História Cada um com a sua sorte. "Você é a minha." - Bruno Mars - Só estava sendo gentil.

Assim que Bruno foi embora, Lorena colocou as crianças para tomarem banho. Depois, conversaram sobre tudo o que aconteceu enquanto lanchavam. Em seguida, deitaram para assistir um pouco de uma série infantil que as crianças gostavam muito, antes de dormir.

Já mais tarde, Lorena estava mais agitada que o normal, por isso, ela achou melhor enviar uma mensagem pra terapeuta pedindo suporte.

...

No dia seguinte, logo pela manhã, ela deixou as crianças na escola e foi para a academia antes de ir pro trabalho. Geralmente, ela vai no horário da noite, mas ela precisava relaxar um pouco.

Chegando no trabalho, encontrou Maya, que trabalhava com ela no cursinho de Inglês.

Maya:

- e aí, me conta como foi ontem!

Lorena:

- ah, foi ótimo! As crianças estão super felizes, o Bruno também parece estar é sso me deixa feliz também.

Maya:

- não estou entendendo esse ar de aflição.

Lorena:

- é exatamente assim como eu me sinto. Aflita e apreensiva. Está tudo indo tão bem que eu tenho medo. Sei lá, eu não consigo relaxar, baixar a guarda completamente. Me entende? Se tratando do Bruno, eu sempre espero por algo ruim, sei lá! Eu acho que em algum momento ele vai me decepcionar.

Maya:

- ai Lorena!

Lorena:

- juro amiga! As vezes eu até consigo baixar a guarda e me rendo aos encantos dele, mas cara, me dá uma palpitação, uma falta de ar. Ontem, eu senti isso em alguns momentos quando ele estava lá em casa com a gente. Mexeu muito comigo vê-lo com as crianças, eles brincando, conversando. Foi até divertido olhar eles três se esforçando pra se entenderem. (rs) em alguns momentos ficavam os três com cara de paisagem um pro outro. (kkkk) mas no geral correu muito bem.

Maya:

- então doida?

Lorena:

- não sei Maya, o Bruno é adorável quando quer ser e, é exatamente nesse momento que eu me derreto toda, mas daí logo me dá uma gastura danada também.

Maya:

- te dá o que?

Lorena deu uma gargalhada:

- gastura! É uma expressão regional do nordeste do país. Eu quero dizer que, eu me sinto mal, um mal estar físico, entende?

Maya:

- que doideira!

Lorena:

- depois que o Bruno saiu eu fiquei agitada, eu tive que enviar uma mensagem pra minha terapeuta. A gente conversou um pouco, e ela me disse que essas reações, são mecanismos de defesa que meu inconsciente criou pra me defender do que supostamente me causará sofrimento. Ou seja, o Bruno!

Maya:

- então tudo isso é medo de se envolver com ele novamente?

Lorena:

- de acordo com ela, sim!

Maya:

- e agora?

Lorena:

- agora eu tenho duas opções: aceito que o Bruno e eu somos incompatíveis e que a gente nunca vai dar certo, até porque eu não confio nele, né? Ou, eu ignoro todos os alertas que o meu inconsciente está me dando e me rendo, mesmo sabendo dos riscos. Vai ser uma merda, porque basta ele se aproximar, me tocar que eu fico com palpitações. Vou ter que transar com uma bombinha pra asma na mão. Já pensou uma merda dessa?

(As duas caíram na gargalhada)

Maya:

- kkkk! Besta! 

Lorena:

- Kkkkk! Mas se tratando do Bruno, eu até encarava um balão de oxigênio durante a transa. Ai meu pai, ele fode tão gostoso! Ahhh, eu quero! Eu não devia, mas eu quero muito aquela carrot quentinha em mim de novo Maya.

(Maya se acabava de rir com a doida)

Lorena:

- (kkkk) eu estou rindo mas o assunto é sério! Eu tive que tomar um relaxante leve pra conseguir dormir. Só hoje pela manhã eu vi que o Bruno me ligou. Eu nem retornei a ligação ainda. Enfim... É tudo muito recente, as coisas não devem ser feitas no calor da emoção. Até porque são os sentimentos dos meus filhos que estão em jogo agora. Eu até acho que o Bruno e eu podemos ser só bons amigos.

