei minha espada e minha bolsa e corri para a cozinha. Eu iria passar a noite naquela floresta.

Qualquer lugar que fosse longe dali seria perfeito. Mas a floresta era uma área de caça, então eu estava terminantemente proibida de ultrapassar os portões e adentrá-la. Exatamente o que eu faria.

Para passar pelos Caçadores oficias do meu pai que vigiavam o portão, eu atirei uma pequena pedra em uma das barras de ferro. Eles correram no mesmo instante para a origem do som de batida, e eu aproveitei a distração para fugir. Eles estavam muito mais preocupados com o que poderia entrar e não com o que poderia sair, então não tive dificuldade alguma.

Depois de longas caminhadas pela densa vegetação, eu decidi parar para descansar um pouco. Tirei uma manga da minha bolsa e sentei-me escorada a um tronco preste a comer meu lanche quando escuto um barulho quase imperceptível e constante. Parecido com o som de uma respiração ofegante. Agarrei minha espada com força e comecei a buscar sua origem. Não demorou muito até que meus olhos repousassem sob uma criatura vermelha. Deitei-me no chão no mesmo instante com o rosto congelado em terror. Era um dragão.

Levantei o meu rosto apenas o suficiente para vê-lo. Seu corpo subia e descia acompanhando a respiração acelerada. Com os conhecimentos que me foram passados sobre os dragões, calculei que seu comprimento estava em torno dos 8 metros, o que significava que era um dragão perto da adolescência. E um tom de vermelho que divergia da cor de suas escamas estava cobrindo uma parte lateral de sua barriga. Parecia uma ferida profunda e, possivelmente, letal.

Levantei e aproximei-me da maneira mais silenciosa que eu conseguia. O verde da grama foi tingido de vermelho ao seu redor e uma trilha de sangue revelava que ele já estava sangrando por um longo período de tempo. Senti um grande desconforto no estômago com aquela cena.

De súbito, encontro as orbes verdes da criatura abertas encarando-me. Recuo, petrificada. Um rosnado grave deixou sua garganta enquanto mostrava os dentes.

– Ah Meu Deus! P-por favor nã... AAHHH – perdi o equilíbrio e caí de costas.

Apavorada, apoei-me nos meus antebraços e tentei correr para longe, mas uma força puxou meus ombros, fazendo com que eu afundasse meu rosto no chão. Olhei para trás com o rosto sujo de terra.

A alça da minha bolsa estava presa em uma raiz.

Já era. Eu vou morrer!

Fechei os olhos com força, esperando o pior.

Mas ele não me atacou.

Ao invés disso, continuou me encarando com seus olhos verdes. Talvez esteja muito fraco até para atacar alguém. Respirei aliviada. Se ele continuar perdendo sangue assim, vai morrer.

Talvez eu pudesse... acabar com seu sofrimento.

Segurei minha espada com mais força, mas...

–Não... eu não consigo fazer isso...– eu não podia matá-lo.

Eu sou fraca. Posso ser uma Heartfilia, mas nunca vou conseguir ser uma Caçadora.

Eu não deveria ter entrado nessa floresta. O que eu estava tentando provar pro meu pai? Que sou uma decepção? O melhor é voltar para casa.

Virei-me para trás mas não dei mais nenhum passo. Eu não posso deixá-lo nesse estado. Sentindo dor até a morte. Tento me aproximar, mas recebo um rosnado baixo como resposta.

– E-eu quero te ajudar. – disse com a voz falha.

Suas pupilas verticais pareceram dilatar um pouco. Peguei minha espada para usar magia, mas fui interrompida com um grunhido irritado.

Assustada, recuei alguns passos.

– Mas eu... eu preciso de magia para te curar.

Ele continuou encarando-me. E eu me sentei no chão sem saber o que fazer. Continuamos assim até o dragão fechar seus olhos. Temi que ele estivesse morto e apanhei minha espada novamente. Porém o ouvi rosnar.

Uma ideia surgiu em meio a pensamentos. Eu peguei a manga que iria comer e a finquei na ponta da espada. Dessa vez, o dragão me olhou curioso.

–Aquarius – ativei uma das propriedades.

Cheguei mais perto e criei um volume de água com as gotas que proviam da lâmina,  a moldei como uma película fina para conter o sangue. Pela primeira vez o dragão levantou seu pescoço curioso com o processo. A película ficou vermelha ao entrar em contato com a ferida, mas nenhuma gota escorreu.

Sentei-me encostada ao tronco, sentindo o fardo da tarde toda bater e adormeci.


Notas Finais


Obrigada por lerem. Não é certo quando irei postar o próximo capítulo, mas irei tratar de fazer o quanto antes. Caso tenham sugestões, críticas ou perguntas, não deixem de escreverem.:3


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