Maya:

- arã, sei!

Lorena:

- a quem eu quero enganar, né? Cara, eu estou louca pra dar pra ele Maya. O cheiro daquele homem acaba comigo. Desde que ele apareceu eu vivo em estado de excitação. Tudo nele me atiça, o olhar, a voz, a maneira daquele cachorro andar, gesticular... Aff! Estou lascada nessa minha vida!

Maya se matava de rir:

- bem, deixa eu ir dar a minha aula porque você é maluca!

Lorena:

- vai! Aliás eu tenho que falar com o seu noivo, essa história de futebol não tá me cheirando à boa coisa.

Maya:

- eu também acho! Eu acabei discutindo com ele por causa disso ontem. Peguei ele numa chamada com o Denis e o Igor. Eles vão aprontar alguma pro coitado do Bruno. (Denis e Igor são primos de Lorena)

Lorena:

- ai meu pai! Eu vou matar o Gustavo!

Maya saiu e Lorena fez uma vídeo chamada pra Gustavo:

- oi irmão!

Gustavo:

- fala maninha! Está tudo bem?

Lorena:

- sim está! Eu só quero te pedir uma coisa.

Gustavo:

- se for sobre o jogo de hoje, pode esquecer!

Lorena:

- deixa de se infantil Guga! Eu sei que vocês estão planejando alguma idiotice.

Gustavo:

- é so uma pelada Lorena! Você devia estar contente por eu ter desistido de dar uma surra nele.

Lorena:

- eu te conheço Gustavo! O Denis e o Igor também irão jogar?

Gustavo:

- Você sabe que sim!

Lorena:

- ah não Guga! Você sabe que eles vão arrumar briga com o Bruno. Você acha que os seguranças dele vão deixar vocês fazerem o que quiserem com ele? Vai ser uma tragédia meu pai!

Gustavo:

- deixa de drama!

Lorena:

- então convida ao menos o Mateus pra jogar também.

Gustavo:

- quem é Mateus?

Lorena:

- o novo guitarrista da banda, ele é brasileiro. Pelo menos pra ajudar o Bruno com o idioma.

Gustavo:

- ninguém está planejando fazer nenhuma palestra não garota! As regras do futebol são claras e universais. Ele pode muito bem se virar sozinho. Além disso, geral lá fala inglês. Pode ficar descansada.

Lorena:

- Gustavo, se você não chamar o Mateus pra jogar também, eu vou contar pra Maya sobre o fim de semana lá em Petrópolis.

Gustavo:

- Você me deu um tempo pra contar tudo pra ela. Isso é chantagem!

Lorena:

- chame como quiser!

Gustavo:

- porra, você sabe que eu estou arrependido. Eu estava puto com ela e eu estava bêbado. Porra, não teve nenhuma importância. Eu juro que nunca mais vai acontecer de novo.

Lorena:

- tá, tá! Eu já sei Guga. A verdade é que vocês homens são todos iguais. Mas eu acredito em você, eu sei que você está arrependido e que ama a Maya. Só que, você tem que contar pra ela.

Gustavo:

- pra que? Foi uma estúpidez, que só vai fazer ela sofrer sem necessidade.

Lorena:

- é pois é! Mas isso não compete a você decidir. Ela não merece ser enganada.

Gustavo:

- porra Lorena, e se ela não me perdoar?

Lorena:

- o mínimo que você deve fazer é ser verdadeiro com ela Guga. Precisa contar o que aconteceu e assumir as consequências da merda que você fez.

Gustavo:

- cara, a gente tinha rompido... 

Lorena interrompeu o irmão:

- ahhh Guga, não vem com essa tá! Então é assim? Na primeira briga séria de vocês dois, você sai comendo mulher por aí? Eu só te dei o tempo pra você tomar coragem. Você prometeu contar quando vocês voltarem da viagem, do aniversário de casamento dos pais dela. Mas se você não chamar o Mateus eu vou contar assim que ela entrar por aquela porta.

Gustavo:

- Você não faria isso comigo!

(De fato ela não faria, mas ela tinha que tentar convencê-lo)

Lorena cruzou os braços:

 - e então Gustavo? Vai chamar o Mateus ou não?

Gustavo:

- ahhh merdaaaa! Vou né! Palhaçada!

Lorena:

- olha só, se vocês machucarem ele, eu nunca vou perdoar vocês!

Gustavo:

- eu posso responder por mim. Mas já não posso garantir que os caras não façam.

Lorena:

- Gugaaaa, eu sabia! Vocês estão querendo machucar ele. Chega! Pode ligar pro Bruno e cancelar essa droga.

Lorena:

- Ohhh Lorena, relaxa! Ninguém vai matar o princeso não.

Lorena:

- ótimo! Estamos conversandos então, né moço? Eu não vou contar nada pra Maya, mas você só tem até o retorno da viagem, Guga. Caso contrário, eu mesma conto. Deixa de ser frouxo! Não foi machão pra por os chifres nela porque estava com raiva? Agora aguenta!

(Gustavo desligou a chamada na cara dela puto da vida)

Lorena:

- é mole? Esses homens são todos iguais! Tonto, a Maya é louca por ele, com certeza vai ficar tudo bem.

A secretária entrou:

- está falando sozinha Lorena?

Lorena:

- (kkkk) o pior é que estou mesmo!

Lorena deu a primeira aula da manhã e depois retornou para a sala dela. Ela notou uma outra chamada de Bruno e também uma mensagem bem malcriada por ela não ter retornado as chamadas dele.

Lorena sorriu e ligou pra ele, mas quem atendeu foi Shaun, dizendo que Bruno não poderia atender porque estava em uma reunião.

Assim que desligou entrou uma ligação da escola das crianças. Lorena foi chamada por causa de problemas com os filhos. Nisso ela acertou de ir conversar com a diretora no horário da saída, quando fosse buscá-los.

Maya:

- o que foi, aconteceu alguma coisa?

Lorena:

- a diretora da escola das crianças me chamou. Parece que tiveram uma briga e o Bê feriu o coleguinha com uma mordida. Vou lá um pouco antes da saída pra conversar com ela. 

Maya:

- logo o Bê, se ainda fosse a Julinha!

Lorena:

- ah, mas ela com certeza também deve estar envolvida na confusão. O Bê não se aborrece com nada, só se mete em confusão quando a Julinha está no meio.

Maya:

- ahhh, mas a Jú mata e morre por causa do irmão dela também.

Lorena:

- (kkk) é verdade! Deve ser coisa de gêmeos. O Guga e eu também éramos assim.

Maya:

- eram não, né Lorena, vocês são assim! 

(Lorena sorriu)

O celular de Lorena tocou e era Bruno:

- porra! Estou desde ontem feito um otário tentando falar com você. Qual é o seu problema?

Lorena achou graça:

- desculpe chefe! O que de tão urgente o senhor quer comigo?

Bruno passou a mão pela boca irritado:

- as vezes você é muito grossa!

Lorena:

- é assim que você define as pessoas que não fazem o que você quer e na hora que você acha que tem que ser?

Bruno:

- ahhh porra! Deixa pra lá!

Lorena:

- desculpe não ter retornado logo. Eu não me senti muito bem ontem a noite, eu só vi sua chamada hoje. Também, está manhã foi meio corrida...

Bruno:

- o que houve? Você está bem?

Lorena:

- estou! Eu fiquei um pouco agitada e ansiosa. Falei com a minha terapeuta e sabe o que ela me disse?

Bruno:

- pra você deixar de ser burra e aceitar que me ama!

Lorena:

- (kkkk) bobo! Ela me disse que você tem sido o gatilho para essas minhas crises de ansiedade, e que o meu subconsciente está me protegendo de você.

Bruno ficou sério:

-"Bullshit!" (conversa fiada) Você não precisa ter medo de mim!

Lorena:

- diz isso pro meu cérebro e pro meu coração!

Bruno:

- está certo! Eu vou provar pra você que eu não sou esse monstro que você ainda acha que eu sou.

Lorena:

- eu não me sinto assim por escolha minha não Bruno! Não é algo que eu tenha domínio.

Bruno ficou chateado:

- está certo! E as crianças, como estão?

Lorena:

- estão bem, só tiveram uma briga na escola. A diretora me chamou lá, vou falar com ela quando for pegá-los.

Bruno:

- sério? Eu vou com você!

Lorena:

- não há necessidade Bruno, pode deixar que eu resolvo.

Bruno:

- eu já disse que também vou Lorena! Estou meio enrolado aqui mas vou dar meu jeito. A que horas você vai?

Lorena:

- aff Bruno! Bem, eu iria no final da aula, mas já que você cismou com isso, não é uma boa ideia o horário de saída não. Tem muita movimentação e é melhor evitar tumulto. Parece até que você não tem consciência de que será uma loucura se vazar pra imprensa que você tem dois filhos. Parece maluco!

Bruno:

- eu tenho total consciência Lorena. Mas sempre há formas de driblar as situações.

Lorena:

- tá Bruno! Bem, vamos num horário de menor movimento então, será melhor quando os alunos estiverem em sala.

Bruno:

- veja como vai ser e me avisa. Eu tenho um compromisso agora, mas vou ficar a espera da sua resposta.

Nisso Lorena foi até a escola num horário mas propício pra que ninguém, ou quase ninguém visse ou reconhecesse Bruno. Ela foi de Uber porque combinou de retornar com ele de carro.

Lorena chegou na escola e esperou Bruno que estava preso num engarrafamento perto da escola. Só que a diretora não poderia esperar, pois tinha um compromisso fora da escola e por isso pediu pra adiantar a conversa.

Ivone (diretora):

- desculpe Lorena, mas é que eu tenho uma reunião lá em Botafogo daqui a pouco.

Lorena:

- tudo bem Ivone, o pai das crianças já deve estar chegando. Podemos ir adiantando sim.

Ivone:

- ótimo! Bem Lorena, eu chamei você aqui por causa de duas situações que aconteceu com as crianças. Primeiro o Bernardo mordeu o coleguinha e até tivemos que fazer um curativo.

Lorena:

- meu Deus! E porque o Bê fez isso?

Ivove:

- independente das circunstâncias isso é inadmissível!

Lorena:

- é óbvio que é inadmissível Ivone! Eu só gostaria que você me dissesse a situação por completo. Eu não estou tirando a responsabilidade do Bernardo, mas quero entender quais foram as circunstâncias. O Bernardo não é disso, eu quero entender o que aconteceu pra ele agir dessa maneira.

Ivone:

- bem, isso nos leva a outra situação que envolve a Júlia. A professora disse que ela está inventado histórias para os colegas de que o pai deles é um cantor, que o pai é muito famoso, que é rico e que eles vão viajar no avião dele.

Lorena:

- Humm!

Ivone:

- parece que esse coleguinha chamou ela de mentirosa e o Bernardo mordeu ele.

Lorena:

- entendi! Então o Bernardo mordeu o coleguinha só porque ele chamou a irmã de mentirosa? A Júlia chorou?

Ivone:

- eu não sei os detalhes, mas provavelmente sim.

Lorena:

- o Bê é muito tranquilo, você sabe. Mas é extremamente protetor com a irmã. Pra ele ter agido em posição de ataque é porque ele entendeu que ela precisava de defesa... Enfim, eu vou conversar com eles, mas não está claro pra mim como tudo aconteceu ainda. É possível eu falar com as crianças e a professora? Eu quero aproveitar pra esclarecemos outras questões importantes também.

(A diretoria pediu para que chamassem a professora e as crianças)

Ivone:

- pois é Lorena, eu fiquei surpresa com o que aconteceu. Essa mentira da Júlia causou um transtorno enorme logo de manhã.

Lorena:

- a minha filha não é mentirosa Ivone! Muito pelo contrário, ela tem esse defeito meu, a gente sempre fala a verdade, seja em qual circunstâncias for!

De repente a secretária entrou pálida e com um sorriso enorme no rosto:

- desculpe Ivone. Ai meu Deus!

(Pela reação dela Lorena já sabia que Bruno havia chegado)

Ivone:

- o que foi?

Secretária:

- é que o pai da Júlia e do Bernardo está aqui fora.

Ivone:

- manda entrar!

Bruno entrou todo lindo pedindo licença e se desculpando pelo atraso. A diretora ficou com cara de bunda sem acreditar no que estava acontecendo.

Ivone passou a falar em inglês. (Como eu disse a escola era bilíngue)

Ivone:

- Oh, my God! Agora está explicado. Sente-se por favor!

Lorena estava muito séria e não deu nem confiança pra reação da diretora.

Bruno logo notou que havia algo errado pela expressão de Lorena. Ele cumprimentou ela com um selinho na boca:

- está tudo bem?

Lorena:

- não está muito não.

Lorena explicou pra ele e Bruno ouviu calado e atento. Ele ficou tão aborrecido quanto Lorena com a situação.

De repente bateram na porta e as crianças entraram com a professora.

Júlia e Bernardo correram para o colo dos pais. Bernardo para Lorena e Júlia para Bruno.

Júlia:

- papai! Que bom que você veio!

Bruno abraçou forte os filhos:

- ei meus bebês! O papai está aqui!

Júlia disse chorando apontando pra professora:

- papai, o Gabriel e a tia Cris me chamaram de mentirosa e eu fiquei muito triste.

Bruno ficou puto:

- parece que a tia Cris deve um pedido de desculpas pra minha filha, certo?

Ivone:

- é uma situação super chata, mas ninguém tinha como saber. Nós nunca fomos informadas de quem era o pai dos meninos.

Bruno:

- isso não muda nada!

Lorena percebendo que os ânimos estavam exaltados tomou a frente.

Lorena:

- está certo! Nós não estamos diante de uma situação muito habitual, mas todo os constrangimentos teriam sido evitados se houvesse uma abordagem adequada, com um pouco mais de prudência e até mesmo bom senso. Exatamente por não saberem quem era o pai, não deviam já presumir que ela estivesse mentido. Mesmo se fosse tudo fruto da imaginação dela. Foi muita falta de sensibilidade chamar a menina de mentirosa na frente dos coleguingas.

Ivone:

- Você tem razão! Foi uma falha nossa!

Lorena puxou Bernardo pra perto dela:

- mas isso não justifica você ter machucado o Gabriel, Bê!

Bernardo:

- mas ele fez a Jú chorar mamãe!

(Bruno achou graça)

Lorena:

- eu sei, mas mesmo assim! Não pode resolver as coisas com violência, nada de bater, empurrar, jogar as coisas e nem morder os coleguinhas. Entendeu meu filho?

Bernardo:

- entendi!

A professora Cristiana estava toda sem jeito e virou pra pequena Júlia:

- desculpe a tia Cris tá! Como eu ia imaginar que o seu pai famoso era o meu cantor preferido?

Júlia achou graça:

- verdade tia Cris?

Professora Cristina:

- verdade! Nós temos que contar isso pra todo mundo!

Lorena:

- não! Espera aí gente! Ai meu Deus! É sobre isso que eu gostaria de falar também. Eu espero contar com a discrição e manter assegurado a privacidade e sigilo das informações das crianças. Eu sei que essa já é a política da escola, mas eu gostaria muito de que isso ficasse mais específico ainda.

Direitora:

- Você pode ficar tranquila quanto a isso!

Bruno:

- isso é ótimo! Mas eu vou pedir para que o meu advogado entre em contato com a escola para tratar melhor desta questão.

Professora Cristiana:

- vamos voltar pra nossa aula?

As crianças beijaram a mãe e Lorena disse:

- bico calado sobre esse assunto. Aliás, a gente já tinha conversado sobre isso não é dona Júlia?

Júlia:

- eu sei mamãe, mas a Gabi não é jornalista ué! Eu só falei pra ela porque ela é minha amiga, mas aí ela foi e falou pra todo mundo.

(Bruno um pai babão se divertia com as tiradas da filha bocuda)

Lorena:

- aff Júlia! Vai lá vai! A mamãe vem buscar vocês mais tarde.

Lorena:

- ah Ivone, depois vamos tratar da questão das mensalidades deles também. Já pode disponibilizar as bolsas para que outras crianças se beneficiem.

Depois de tudo esclarecido Bruno ficou um pouco mais simpático e até aceitou tirar uma foto com as meninas. Mas ele pediu para que não divulgassem as imagens.

Já no carro durante o trajeto Bruno estava meio tenso:

- Man, como você consegue ficar tão calma? Eu fiquei puto!

Lorena sorriu:

- como professora eu entedo o lado delas. Foi uma falha grave, mas a professora Cristiana é uma profissional muito competente. A Jú e o Bê adoram ela. Eu tenho certeza de que ela não teve má intenção.

Bruno:

- pode ser!

Lorena:

- coitadas, já imaginou o susto! Kkkk

Lorena deu um tapa nele:

- vem cá! Você entrou e beijou a minha boca?

Bruno:

- beijei! Sentiu falta da língua não é? Vem cá que eu vou te beijar como se deve ser!

Bruno foi pra cima dela e Lorena empurrando ele se matando de rir:

- para seu bobo! Você é muito sem graça, tá! Um tremendo de um convencido, ficou lá todo se exibindo pra elas. E as assamhadas lá só faltavam te comer ali mesmo. A outra estava cheia de pressa porque tinha compromisso e até esqueceu. Ficou lá lambendo você! Aff!

Bruno deu uma gargalhada:

- eu só estava sendo gentil com as professoras dos meus filhos.

Lorena:

- rumm! Sei!

Bruno:

- vem cá, que papo é esse de bolsa?

Lorena:

- aquela escola é caríssima Bruno, eu consegui duas bolsas parciais pra eles. Mas agora não faz mais sentido, né? Tem muita gente precisando. Além do mais, os seus filhos não precisam de bolsa de estudos.

(chegaram no estacionamento do cursinho de Lorena)

Bruno:

- puta que pariu! Era só o que faltava! Meus filhos bolsistas. Se uma merda dessa cai mídia eu tô fodido!

Lorena:

- elas não devem estar entendendo nada! (kkk) mas também do jeito que a Ivone ficou assanhada é bem possível oferecer as vagas gratuitamente só pra agradar o pai.

Bruno sorriu e foi se chegando cheirando ela e sussurrou:

- ei ciumenta! Vamos lá pra sua casa, humm! Eu tô na seca há dias Lorena! Tô louco pra fazer amor com você. Humm! Então, vamos! Para de me maltratar vai!

Lorena chupou os lábios dele:

- não! Mas obrigado por ter me trazido até aqui. Obrigada também por ter ido lá na escola. Significou muito pra mim e para as crianças também.

Bruno:

- significou muito mais pra mim sweetheart!

Lorena:

- agora eu preciso ir trabalhar.

Bruno:

- está certo! Eu tenho umas cenas pra fazer também. Eu posso ir pra sua casa depois do jogo lá com o seu irmão?

Lorena:

- melhor não! Aliás não vai pra esse jogo também não Bruno.

Bruno:

- isso é assunto meu Lorena!

Lorena:

- aff! Deixa eu ir! Tchau Bruno, a gente se fala mais tarde.

Lorena saiu do carro e encontrou um cliente que havia ido procurá-la. Ele era dono de uma agência de viagens e havia contratado os serviços do cursinho para formar os funcionários dele.

O cara era um gato e Lorena estava toda gentil e sorridente. Bruno ficou cheio de ciúmes e ligou pra ela de dentro do carro.

Lorena viu que era ele na ligação e achou graça. Pediu licença e atendeu:

- oi!

Bruno:

- é sério esse Caralho? Não tem trabalho pra fazer não porra? Quem é esse cara aí?

Lorena:

- eu estou trabalhando Bruno! E você deveria fazer o mesmo! Tchau!

Lorena desligou o telefone na cara dele e chamou o cara para entrar e tratar de negócios na sala dela.

Bruno:

- mas é muito filha da puta!